“O Milagre das Rosas” (III - Epílogo)
E o que guardava a Rainha no regaço?!
Pois. Finalmente, a Rainha Santa, Dona Isabel, resolveu-se a largar o avental, abrindo o regaço…
E o que saiu, que tão ciosamente a Rainha guardava?!
Pois… Nem pães, nem rosas.
O que caiu do regaço da Rainha foram… pasme-se, segure-se, Caro/a Leitor/a… centenas, milhares e milhares de raspadinhas. (Nem mais, nem menos!)
E a populaça, gritando “Milagre! Milagre!”, atirou-se aos papéis das raspadinhas. Que caíam do regaço da Rainha, esvoaçavam pela muralha e barbacã, e eram tantas e tantas, que até os cavaleiros desmontaram dos seus cavalos e se puseram a arrecadar os quadradinhos, alguns logo começaram a raspar, julgando que, na presença da Rainha Santa, teriam mais sorte e lhes calharia alguma premiação mais sortuda.
Enfim, um frenesim, a que só escaparam a Rainha e o Rei. Que até as damas também entraram no jogo.
(Bem, os cavalos também não entraram na jogatana!)
E esta Caro/a Leitor/a é a estória vera, verdadeira, do celebérrimo “Milagre das Rosas”, adaptada aos tempos de hoje.
(Me perdoem os/as mais puristas destas coisas da História…)
Moral da estória: Deste modo, a Rainha Santa ajudou a Santa Casa!
(imagem raspadinha: in. jogossantacasa.pt)