Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Ventura teve maior percentagem eleitoral em que concelhos Alentejanos?!
Haverá alguma relação com o respetivo discurso contra determinada etnia e a existência de comunidades desse grupo étnico nessas localidades concelhias?
Terá algo a ver com etnocentrismo, discriminação, estigmatização? Algo com racismo? Não? Há racismo em Portugal?
E as políticas de Integração?! E as condições em que vivem as comunidades?!
Mas para quê tanto ódio?! Tanta divisão? Tanto exacerbamento! Ademais neste contexto pandémico em que estamos todos sujeitos ao mesmo.
Quem quer ser Presidente, tem de unir! Estruturar laços entre os Portugueses. Não desuni-los.
Interessante agora que, na América, Trump perdeu as eleições, surja em Portugal um aprendiz dos respetivos métodos, invocando também dádiva de Deus. Absurdo! Até nestes aspetos Portugal anda atrasado!
Aproveito para felicitar Joe Biden. (Não vá ele ler o blogue… e este "fique mal na foto".)
Ainda…
As sociedades e os diversos contextos sociais são imutáveis? Serão ou não naturais as consequentes mudanças na orientação de voto?
E ainda no Alentejo, de que tanto se tem falado…
No distrito de Portalegre – Alto Alentejo - qual o partido que foi maioritariamente vencedor nas diferentes legislativas, ao longo destes quase cinquenta anos de Democracia?
Que partidos têm dado “Deputados à Nação”, a partir do Distrito?
Não esqueça também que Ventura foi 2º lugar em mais distritos, para além dos Alentejanos.
E lembrar ainda: Na legislatura em vigor, ele foi eleito deputado pelo Alentejo?
Não esquecer também que os dados eleitorais são apresentados percentualmente face aos votantes e a abstenção ultrapassou os 60%. Logo, os eleitores votantes foram menos de 40%.
As Pessoas não devem ser discriminadas sob aspeto algum relativamente a si mesmas, enquanto Pessoas. Este é um axioma, inseparável da condição humana.
Mas uma realidade, é a das pessoas, seres humanos, outra, a dos animais. São realidades distintas.
Isso de os donos de “animais de estimação” não serem discriminados no acesso à habitação, por esse facto, levanta-me a questão de saber se os moradores dos prédios urbanos, que por qualquer razão se achem no direito, igualmente legítimo, de não coabitarem com “animais de estimação” não se sentirão eles próprios discriminados e lesados nos seus direitos enquanto cidadãos.
Que essa atitude, agora tão na moda, de que os “animais de estimação” fazem parte da “família”, não tem que ser necessariamente aceite por todas as Pessoas.
Quem vive num prédio urbano, destinado a Pessoas, tem o direito de viver nele sem ser incomodado pelos diferentes atropelos a que estão sujeitos pelos donos de “animais de estimação”.
E tem o direito de contestar e não aceitar essa coabitação que lhe é imposta.
A preocupação legalista pelos direitos dos animais faz, genericamente, todo o sentido.
Mas e no referente aos ditos “animais de estimação” e, como já reportei noutro post, convinha, antes de tudo o mais, definir, preto no branco, quais são os animais de estimação.
Que é um conceito quase impossível de definir em termos de objeto, porque essa definição depende de muitos contextos.
Desde logo se se trata de um contexto urbano, se de um rural.
Como é evidente, num contexto rural, de pessoas que disponham de espaço e condições, há um conjunto de animais que podem ser tidos como animais ditos de estimação, que num contexto urbano são completamente impossíveis de considerar.
Mas há por aí gente tão louca, que levam os mais imponderáveis animais como de “estimação” para os respetivos andares nos prédios das nossas cidades!
E, também no respeitante ao tratamento dado aos animais, atuar e autuar sobre espetáculos em que os animais são objetivamente torturados.
Isto é, haver a coragem de “pegar o touro pelos cornos”!
Mas os aspetos fundamentais neste assunto dos “direitos dos animais” continuam a ser esquecidos!
Para não referir que com esta preocupação dos “direitos dos animais” se esquecem dos “Direitos do Ser Humano”.
Porque em quantos contextos não são os Seres Humanos tratados abaixo de lixo?!
Para não falar daqueles Humanos que vivem abaixo das condições mínimas de dignidade e que todos os dias constatamos nas nossas cidades. E a quem já nem ligamos! É só vermos com olhos de ver!
Que eu sou totalmente contra o maltrato dos animais.
Mas os animais são os animais. E as pessoas têm o Dever de serem Pessoas!
O que não acontece.
*******
Hoje, atualmente, nestas modernidades a que o conceito de “politicamente correto” nos tem levado e neste enquadramento dos cães, que são os animais em que há unanimidade em considera-los como de estimação, a tudo nos querem sujeitar.
Para além de, ao sairmos do nosso apartamento,
- depararmos com um caniche qualquer a defecar ou urinar nas escadas, caso frequente;
- de as ombreiras dos prédios, os muros e muretes, pilares e postes e equipamentos coletivos, de variados serviços públicos, estarem devidamente “esterilizados” por milhares de mijadelas;
- de passeios, jardins e relvados, altamente estrumados por cacas de canídeos;
- ainda nos querem, as sumidades “defensoras” dos animais, brindar-nos com mais alguns "presentes".
Por ex., o “Jornal de Arroios” Nº 11, Junho 17, pg. 15, informa-nos que “Agora donos e cães podem partilhar o mesmo bebedouro de água”.
Mais!
Esta medida é destacada no próprio Editorial, como se tratasse da mais iluminada e iluminante modernidade!
Paralelamente, ou nem por isso, também se prevê no nosso Parlamento legislar sobre a entrada franca de animais de estimação nos cafés e restaurantes, sentarem-se à mesma mesa que clientes humanos. Talvez tomarem café e bagaço juntos!
Assombrosa e estimulante modernidade!
Que este país gosta de viver na m****, não duvido.
Mal saiu ainda da pré-história do saneamento básico… Sim, não é ainda há muito tempo que neste país existem as condições mínimas neste aspeto…
Pois, agora, que praticamente os alojamentos atuais estão dotados dessas serventias, pois é vermos as ruas, os passeios, os jardins, os parques, cheios de lixo e porcaria.
É só olhar e passear com olhos de ver!
E é esta a “modernidade” a que nos leva o “politicamente correto”!
E para que os nossos representantes se ocupam no nosso suprassumo legislativo!
(Notas Finais:
Imagem: in. ndonline.com.br.
Esta imagem foi propositadamente escolhida da net, por ser dúbia e irónica.
É por demais evidente que há "pedidos / exigências" que não podemos esperar dos animais. Precisamente. Porque pessoas são, em princípio, Pessoas. Animais são animais!
Mas há muito boa gente que acha que é tudo igual!)