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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Fortitude” - Série Britânica - Episódio VII - RTP2

 

“Fortitude” - Episódio VII

3ª Feira – 29/09/2015

RTP2

 

Foto in Sky Atlantic 2015.jpg

 

Esclarecido um crime, outro que acontece!

E a Loucura continua…

 

Será que é preciso ser-se tão explícito, na visualização de crimes tão macabros e simultaneamente tão caseiros e domésticos?

Shirley a esventrar a mãe, a médica Margaret, com um garfo, como se estivesse a picar uma empada com sumo te tomate.

O que vale é o comando. E zapping para “Futebol Magazine – Liga dos Campeões.”

Shirley andava doente, sintomas que se agravaram, nem comer podia, que o namorado até lhe arranjara uma sonda e um funil, para lhe meter a comida para o estomago. Vai daí, em vez de comer, ela lança-se de garfo, a picar e esventrar a barriga da própria mãe! Só para quem conseguiu ver, que eu não!

Deixemo-nos deste novo crime, que, no próximo episódio, vai ser um alvoroço em Fortitude.

 

Topónimo bem escolhido para essa povoação situada num rochedo alcandorado no Ártico, para lá do Círculo Polar.

A palavra deriva do latim e tem a mesma grafia em francês e inglês. Significa qualidade de ser forte, energia, força. Qualidades que realmente é preciso ter, para viver em tal povoação, mais agora sob o efeito de novo crime.

 

Antes da ocorrência deste novo crime e já deslindado o do cientista, tão macabro quanto o da médica, Morton centrava-se no deslindar da morte de Billy.

 

Também com esse fito, o guionista iniciou o episódio com imagens da festa de Natal transata, no hotel de Elena, em que Billy conheceu o russo, Yuri Lubinov, e estiveram a beber. A intervenção de Eric que o mandou embora, e posteriormente brigou com Billy, tendo este perdido um célebre documento, que o russo, que não teria abalado com os companheiros, viria a apanhar. E houve sangue na refrega de Eric e Billy!

 

Foi com este russo que Morton foi deslindar situações sobre o assassinato de Billy, na mesma cidade russa onde Ronnie se encontrava com a filha, que por pouco não se cruzaram, quis o Destino que assim não fosse.

Desse encontro Morton trouxe uma caixa de fósforos, com uma bala que o russo achou no local onde Billy foi morto e que diz pertencer ao rifle de Eric. Que o detetive iria averiguar mais tarde, nos cacifos da polícia, mas não nos deu conhecimento das conclusões.

 

Em contrapartida, Ronnie também levou, mas para um barco que supostamente o levaria e a filha para o Continente, levou toda a sua tralha e mais as presas do mamute, que afinal ele disse serem duas e eu que pensara que ele deixara pelo menos uma para Jason. Levou, mas  teve que trazer de novo os seus apetrechos, pouca coisa, que ele anda fugido, mas deixando ficar o marfim, que o mestre da embarcação assim lhe ordenou com o rifle apontado. Que estando os dentes do mamute já no barco, era a carga que precisava, não transportava passageiros e Ronnie e Carrie tiveram que sair e ficar especados no cais, acenando adeus à carga ilegal, mas preciosa.

Sensata a filha: Pai, vamos voltar para casa!

E este pai também já com sinais da loucura que avassala o povoado. Ao ponto de ter impedido a criança de telefonar para a polícia de Fortitude, tendo, todavia, Carrie ainda conseguido falar com Ingrid, que se mostrou preocupada por não saberem nada deles.

Será que, finalmente, vão retomar as buscas daqueles desesperados da sorte?! Ou irão ficar novamente assombrados pelo novo crime? Ou será que o pai, restando-lhe algum bom senso, resolverá voltar a casa? Aguardemos, que me preocupa a criança a definhar e arriscar-se, devido a um pai que, de tanto amor e com medo a perdê-la, arrisca-se a perderem-se ambos. Que ele já está perdido!

 

Li na internet, num site espanhol, que anda um parasita em Fortitude, denominado “Ichneumon wasp”, que provoca a morte de vários dos personagens. Não sei. Estou a vender pelo preço que comprei. De graça! Mas isto não é nenhuma graça, que não é para rir este enredo.

Mas noto que esta série não tem, e duvido que venha a ter, o impacto e interesse de “Hospital Real”. As visualizações dos posts estão bastante aquém das correspondentes à série galega. Que ainda, e apesar de já concluída, continua a ser procurada informação na net sobre ela. Observo isso diariamente nas estatísticas.

E, esta informação é também para quem eventual e hipoteticamente nos leia da RTP2. Que deveria ser, não sei se será, um cuidado de quem superintenda estas “coisas”, marketings e afins, audiências e quejandos, na mencionada estação televisiva. Consultarem os blogues, que fazem o serviço de graça.

 

E voltando ao enredo do episódio e aos sinais de loucura…

Henry, fotógrafo, sujeita-se, insistência sua, que o designado xamã; embalsamador de animais, no auto conceito do próprio, lhe tire um litro de sangue para uma macumba qualquer.

Paralelamente revela um negativo de foto tirada e, estranho achado e macabra descoberta, revela um braço de ser humano preso a uma rede de vedação, como se fora o que restou de um corpo, aparentemente aí crucificado, se não sacrificado! E que corpo terá sido esse, de que restou apenas um braço, tão estranhamente aí colocado?!

Henry também é confrontado por Dan pelo facto de ter telefonado para Londres a dar conhecimento que Billy fora assassinado e daí passarem a ter a desagradável presença de Morton a cheiretear tudo e todos, o que não agrada a ninguém.

E porque torna e porque deixa, lá se volta novamente ao célebre e dito documento de Billy, de um suposto enigma que ele descobrira, um tesouro talvez…

E Henry insiste em atribuir o crime a Eric, que ele tem uma fixação neste policial, talvez por ser marido de Hildur, a governadora.

 

Governadora, assoberbada no trabalho da comunidade, que esquece o marido, Eric, que infeliz, isso lhe disse Trish, ao despedir-se, porque se vai embora, pois que aí ficaria a fazer se o marido cientista também já se foi?! E ao despedir-se, Hildur que a tinha como amiga, dirá ela mais tarde, lhe confessou ter apagado a mensagem do cientista, sobre a terrível descoberta que ele teria feito. Mensagem que continha informação que inviabilizaria o projetado hotel abrigo, que a governadora tanto anseia, como forma de revitalizar a economia de Fortitude, agora que a mina vai ser selada.

E Trish também lhe fez confissão, em jeito de arremesso à cara, de que comia o marido dela, Eric, desde a festa do solstício. E que Charlie, o marido cientista, tinha conhecimento, só Hildur, a governadora, não sabia! E esta, se não soubesse, ficou a saber, apanhada, de  surpresa (?), por tamanha revelação.

E esta revelação ou descoberta, pelo menos no desenrolar do enredo e para a governadora, que nós já sabíamos e alguma comunidade também, que os mexericos correm velozes, abalou-lhe o ânimo e a vontade própria. Pelo receio de ter sido exposta ao ridículo, que estas questões de amores traídos mexem sempre com qualquer ser humano, mais ainda com quem tem uma imagem de poder, força, fortitude, a defender. A Governadora de Fortitude ter sido traída pelo marido, que é um pau mandado nas mãos dela!

E a alegria e sensação de força e poder, que manifestara quando chegou a broca gigante, que irá perfurar o gelo do glaciar para aí instalar o celebérrimo hotel abrigo, essa imagem de mulher poderosa que cumprimenta e parabeniza os homens que a trouxeram, essa mensagem de força esvaiu-se. Traduziu-se na fraqueza e fragilidade de mulher traída.

Ao ponto de confidenciando-se com Dan, este se ter oferecido para a substituir na festa de despedida dos mineiros.

 

Festa de arromba e muito álcool, sugestões de amores e sexo também, que nesta série é presente e apresentado e sempre nomeado sem pudores, pelo vernáculo.

Festa que também deu em porrada, que Frank, após visita ao filho hospitalizado e ter sabido que Elena, a amante, também aí estivera, assunto de que já falámos, ficou possesso.

Dirigiu-se à rapariga, a meio da festa, em despique, pronto a dar-lhe porrada, ali diante de todos, não fora a rápida e eficaz intervenção de Dan, que apanhou em vez dela, mas não respondeu, que já dera por demais em Sutter e agora era a sua vez de apanhar.

“Vai para casa, para junto de tua mulher.” Lhe disse aquele. E Frank foi.

Elena também saiu e Dan atrás dela foi, e com ela falou, mal a olhando nos olhos, que ele não a fita de frente.

Mas lhe disse, que ela lhe perguntou, que ele não matara Billy!

Algo que nós sabemos desde o 1º episódio, mas que muito ainda intriga a comunidade, atribuindo muitos dos males acontecidos, a Dan, a mando da governadora.

Dan que até fez um excelente discurso de despedida dos mineiros, em vez da governadora, que a meio da festa, mas resguardada no seu carro, chamou, via SMS, o marido Eric, ostracizado na festa, numa mesa de canto.

Lhe disse ir ao Continente e não querer vê-lo antes de partir, após lhe ter dito, magoada, que ele comera uma das suas melhores amigas…

 

E ficamos por aqui, que se faz tarde?!

 

Ainda voltamos a Shirley, com que começamos esta narração enviesada, mas agora na narrativa do guionista da série, no início do episódio, quando ela ainda não se transformara no monstro assassino em que se transformou no final, mas que relatei no início.

 

Quando o professor, Markus, todo contente, assobiando, a sua casa se dirige, dirigindo-se-lhe.

“ Olá, minha flor! Ainda não conseguiste comer nada?! … Trago-te uma guloseima especial. Leite condensado. Saboroso e muito nutritivo… És uma florzinha linda e ainda vais ficar mais linda!”

 

E como é que uma florzinha assim linda se pode transformar no monstro do início desta narração?!

 

Efeito de  “Ichneumon wasp”?!

 

“Hospital Real” – 2º Episódio

Nova Série Europeia na RTP2 

Hostal dos Reis Católicos. Santiago. in wikipedia

 

E desenrolou-se, ontem, 3ª feira, 1 de Setembro, o segundo episódio da supra citada nova série. Presumo que seja uma mini série, dado o tempo de duração de cada um dos episódios e a continuidade na narrativa, de modo a estruturar uma conclusão ao fim de alguns episódios.

Valeu a pena ter visto! A temática está a ser apelativa.

E quando aparece um crime para desvendar, no decurso do enredo, mais interessante se torna. Tornamo-nos um pouco “poirots”, pretensiosos, é certo!

Mas gosto da intriga que se processa, da incerteza, do jogo de probabilidades e conjeturas sobre as hipotéticas análises e descobertas.

 

Se são dois crimes, então!... Dose dupla de emoção policial!

Já se formou uma equipa de investigação, que se auto nomeou. O cirurgião-mor, Doutor Devesa e o herói, Dom Daniel, médico recentemente admitido no  Hospital Real e a mocinha, a aprendiz de enfermeira, Olalla! Segredo absoluto, que no Hospital as paredes têm ouvidos.

Se têm!...

 

Para já, descobriram, graças à perspicácia do cirurgião-mor, que houve crime e não apenas um, mas dois.

E que estão interrelacionados. O modus operandi nas mortes, do fornecedor de víveres do Hospital e do capelão-mor, foi idêntico.

Logo, é o mesmo criminoso. Quem?

Na sequência da morte do Padre Damião, o criminoso tirou a máscara e pareceu uma cara conhecida. Seria?! Ou enganei-me? Julguei ser o rapaz mudo que circula silencioso pelas galerias do edifício, que é pau mandado da enfermeira-chefe, Úrsula, de nome. Seria, ou vi mal? Seria o Duarte?!

 

A equipa de investigação não sabe … Pssst! O segredo é a alma do negócio.

Sim, porque tudo parece indicar que há negócios por trás. O Dinheiro, sempre o Dinheiro!

Também já deduziram, isso sim, que os crimes, porque disso se trata, têm algo em comum: o Hospital Real!

Dedução também do nosso cirurgião-mor. O verdadeiro Hercule Poirot!

Interessante a sua figura física, a sua personalidade, as suas ideias, num mundo obscurantista, ainda dominado pela Inquisição. Personagem com que facilmente se simpatiza, pela sua lucidez e modo de atuação, face às barreiras que tolhem a sua ação no exercício da prática médica, num ambiente tão castrador.

Goya, in Los Caprichos, retratou muito bem essa Espanha de finais do século XVIII!

Capricho 23 detalle1Goya wikipedia.jpg

 

E ficamos por aqui, não vou contar a história toda.

Visualizar a série proporciona momentos emocionantes. Que não quero que percais.

 

Mas não vou deixar de questionar.

E quem serão os mandantes?!

Porque, de facto, a forma como todo o enredo se desenrola aponta para mandantes.

 

O nobre falido, Castro, sempre à procura de esquemas de sobrevivência para ganhar dinheiro sem trabalhar?! À época, Antigo Regime, os nobres não trabalhavam.

Às mulheres, senhoras, mesmo que não fossem nobres, também estava vedado o exercício de determinadas atividades. Atividades comerciais, por ex., especialmente se fossem altamente lucrativas e houvesse outro interessado no negócio, para proveito próprio e de quem o favorecesse.

 

Ou a irmã Úrsula, o Dragão, enfermeira-chefe e eminência parda em toda aquela instituição, movendo-se prepotente por todo o seu espaço de ação, manipulando, exercendo com crueldade e despotismo a sua autoridade sobre os mais fracos e desvalidos; fazendo pretensos favores, especialmente a poderosos, cobrando e lembrando juros futuros. Invocando, em vão, o nome de Deus, a sua pertença a uma Irmandade e Igreja, atribuindo aos seus atos, mesmo que criminosos, uma orientação divina! Denunciando…  portando-se com falsa humildade perante os seus superiores.

 

Ou ambos: o “representante” da Nobreza e uma das “representantes” do Clero?!

E qual o papel da Inquisição em todo o processo?

 

Bem, para desvendarmos o enredo… basta segui-lo.

 

Patio de San Juan Hospital Real. in wikipedia.jpg

 

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