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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Elas aí estão: a eleição antecipada e a campanha eleitoral…

Plátano do Rossio. Original. Março.23.

... Aproximando-se da reta final.

Já o escrevi e repito. Não concordo com eleições antecipadas. Bem podiam ter sido evitadas, tanto estas, quanto as anteriores. Bastava tão simplesmente que, quem mais pode e manda nestes assuntos, tivesse agido de outro modo. Mas elas aí estão e há que votar. Esse foi um dos desideratos do “25 de Abril” e há que concretizá-lo. A Liberdade, nomeadamente a de expressão, foi uma das conquistas alcançadas. Muito boa e santa gente que por aí perora, por tudo e por nada, não imagina sequer as dificuldades em publicar, opinar. Ademais antes do advento das novas tecnologias de informação. Hoje, queixamo-nos de tudo e nada, mas vivemos num Portugal substancialmente melhor do que há cinquenta anos! Obviamente, muitos fatores, múltiplos e diversos, para isso contribuíram.

Quando olhamos para o panorama partidário, não falta por onde escolher. Mas quem não tem quaisquer interesses partidários nem pensa auferir qualquer benefício por partido X ou Y vir a governar, a decisão não é fácil. Vai-se pelo mal menor!

Olhando para os atuais dirigentes partidários, o panorama é o que é. Cada qual formule a opinião que muito bem entender, sobre a respetiva qualidade. Sem fanatismos partidários ou clubísticos, o panorama é realmente desolador. Lembrando-nos dos históricos da Democracia, nos finais de setenta - Freitas do Amaral, Sá Carneiro, Gonçalo Ribeiro Teles, Mário Soares, Álvaro Cunhal, o General Ramalho Eanes como Presidente da República e comparando com o panorama atual….

Mas… não falta por onde escolher. Quase uma vintena de candidaturas!

Mas votar num distrito em que se elegem apenas dois deputados tem os seus constrangimentos. São de menos?! São de mais?! Depende. Nomeadamente do trabalho que façam e do que pugnem pelo distrito.

Naquele em que me insiro – Portalegre – faltam obras estruturantes, que tardam há mais de trinta anos: o IP2, que está estrangulado em vários locais. Que conheça, desde logo a ligação à A23. Tanto se fala em pontes no Tejo, lá para as Lisboas… Os “cruzamentos” entre Alagoa e Flor da Rosa, o de Lourenço de Mamporcão; a travessia dos Fortios, a entrada em Portalegre – desnecessária; o viaduto sobre a Linha do Leste, na estação de Portalegre. E a travessia de Estremoz, em que o traçado deveria estar desviado da cidade, desde que este itinerário principal foi iniciado.

Estes alguns constrangimentos que conheço.

A Linha do Leste, devidamente estruturada, eletrificada, constituí-la como estruturante para o transporte de mercadorias de Espanha para Portugal e vice-versa. Tanto se fala em TGVs!

Obras que faltam e que estes dois deputados que têm andado pela Assembleia se têm esquecido! Deputados a menos?! Não sei! Sei que Lisboa e Porto têm demais!

Votar? Não votar?! Votar. Sim! E tanto assim que até já votámos antecipadamente!

Refletidamente!       

Pois… Caro/a Leitor/a, faça favor de votar, segundo as suas convicções. Candidatos não faltam!

Sondagens?! Muita manipulação pelo meio.

Saúde e Paz!

"Os nossos Poetas - José Duro"

Plátano. Portalegre. Foto original. Março. 2023.

Caro Carita, caso queira, terei muito gosto de ver este artigo incluído no seu excelente magazine.

Abraços,

Rolando Maria Olívia.

*******

Alameda Corredoura. Foto original. Out. 23.

OS NOSSOS POETAS

JOSÉ DURO

Com a morte na alma

Parece que existem certos seres humanos marcados desde o princípio da sua vida para penarem até ao fim e morrerem jovens. É o caso do poeta de que hoje nos ocupamos. José António Duro, nascido em Portalegre a 22 de Outubro de 1875, abandonado à nascença, foi registado como filho de pais incógnitos. Seria a sua querida avó, quem mais recordaria em termos afectivos, na sua curta vida. «Ó minha avozinha, Lua de Janeiro / Branca de cuidados / Olha o teu netinho - face de coveiro / E olhos encovados…»

Na sua infância brincou e frequentou a escola primária na cidade natal. Mais tarde, o liceu. Não se tendo dado bem com a matemática, José Duro escolheu a Escola Politécnica e os seus estudos levaram-no à cidade do Porto e também a Lisboa, onde igualmente não se deu bem, tendo regressado a Portalegre.

Em Lisboa, o convívio com os jovens dados às letras, às tertúlias e às farras, fizeram-no sonhar e escrever os primeiros textos e colaborar em jornais. Numa revista lisboeta sai o soneto A Morte, tema fantasma que o perseguiria sempre. «Ó morte, vai buscar a raiva abençoada com que matas o mal e geras novos seres…»

A colaboração em jornais, mais em prosa do que em poesia, repartiu-se pelos periódicos Diário de Elvas, Campeão de Portalegre, Comércio do Alentejo, o Distrito de Portalegre, A Plebe e Branco e Negro. Textos inéditos seriam posteriormente publicados na imprensa da época.

A tristeza e a intuição de uma morte anunciada e iminente sempre o perseguiram e ocuparam a maioria da sua poesia, como Dor Suprema, O Coveiro e Doente. Em 1896 é publicado em Portalegre, o folheto Flores, e, dois anos mais tarde, o livro Fel, numa altura em que já se sabia tuberculoso e sem esperança. Pouca produção numa vida breve e que mais não permitiu. Por esse motivo repleto de desespero, revolta e melancolia sem fim. «Bendita sejas tu, ó morte, inexorável / Pelo mundo a chorar, desde que o mundo existe» e ainda «Que eu vivo ao abandono e sou miserável / Aos tombos pela vida, em busca de mim mesmo…»

Admiradores da sua poesia, entre muitos, foram Irene Lisboa, Augusto de Castro e José Régio, que sobre ele escreveu: «Se há poeta que não baste admirar, mas que é preciso amar, esse é José Duro.»

Qual o jovem na flor da vida que não se revoltará de ver a vida a fugir-lhe, com as asas cortadas antes de conseguir voar e numa alma sensível, ensombrada e amordaçada? Daí a mágoa, assim expressa em Doente:

«Quando o meu corpo, já sem vida, inerme,

Lançado for à podridão do verme.

- Se ele é verme também, e o verme é pó

Porque de todo o meu olhar eu cerre,

Pede, pede ao coveiro que me enterre

Na terra mais humilde, ó minha avó!

 

Escrevo e choro; dói-me a alma; tenho febre

Não sei quantos graus - calor insuportável;

- Moderno Lázaro – ó que vida miserável

Eu vivo aqui. Doente e só, no meu casebre…»

*******

Amargura. Foto Original. Set.23.

José Duro, poeta decadentista, a quem a vida mais não concedeu do que 24 anos de idade, faleceria em 1899, da tuberculose de que sofria e lhe minava o corpo e a alma. Deixou-nos as suas palavras de um desespero sem fim, melancólicas, trágicas, mas belas, como aqueles sonhos bonitos que se deixam apenas deslumbrar, mas que se sabem fatalmente perdidos.

Um poeta sofredor.

Texto de ROLANDO AMADO RAIMUNDO - (29/01/2024)

 

Momentos de Poesia - 17º Aniversário

Cartaz de Divulgação deste evento único e emblemático da Cidade de Régio.

Momentos de Poesia!

Cartaz Modelo - Cópia.jpg

Uma iniciativa altamente louvável.

Parabéns a todos os Organizadores e Participantes.

Felicitações pelo Aniversário!

E, porque estamos numa das  "Cidades de Régio".

Régio. Foto original. 03.04.23.

E, ainda... Monumento icónico da Cidade:

O Plátano do Rossio

Plátano do Rossio. Foto original. 03. 04.23.

Votos de excelente realização, como é apanágio da Organização.

Saúde e Paz!

 

“Momentos de Poesia”: Homenagem a Miguel Joanes.

Castelo de Vide – Sábado 21/10/23 – 15h. 30’ – Igreja de S. Tiago.

Cartaz Momentos Poesia. Out. 23.

Ontem, apresentei divulgação de “Tertúlia de Poesia do CNAP“, em Lisboa.

Hoje, voltamos ao nosso querido Alentejo! Para divulgarmos outro Evento Poético: “Momentos de Poesia”.

Este acontecimento poético, pioneiro, único na Cidade de Régio – Portalegre, no próximo sábado, desloca-se a Castelo de Vide, outra das bonitas localidades deste Alentejo do Nordeste.

Para homenagear Miguel Joanes.

Miguel Joanes é um Poeta ímpar. “Repentista”! De improviso, cria Poesia! Por várias vezes em que assisti ou participei em “Momentos de Poesia”, no final, este Poeta “Dizia a sua Poesia” sobre o acontecimento. Em verso, nos contava – rimando - sobre a ocorrência, os participantes, os organizadores, particularidades, aspetos de realce ou que lhe despertaram atenção, no decorrer da sessão poética. Algo digno de se presenciar, de ouvir, de ver o seu estro, enfatizando a Palavra, o Verbo, a narrativa poética.

Bonita e merecida homenagem!  

O cartaz, em epígrafe, especifica sobre o assunto.

E também, para homenagearmos o Poeta, inserimos um dos poemas de sua autoria, de sugestivo título: Amigos!

          « AMIGOS»

«Eu tenho muitos amigos

Amigos serão de verdade

Meus amigos do presente

Amigos de toda a gente

Nas doenças e amizades

Amigos quantas saudades

Tenho amigos, muitos amigos,

Até não sei quantos são

Amigos do coração,

Na vida que imagem linda

Tenho amigos, sempre amigos

Quantos são, não sei ainda!...

 

Amigos dos bons “MOMENTOS”

E os d’alegres divertimentos

Os d’aventuras reais

Amigos, cada vez mais

Que sonham na vida e na paz

Cada amigo é bem capaz

De lutar p’la união

Eu tenho amigos, e amigos…

Amigos do coração!!!»

                                                               Miguel Joanes

*******

Flores silvestres. Março 2021

Parabéns a todos os Organizadores, com especial realce a Drª Deolinda Milhano e Sr. José! Votos de excelente evento!

Felicitações a Miguel Joanes e que ainda tenha oportunidade de o ouvir “Dizer a sua Poesia!

(Saúde e Paz!)

***

(Imagens:

Cartaz, cedido pela organização, bem como Poema.

Flores silvestres, da Serra de Portalegre: foto de minha autoria - Março - 2021.

Poema de Miguel Joanes.)

 

Na Rua da Amargura… um Museu de Arte Pastoril!

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

Na Cidade de Régio – Portalegre – Alentejo - Portugal

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

Pelas nossa Cidades, Vilas e Aldeias ainda há ruas atestando os seus nomes tradicionais!

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(Algo que se deveria manter, mesmo quando as (re)batizam com nome de alguém notável, ainda que ligado ao espaço em causa.)

Em Portalegre, há várias. Esta que costumo percorrer a pé, descendo ou subindo, conforme o sentido do percurso, possibilita a ligação mais rápida entre a zona do Mercado Municipal e o Rossio, do Plátano centenário. Tem um nome por demais interessante: Rua da Amargura!

Nome poético, quase de fado. Mas não é uma rua amarga. Até é acolhedora, alegre, sentido leste – oeste, casas de estilos diversos e épocas variadas.

Rua da Amargura. Foto original. Set. 23

Sempre que por lá passava, chamava-me a atenção uma placa, por cima de uma porta, anunciando “Oficina Artesanato… Galguinho…” Mas nunca a encontrara aberta.

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

Finalmente, no mês passado, calhou a porta estar aberta.

Claro! Não resisti. Pedi licença, entrei… Fiquei maravilhado!

Um local de trabalho, uma oficina, um Museu!

O Artesão:

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(António Adélio Baptista Real, também conhecido por “Galguinho”.)

Galguinho, porquê?! Porque, em novo, corria muito. Agora… já tem mais de setenta anos!

De profissão, “Técnico de Pecuária”, acompanhou vários Veterinários do Distrito. Depois de reformado, dedica-se com mais persistência ao trabalho artesanal, conhecido genericamente por “Arte Pastoril”: Cortiça, couro e cabedal, madeira…

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

Participou em inúmeras mostras, feiras, exposições, tendo ganho variados prémios.

Fabrica e vende as suas peças, avulso ou por encomenda. Precisa ter melhores condições de exposição das suas Obras de Arte.

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

Sugiro eu: o Mercado Municipal, que fica ali tão perto, não seria um bom local?!

(A propósito de Mercado Municipal, volto a sugerir – lá estou com as minhas manias – a sugerir que imaginem e executem meios e modos de instalar um “mercado / marca” moderno, que funcione como âncora para o Tradicional!)

Deixemo-nos de “invenções” e apreciemos o trabalho artístico do Sr. “Galguinho”:

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(Para além do que já apresentámos nas primeiras imagens, na anterior, temos presépios, um oratório, um pequeno bengaleiro, um cinzeiro, um tarro...)

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(Um banquinho em cortiça e uma tropeça / tropeço!)

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(Dois saleiros?)

***

E, para finalizar:

Arte Pastoril. Foto Original. 19.09.23.

(Um tarro, julgo que um saleiro (?) e outra tropeça.)

Cuidado, não tropece, SFF.

Caro/a Leitor/a,

Obrigado pela sua atenção. Se um dia visitar Portalegre, para além dos muitos atrativos que a Cidade tem, porque tem mesmo, dê um saltinho a esta Oficina - Museu.

Na Rua da Amargura... /

Que de amarga nada tem! /

...

Se quiser, construa uma quadra!

 

 

Ocasos, casos e acasos!

Pôr do sol. Foto original. 14.09.23.

Oh! Ocasos! 

Pôr do sol. Foto original. 30.08.23.

Os ocasos são acasos

Pôr do sol. Foto original. .23.

Que me calha d’encontrar

Pôr do sol. Foto original.23.

Todos eles são mais casos

Pôr do sol. Foto original. 23.

De o dia s’encerrar!

Loureiro. Foto original.23

*******

Quadra:

Os ocasos são acasos

Que me calha d’encontrar

Todos eles são mais casos

De o dia s’encerrar!

*******

Fotos?!

A 1ª, titulando o postal: Aldeia da Mata – 14/09.

2ª – Aldeia – 30 de Agosto.

3ª – Aldeia – 1 de Setembro.

4ª – Monte Gordo – 6 de Setembro.

5ª – Portalegre – 13 de Setembro - Serra da Penha, a partir do Boi D’Água.

6ª – O Loureiro do Chão da Atafona – 14/09/23. Efeitos dos calores de Agosto, em que o sol queimou as folhas das duas árvores desta espécie. Entrarão no respetivo ocaso?! Acredito que não. Entretanto, tem chovido.

*******

Ocaso, poente, pôr-do-sol!

Ocasos, poentes, ...

Qual é o plural de pôr-do-sol?!

*******

A Nossa Cidade!

“Pormaiores” da Cidade de Régio.

Hoje, de manhã, num dos noticiários, a propósito de JMJ, achei um piadão a Carlos Moedas, explanando sobre o assunto, falar tantas vezes sobre “a nossa cidade…”, “a nossa cidade…”

(…)

Não a propósito, porque já pensara divulgar imagens da “Cidade de Régio”, apresento algumas fotos de “pormaiores” da Cidade de Portalegre.

O Palácio Amarelo, imagem tutelar.

Palácio amarelo. Original. Jul. 23.

Frontaria dos antigos CTT.

CTT antigos. original. Jul.23.

Frontaria no Largo Frederico Laranjo.

Original. jul 23

E, o “Semeador”.

Semeador. Original. jul. 23.

Há alguns anos, pouco mais de dez, disseram-me que o modelo para esta estátua, cujo Autor me esqueci de registar, fora um trabalhador da Urra. Terá sido?!

(Fotos Originais, de 27 de Julho 23.)

Feliz semana. Adeus, Julho. Feliz Agosto.

 

O Mercado… o Fotógrafo... e...

No Mercado Municipal da Cidade de Régio!

Mercado Municipal. original. Jul. 23

(Fotos no Mercado Municipal e na Cidade de Portalegre.)

Como seria bom que o Mercado Municipal tivesse vida assim, todos os dias. Não apenas nos sábados de manhã.

Como seria isso possível?!

Verdadeiramente não sei, com certeza. Mas a existência de uma” loja / mercado moderno”, devidamente enquadrada no espaço do mercado municipal antigo, que funcionasse como “âncora”, não permitiria o funcionamento mais regular do próprio mercado tradicional?!

Digo eu… sei lá!

Como seria isso possível?!

E se lançassem um concurso de ideias sobre o assunto?! Arquitetos, urbanistas, engenheiros, Cidadãos em geral poderão ter opiniões válidas… Ou não?!

Volto a frisar algo que já mencionei noutros postais.

A concentração de todas as grandes superfícies comerciais na “Zona Industrial”, umas “em cima das outras” foi um erro de estratégia urbanística. Futuramente, a haver outras superfícies comerciais a quererem instalar-se na Cidade, porque não alocá-las mais próximo da Cidade tradicional?!

Digo eu… sei lá!

E o Fotógrafo tradicional… no Mercado tradicional!

Fotógrafo. original. Jul 23.

(As fotos anteriores são de hoje, 29 de Julho de 2023!)

As fotos seguintes são de anteontem, 27 de Julho.

Vista da Peneplanície Alentejana:

Peneplanície alentejana. Original. Jul. 23

E da Serra da Penha:

Serra. Original. Jul.23.

(No seu perfil “quase vulcânico”. O Sol quase a pôr-se!"

 

“Gentes da Gente” foi ao Chamiço!

Ponte do Chamiço. Foto original. 02.02.23.

Rádio Portalegre – Monte da Pedra – Chamiço.

O Programa “Gentes da Gente”, da Rádio Portalegre, de 20/05/23, debruçou-se sobre o Chamiço, coincidindo com a tradicional Romaria, também realizada nesse dia.

Ouvi o programa com atenção, entre as sete e as nove horas da manhã. Gostei. Aprendi sobre aspetos que pouco ou nada sabia.

Os meus parabéns à Rádio Portalegre, ao programa “Gentes da Gente”, ao Sr. César Azeitona, pela operacionalização desta iniciativa. Ficámos todos a ganhar. A Região, o nosso Alentejo, as várias comunidades envolvidas. As Pessoas, que é esse o grande mérito do Programa. Valorização das “Gentes”!

(O Sr. César levantou as questões pertinentes.)

Os meus parabéns e agradecimento especial a todos os participantes, nas diversas vertentes do evento. No que é audível / visível e no que se infere dos bastidores.

Realço o testemunho das Senhoras entrevistadas, sem menosprezo das intervenções de todos os outros participantes. Porquê?! Porque permitiram-nos percecionar como se processou o reativar de alguma vida no antigo povoado. Através da romaria e da restauração da igreja, elas foram e são intervenientes ativas dessa ação.

O papel fulcral do Casal Pestana: Sr. António da Rosa Pestana e a esposa Dona Lúcia Maria, ambos já falecidos, foram os grandes dinamizadores / criadores das ações inerentes a esta Romaria - desde a sua génese.

Inferimos, a partir do que nos dizem as entrevistadas, que estas romagens ter-se-ão iniciado em finais de cinquenta / inícios dos anos sessenta, do século XX.

(Nas entrevistas, elas explicam-nos como tudo se iniciou e processou.)

Também, de algum modo, conseguimos deduzir como do orago “Martle Santo” / São Sebastião, da ancestral povoação habitada até meados do séc. XIX, se passou a venerar Santo Isidro, a partir de meados do séc. XX. (Entre as duas situações medeiam cerca de cem anos. Na década de trinta, do séc. XX, a igreja ainda estava em ruínas, conforme se observa em “Etnografia Portuguesa” Vol. IV, - Ed. 1958 - pp. 648, 649, 652, 653.)

Este santo é patrono dos agricultores e é venerado no mês de Maio. A romaria é na altura da Ascensão, tendo sido inicialmente na 5ª feira respetiva – 40 dias após a Páscoa – quando era feriado, passando depois para domingo seguinte. Atualmente, no sábado, que é mais adequado à vida atual, pois, sendo romaria, vem muita gente de Monte da Pedra, que vive fora.

(O painel do santo, em azulejo, na atual igreja restaurada, é de autoria de Quim Bragança.)

*******

Por agora, e em Aquém-Tejo, fico por aqui

Foto de Chamiço, tirada na visita efetuada em 02/02/23.

Simbolicamente, a Ponte. Verdadeiro Monumento ancestral, arquitetonicamente de grande harmonia, mas que está em processo de degradação. Deve ser classificada, como todo o conjunto envolvente - material e imaterial – a romaria e também as tradições do séc. XX inerentes.

Consulte também, SFF:

- Rádio Portalegre – Gentes da Gente no Chamiço – 20/05/23

O Chamiço, antiga freguesia do Priorado do Crato

Chamiço: Cruzamentos de Vidas!

O Chamiço em “Etnografia Portuguesa”

Ainda o despovoamento do Chamiço

 

Hoje é “Dia da Cidade de Régio”

Neste ano, com número bem especial: 23/05/23.

Também uma das minhas Cidades!

Estando na minha Aldeia, envio uns ramalhetes de lindas flores:

Entrada Aldeia. Original. 18.05.23.

Estando em terrenos particulares, estão por demais visíveis.

Disponíveis para qualquer transeunte poder apreciar.

Aloendro. original. 18.05.23.

Indo a pé ou de carro.

(No Caminho da Fonte da Bica.)

Figueira da Índia. original. 18.05.23.

Não as nomeio, porque julgo serem facilmente identificáveis.

Cacto. Original. 19.05.23.

Bons passeios e excelentes “Festas da Cidade”!

Rosas. original. 19.05.23

(Fotos de 19/05/23)

Uma peculiaridade destas Festas é que habitualmente chove!

 

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