Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
No passado dia 24, sábado, divulgámos o poema "ÍCARO!", inspirado no correspondente mito da Grécia Antiga (1100 A.C. – 146 A.C.), mas numa desconstrução desse mito.
No dia 25, domingo, houve eleições na Grécia atual.
Saiu vencedor o partido SYRIZA. Uma vitória que, de algum modo, também desconstrói o tradicional dos resultados nas eleições nos diversos países europeus.
Pelo menos, por agora, SYRIZA atingiu o paradigma de ÍCARO, poema! Está “bem lá no cimo, entre nuvens”. “…Entre os seus sonhos!”
Agora é preciso construir a realidade. Conseguirá SYRIZA continuar a voar, “com asas tão de cera”?!
Perdoarão os Deuses tamanha ousadia?!
Ou farão como no tradicional mito da Grécia Antiga e haverá o final de Ícaro como no mito clássico?!
Europa, cujo nome também deriva de um mito grego, fará aqui o papel dos Deuses. Que papel?!
Lembre-se a EUROPA, melhor, quem nela manda, que Ícaro, na realidade atual, não é um mito, não é sequer e apenas um partido, é todo um Povo, uma Nação que afundando-se levará com ela outras Nações e outros Povos. E o mito Europa desfazer-se-á, lenta(?), mas inexoravelmente.