Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Está Régio, sentado… lendo. Perto, alguns dos seus ícones: livros, crucifixos…
“Evocação do Cinquentenário da Morte de José Régio”: É esse o leitmotiv do monumento escultórico, que a imagem documenta. Instalado perto da Casa Museu onde viveu e atualmente alberga o espólio das muitas coleções a que dedicou parte da sua vida.
Na Rua e no caminho que terá percorrido muitíssimas vezes, dirigindo-se ao Liceu de Portalegre, onde lecionou; na direção do centro da Cidade, aos cafés que frequentava. Indo e vindo, na sua vida, por aqui palmilhada vários anos. Foi bem escolhido o local para instalar a estátua.
Não poderemos dizer que a ideia seja cem por cento original. Deduzimos inspiração a partir da evocativa de Fernando Pessoa, instalada ao Chiado, em Lisboa. Mas isso também não é necessariamente relevante. Ademais, Pessoa e Régio foram contemporâneos, embora Pessoa fosse mais velho e tivesse morrido bem mais cedo. Régio era admirador de Pessoa e foi um dos primeiros divulgadores da respetiva Obra.
Não importa! Ou importa: Em Portalegre, porto ou porta…
Obra executada por Maria Leal da Costa e José Luís Hinchado, em mármore e ferro.
É, todavia, relevante, frisar que este é um caminho a seguir pela Cidade. Valorizar a sua identidade como “Cidade de Régio”.
Institucionalizar a “Marca Régio: Portalegre – Cidade de Régio”.
(Todos estes Valores inerentes à Cultura, ao Turismo, atualmente estão algo adormecidos, com esta “coisa da Covid”. Mas atrás de tempos outros tempos virão. E sobrevirão outros e melhores tempos.)
E a propósito de tempos melhores, temos constatado que terrenos da Serra, em diversos locais, alguns bem dentro da Cidade, estão a ser limpos dos matos, das plantas infestantes. Estão fazendo limpezas, prevenindo e precavendo os fogos.
Hoje, desde cerca do meio dia, está a nevar na Cidade de Régio. Uns farrapitos, quase nada, vieram engrossando, uma dança de alvéolos flutuando. Vistos do quarto andar, ganham outra dimensão, pequenas plumas silenciosas e acrobáticas, logo se desfazem, mal tocando o chão. A continuarem, esperemos que sim, talvez, amanhã, pela manhã, tenhamos as encostas da Serra matizadas de branco. Que saudades! Há muito que não vejo os campos alentejanos cobertos de neve.
Mesmo assim, já nevando e ainda antes da hora de confinamento, fiz parte do percurso do “Boi D’Água”. Não continuei na direção do Bonfim. Entre outras razões, havia gente a cortar lenha e a apanhar pinhas numa das propriedades. Provavelmente alguns dos proprietários. O caminho vicinal é público, apesar de estar vedado por portão. Mas, seguindo-o e desbravando-o, é possível chegar ao Bonfim, sempre por trajetos vicinais, alguns bem característicos de tempos antigos. É ver e olhar e observar.
É um trajeto ótimo para um percurso pedonal. É as pessoas caminheiras quererem aventurar-se. Só não gostei da parte entre o Areeiro e o Bonfim, que se processa na estrada, que é muito movimentada e as bermas são muito, muito estreitas. De resto, proporciona excelentes vistas, algumas já apresentadas noutros postais, outras neste.
E ficou muito por explorar. Que existem algumas casas em ruínas e o que parece ser um fontanário antigo. Que a Serra é riquíssima em água e as quintas nas encostas todas têm e tinham bons mananciais para consumo dos proprietários e regas das hortas e pomares. E é por aí que correm os primórdios da Ribeira da Lixosa. (Que raio de nome!)
Mas, paradoxalmente, sempre se encontra algum lixo. Um improvável fogão velho, atirado borda fora do caminho, numa ribanceira. Ele há gente que faz da Natureza balde do lixo de casa!
E algo que me impressiona e atemoriza. As encostas têm uma floresta vasta de pinheiros, prontos a cortar, a desbastar, com imenso mato autóctone, caruma por todo o lado, troncos velhos e podres, pinhas, giestas secas. Um rastilho de pólvora em verões quentes, que nos atormentam todos os anos.
Os terrenos não têm proprietários que mandem cortar os pinheiros? Desbastá-los? Uma limpeza a sério. Até renderá bom dinheiro, pois as árvores já são de grande porte. Muitos proprietários? Desconhecidos?
As entidades públicas, os serviços competentes nacionais ou municipais não têm capacidade ou poder de intervenção?!
Uma pena e um perigo. Para as dezenas de moradores que têm quintas ou vivendas nas redondezas. Para as centenas de habitantes dos bairros nas proximidades. Para todos os habitantes da Cidade. Porque a ocorrer uma catástrofe, todos perdemos!
Um pedido, um alerta, uma sugestão, a quem de direito.
Neste tempo de restrições à circulação, voltamos aos Passeios Virtuais.
Este vai ser na Cidade de Régio. Bem, na Cidade propriamente dita, não. Mas em dois locais praticamente na Cidade, mas simultaneamente também afastados, mas impregnados da Natureza. Aonde, nas calmas, apetece passear, para espairecer. Ou acelerar o passo, caso queiramos queimar calorias. O “Passadiço” e o “Boi D’Água”.
Também está a decorrer a votação para a Árvore do Ano. O “Plátano do Rossio” é a representante da Cidade e está ficando bem colocado. Já votou?! Vá, exerça o seu direito de voto!
Mas não o documentamos aqui neste postal.
Iniciámos a galeria de plantas, com a imagem de um dos vários pinheiros mansos majestosos, que abundam no Boi D’Água.
Conhece esta flor que dá um fruto cuja época de colheita é agora? Novembro é o mês da ****. (Até se diz que as galinhas põem poucos ovos neste mês.)
E este fruto?! Cuja época de amadurecimento também é neste mês. Qual é o fruto que é simultaneamente ave e ovelha?!
E, por ovelhas, aí vai um rebanho que víamos nos passeios, mas que ultimamente tem andado desaparecido.
E, esta flor campestre?! Lembra os dedos… Mas não lhe mexa desprevenido, porque é muito venenosa.
E voltamos a uma flor campestre.
E esta árvore, tão frondosa?
E a rampa que dá acesso ao Miradouro, onde se encontra a árvore anterior. E de onde se têm lindas vistas da Cidade e arredores.
E um excerto da descida do “Passadiço” para a Cidade. Vendo-se a célebre Casa que já foi Amarela e agora é Branca.
(E, a propósito de Casa Branca, o célebre inquilino de cabelo amarelo, já se mentalizou que tem de desocupar a Casa?!)
E terminamos com uma alameda de bétulas, estas bem dentro da Cidade.
E a propósito de arvoredo, a Cidade tem dois parques urbanos “A Corredoura” e o “Jardim do Tarro”, com árvores majestosas. Mas muitas precisam ser podadas, pois no espaço citadino, como algumas estão, podem tornar-se perigosas para os transeuntes.
Aniversário do Blogue e Homenagem a Vultos da Cultura Portuguesa
Para elaborar o postal anterior, nº 806, transcrevi o texto poético do livro:
RÉGIO, J. – FADO – Klássicos – A BELA E O MONSTRO, EDIÇÕES Lda. Lisboa – Portugal – 2011.
Apesar de uma das normas da produção literária ser a sua não reprodução, penso que, ao divulgar o Poema de Régio, referindo as fontes, estou a valorizar a Obra e a dá-la a conhecer. (Publicidade, de que não recebo um tostão!)
Este livro é mesmo um clássico e está apresentado em formato de bolso, o que facilita o seu transporte para onde nos desloquemos. Foi comprado em Óbidos, numa Livraria icónica, situada numa antiga igreja católica, dessacralizada. A um preço super acessível: 3 Euros. Em Abril, do ano passado (2019).
Vou lendo e relendo. É daqueles livros que por ser de poesia e de autor que aprecio, vou sempre voltando a ele. É mesmo clássico!
Também pesquisei na net e os textos apresentados são sempre parcelares, relativamente à fonte documental referida. Há, obviamente, outras versões em livro, pois que na Introdução – “Da Vida à Obra”, elaborada por Isabel Pires de Lima, Professora Catedrática da Universidade do Porto, refere que o original é de 1941!
Não sei se essas versões alteraram a dimensão do texto e pormenores, porque também se notam pequenas diferenças, nalguns versos. (É natural que tenha acontecido, pois o processo criativo leva a modificações nas versões apresentadas, que qualquer autor vai realizando.)
A versão apresentada compõe-se de vinte sextilhas.
Estes postais organizei-os para “celebrar” os seis anos do blogue. E para homenagear José Régio, Amália e também Alain Oulman, neste postal.
Como sabemos, Amália cantou vários Poetas nacionais consagrados, neste caso, Régio e para esse facto o contributo de Alain Oulman foi marcante.
Anexo as cinco estrofes apresentadas na net, constituindo excerto do poema de Régio, a parte cantada por Amália. (A Diva não podia, evidentemente, cantar as vinte estrofes. Comparando, pode observar as modificações e o que foi escolhido para cantar.)
“Fado Português”
“O Fado nasceu um dia, quando o vento mal bulia e o céu o mar prolongava, na amurada dum veleiro, no peito dum marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha, meu chão , meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutas de oiro, vê se vês terras de Espanha, areias de Portugal, olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro do frágil barco veleiro, morrendo a canção magoada, diz o pungir dos desejos do lábio a queimar de beijos que beija o ar, e mais nada, que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria. Guarda bem no teu sentido que aqui te faço uma jura: que ou te levo à sacristia, ou foi Deus que foi servido dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia, quando o vento nem bulia e o céu o mar prolongava, à proa de outro veleiro velava outro marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.”
O fado nasceu num dia Em que o vento mal bulia E o céu o mar prolongava, Na amurada dum veleiro, No peito dum marinheiro Que estando triste, cantava.
(- Saudades da terra firme,
Da terra onde o mar acabe,
Da casinha, e das mulheres,
Guitarra, vem assistir-me,
Que a gente é bruto e não sabe,
Expressa-as tu, se souberes…)
Por esse mar além fora,
A guitarra, dim…dom, chora,
Tem pausas, ais e soluços.
E tão bem faz isso à gente,
Que o triste bruto valente
Chora sobre ela de bruços!
(- Mãe, adeus! Adeus Maria!
Guarda bem no teu sentido
Que aqui te faço uma jura
Que ou te levo à sacristia,
Ou foi Deus que foi servido
Dar-me no mar sepultura!)
Por mar além, chão que treme,
O dim-dom da corda freme
De espanto, angústia, incerteza;
Mas reluz no olhar do triste
Não sei que alto apelo em riste
Contra essa humana fraqueza…
(- Que terra é esta…, este mar
Que só acaba nos céus,
Ou nem lá tem seu fim?...
Ou hei de o eu acabar,
Ou hei de, querendo Deus!,
Ou ele acabar a mim!)
Casada à trémula corda,
Sobe a voz trémula…, acorda
Tristezas do peito inteiro,
E as sereias que enlevadas
Se agarram às amuradas
Do frágil barco veleiro.
(- Ai que lindeza tamanha, Meu chão, meu monte, meu vale, De folhas, flores, frutas de ouro! Vê se vês terras de Espanha, Areias de Portugal, Olhar ceguinho de choro…)
Deitando o olhar às lonjuras,
Só vê funduras, alturas
Das águas, dos céus, da bruma,
E as rijas pomas redondas,
De bico a boiar nas ondas,
Das sereias cor de espuma.
(- Sei eu, sequer, por que venho,
Deixando a jeira de chão
Que ao menos me não fugia,
Atrás de não sei que tenho
Tão dentro do coração
Que inté julguei que existia…?)
E à voz que sobe a tremer,
Morre lá longe…, e ao morrer,
Sobe outra vez, mais se aferra,
Que etéreo coro responde
De vozes que chegam de onde
Não seja nem mar nem terra!
(- Quem canta com voz tão benta
Que ou são os anjos nos céus
Ou é demónio a atentar?
Se é demónio, não me atenta,
Que a minh’alma é só de Deus,
O corpo, dou-o eu ao mar…)
Na boca do marinheiro Do frágil barco veleiro, Morrendo, a canção magoada Diz o pungir dos desejos Do lábio a queimar de beijos Que beija o ar, e mais nada.
(- Mãe, adeus! Adeus, Maria! Guarda bem no teu sentido Que aqui te faço uma jura Que ou te levo à sacristia, Ou foi Deus que foi servido Dar-me no mar sepultura!)
Sob o alvor da lua cheia,
Naquela noite, a sereia,
Cujo seio mais se enrista
Da aurora até ao sereno
Beijou o corpo moreno
Do moço nauta fadista…
(- Que terra é esta…, este mar
Que só acaba nos céus,
Ou nem lá tem seu fim?...
Ou hei de-o eu acabar,
Ou hei de, querendo Deus!,
Ou ele acabar a mim!)
Nas vias-lácteas faiscantes
Que esmigalhado em diamantes
O luar no mar espraia,
Um dim-dom…, dim-dom tremente,
Mais doces queixas de gente,
Vão ter a uma certa praia.
(- Ai que lindeza tamanha, Meu chão, meu monte, meu vale, De folhas, flores, frutas de ouro! Vê se vês terras de Espanha, Areias de Portugal, Olhar ceguinho de choro…)
E as mães de filhos ausentes
Acordam batendo os dentes,
Torcendo as mãos, e carpindo,
Sabendo todas que é a morte
Que chega daquela sorte
No luar funéreo e lindo…
Ora eis que embora, outro dia, Quando o vento nem bulia E o céu o mar prolongava, À proa doutro veleiro, Velava outro marinheiro Que estava triste e cantava.»
In.
RÉGIO, J. – FADO – Klássicos – A BELA E O MONSTRO, EDIÇÕES Lda. Lisboa – Portugal - 2011
Talvez se admire da pergunta e talvez pense que não fará muito sentido.
Provavelmente “Passadiço”, como outros que há pelo País ou como os do “Paiva”… Bem! Talvez não tenha.
Se acrescentarmos o costume crónico de desvalorizarmos o que temos… Bem!... Então não temos mesmo!
Mas se tiver oportunidade de dar um passeio a pé, em qualquer estação do ano, pela Estrada da Serra, a iniciar no cruzamento para o Atalaião, ou até antes, junto aos muros da GNR e prosseguir até ao Miradouro…
Não terá certamente as vistas do “Paiva”, mas… se for apreciador da Natureza, de passear ao Ar Livre, das belas vistas da Cidade de Régio…, acredite que não perderá o seu tempo e fará exercício físico, sem ser fechado em ginásio e de ar condicionado!
Se tiver uma boa máquina fotográfica e não apenas um normal telemóvel, nosso caso, então tirará, não direi… boas, mas excelentes, excelentíssimas, fotografias.
As aqui documentadas ilustram um passeio realizado no final de Dezembro de 2017. Bem no Inverno! Mas os nossos Invernos são quase Verões de outras latitudes…
Aventure-se!
Ulmeiro, junto ao muro da GNR, uma boa base para começar.
Uma bela vista da Cidade Regiana. Em primeiro plano, a mata da Serra, em segundo plano, parte da cidade moderna, em terceiro, o casco antigo, percebendo-se o perfil da Sé e do Castelo. No lado direito, a falda sudeste da Serra da Penha… ao longe, a peneplanície alentejana…
Um céu de nuvens, ameaçando chuva!
Uma segunda vista global da Cidade, com maior destaque para a paisagem campestre.
Percebe-se um Carvalho Negral, umas Laranjeiras, Oliveiras, Pinheiros Mansos… e arbustos vários.
O habitual perfil da Cidade, em que além do casario e dos ícones arquitetónicos já mencionados, também se percebem as chaminés da Robinson e o Atalaião.
A Estrada, na subida, com a “passadeira” ou “passadiço”, ou “passeio”, em declive suave, perfeitamente acessível a qualquer pessoa, em condições normais de saúde.
Vê-se a célebre “Casa Amarela”, intrigante pela arquitetura e pela cor.
Vista da vegetação da Serra, a “Casa Amarela”, mesclada no manto arbóreo, e um aspeto do murete, que integra ao longo do percurso pequenos “bancos”, incorporados na parede, para quem precise de descansar.
Nova vista global da Cidade, tendo em primeiro plano o manto vegetal da Serra, arbóreo e arbustivo, aqui indistinto na sua composição individualizada.
Da mole moderna da Urbe, distingue-se perfeitamente, à direita, o edifício do “Navio”.
A estrutura urbana como que se confunde e incorpora, ao longe, com a peneplanície e o céu!
O Miradouro! Umas Olaias, em pleno Inverno, carregadas com os frutos já secos; uma Acácia Espinhosa e em plano de fundo, a Serra da Penha, no seu lado nascente.
Uma bela imagem de Cedros. Um estruturando-se como árvore e outros formando sebe protetora.
Uma Catalpa, desprovida de folhas, copa invernal, mas com as célebres ‘vagens’, agora secas, que pessoa muito minha amiga diz que esta é a “Árvore dos Feijões”! (No "Vale" temos três árvores desta espécie, originária dos EUA.)
Nesta imagem, em primeiro plano, uma rocha, não sei se granito, se xisto, coberta de musgo; em segundo plano, oliveiras e heras e a Cidade, sempre em fundo e o destaque da Serra da Penha, em toda a sua majestade!
Na parte urbana, percebe-se perfeitamente o Prédio da Fontedeira.
Uma bela imagem de um ramo de um Carvalho Negral, ainda com as folhas outonais e as peculiares bugalhas.
A estrada e a passadeira, para peões atravessarem com segurança.
Uma imagem lindíssima de uma planta autóctone, a que vulgarmente chamamos ‘candeias’, com uma flor, que julgo ser um tipo de orquídea silvestre!
Conseguem ver-se também restos de ramos de silvas secas, que andaram em limpezas no terreno, e uma folha de planta já morta.
Terreno serrano, estruturado em pequenas leivas em socalcos, resquícios de tempos em que estas encostas, mais ricas em água, eram cultivadas com pequenos hortejos, de que se observam restos e memórias em vários locais circundantes da Cidade.
Este espaço abandonado, ter-se-á enchido de mato, que se observa ter sido desbastado recentemente.
Espaço para descanso, em bancos de madeira, à sombra protetora de um Sobreiro e aconchego de um ícone de religiosidade popular.
Visão da Estrada, sempre em curvas e contracurvas. Neste local, implantado na parede do lado esquerdo de quem desce, está um pequeno painel com uns versos, de poesia de Cristóvão Falcão, mas com dificuldade de serem lidos, dado não haver passeio nesse lado da Estrada, o que torna pouco acessível dele nos aproximarmos. (Talvez assim também estão mais protegidos, os versos! Mas que é da Poesia que não é lida?!)
Imagem de painel informativo dos locais visíveis na Cidade, a partir do local em que se está.
(Nesta imagem, e propositadamente, apresentamos apenas parte do painel, para que Você Faça o Favor de se deslocar e observar in loco!)
Um ramo de loureiro e uns líquenes caídos de um sobreiro, compõem a imagem.
Espaço fronteiro à “Fonte dos Amores”.
Local emblemático da Estrada da Serra!
E terminamos como começámos.
Imagem do Ulmeiro inicial, ainda com as vestes outonais, a começar envergando a ‘fatiota’ invernal.
E um banco, para descansar!
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Gostou da Viagem?!
Então, Faça o favor de se aventurar, logo que tenha oportunidade.
Em qualquer estação do ano.
Que o nosso clima possibilita sempre passeios pelo campo, dependendo do Tempo (Hora) e do Tempo (Meteorológico). E do Tempo (Disponível)!
Faltam imagens emblemáticas?!
Pois faltam.
... Aguardam pela sua máquina digital e olhar fotográfico!
E, Obrigado pela visita!
(Se alguma Árvore não estiver devidamente 'batizada', agradeço que nos informe, se faz favor.)
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E... "O Seu a Seu Dono".
As Fotografias são todas Originais de D.A.P. L. - Dez. 2017.
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Nota Final:
Por vezes há situações deveras interessantes.
Este post anda a ser delineado há algum tempo. Ontem, o texto foi redigido para ser publicado hoje.
Por acaso, hoje tinha previsto participar, como aconteceu, numa Tertúlia de Poesia, designada “Poesia à Solta”, na Sede da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada – Rua Conde Ferreira.
Ouviram-se excelentes declamadores, dizedores de Poesia, apresentando os seus próprios trabalhos ou de outros Poetas. Cantores e acompanhamento musical. Foi uma tarde memorável e enriquecedora.
E qual não é o meu espanto quando um dos excelentes declamadores presentes, Luís Alves, nos brindou a todos com a Toada de Portalegre!