Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O papel desempenhado no “25 de Abril” é mais do que suficiente.
Esse agradecimento é devido a todos os “Capitães de Abril”.
Entre muitos aspetos positivos que esse papel proporcionou, no desenvolvimento do “25 de Abril”, que só quem viveu, enquanto jovem, esse tempo de Alegria, Esperança, Liberdade, Democracia… pode realmente avaliar, destaco o final da designada guerra do Ultramar / Colonial.
Uma guerra, no mínimo, anacrónica!
Um risco, um perigo que pairava sobre a cabeça de todos os jovens e famílias da época, quando se aproximavam os vinte anos. De que jovens da minha geração, à data, se livraram. Que catorze gerações anteriores tiveram de “viver”.
Por estes aspetos, no mínimo, merece o nosso agradecimento.
Se foi devidamente reconhecido, oficialmente, este seu papel?! Neste aspeto, não me sinto capaz de julgar / avaliar, com conta, peso e medida, as atitudes oficiais de quem comanda os destinos do País.
Se os percursos diversos e variados de Otelo, ao longo da respetiva vida, foram de louvar (?), de censurar(?), caber-me-á a mim julgar?
A Si, Caro/a Leitor/a?!
Somos todos perfeitos?! A Luz e as Sombras percorrerão ou não as Vidas de cada um de nós?!
“Quem nunca tiver pecado, que atire a primeira pedra!”
Os dois itens que referi: papel fulcral no desempenho do “25 de Abril” e os muitos aspetos positivos daí decorrentes, nomeadamente o despoletar do final de uma guerra sem sentido, bastam-me.
Obrigado!
Descanse em Paz!
R.I.P.!
Fotos?!Originais. Uma “Poesia Visual” sobre “Abril”. E uma rosa. Não tenho acervo de cravos e, afinal, o indivíduo foi um romântico!
Para evocar esta data, divulgo um trabalho poético que integro no contexto da designada "Poesia Visual", a partir de uma poesia que publiquei no blogue, em 30/03/2015, que agradeço consulte, S.F.F.
Trabalhei o poema deste modo, no ano passado, mais ou menos há um ano, no contexto do confinamento "a sério", em que estávamos nessa data. "Produzi" outros trabalhos que também divulguei neste canal comunicacional.
Sala Experimental do Teatro D. Maria II – Lisboa - Portugal
«O momento mais divertido…
Vitor Perdigão (à esquerda) e Zé Manel protagonizaram o momento talvez mais divertido desta primeira série de sessões da adiafa. Enquanto Zé Manel se fez eco das preocupações do homem que busca um sentido para a vida, Vitor Perdigão assumiu uma visão mais superficial da existência. O confronto de opiniões deu origem a algumas respostas curiosas, revelando, sobretudo no seixalense, um feliz repentista. O frente-a-frente ocorreu na sexta-feira.»
In. Diário de Notícias, de 23/12/1986. Transcrição de parte da notíciasobre o acontecimento, citando Manuel Dias, Jornalista do referido Diário matutino e autor da reportagem.
(Este “momento mais divertido” terá sido assim como que uma espécie de dueto entre palhaço pobre e palhaço rico, digo eu, que não estive de fora para observar.
“Zé Manel”, um dos personagens desse dueto, era o pseudónimo que usava, à data, e sob cuja identidade publiquei alguns textos no DN Jovem, nesses meados da década de oitenta do século XX.)
Este texto do “momento mais divertido” é a legenda de uma fotodo Jornal, em que no centro da fotografia está uma mesa com folhas A4, com vários poemas escritos. À direita da foto está “Zé Manel” e à esquerda estão João d’Ávila, o “condutor / promotor” das sessões e Vitor Perdigão, o outro interveniente do “confronto de opiniões”.
(Agora e olhando para a foto do Jornal e para os poemas na mesa e lembrando-me dos trabalhos poéticos que produzi, a partir dessa segunda metade de oitenta, e que continuei mais tarde, faltariam sobre as folhas com os poemas alguns dos que estruturei no enquadramento da Poesia Visual. Os designados “Pisa Poemas”. Fotos que ilustram o postal. Alguns destes trabalhos figuraram em exposições que realizei em 2018, na sede da APP e em 2019, na sede da SCALA.)
Interessante a ideia que o jornalista recolheu sobre a minha perspetiva face à Poesia.
“…Zé Manel se fez eco das preocupações do homem que busca um sentido para a vida…”
De facto, nessa época, muita da poesia que escrevia enquadrava-se nessa preocupação/perspetiva, nesse modo de encarar a realidade e a construção poética.
Muitos dos meus poemas, dessa data e alguns publicados no blogue, vão de encontro a esse foco existencial.
Atualmente, embora focado nesse desiderato, o olhar o Outro, a realidade que me cerca, nomeadamente a social, é um dos objetivos, uma das temáticas dos textos poéticos e de prosa que escrevo.
Esta Exposição na SCALA, marcada há vários meses, vem na sequência de Exposição individual realizada na Sede da APP - Lisboa, em Setembro de 2018, antecedida de participação em Exposição coletiva do CNAP, na Casa do Alentejo.
A temática fundamental é a POESIA! Abordada num modo diferente do habitual e enquadrada no conceito de “Poesia Visual”. Uma perspetiva de abordagem poética, em que a Palavra, o Verbo, sempre a essência do ato poético, são transpostos para outra dimensão: Artes plásticas, fotografia, artesanato, outros domínios artísticos…
É essa possibilidade de abordagem à Poesia, que esta Exposição nos sugere.
Observe, vivencie este processo de poetar, sem quaisquer preconceitos!
O referencial da Exposição, a base introdutória, são vários quadros elaborados na 2ª metade dos anos oitenta do século XX. (Texto explicativo da Expo APP.)
Também para documentar pesquisas feitas na altura e inspiradoras para essas “construções” poéticas, anexo alguma da bibliografia consultada e motivadora à ação.
E Antologias em que participei, apresentando poemas neste enquadramento visual.
Em vários quadros, a temática é o Mar, arquétipo primordial do Ser Humano!
Já neste milénio, estando a Poesia sempre presente, porque Ser Poeta é uma condição, talvez um Destino, quiçá uma Sina, continuei a executar trabalhos poéticos, no contexto anteriormente referido. O Mar continuando dominante, com recurso a outros materiais e técnicas, mais próximas do artesanato, aspirando a peças escultóricas. Surgiram, deste modo: “Pisa Poemas”, “Octopus”, “Corações de (A)mar”, “Porta – Poemas”!
Algumas peças já a pensar nesta Exposição.
Também preocupações ambientais: os cuidados a ter com os recursos marinhos, a reutilização e reciclagem de materiais, o lixo…
A Natureza, a interligação entre ecossistemas e ambientes, os seres vivos… A Humanidade!
E também e ainda quadros elaborados para esta exposição: “Cacela Velha” “Sussurra-me”, “Em Abril”, “Cacofonias”… Os temas anteriores e outros: a Liberdade, a Comunicação e as suas disrupções… os Sentimentos Humanos, o Amor!
E Vivenciar a Poesia! Sim! Porque pode lá haver evento poético em que não haja “Dizer Poesia”?!
E vamos “Dizer Poesia”, de forma interativa, com a participação de todos. Compartilhando Poesia. E a Amizade e a Camaradagem que nos une.
E também e porque também estamos ligados em rede, neste evento também há ligação ao Blogue. Onde publicámos textos em “Poetar – Partilhar.com. mar”.
E Viva a POESIA!
(E nota final: Esta Exposição inicia-se e começa também o seu Fim. Surpreenda-se!
Tal como na Vida. Mal nascemos, começamos a morrer!)
Na sequência de desafio lançado na sessão de “Poesia à Solta”, ocorrida a 27/10/18, na sede da SCALA - Almada, a quem quisesse participar, de organizarmos uma “ANTOLOGIA VIRTUAL”, subordinada ao tema “MAR”… E após ter divulgado igualmente esse convite no blogue… Vamos finalmente (!) dar a conhecer os participantes e correspondentes textos, poéticos ou não.
Esta “Antologia Virtual” é uma iniciativa pessoal. Friso!
Obrigado pela Vossa participação, que nos enriquece sempre podermos ler e divulgar a Arte da Escrita, poética ou em prosa. E ouvi-la dizer por cada um, como cada qual sabe, e que com o seu saber e labor nos revela um dos lados mais gratificantes da Humanidade: a Arte de Poetar e Dizer Poesia!
Ah! Eu também vou participar, claro.
E será que esta “Antologia Virtual” terá algo a ver com a “Exposição de Poesia Visual” a inaugurar a 21 de Setembro na sede da SCALA?!?
Vou participar com o trabalho seguinte, de "Poesia Visual", que intitulei "Poema Psicadélico", para efeitos de concurso "Nau dos Sonhos" - 2018, promovido por APP - Associação Portuguesa de Poetas, que venceu.
E também englobou a Exposição Individual, organizada pela APP -Associação Portuguesa de Poetas, na respetiva Sede, aos Olivais, Lisboa, também no ano passado, com base precisamente nos vários trabalhos que elaborei na 2ª década de oitenta, inspirados na corrente estética designada por "Poesia Visual".
SCALA, Casa da Cerca, Oficina da Cultura , São Silvestre de Almada, Ciclo de Cinema Católico
Ontem, quinze de Dezembro, na SCALA, Almada, decorreu a Festa de Natal. Houve canções alusivas à quadra natalícia, acompanhadas musicalmente por Gabriel Sanches e pelo Grupo em que se integra, bem como por todos os presentes, que quiseram compartilhar as suas competências vocais.
Não faltaram os poemas relacionados com a temática, de autoria própria dos “Dizedores de Poesia”, ou de outros Poetas e Poetisas de suas preferências.
Toda esta dinâmica artística decorreu na habitual sala da Sede, emoldurada pela Exposição dos quadros oferecidos pelos Artistas associados, tendo em vista a angariação de fundos para a Associação. Evento que decorrerá no próximo dia vinte e nove.
(Desta vez não consigo nomear todos os presentes, éramos cerca de vinte, porque estavam várias pessoas cujo nome ainda não sei. O meu pedido de desculpas.)
Compartilhou-se o bolo – rei, oferecido pela SCALA. E que bolo! (Alguém foi contemplado com a fava?!)
Também terá ocorrido a tradicional troca de prendas, a que já não assisti, que me ausentei. (O que me terá calhado? E quem terá recebido a lembrança que levei?)
Almada tem um carisma especial, em termos culturais. Habitualmente acontecem variadas atividades de diversas tipologias (música, teatro, desporto, literatura, poesia,… cinema) e torna-se difícil escolher e impossível estar em todas simultaneamente.
Deixei a SCALA, passei pela Casa da Cerca onde era inaugurada a Exposição “o futuro do passado”. Estava imensa gente na sala. Não fiquei. Hei - de voltar com mais tempo.
Passei pela Oficina da Cultura, onde decorria o “Mercado de Natal Amigo da Terra”. Igualmente cheio. Uma pequena volta e já não voltarei, que terminou hoje. P’ró ano haverá mais…
Na Praça São João Batista, onde antigamente havia o “Mercado dos Ciganos”, (Onde é que isso já vai?! Mas que me inspirou para escrever uma narrativa fantástica…) Na Praça, além de uma parte do Mercado da Terra, também se iniciara, havia mais de meia hora, a São Silvestre de Almada.
Apanhei o metro, até à Bento Gonçalves. Parte da Avenida, o sentido ascendente, vedado ao trânsito. Por aí vinham calcorreando os maratonistas. Eles subindo, eu descendo o troço até à Piedade. Uns mais estafados que outros, lá seguiam eles para a Praça onde seria a meta.
É assim Almada. Capricha em várias vertentes culturais. Ombreia com Lisboa. Nalguns aspetos mede meças. Difícil é escolher. Com a vantagem de ocorrer tudo relativamente próximo.