Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Não sei o nome científico de nenhum. (Já havia referido essa minha lacuna?! Desculpe. Obrigado por me lembrar.)
Nomes comuns só sei o da 2ª foto, que pode ser designado como “Bufa de Lobo ou Bufa de Velha”. Terá outras nomenclaturas, conforme as regiões ou países. Antigamente, usavam os esporos deste cogumelo para sarar feridas.
Não tutela o postal, apesar do título, porque não tem uma imagem muito apelativa.
Escolhi outro cogumelo que é mais fotogénico!
Repare não só no item fundamental, como em toda a envolvência. Sempre materiais em decomposição. Folhas variadas, alguns ramitos de árvores, que eles vão transformando. São decompositores.
O seguinte, enquadrado no mesmo ambiente: folhas de azinheira ou sobreiro, raminhos secos. E umas ervitas. Este até pode ser facilmente confundido com o tortulho. Mas não me parece que seja!
O que se segue, assemelha-se ao anterior, desabrochado. Será?! O mesmo enquadramento, mas com um novo elemento. Uma bolinha vermelha, à esquerda. (Se fosse à direita e na TV, sabíamos o que era!) Neste caso, nesta foto, o que será?! Adiante, SFF!
Na foto subsequente, a envolvência observa-se bem. Mas o cogumelo?! Está apenas "em botão" e, realmente, é difícil de descobrir!
A seguir, um bem original! Enquadrado por várias "bolinhas vermelhas". O que serão?!
Pequeno, mas com um chapéu bem interessante!
Uma colónia de seres minúsculos, bem disfarçada no ambiente!
E este, será um tortulho?!
(Enquadra-o uma planta trepadeira, que conheço como pegamassa.)
Como pode observar, Caro/a Leitor/a, desconheço o nome científico de todos. A quase totalidade dos respetivos comuns. Além do mais, não sei sobre perigosidade, toxicidade, se venenosos ou não. Daí, os especiais cuidados. Não os apanhar! Não os colher! Fotografar, basta!
Se alguém, que ler este postal, souber os respetivos nomes científicos ou mesmo os comuns e quiser ter a amabilidade de os nomear, agradeço. Obrigado!
E, como escrevi em postal anterior, também sei o nome comum de um outro. Mas este ano ainda não encontrei nenhum. Tem um cheiro muito característico. Senti-o, quando andámos na Serra. Mas não localizei. Tem um nome comum muitíssimo peculiar e penso que o científico remete para a mesma significação. Mas... quando encontrar, postá-lo-ei.
Obrigado pela sua atenção. Bons passeios Outonais, com menos chuva!
Nestes últimos dias tem chovido água que Deus a mandou! Ou São Pedro!
"Deixa estar, que ela não fica lá". Dizia a Mãe, quase centenária, quando nos verões se falava da seca!
Tem chovido tanto que tem havido enxurradas pelos mais diversos lugares do nosso País. Este Outono tem tido características que, há vários anos, não observávamos. Depois de secas persistentes e de um ano particularmente quente no Verão, choveu ainda no final desta estação. Continuou chovendo regularmente, no Outono. As terras sequiosas foram absorvendo as águas. Pouco foi chegando às barragens, apesar de se irem compondo face à escassez de água que fomos lamentando todo este ano e anterior(es). Não chovia! As barragens não tinham água! Este drama atormentou-nos até há bem poucas semanas. E, era um facto!
Posso exemplificar. Ainda no passado dia 7, do corrente mês, nem há oito dias vai, passámos por Benavila, junto à Barragem do Maranhão. Pudemos constatar como a represa estava vazia. A norte desta localidade, corre a Ribeira de Serrazola, que desagua na Ribeira de Seda, represada na mencionada Barragem, cujas águas chegam até bem longe de Benavila, quase até Seda, quando o reservatório está cheio. Não era, nem de longe nem de perto, o caso. Esse ramo poder-se-ia atravessar a pé, partindo do Santuário da Senhora D’Entre-Águas, localizado a norte, em colina sobranceira às duas ribeiras, que aí confluem. Ribeira de Serrazola desagua na Ribeira de Seda. A ponte antiga que atravessa aquela ribeira, habitualmente submersa, estava completamente descoberta. Permitiria atravessar, a quem o quisesse fazer. (Tive pena de não ter tirado foto, mas estávamos com muita pressa, já era tarde e estava ameaçando chuva, como já dura há dias. As fotos ficariam semelhantes às que tirei em Outubro de 2019, já postadas.)
Em poucos dias, especialmente desde o final de semana, a chuva tem sido de tal intensidade que provocou estragos especialmente nas localidades. Particularmente nas ribeirinhas. Para essa situação, em especial na Grande Lisboa, contribui a orografia dos terrenos, sobremaneira o asfaltamento, a betonização. O deficiente Urbanismo! Mas o “mau tempo” continua por todo o lado.
Ontem, quando regressávamos a Portalegre, particularmente a partir de Estremoz, ainda mais após Monforte, os terrenos alagadíssimos. Regatos eram ribeiros! Estes, ribeiras! E aquelas, quase rios! Todas estas águas Monfortenses, Portalegrenses, irão desaguar direta ou indiretamente para a Ribeira de Seda e respetiva Barragem do Maranhão. Será que agora a barragem irá fazer o seu pleno?! Numa próxima viagem já a veremos completamente cheia?!
Ainda Portalegre. Aqui as chuvas têm sido intensíssimas! Avenida Pio XII, descendo da Serra, tem parecido uma verdadeira ribeira!
Bem gostaria de ir ver a Ribeira das Pedras e do Salto – Aldeia da Mata - que já galgaram as respetivas pontes!
“Momentos de Poesia” – 26/11/2022. Portalegre - Hotel José Régio.
Começo por referir que sou péssimo "repórter" e "cronista". Mas pretendo desenvolver um pouco mais o assunto, nomeadamente referir os nomes dos participantes. Conheço a quase totalidade, vários participam habitualmente, todavia, não sei o nome de muitos.
Nesta intervenção, pela primeira vez nestes eventos, utilizei o telemóvel para documentar as intervenções. Consegui! Contudo nas gravações não ficaram explícitos os nomes.
Valeu-me a informação prestada pela Organizadora de “Momentos”, Drª Deolinda Milhano, que me referiu os participantes em Poesia:
- Antónia Guerreiro (vinda do Algarve) - Luísa Carrilho - Rosário Relvas - Abílio Mourato - Maria Ana Salgueiro (vinda de Castelo de Vide) - Madalena Tavares - Maria Luísa Silva - Deolinda Milhano - Isabel Salpico (Cantora) - João Banheiro (Cantor, Músico, Apresentador...) - Francisco Carita Mata.
Estes participantes disseram Poesia de sua autoria ou de outros autores, lendo, recitando, declamando, cantando, acompanhando-se à guitarra, João Banheiro, ou à capela, Isabel Salpico e Abílio Mourato.
Também vieram outras pessoas que, não participando na Tertúlia, assistiram, nomeadamente de Algés e de Portalegre.
O Sarau iniciou-se e foi encerrado com o Grupo Coral de “Momentos de Poesia”, cantando o respetivo hino. Participantes do coro:
Rosário Relvas - Isabel Salpico - Maria Ana - Deolinda Milhano - Madalena Tavares - Luísa Carrilho -Abílio Mourato - José Cardoso.
Também idealizei documentar esta narrativa com foto do Grupo Coral. Tirei duas fotos, mas constatei que, em ambas, me falta um dos elementos do grupo. De modo que ainda não é desta que documento com foto de participantes. (De certo modo esta falha vai de encontro à minha relutância em publicar fotografias com pessoas.) Para documentar o texto incluo mais uma foto da Cidade de Régio, o que corresponde a um dos desideratos de “Momentos de Poesia”: Homenagear Portalegre!
A sessão decorreu muito bem. Agradeço a possibilidade de ter assistido ao desempenho dos vários participantes. Todos, a seu modo, nos encantaram e engrandeceram. Também estou grato pela oportunidade de ter participado.
É muito bom haver na Cidade estas Tertúlias. Os tempos recentes que temos vivido nestes últimos anos, desde o início da pandemia, 2020, têm dificultado as respetivas realizações. As vidas de cada um, igualmente. Mas é importante que aconteçam!
Notei a ausência de algumas pessoas que eram presença habitual. Algumas já nos deixaram. As Vidas complicam-se.
Carita não será propriamente um apelido muito vulgar.
Lopes, por exemplo, é muitíssimo mais difundido.
Todavia, no Alto Alentejo, conheço várias pessoas com este apelido. Dir-me-á: Pudera, é um dos apelidos na sua família, logo é natural que conheça um razoável número de pessoas assim apelidadas.
Verdade! Todavia muitas dessas pessoas não as conheço como pessoas da família. Aliás, essa é uma das minhas questões. Será que todos os Carita(s) têm ligações familiares entre si?! Não sei, realmente.
Os Caritas que conheço são da minha família, nomeadamente os que ascendem às localidades de Aldeia da Mata, de onde sou natural e os de Monte da Pedra. Mas no concelho de Crato, município a que pertencem as duas freguesias referidas, existem indivíduos com este sobrenome, mas que não conheço como familiares.
No distrito de Portalegre – Alto Alentejo, Norte Alentejano, este sobrenome também existe noutros concelhos. No próprio concelho de Portalegre existem Caritas. No de Castelo de Vide, no de Nisa e no de Campo Maior. Não sei se existem noutros concelhos deste distrito ou fora dele. Para além desta Região, também há pessoas assim nomeadas, mas integrantes da designada “Diáspora Alentejana”. Conheço em Almada e em Lisboa. Existirão também noutras regiões de Portugal?! Ignoro.
Relativamente aos Carita(s) da minha Família há uma particularidade que sempre me suscitou interesse e curiosidade. Uma parte significativa desses familiares teve ascendência num povoado que se extinguiu em meados do séc. XIX. Concretamente a aldeia do “Monte Chamisso”. Localizada no concelho do Crato, relativamente próxima de Aldeia da Mata, Monte da Pedra e Vale do Peso.
Uma das minhas trisavós paternas ainda viveu com a sua família nesta antiga aldeia. Daí tendo abalado, provavelmente nesses meados de Novecentos. Chamava-se Rosa de Matos, o marido, João Carita.
A minha Avó, Rosa de Matos Carita, 1893 -1978, falava dessa sua Avó e contava a história dessa abalada!
Em próximos postais irei escrevendo sobre este tema, contando algumas histórias.
(Umas em Aquém-tejo. Outras no Apeadeiro.)
Se O/A Caro/a Leitor/a conhecer algo relevante sobre este apelido, CARITA, comunique, SFF!
Decorreu, ontem, 26 de Novembro de 2022, a Tertúlia do XVI Aniversário de “Momentos de Poesia”. No Hotel José Régio, numa das Cidades do Poeta: Portalegre.
O título e subtítulo do postal evidenciam duas vertentes identitárias do evento: Amizade – Alegria. Acompanhadas de Poesia, Canto, Música, Fado. Belíssimos acompanhamentos! Durante duas horas viveram-se bonitos momentos de partilha entre os vários Tertulianos. Que quiseram ofertar-nos dádivas dos seus dotes artísticos nas áreas mencionadas.
Ouvimos canto e fado à capela, “soprando-nos ao vento” poemas próprios ou de outros autores, originais ou já publicados. Fado de Coimbra, de José Afonso. Poesia, Poesia, nunca é demais sublinhar e repetir, nos Fados e nos Cantos, mas também e muito especialmente, per si, que essa é a matriz e raiz fundamental do evento: “Momentos de Poesia”!
Foram tempos mágicos, em que já não participava, na Cidade de Régio, há três anos! Em Almada, em 2020! Foi a primeira Tertúlia que partilhei nestes tempos pós-Covid. (Pós-Covid?! A Covid já acabou?)
Obrigado aos organizadores, colaboradores, participantes, tertulianos, espetadores, donos do espaço. Muito especialmente a Drª Deolinda Milhano, Alma-Mater destes saraus. Não será decente sugerir que não desista, que persista, pois temos consciência que as contrariedades são sempre muitas.
Ilustro com fotos do original centro de mesa, por demais sugestivo. Folhas outonais. No Outono da Vida, que constatamos na maioria dos presentes.
E, por falar em presença e por Amizade, documento também com foto da rúbrica de um Amigo do Amigo João Banheiro que muito bem leu um Poema dedicado ao Alentejo de um Amigo que ele não sabe quem é.
É caso para se escrever: “Mas que raio de Amigo(s)!” Viva a Amizade!
Fui ontem entrevistado pelo radialista César Azeitona, para o programa supracitado, a transmitir em data a anunciar.
Quando o Sr. César Azeitona me convidou para a entrevista, embora eu inicialmente pensasse que seria destinada a minha Mãe, aceitei. Mas referi que seria uma oportunidade para eu “Dizer Poesia”. Para mim esse seria o objetivo fundamental da entrevista, até porque não “Dizia Poesia”, em público, desde Fevereiro de 2020. Ação ocorrida, na Oficina de Cultura - Almada, integrada na 26ª Festa das Artes da SCALA.
Foi o que aconteceu, ontem pela tarde, em estúdio, na Rádio Portalegre.
E o soneto “Cristo”, de José Régio, de “Biografia”, 6ª edição, 1978, Brasília Editora.
Falámos dos vários grupos de Poesia de que sou sócio ou frequento, dos blogues, também um pouco das vidas da Vida. Da minha Aldeia. De Portalegre, Almada. Mas a Poesia foi o traço estruturante. Aguardo o resultado final.
E termino com poesia, uma quadra, com que finalizei e que também encerra o livro “De altemira…”
Um poema de denúncia do atropelo aos direitos de seres humanos que, por serem “negros”, estão a ser impedidos de sair da Ucrânia, sendo preteridos face a outros que são “brancos”.
(Este postal não segue necessariamente os cânones do considerado “politicamente correto”!)
A guerra leva aos maiores flagelos da Humanidade e a desumanidade vem ao de cima, pelas mais diversas razões e por variadas formas.
O racismo é bem expresso nestas atitudes dos guardas.
Há jovens portugueses, estudantes de Erasmus, de Medicina. Um até é alentejano, de Évora e até viveu em Portalegre. Distrito onde até temos Médicos ucranianos, que muito estimamos!
E também há cidadãos de outros países a sofrerem pela mesma razão discriminatória!