Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Na Cidade de Régio – Portalegre – Alentejo - Portugal
Pelas nossa Cidades, Vilas e Aldeias ainda há ruas atestando os seus nomes tradicionais!
(Algo que se deveria manter, mesmo quando as (re)batizam com nome de alguém notável, ainda que ligado ao espaço em causa.)
Em Portalegre, há várias. Esta que costumo percorrer a pé, descendo ou subindo, conforme o sentido do percurso, possibilita a ligação mais rápida entre a zona do Mercado Municipal e o Rossio, do Plátano centenário. Tem um nome por demais interessante: Rua da Amargura!
Nome poético, quase de fado. Mas não é uma rua amarga. Até é acolhedora, alegre, sentido leste – oeste, casas de estilos diversos e épocas variadas.
Sempre que por lá passava, chamava-me a atenção uma placa, por cima de uma porta, anunciando “Oficina Artesanato… Galguinho…” Mas nunca a encontrara aberta.
Finalmente, no mês passado, calhou a porta estar aberta.
Claro! Não resisti. Pedi licença, entrei… Fiquei maravilhado!
Um local de trabalho, uma oficina, um Museu!
O Artesão:
(António Adélio Baptista Real, também conhecido por “Galguinho”.)
Galguinho, porquê?! Porque, em novo, corria muito. Agora… já tem mais de setenta anos!
De profissão, “Técnico de Pecuária”, acompanhou vários Veterinários do Distrito. Depois de reformado, dedica-se com mais persistência ao trabalho artesanal, conhecido genericamente por “Arte Pastoril”: Cortiça, couro e cabedal, madeira…
Participou em inúmeras mostras, feiras, exposições, tendo ganho variados prémios.
Fabrica e vende as suas peças, avulso ou por encomenda. Precisa ter melhores condições de exposição das suas Obras de Arte.
Sugiro eu: o Mercado Municipal, que fica ali tão perto, não seria um bom local?!
(A propósito de Mercado Municipal, volto a sugerir – lá estou com as minhas manias – a sugerir que imaginem e executem meios e modos de instalar um “mercado / marca” moderno, que funcione como âncora para o Tradicional!)
Deixemo-nos de “invenções” e apreciemos o trabalho artístico do Sr. “Galguinho”:
(Para além do que já apresentámos nas primeiras imagens, na anterior, temos presépios, um oratório, um pequeno bengaleiro, um cinzeiro, um tarro...)
(Um banquinho em cortiça e uma tropeça / tropeço!)
(Dois saleiros?)
***
E, para finalizar:
(Um tarro, julgo que um saleiro (?) e outra tropeça.)
Cuidado, não tropece, SFF.
Caro/a Leitor/a,
Obrigado pela sua atenção. Se um dia visitar Portalegre, para além dos muitos atrativos que a Cidade tem, porque tem mesmo, dê um saltinho a esta Oficina - Museu.
5ª – Portalegre – 13 de Setembro - Serra da Penha, a partir do Boi D’Água.
6ª – O Loureiro do Chão da Atafona – 14/09/23. Efeitos dos calores de Agosto, em que o sol queimou as folhas das duas árvores desta espécie. Entrarão no respetivo ocaso?! Acredito que não. Entretanto, tem chovido.
De vez em quando, estes hiatos nas narrativas: ausências do “Mundo Virtual”. Não propriamente do mundo real, mas um certo afastamento das realidades habituais, um mergulhar noutros universos. Em suma, a Vida e as diferentes prioridades, nem sempre possíveis de conciliar, nos tempos e nos espaços.
Mas… voltando a olhar para este nosso querido País, nada mudou. Continuam as mesmas trapalhadas, para não usar termo pejorativo, das TAPlhadas. As Governanças cada vez mais desgovernadas. Impressiona como é possível chegar-se a este descalabro de governo, tão desorientado.
E quem se vai chegando à frente são os mesmos outros, que parecendo diferentes são apenas farinha de sacos de cores diversas, mas, no fundo, iguais.
Não consigo acreditar nestas gentes!
E o calor continua. Em última instância, se calhar, isto é tudo efeito do calor.
Em Abril, as regas passaram a ser necessárias. As águas armazenadas, nas chuvadas de Outono, começaram a ser gastas ainda em início de Primavera! As árvores já têm de ser regadas.
E protegidas! Que as cabras cabriolam de propriedades vizinhas e com tanta erva verdíssima que tem o Vale de Baixo, não sei como, nem por que meios, vislumbram as figueiritas, recentemente plantadas, que mal se veem, na imensidão de biliões de ervas.
(Lá fora, as guerras continuam. Para quando a Paz?!)
Este esboço de “crónica” escrevi-o ontem, mas não publiquei. Posteriormente apercebi-me que Sua Excelência, o Senhor Primeiro Ministro, Dr.º António Costa, falaria ao País sobre o “caso Galamba”. Dei-me ao trabalho de ouvir. E escutar! Estou com ele. Para quê mudar?! É como se dizia relativamente aos casamentos: “Em vez de se estragarem duas casas, estraga-se só uma.”
O pior, em todos estes cenários, é que a Casa é o nosso País. Que não tem conserto, porque esta gente passa o tempo a dar-nos música.
Ouvindo e escutando com atenção o que ouvi, e sabendo de pedido de demissão, que não foi aceite, tudo aquilo me pareceu “Teatro”!
E por teatro, para que a peça continue, logo, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, nos deu conhecimento de não concordar com a não aceitação do pedido de demissão.
E, com tudo isto, será que se estraga o “casamento” entre São Bento e Belém?!
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Um pouco de chuva, Senhor!
Chegou Maio foi-se Abril / Nos atormenta calor / Que é feito d’águas mil?! / Que nos destinas, Senhor?
Ontem, 4 de Abril, foi tempo de testemunhar como os “Maios” já amarelejam os campos da Tapada do Rescão – Aldeia da Mata.
Inspiração para uma Quadra. A minha Musa é parca, parcimoniosa. Pode ser que ainda surja outra.
Tarde de espargos. Apanhei um molho bem jeitoso, nas habituais tapadas.
As cabras anunciadoras das “Páscoas”, mal foram soltas pelo dono, logo calcorrearam as três tapadas: a do Rescão, a das Freiras e o Chão da Pereira. Não satisfeitas, ainda saltaram para propriedade do vizinho. Lá teve de ir o Luís – dono - buscá-las. Chama-as e elas voltam. Interagem muito bem com os humanos. Mas são cabras! Sempre cabras!
Os javalis, certamente também as javalinas, andam numa fossadeira pelos campos. Quase uma lavoura! Pior é o efeito nas redes de proteção dos terrenos. Não resistem! Abrem buracos por todo o lado. Bem podem fechar uma saída (ou entrada?), logo descortinam outra. Não há trabalho de manutenção que aguente!
Aproveitei a tarde de ontem para a passeata habitual, ainda pelos campos. Vindo o calor, os espargos vão rareando, as ervas secam, os maios estiolam e abundam as carraças e outras bicharadas. Nessas alturas já não gosto tanto de passear no meio do ervaçal.
Anteontem, no decurso dos trabalhos “agrícolas”, vi a primeira cobrita. Deixei-a seguir o seu destino!
E, assim termino esta “croniqueta” campestre. Que, hoje, foi dia de Cidade!
Para toda a Comunidade SAPO e muito especialmente para Si, Caro/a Leitor/a, que nos acompanha nestes postais, formulo Votos de um Santo e Feliz Natal!
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(Imagens sugestivas associadas à iconografia natalícia: ovelhas, faltam os pastores(!), mascimento, desvelos maternais... Faltam também os reis magos...)
Nestas minhas intermitências de escritas nos blogues, outros afazeres(!), ocorre-me questionar sobre o que escrever.
Sobre o hipotético, plausível, possível, inverosímil, invisível, atentado na Faculdade de Ciências, que poderia ter ocorrido na passada sexta-feira, dia 11 de Fevereiro? Sobre tanta conversa, tanta histeria informativa, tanta verborreia supostamente noticiosa, provavelmente informativa?! Sobre tanto comentário, análise de tantos e tão variados especialistas nos assuntos centrais e colaterais, tanta especulação desinformada?! Sobre a devassa familiar de pessoas pacatas, desassossegadas por tanta barulheira comunicacional, tanto alarido descontextualizado, porque apressado?! Um plano de “ataque terrorista” tão pueril, de cinco minutos de ação e subsequente fuga no próximo autocarro?! Tantas facas e apetrechos para apenas duas mãos sós?! Adiante…
Sobre o, de facto possível, ataque de forças russas à Ucrânia?! Esta, uma situação que tanto lembra os anos imediatamente antecedentes ao início da segunda guerra mundial?
Sobre o ataque cibernético à Vodafone, que nos reporta para a fragilidade destas nossas vidas dependentes das novas tecnologias a que acedemos por um simples clique, mas de que igualmente nos podem suspender, de condições básicas de vida, também por um simples clicar?!
Dos ataques desse “bicho espertalhão” que por aí circula e nos atormenta há dois anos?
Das jogatanas de futebóis, acabando à porrada, imagem de um desporto que merece mais e melhor de todos os envolvidos? (Direções de clubes, jogadores, técnicos, árbitros, espetadores, claques, federações desportivas? Todos!)
Não! Do que eu quero falar, melhor, escrever, noticiar, é sobre algo tão simples que aconteceu ontem. Choveu! Pouco, nalguns sítios quase nada, mas choveu. E que falta a chuva faz!
Mas choveu tão pouco, que só deu para fazer uma quadra!
Cheguei ontem, ansiosa
Mal cheguei, me fui embora
Sou a água pluviosa
Faço falta a toda a hora!
P.S. – Fotos?! Estou em fase restritiva. Só uso fotos quando elas são estritamente necessárias. E, preferencialmente, apenas uma.