Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O nº de novos casos de Covid desceu relativamente face aos dias anteriores: 6923, nas últimas 24 horas. Surpreendeu-me, sempre pensei que, apesar do confinamento, havendo eleições, os novos casos aumentariam. Felizmente que não. Já as mortes, 252, mantêm-se no mesmo nível. Infelizmente.
Realizadas as eleições, há que dar os parabéns ao Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa. Presidente eleito de todos os Portugueses, como frisou e já fizera há cinco anos. Pois, nisso não pode haver quaisquer dúvidas. Quem é eleito, é-o para ser de todos nós, Portugueses.
Como prioridade do seu cargo, define o combate à pandemia. Nem podia ser de outro modo.
As nossas governanças precisam de ser coerentes e direcionadas nesse combate, canalizando recursos para esse fim. Mas também precisam consciencializar que esse vírus e outros que poderão advir farão parte do universo futuro da nossa saúde. Não será fácil e rápida a respetiva erradicação. Daí a prevenção para tal.
Outro registo de comentário.
Várias chefias partidárias apressaram-se a reclamar vitória através desta eleição. Fará algum sentido? O mérito é do candidato eleito. Digo eu!
Até poderão e deverão considerá-lo como seu presidente, porque é essa função que ele representa e incorpora. Independentemente de terem ou não votado nele ou até de não se reverem na República. Mas o mérito na vitória é do próprio.
Ex: Voto eletrónico, Voto por correspondência. Outros modalidades mais consentâneas com a vida atual e que nos permitam votar à distância. Esta situação não se aplica só aos emigrantes. Também aos migrantes!
Saúde, muita e da boa!
(Foto? Parra! Parra que dê uvas. É o que precisamos em Portugal. Parras que dêem uvas!)
0 – Volto a interromper a divulgação dos Poemas da XIII Antologia do C.N.A.P., para expor alguns aspetos sobre outras temáticas.
Também penso ainda voltar às Séries. Que até me informaram que se iniciou “Guerra e Paz”!
1 - Já que me debrucei em dois posts sobre questões de política, numa perspetiva “tout court”, isto é, no sentido imediato do termo, não vou deixar de continuar a debruçar-me sobre alguns temas que me despertem mais a atenção, quando achar conveniente. A não ser que me desiluda completamente…
Friso e repito, que essa é uma forma de expressão da Liberdade, que a Democracia nos deu e que a Internet permite exercer num contexto alargado.
2 - Esta nova Governação, bem como a nova Legislatura, dada a sua novidade formal, trouxera-me algumas esperanças, quiçá ilusões, que alguma coisa mudasse em termos de conteúdo.
Mas o que tenho observado, nomeadamente na Educação, deixa-me algumas perplexidades.
3 - Será que algum dos candidatos a próximo Presidente da República conseguirá pôr cobro a esta situação que é a de nos mais diversos campos e muito especificamente na Educação a legislação estar sempre a mudar?! Será?!
4 - Mudou o Governo, mudou bastante o enquadramento político partidário que sustenta esta governação, criou-se até um suporte governativo inédito em Portugal, algo que se suponha ser impensável, todavia, as metodologias, as estratégias governativas não mudaram nada.
5 - Mal tomou posse, este Governo logo tratou de alterar as Políticas legislativas onde mal tinham começado, especialmente na Educação. Onde era preciso haver alguma estabilidade, dado que o ano letivo já havia arrancado, em Setembro, quando o Governo tomou posse bem mais tarde, assim como a entrada em funcionamento da nova Assembleia da República.
Além de que o Ano Letivo começa a ser preparado pelos principais Agentes Educativos, bem antes de começar. Em muitos aspetos, de um ano letivo para o outro.
E as eleições para a Assembleia da República foram só a 4 De Outubro!
Mas não, mal se iniciou esta Legislatura e este Governo tomou posse trataram logo de alterar questões fundamentais como seja a da Avaliação.
Questão principal:
- Não teria sido possível manter o que estava em funcionamento, deixar correr o ano letivo normalmente, ir fazendo análises e auscultações periódicas sobre o que eventualmente se pensasse mudar, no final fazer uma avaliação global e parcelar sobre os aspetos considerados críticos, e decidir então se haveria mudanças ou não e, caso fosse necessário mudar global ou parcialmente, implementar essas mudanças apenas no próximo ano letivo (2016/2017)?!
Algumas Inferências:
- Se há algo que tem sido pernicioso ao longo destes quarenta anos de Democracia e concretamente na Educação, têm sido as constantes mudanças que têm havido. Muda o governo, muda a legislação, mudam completamente os procedimentos, mesmo já tendo o ano letivo começado.
- Não há uma coerência estruturante na Educação. Não há um Projeto Educativo consistente, não há um pensar global sobre a Educação, se se pretende uma Escola Pública de qualidade, se o Ensino Privado deve ou não continuar a ser financiado pelo Estado, qual o modelo de Avaliação a implementar… (…)
E, já agora, gostaria de levantar outras Questões.
- Será que os Exames fazem assim tanto “mal” aos alunos? Provas escritas, provas orais são assim tão traumatizantes?! Não serão também formas de aprender, de aprender a agir, de agir num contexto específico, sem dúvida alguma mais rigoroso do que é habitual numa sala de aula… Mas não será também essa uma outra forma de aprender, nomeadamente a saber estar nesse contexto específico de maior rigor e exigência?!
- A exigência e o rigor serão prejudiciais ao desenvolvimento, ao crescimento harmónico, dos jovens alunos?! Ao longo da Vida nunca irão vivenciar situações de stresse semelhantes ou muito mais desafiantes até, do que aquelas que se vivem numa sala de exames?
- Rigor e exigência promovem a desigualdade?
- O trabalho mata os Cidadãos?
Futuramente, voltarei ainda, talvez noutro dia, novamente a mais algumas proposições ou questões sobre Educação. Talvez…
Mas agora quero deixar mais algumas questões de âmbito mais alargado:
1 – Continua a fazer sentido persistir em “dividir”, este País tão pequeno, em “Esquerdas” e “Direitas”, como se não fossemos todos Cidadãos Nacionais de pleno Direito?!
2 – E insistir em criar e executar políticas sempre sob este prisma reducionista, de divisão, de malquerenças e equívocos?!
3 – Não haverão questões, situações, de tal ordem importantes que justifiquem uma abordagem nacional, independentemente de divisões e questiúnculas político-partidárias, que justifiquem “um sentar à mesa” de Pessoas capazes e avalizadas para a resolução de problemas globais e nacionais?!
Se os nossos políticos não reparam, nem quando andam de feira em feira, de mercado em mercado, sugiro que observem o estado calamitoso em que estão os cascos antigos de muitas das nossas Cidades, Vilas e Aldeias.
É só passearem-se, com olhos de ver, e repararem como se encontram muitos dos bairros antigos e zonas emblemáticas das nossas povoações.
A começar pela Capital!
Este é um campo que deveria ser um desígnio nacional!
Recuperar e investir nas zonas antigas das nossas povoações!
E este seria um trabalho sem fim que envolveria Todos, a todos os níveis.