Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Estes simples versos, nem me atrevo propriamente a designá-los como poema, relatam a minha mágoa por não conseguir editar as fotos que vinha tirando em 2024.
São 4 quadras, de datas e localizações diferentes.
As duas primeiras são de 30/12/2024, Portalegre. Inferem para as fotos do Boi D’Água, que tinha, e tenho, no telemóvel. Com vontade de as “apagar”, no “madeiro” de Natal. Mas ficaram!
A 3ª quadra reporta essa mágoa.
(Entretanto, a minha Filha conseguiu resolver o problema com a MEO. Face ao que pago para ter internet mensalmente, através do telemóvel, o servidor atribuiu-me mais gigas. Tinha cinco, a modos que passo a ter vinte e cinco!)
A 4ª quadra relata sobre a resolução do problema.
De qualquer modo, vou ser parcimonioso e publicar só uma foto de cada vez. Reduzindo também a dimensão.
A foto foi editada através do telemóvel.
O postal já pelo computador, onde me desembaraço melhor.
E, a fotografia, contrariamente ao habitual, vai no final do texto.
Espero que goste. É pôr-do-sol, também a 1 de Janeiro, no Boi D’Água – Portalegre.
Continuo com uma de Poesia. Poemas repescados em cadernos de apontamentos antigos, que resolvo ir publicando. Para que não fiquem sufocados, entre folhas resguardados, sem verem a luz do dia, na Casa da Dona Internete! (São de 2021!)
Mote: “Sepultei minha tristeza / Na raiz do alecrim / …”
Glosas:
Guardei a minha tristeza
Em caixinha d’alecrim
Confiante na certeza
Ficasse longe de mim!
Alecrim é flor de cheiro
Branco azul, arroxeado
Ilumina ano inteiro
Cheiro - cor em todo lado!
A tristeza terá cor?!
Ou será só sugestão?!
Será de roxo a dor
De quem não tem coração?!
Não sei, nem quero saber
Tristeza vou sepultar
No alecrim, na raiz.
Vou na terra escavar
Na cova funda que fiz
Dor e tristeza guardar.
E quando alecrim florir
Na Primavera por vir
Luz e sol quero eu ver.
Do mais, não quero saber!
**********
- O mote faz parte de uma “Cantiga de Oito Pontos” que me foi dita por Dona Catarina Matono, em 1982, na minha casa. Publicada em “De altemira fiz um ramo”.
Agora, repesquei os dois primeiros versos, que foram a base inspiradora para este poema. Propositadamente, não os transcrevi, exatamente – ipsis verbis - nas glosas, como estão no original. Transcrevi as ideias base, mas alterando a composição. A estrutura das rimas também não segue necessariamente os modelos canónicos.
Quando publiquei o postal sobre a Rua da Amargura e o “Museu de Arte Pastoril” do Sr. “Galguinho”, lancei um desafio, com base em dois versos sobre a Rua, a quem quisesse glosar o assunto, criando uma quadra: Na Rua da Amargura... / Que de amarga nada tem! / ...
As imagens são do mês passado (07/09/23). A 1ª quadra foi inspirada nesse mar, no real. Só quase um mês depois vêm a lume: fotos e quadra. A 2ª quadra foi escrita hoje, inspirada na foto. O Sol continua lume! As temperaturas continuam altíssimas. Apesar de outono e já outubro. Bem que apetecia andar nesses mares!
A escrita e publicações continuam escassas. Aquém Tejo está quase a fazer 9 anos! A ver se escrevo alguma coisa de jeito!
Para ilustrar o conjunto de fotos que apresento, escrevi a quadra seguinte.
(E repito a segunda, que já divulgara anteriormente.)
Pôs-se Sol, nasceu a Lua!
Nas terras da minha Aldeia
Ficou p’ra sempre a Rua
Gravada na minha ideia!
Na Rua onde nasci
Já só mora Saudade
Que gente que conheci
Não tem tempo nem idade!
E última foto...
Aresta da vertente sudoeste, do exterior do corpo central da Igreja Matriz.
Esta imagem complementa o postal anterior em que me esqueci de apresentar esta foto, sobre esta estrutura construtiva, similar à que mostrei no referente ao palheiro do Chão da Atafona.
Um destes dias, na minha ronda pelos blogues do SAPO, li este postal de “Cor da Escrita”. Achei piada à narrativa em verso e deixei o seguinte comentário, em quadra:
“Vou contar-lhe um segredo / Em jeito de brincadeira / O menino tinha medo / D'ir p'lo ralo da banheira! Saúde, paz e boas histórias!”
E vai daí, pensei: E porque não pegar na história e construir também uma narrativa sobre o tema, utilizando o comentário como epílogo?!
E, então, concluí ontem a minha versão, em 5 quadras, da estória do menino que não gostava de tomar banho.
Muito Obrigado a “Cor da Escrita” por me ter suscitado esta versão.
A 1ª quadra dos “Maios” achou uma nova quadra. Ainda de Abril e dos Maios, mais a Liberdade!
As fotos acompanham ainda os Maios. Ambas as quadras inspiradas no real, mas não há fotos publicadas dos potros. Não são meus, são certamente valiosos, estarão registados, por isso tendo embora fotos dos corcéis não as divulgo.
Vão também fotos dos Espinheiros, que noivam os campos, espalham um perfume sereno, mas apelativo e nos testemunham a Primavera deste Abril, hoje, já cheirando a Verão!
Continuação de excelente Primavera, excelso Abril Pascal e bons passeios campestres.
Notas: Estas 4 quadras complementam as três publicadas em postal anterior.
Julgo que só a última é que terá já sido publicada.
Fazem parte dum conjunto de 7 que disse nas Tertúlias referidas da APP e da SCALA, em 2019. Antes da pandemia. Que depois veio essa interrupção. “A Vida segue dentro de momentos!” Estive bastante tempo sem “Dizer Poesia”, em público. Voltei em 2022, na Rádio Portalegre, depois em “Momentos de Poesia” e na minha Aldeia. Este ano ainda não disse poesia em público. Até me estou a esquecer dos poemas!