Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
As fotos apresentam um panorama comum a muitas das cidades, vilas e aldeias de Portugal.
Bancos, (de sentar), impedidos de exercerem a sua mais banal e primitiva função. Permitirem aos habituais caminhantes, descansarem os cus no tabuado.
Com esta coisa da Covid, o pessoal das conversadeiras de café, não só não tem os ditos cujos, nem as proverbiais esplanadas e nem sequer os bancos de jardim!
A mim não me faz qualquer diferença. Gosto de caminhar, mas não tenho hábito de me amesendar em quaisquer dos citados utensílios.
E, sim! Se estamos de confinamento não é hora, nem tempo de abancar. (O tempo até tem estado de chuva! Que também nunca mais acaba! Já estamos fartos de tanto chover!)
E sobre o confinamento, sim, aguentem-se até depois da Páscoa. Depois, sim, iniciem o desconfinamento, mas gradual e de forma faseada.
E estudem bem os assuntos, aliás têm tido muito tempo para isso. Não façam as coisas precipitadas e atabalhoadas.
E sobre bancos, os que precisavam de serem interditados, bem sei eu quais são.
Ai! As comissões… as comichões que me fazem!
*******
As fotos?!
Bem... As fotos seguirão quando o sistema me permitir efetuar a transferência do computador para o postal. Ultimamente anda com imensa dificuldade em efetuar essa operação. Não sei o que se passa. Bem sei que as fotos não são por aí além... mas funcionam como documentais. Tenho que perguntar à Equipa SAPO.
Bem... Finalmente! Já depois das 21 horas e após uma viagem, e consequente mudança de local, consegui transferir as fotos documentais, para o postal.
Obrigado pela atenção e amabilidade de ler este postal. Votos de Muita Saúde!
Por isso, neste quinto-centésimo post, aproveito para dar a conhecer a Agenda da APP – Associação Portuguesa de Poetas, de Março, como tenho feito ao longo destes anos de blogue.
Anexo dois links, para blogues que subscrevo e sigo sempre com atenção, que nos trazem sempre lindas Poesias, ilustradas por sugestivas e belíssimas imagens:
De Chagas Ramos, ficaria muito apelativo, como ilustração, um desenho do próprio. Que desenha muito bem! Não tendo eu nada disponível, terei que me socorrer de alguma imagem da net. (...)
Mas não!
Lembrei-me de uma foto de D.A.P.L. Uma ponte, que é um caminho e uma metáfora da Vida, entre cá...e lá! E um corrimão sempre aberto... ao Destino.
"... Assim temos por destino/Dois caminhos predestinados..."
Hoje, neste Post Nº 303, divulgamos o Poema “Pinhão”, de Carvalho Marques, de Santarém.
“Pinhão”
“Arreganhando os dentes
Cachopas e rapazolas
Salpicam os morros
Que encurralam
As águas
Do rio Douro
Eles podam vimes
Eles sacham vinhas
Eles sulfatam bagos
As uvas
São o seu ouro
O seu tesouro
Tesouro
Douro...”
Carvalho Marques, Santarém
Ilustramos com uma foto original, cortesia de “Tâmara Júnior”, in blogue: “Andarilho de Andanhos”. Imagem de uma vindimadeira, em azulejo, de J. Oliveira, na estação ferroviária do Pinhão. Numa linha de caminho de ferro que é um Monumento!
Ilustro com uma foto, também original de D.A.P.L., de Cacela Velha, com placa indicativa do nome de rua atribuída à Poetisa Sophia de Mello Breyner.
Nesta localidade, Cacela, também nasceu um Poeta, na época muçulmana, de cujo nome não me lembro, mas de que também há referência na localidade.
Um lugar mágico e inspirador!
E este post segue na sequência do que foi dedicado, ontem, ao Romance, “O Príncipe com Orelhas de Burro” de José Régio, Poeta que muito aprecio. Talvez, noutro dia, a ele volte novamente. Quem sabe?!
Depois de um interregno na divulgação de Poemas da Antologia, regressamos, no cumprimento do objetivo que nos propusemos. Divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.
Neste Post Nº 291, damos a conhecer no blogue, “Homenagem aos Idosos”, de Joaquina da Conceição Martins Semedo, de Urra, Portalegre.
“Homenagem aos Idosos”
"Ser idoso é ter coragem
Para a realidade enfrentar
Eu lhe mando minha mensagem
Não se esquecem de rezar.
Não esqueçam a oração
Que nos ajuda a viver
Para na mesa haver pão
Temos que a Deus agradecer.
Ninguém esqueça o valor
Da arma de São José
A dor é o grande amor
A oração e a fé.
Que o amor seja igual
Eu peço na minha oração
Não seja só no Natal
Mas sim em toda a junção.
Que haja uma luz divinal
Que haja mais compreensão
Que em todo o mundo em geral
Que nunca faltasse o pão.
Em letras venho mandar
Numa linda florinha
Para todos saudar
Seja idoso ou idosinha.
Para todo o idosinho
Que se fartou com trabalhar
Mando-lhe um beijo em pergaminho
Para todos homenagear."
Joaquina da Conceição Martins Semedo, Urra (Portalegre)
E ilustra-se o Poema, com uma imagem com que também já ilustrei uma Quadra sobre o Natal!
A estruturação narrativa dos episódios desta série centra-se, temporalmente, em 1957, o tempo presente.
A ação decorre em Essen, na Villa Huguell, onde Bertha Krupp convalesce, de um AVC (?), na sequência de discussão com o filho Alfried, novamente por causa da possível sucessão na Firma, neste caso face ao neto, filho de Alfried e Anneliese, Arndt de nome.
Também em Essen, mas na casa de Alfried, este e o irmão Harald também fazem o respetivo balanço das suas vidas. Do passado e do futuro. Lembrando Harald o sofrimento do irmão, por ter desistido de Anneliese.
Enquanto convalesce, Berha aguarda que o filho primogénito, Alfried, a venha visitar e pedir perdão, ignora Harald, que não é Krupp, e vai desfiando as suas memórias, em conversa com a criada de quarto.
Através da sua peculiar visão do mundo, ficámos a conhecer episódios da sua vida pessoal e familiar, entrosados na História da sua Pátria, a Alemanha e da sua Mátria, a Empresa Krupp, de que ela era a herdeira universal e que ela considerava, de algum modo, também a sua Família, estruturando este conceito de forma alargada a todos os trabalhadores da Empresa: os Kruppianos.
Faz essa análise e retrospetiva, de certa forma, distanciada no tempo, mas também com uma certa distância quase autista, como se os acontecimentos em que a sua Família esteve diretamente envolvida, foi participante ativa, teve um papel decisivo, fossem isentos de juízos de valor. Estivessem para além da realidade Ética, do Bem e do Mal.
Alguma vez se observa nesta mulher um olhar crítico, reprovador ou de arrependimento face aos atos e barbaridades a que a sua ação, enquanto dona da Firma Krupp, a possa ter levado direta ou indiretamente?!
Seja no plano da sua família nuclear, a relação com o filho primogénito; quer avaliando as consequências dos seus atos face à sua Pátria e ao Mundo, na sequência das trágicas duas Guerras Mundiais, em que as empresas Krupp tiveram um papel decisivo no fornecimento de armas. Ao regime nazi, na Segunda e aos vários beligerantes da Primeira, mesmo que estivessem em lados opostos das trincheiras.
É algo que me impressiona, questão que já levantei num post, é se estas Personagens que têm um papel crucial nas Guerras, as atuais também, se estas pessoas que produzem, financiam, fornecem as armas, alimentando as Guerras, não se interrogam sobre este seu papel tão cruel e destruidor da Humanidade!
E parafraseando as produções da Krupp, fabricar tanques de guerra ou tratores agrícolas será a mesma coisa?! Produzir eletrodomésticos ou bombas terá o mesmo efeito?!
E aqui faço um intervalo musical, imaginando, e lembrando como o som vai acompanhando a narrativa, seja com um solo de piano, uma orquestra melodiosa ou quando o realizador nos quer alertar para a carnificina das guerras, em que se ouvem os corvos a grasnar.
A Música, repito, tem um papel fundamental na condução da narrativa!
O realizador é também o narrador, melhor, o narrador principal, porque mesmo colocando a narração centrada em Bertha e Alfried, é ele, com o argumentista, que conduzem a narrativa pelas vias que pretendem. E, já frisei. Acho que ele(s) deram um determinado rumo à História, não relevando ou omitindo aspetos parcelares.
Por ex. a questão dos “Crimes de Guerra”. Esta questão é aflorada pela voz de Harald, considerando-se injustiçado por ter pago doze anos de prisão na União Soviética, por ser um Krupp, quando a própria mãe não o reconhece como tal!
Mas é alguma coisa mencionada relativamente a Alfried e ao pai Gustav, neste também no respeitante à 1ª Grande Guerra?!
E, relativamente a Bertha, esteve ela acima e para além de todas essas coisas?!
A ação de Bertha centra-se principalmente na continuidade sucessória da Firma, encaminhando Alfried para a assunção destas funções. Tanto mais que o pai, Gustav, ia ficando mais velho e doente.
E, nos finais de trinta e princípios de quarenta, era essa a primordial preocupação de ambos os progenitores.
A relação com o Poder Político é sempre um dos leit-motiv do enredo. Esta Família esteve sempre umbilicalmente ligada ao Poder. Ao Político, nomeadamente. Nesses conturbados anos, encabeçando Hitler esse Poder, esse relacionamento nem sempre foi linear.
As visitas dos poderosos à Villa Huguell eram uma das formas de se criarem ou estreitarem esses laços de interdependência.
Com o Kaiser Guilherme II essas visitas eram frequentes, tendo este até um quarto específico na Villa. O Quarto do Kaiser! Que era um local de refúgio para Alfried!
Hitler não tinha esse privilégio, evidentemente. Não tinha condição Real.
Na 1ª visita, em 1937, Bertha nem se dignou recebê-lo e aos seus apaniguados.
“Não vou receber esses campónios! Diz que estou com uma enxaqueca.” Recomendou ao marido, Gustav. E ficou a espreitá-los e ouvi-los nos corredores.
Mas em 1938 já foi diferente.
Entretanto Alfried assumira a direção produtiva do armamento nas fábricas e, na frente ocidental, as tropas alemãs posicionavam-se perto das fronteiras.
Nesse ano houve nova receção ao Fuhrer.
Aí, já Bertha esteve presente.
Quem não teve direito a participar foi a nora Anneliese. Que, coitada, até chorou e se embebedou! Valia a pena!...
Mas aqueles ainda eram os anos dourados pré guerra, em que os alemães, na sua maioria, efabulavam Hitler e o seu poderio.
Mas também foi narrado que Fritz Thyssen havia sido enviado para um campo de concentração, na sequência de carta contestatária enviada ao Ditador.
Que, em contrapartida, ofereceu o emblema dourado do partido, a Gustav, envaidecendo Bertha!
Pelos vistos já não seria campónio...
E na estrutura narrativa, a distância entre o tempo presente, 1957, e as lembranças do passado vão-se aproximando.
Anos quarenta. A guerra no auge. Os irmãos, Harald e Eckbert, nela participantes. O último aí morreria. Carl morrera antes, num voo de treino.
1943, ano crucial no desenvolvimento da guerra.
Da Villa Huguell, Bertha avistava os sinais dos bombardeamentos, ao longe. Aviões sobrevoavam os céus.
Alfried, finalmente, assume a direção completa da Firma, que, por decisão de Hitler, passara a ser sua propriedade.
E foi no correspondente conselho de administração que, até Bertha fez a celebérrima saudação verbal e com o braço estendido.
Mas, foi também nesse ano que a Gestapo prendeu os tios Tilo e Bárbara!
1945: As fábricas destruídas; Alfried deambulando entre os escombros; o conselho avisado de um funcionário kruppiano, para fugir... as jovens judias aparecendo e escapulindo-se novamente para as ruínas... os aviões aliados sobrevoando os ares... e, na música, os corvos grasnando.
E o tempo narrativo salta novamente para 1957. Conversa ou debate entre irmãos, Harald e Alfried, que acentua: “Sou um Krupp. Foi para isso que me preparei desde criança!”
Como se fora um Rei, preparado pela Rainha – Mãe, Bertha Krupp, direi eu.
E o tempo retorna novamente a 1945, em que Alfried, assumindo essa condição de Krupp, na Villa Huguell, pelos vistos poupada aos bombardeamentos, dá uma última volta pelos salões austeros e, impecavelmente trajado, desce a escadaria para ser levado num jipe aliado, li que das tropas canadenses, para ser preso.
E, em termos de imagens, assim termina este episódio, não sem que a Música, extraordinária e maravilhosamente, nos embale na leitura do genérico.
Após dois posts a formular perguntas ou questões, não sei se pertinentes, se impertinentes, se ingénuas, se inconvenientes, lanço mais uma “Adivinha”, ou charada, chamemos-lhe o que acharmos mais conveniente… Ou impertinente!
Uma vez que nestes últimos posts nos temos dedicado a questionar, continuamos neste, na mesma onda de fazer perguntas.
Reformulo e repito. Não sei se estas são pertinentes, se inconvenientes, quiçá ingénuas, talvez insólitas.
Vejamos…
Perante esta estranha criatura, ocorre-me perguntar, o que será.
- Um protótipo para um novo modelo de telemóvel, de cariz orgânico?
- Um alienígena proveniente do espaço sideral?
- Um ovni acabado de pousar numa pista de aterragem terrestre?
- Algum sujeito que anda por aí perdido à procura de protagonismo na comunicação social?
- Um fenómeno do Entroncamento?
- Uma pomba disfarçada de molusco?
- Uma granada de mão, de caráter ecológico?
- Alguém interessado em participar no próximo espetáculo da realidade?
- Um disfarçado de Carnaval?
- Um novo modelo de bola para um novo tipo de jogo?
- (…)
- O que será?!
- (…)
Sugira-nos a sua ideia, como se fosse uma "tempestade mental"! S.F.F.
- Realce-se que a foto é um original de D.A.P.L., 2015.
Neste Post Nº 282, publicamos online o Poema “Idílios Amorosos”, de José Eliseu, de Mexilhoeira Grande – Algarve.
“Idílios Amorosos”
“O teu sorriso
tão puro e doce
lembrava-me sabores de guloseima.
Favos de mel
ou girassóis
abrindo em madrugadas
de estios abafados
enquanto ao longe
o rouxinol chilreava
a um sol preguiçoso…
Como é bom sentir
o teu doce calor de Primavera
como rosas ou rosmaninhos
a desabrochar…
Como é bom sonhar
os nossos idílios amorosos
enquanto a lua se esconde
entre nuvens cobreadas…
Sonhei contigo
num campo de cerejeiras bravas
entre odores inebriantes…
Quando acordei
rebolávamo-nos
em trigais enrubescidos
de papoilas
soltas ao vento…”
José Eliseu, Mexilhoeira Grande – Algarve
Ilustramos esta Poesia com “… doce calor de Primavera/como rosas…”
José Eliseu também desenha muito bem. No exemplar da Antologia que guardo autografado pelos confrades, de quem já tive a possibilidade de obter autógrafo, José Eliseu teve a amabilidade de me ilustrar o seu trabalho poético com um bonito e peculiar desenho, que executou de forma rápida e espontânea, deste modo valorizando ainda mais o poema e o livro.
Se, eventualmente, um dia, tiver a possibilidade de criar um desenho para este poema, terei muito gosto em divulgá-lo.
Ponto Prévio: Interrompemos a divulgação de Poesia da “Nossa” Antologia, para abordarmos um “tema quente”, que nos diz respeito a Todos, enquanto Cidadãos, embora possamos ter opiniões diversas, mas com Direito a expô-las, que é por isso que vivemos em Democracia. E também porque a “internet”, permite-nos precisamente usar essa Liberdade de Expressão de forma universal, procurando sempre respeitar a Liberdade dos Outros.
Mas, hoje, neste Post Nº 278, divulgamos, novamente, Poesia.
Damos a conhecer, ao Mundo de Internautas, o Poema intitulado: “Poema (incompleto)… do Amor”, de José Narciso, de Trafaria.
Poema (incompleto)… do Amor
O Amor… é um doce condão
…é um olhar que brilha
Na diferença da rotina
… é um cheiro inesquecível
De uma mensagem divina
É um sonho vivo
Eterno enquanto dura
O Amor é… música de embalar
Numa prenda de natal
É a entrega dos corpos
No dar as mãos ao ventre
É um coração aconchegado
No crescimento por dentro
O Amor é… Um solidário beijo
Na palavra de um poeta
É sensualidade e ternura
Sentimento e loucura
O Amor é… a lágrima da felicidade
Como o sol que nos ilumina
O Amor… É a lua que cura a ferida
No caminho para o Amor…
Jnarciso
O AMOR É UMA CAUSA MAIOR!!
MANDELA, UM EXEMPLO DE AMOR A UMA CAUSA…!!
José Narciso, Trafaria
Os Poemas deste antologiado estão ambos ilustrados com sugestivos e originais desenhos do próprio. Não me sendo possível digitalizá-los, apresento uma reprodução de um Cartão de A. P. B. P.., de “…prenda de natal…”.
Caso o Autor me venha a disponibilizar um original, em suporte digital, terei muito gosto em divulgá-lo neste blogue “aquem-tejo...”