Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Não posso ficar indiferente ao drama vivido por milhares de refugiados que, dos mais diversos países, acorrem à Europa, em busca de condições de vida. Não escrevo sequer “melhores”, porque estas famílias não têm sequer condições de vida, nos seus locais de origem. A Morte espreita a cada esquina!
Tenho consciência que este problema não se resolve fácil. Bem como consciencializo que é na origem que fundamentalmente tem de ser encontrada a solução. Antes de tudo o mais, criar condições de Paz. Acabar esses conflitos que se eternizam, através da negociação entre partes. Outras variáveis também fazem parte da equação, nomeadamente bloquear o fornecimento de armamento aos vários beligerantes.
Pouco posso fazer é certo. Daí ilustrar o postal, com uma flor campestre bem modesta.
Agora, a situação torna-se ainda mais chocante com o que se passa na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia. Não há como classificar a atuação dos governantes. Que indivíduos são aqueles?! Seres humanos?!
Estas Pessoas fogem à Morte nas suas terras. Seguem uma luz de Esperança que traficantes lhes acenam, a troco das economias de uma vida e vêm cair num alçapão, num cadafalso, a milhares de quilómetros dos locais que os viram nascer. E em condições ainda mais miseráveis!
A China também deveria ter atuado mais cedo, é certo, mas mesmo após a respetiva atuação, a Europa não agiu.
Mas os Se… não contam para a História!
Agora é imperioso e urgente, e precavendo o futuro, que a UE adote atitudes proactivas.
Há que pensar e agir face às crises que surgirão e nas formas de as minimizar.
Solidariedade, precisa-se.
Ganharemos todos, de modo a não haver convulsões sociais desnecessárias. Distribuição da riqueza de forma mais equitativa.
Quem muito tem, repartir com quem tem pouco. Ajudar os mais pobres, os mais fragilizados, tanto a nível pessoal e social, como empresarial e institucional. Entre países.
Solidariedade à escala global.
Os Bancos têm papéis fundamentais a desempenhar na ajuda aos cidadãos, às empresas. Não é só o Lucro que conta!
(Nesta conversa despretensiosa, não posso, nem quero, deixar de frisar as atitudes e conversas de alguns personagens da política internacional: iguais a eles mesmos. Achincalhavam, negavam, gozavam…! Imprudentes, impreparados, no mínimo. Sem qualquer sentido de Estado, nem consciência da posição que ocupam. Surpreende, todavia, como tais indivíduos chegaram a onde chegaram... Se um trampa, o outro bolsa! Sem mais. Adiante!
Outros por aí, com menos destaque, também arriscaram na mesma onda. É preciso que consciencializem as posições que ocupam e os tempos que se vivem!
E, com alguma ironia, perdoe-se-me nestes tempos, lembrar os “políticos” ingleses que tanto quiseram sair da UE e agora que saíam…
E nos “políticos” italianos, que tanto se opunham às entradas de migrantes / refugiados… )
E como estarão a viver esta situação esses Povos assolados por guerras e os consequentes Migrantes / Refugiados?!
(Nota Final: O desenho "Redes" também original, faz parte do conjunto que elaborei em Fev. no contexto do designado "Corona Connection".)
À data que escrevo, os países europeus, nomeadamente os que nos estão mais próximos e especificamente Portugal, puseram em prática medidas mais drásticas para contenção do vírus. Pecam por tardias, realçando Itália que atuou muito tardiamente e Portugal, o que mais nos interessa, que não agiu logo de forma ativa perante os portugueses vindos de Itália, antes do Carnaval.
Nesta confusão de países afetados, chama-me a atenção a Coreia do Norte. Rodeada de países afetadíssimos: China, Coreia do Sul, Japão. Não há casos?! Mistério!
Se há algo que esta pandemia nos deveria fazer refletir, muito especialmente para os dirigentes, os que mandam realmente neste Mundo, é sobre a precariedade da Vida Humana. Como perante uma ameaça desta natureza, a Natureza nos alerta para a nossa condição de fragilidade e igualdade perante algo que nos é inevitável: a Morte. A “Mulher da Gadanha” está sempre presente e nem toda a evolução das nossas modernidades nos permite escapar dessa fatalidade.
Essa condição deveria fazer pensar todos os Donos deste Mundo, os senhores da guerra, os dirigentes das grandes, médias, pequenas potências: a inutilidade da Guerra.
A verdadeira Guerra a travar pela Humanidade deverá ser perante estas ameaças que surgirão periódica, ciclicamente. Ultrapassada esta pandemia surgirão outras no futuro. É só olhar para o passado. Há pouco mais de um século, 1918, a eclosão da designada “Gripe Espanhola” teve mais efeito na mortandade de soldados nas frentes, que as próprias armas. E foi um dos fatores que apressou o final da 1ª Guerra!
A disponibilização de recursos para vencer e preparar os “ataques” a estas e outras calamidades, para as catástrofes naturais, a ocorrerem todos os anos e nos mais diversos locais da Terra, deverá ser a prioridade de exércitos, marinhas, forças aéreas, das Forças Armadas.
Uma reconversão funcional e material dos recursos militares, a todos os níveis, para fins de salvar a Humanidade.
Já reparou, caro/a leitor/a, que ao produzir uma bomba, por ex., seja ela qual for, há uma aplicação de múltiplos e variados recursos, no valor de milhões e milhões, retirados obviamente de outras necessidades?! E para quê?!
Para simplesmente serem destruídos, queimados e ademais ainda para matarem seres humanos, animais e plantas e destruírem equipamentos, construções, outros recursos necessários ao bem-estar da Humanidade.
Não acha que é um verdadeiro desperdício e estupidez?! Tantos hospitais, escolas, creches, habitações, estradas, que ficam por construir, para produzir uma bomba que só serve para destruir. Reflita nisso!
A guerra da Síria, as guerras do Médio Oriente, as guerras em África e na Ásia eternizam-se. Provocam milhões de refugiados, que aportam à Europa…
(Como classificar a atitude da Turquia?!)
É imperioso, urgente negociar para o fim dessas guerras sem sentido.
É desse modo, a montante, que prioritariamente o problema dos refugiados tem que ser resolvido.
Todavia, é a jusante que ele se torna premente de resolução imediata.
Para essa resolução têm que se empenhar todos os países mais diretamente participantes, nomeadamente as grandes potências que se digladiam indiretamente, por ex. na Síria.
A Europa, sim! A Rússia, os EUA, as potências regionais do Médio Oriente, países e entidades insuspeitáveis, todos têm a sua quota-parte de responsabilidade. Todos devem cooperar na resolução imediata do problema dos refugiados.
O Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, dia 9 de Março, após as 10 horas, tomou posse, como vigésimo Presidente da República, na respetiva Assembleia (Parlamento).
Estas cerimónias são sempre carregadas de simbolismos vários, faz parte da respetiva operacionalização, quer se goste ou não. Desde logo, o local: Assembleia da República. As Bandeiras. O Hino. (...) As precedências, os locais que cada convidado ocupa, etc. etc.
Os aplausos, os não – aplausos, tudo está carregado de significados e significações, tudo é significante de algo...
Para além desses atos, gestos, atitudes simbólicas, existem ainda as que o próprio Presidente quis acentuar.
Uma delas foi o juramento sobre o livro da Constituição original, que ele também ajudou a criar, enquanto deputado. Realço que é este modelo que também tenho. O livro da Constituição de 1976. (...) Não, não, eu não a ajudei a criar... O meu “engenho” não chega a tanto. Muito menos a “arte”.
Os convidados: antigos Presidentes e Esposas, estranhei a ausência de Drº Mário Soares...
Representantes estrangeiros: O Rei de Espanha, destacava-se aquela figura... o Presidente de Moçambique, o Presidente da Comissão Europeia. Simbólicas estas três Personalidades estrangeiras convidadas.
Os discursos. Sou sincero. Estava curioso com o discurso de MRS, enquanto Presidente. Ouvira o de vitória, tinha expectativas sobre este. E, esse foi o principal motivo que me fez estar atento à RTP1, logo de manhã. Dir-me-ão: “Palavras... são só palavras!”
Ferro Rodrigues, enquanto Presidente da Assembleia da República, também proferiu o seu discurso. Entre outros aspetos, e relativamente a MRS... “... Vossa Excelência tem a responsabilidade histórica de ser o homem certo no momento certo...”
Algumas ideias que destaco:
“... o País precisa de voltar a encontrar-se... Que a U.E. não se transforme num fator de instabilidade... Que Europa é esta?! ...”
“... precisamos de uma economia mais rica e partilhada, mais justa e inclusiva...”
“Temos que aprender a remar todos para o mesmo lado...”
E, terminou, formulando votos de “as maiores felicidades”, “A Bem da República, A Bem da Democracia, A Bem de Portugal!”
(Não opino, nem faço qualquer comentário...)
Quanto ao Discurso do Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República Portuguesa, de "todas as Portuguesas e de todos os Portugueses".
O discurso está muito bem estruturado e sequencialmente planeado. Ou não fosse o seu autor, o Professor Marcelo. (Apetece-me interrogar, deformação das Séries, nomeadamente “Borgen”, se os nossos políticos também terão algum “spin doctor”?!).
Também está carregado de Símbolos.
Um enquadramento introdutório, reportando para a Família, para os Sentimentos a unir-nos à Terra que nos viu nascer: Amor à Terra, a Saudade, a Generosidade... (Desculpem-me os Sentimentos, que não os fixei todos!)... As Crenças em Milagres de Ourique... (E com este introdutório falou-nos ao Coração, se fossem projetadas imagens, enquanto as palavras iam fluindo, veríamos um grande, grande, da Joana Vasconcelos. Reporta-nos também para a nossa ancestralidade, em última instância, o nosso Afonso, Primeiro, só que da Monarquia e nós estamos na Casa da República. Mas o Senhor Professor Marcelo não perde o jeito! Outro anterior Personagem, de que estranhei a ausência, nesse mesmo local, terá falado em Afonso Costa, digo eu! Afonso, sim, que Portugal é assim mesmo: Afonsino. E um País de Costas, até havia o do Castelo!)
Depois, ainda num contexto introdutório, mas já mais institucional, reportou-nos para a Solidariedade, (aqui já entramos no domínio dos Valores), entre os dois únicos Orgãos de Soberania eleitos: Assembleia e Presidente. E depois ainda agradeceu ao Presidente cessante, aos antigos Presidentes presentes, aos três ilustres Convidados Estrangeiros, às Forças Armadas, sempre fiéis a Portugal, ao 25 de Abril de 1974 / República Democrática, sublinhou a CONSTITUIÇÃO, aprovada e promulgada em 1976, sobre a qual atestara o seu Juramento de Posse, conforme já referido. Reforçou o seu caráter de Lei Fundamental, nosso Denominador Comum. E que irá ser o Guardião da Constituição, dos seus Valores e Valores da Nação.
(E nesta parte discursiva, diríamos que nos falava mais à Razão...)
E dirigiu-nos para a importância da Pessoa Humana, (lembrar-me-ia Carl Rogers), para um ideal de Sociedade em que não haja dois milhões de pobres... (!!!), nem diferenças tão cruciais...
E ainda no domínio dos Valores: Liberdade de Pensamento, de Crença, de Opinião, Pluralismo, Justiça Social, Identidade Nacional, para as nossas Raízes no Mar... (A nossa ancestralidade primordial: “Somos Vida do Mar Vinda ”, digo eu.)
Os nossos três vértices geográficos: Continente, Açores e Madeira. (A propósito, onde ficam as Desertas?)
Assumir o Mar como nossa prioridade, e, aqui piscou novamente o olho ao Presidente cessante... (!!!). E citou Lobo Antunes “... Se a minha Terra é pequena, eu quero morrer no Mar!...” (Este Lobo também é Poeta?! Se não é, aqui, escreveu dois lindos versos.)
E continuando ainda no domínio dos Valores, realçou a Identidade Nacional, em que História e Geografia se entrelaçam, na Língua, na Cultura, na Ciência. Sem medo de enfrentar o Presente. Na Soberania Popular, na Autonomia Regional e Autárquica. Na importância do Estado Social de Direito e da Iniciativa Privada.
E ainda em Geografia, mas numa noção mais alargada, migrou de Portugal, também para a Europa: Lembrou o desafio dos Refugiados. E pelo Mar, acentuou o papel da C. P. L. P. – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. E regressou novamente à Europa: a questão das Fronteiras Europeias!
E voltou a Portugal!
E assinalo, sem pretensão de exatidão matemática, nem de citação precisa, pois, como é evidente, não tive acesso a uma cópia do Discurso. (Não sou Jornalista, muito menos credenciado, nem fui convidado a estar presente na cerimónia. Também, seiscentos convidados...)
Realçou a importância de sairmos do clima de crise, o fator Europa, as questões económicas, as cicatrizes destes tão longos anos de sacrifícios, que urge recriar novas convergências, ....
Reforçou o sentimento de pertença a uma Pátria que é igual para todos...
Que irão ser cinco anos de busca da Unidade, da Pacificação, de Consensos...
Nunca descrendo na Democracia. Nunca perdendo a Esperança. Que o que nos une é muito mais do que nos divide.
A importância dos pequenos gestos...
(Peço desculpa às minhas Leitoras e Leitores, mas, volto a sublinhar, que não tive qualquer acesso direto ao discurso escrito, apenas o ouvi, pelo que este texto tem muitas lacunas. Sublinhados, reticências, negritos, letras maiúsculas é tudo da minha lavra. Perdoar-me-ão, bem como o Senhor Professor Doutor.)
E continuou...Lembrando o papel dos Jovens, da Mulher, dos Pensionistas/Reformados, que sonharam com o 25 de Abril e que agora estão na situação em que estão... (A referência a este grupo social e à célebre data tocaram-me muito especialmente...); dos Cientistas, dos Agricultores, dos Comerciantes, dos Industriais, dos Trabalhadores por conta de Outrem ou Independentes; voltou a reforçar o Estado Social; mencionou as I.P.S.S., as Misericórdias, eu sei lá! (Não sei se foram referidos todos os grupos socio económicos, também não tenho aqui a Classificação Nacional de Profissões. Mas não me pareceu ter havido menção de empresários, de bancários, de banqueiros, nem de operários. Digamos que, caso tenha havido essa omissão, que não afianço pelos meus ouvidos, foi uma omissão interclassista.)
E voltou, novamente a realçar a CONSTITUIÇÃO!
(Há alguns anos a esta parte esse realce costumava ser mais de outros setores.)
E, finalmente, reportou-se a si mesmo, assumindo-se como “Servidor da Causa Pública e da Pátria.”
E citou Miguel Torga: “Difícil para cada Português não é sê-lo, é compreender-se...”
E quando estava nesta parte do meu texto, quis precisar o que nos meus apontamentos seria do texto de Torga ou palavras de Marcelo e coloquei a frase anterior, colocada entre aspas, no motor de busca.
E já adivinha o que encontrei.
O Discurso do Senhor Presidente, na íntegra, no site do “Expresso”.
E a parte final é daí extraída. Mas não vou ler o princípio do Discurso, que já estou muito cansado, e perdia completamente a graça...
E remato com a parte final...
“O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos. Grandes no passado. Grandes no futuro. Por isso aqui estamos. Por isso aqui estou. Pelo Portugal de sempre!”
E com um Discurso que nos abarca e abraça a Todos, tão querido, tão cheio de Afetos, tão simpático, não esquecendo sequer Pensionistas nem Reformados, que mais posso dizer?!
Pois, aguardemos para ver!
E, para ilustrar este post tão afetuoso, tão carinhoso, resolvi “aproveitar da net” a sugestiva e apelativa imagem, cortesia de “Jorge Amaral / Global Imagens”, a partir deste link, agora que tem andado na moda esta questão dos beijos!
Poderíamos intitular: Portugal e Europa, finalmente a Reconciliação! E viva o Amor!
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P. S. - E já no dia dez, vantagens da net, resolvo acrescentar um link para um blogue que sigo e que ontem me esqueci de incluir. Uma célebre e icónica imagem de um afamado beijo, que nunca cheguei a perceber se foi real se encenado. Entre Brejnev (U.R.S.S.) e Honnecker (R.D.A.). E, se encenado, nunca percebi se foram os do "Outro Lado" do Muro, para mostrarem que "estavam de pedra e cal". Se os "Deste Lado", para revelarem como as coisas iam por "Aqueles Lados".
Segundo informações veiculadas pela Comunicação Social, a partir de notícia do Jornal “Público”, de 23/02/2016, o futuro Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, no dia da tomada de posse, 9 de Março, entre outras ações, irá a um ofício religioso, de caráter ecuménico, “celebração ecuménica/celebração inter-religiosa”, que se realizará na Mesquita de Lisboa.
A este evento comparecerão representantes de diversas confissões religiosas. Além de muçulmanos e católicos, também representantes de outras confissões cristãs (adventistas, evangelistas, ...). E de outras confissões religiosas: judeus, budistas... Num total de cerca de duas dezenas de Igrejas.
Desconheço a totalidade e especificidade de todas as Igrejas representadas, mas, por acaso, tenho curiosidade em saber.
Bem como gostaria de conhecer exatamente em que vai consistir essa “celebração inter-religiosa”.
Esta iniciativa tem como objetivo alertar para a necessidade de “entendimento entre religiões e culturas”... para a “busca de uma solução para o drama dos refugiados do Médio Oriente...” Significando também “...uma manifestação contra os ataques terroristas...”
O que dizer desta iniciativa inédita, no contexto em que se insere?!
Pois, direi que é de louvar!
Portugal, atualmente, é um País e um Estado em que existe Liberdade, Liberdade de Expressão e especificamente de Expressão Religiosa. Como disse: actualmente!
Contrariamente ao que se passa em muitos, demasiados, Países, por esse Mundo fora. Em que não existe Liberdade. Nomeada e especialmente Liberdade Religiosa. E, noutros países, aparentemente onde existe Liberdade, nomeadamente Religiosa, coexiste também e simultaneamente muita, mas muita intolerância. Religiosa e não só! Que onde prolifera a intolerância religiosa ela propaga-se a todos os setores e modos de vida da sociedade.
E, esta situação é muito mais corrente do que seria desejável.
E é causa de muitos conflitos. Alguns arrastando-se há dezenas de anos.
Embora, muitas vezes, conflitos que superficialmente aparentam ser de caráter religioso, têm na sua génese e base também outros motivos e razões.
Por isso, uma realização deste tipo, promovida por um Presidente da República, ainda que de um País relativamente pouco importante no contexto internacional, é de louvar.
Fundamental será que iniciativas deste tipo, busca do Diálogo inter - cultural e religioso, sejam promovidas e operacionalizadas num contexto de Política Internacional, no sentido de que conflitos que se eternizam, em que o fator religioso é um dos sustentáculos, busquem no acordo, no consenso, na negociação, a solução para os problemas conflituosos.
Infelizmente, o que nós assistimos é que ações idênticas foram promovidas por agentes decisores, até de maior relevância que o Presidente da República de Portugal, mas, depois, os resultados tardaram a visualizar-se ou sequer vislumbrar-se.
Formulemos votos que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto Presidente da República Portuguesa, continue a promover, na sua atuação futura, este desiderato: a construção de um Diálogo Inter Cultural. A promoção do Diálogo, da Cooperação, do Consenso, do Acordo, e a começar por Portugal, onde, aliás, poderá ter maior capacidade de intervenção.
(Como apontamento final e no âmbito desta notícia, mas focalizando a forma como é veiculada e algumas expressões utilizadas, anexo este link, para frisar como, por vezes, alguns orgãos de comunicação social informam mal...)
Setenta anos da II Guerra Mundial e a Crise atual dos Refugiados!
Passou ontem o 2º episódio da mini série “Rendição – A Queda do Reich”.
Supostamente este documentário será para lembrar, para não esquecer,os efeitos devastadores da II Grande Guerra!
Que a memória dos homens é curta! A dos políticos nem se fala. Aliás, a facilidade com que alguns dos nossos mudam de opinião, preocupa-nos que sofram de amnésia.
Pois apesar de terem passado setenta anos do final da Guerra, talvez por isso mesmo, setenta anos são setenta anos, os políticos europeus demoraram tanto tempo a estenderem a mão aos refugiados que vêm, há anos, aportando às costas europeias...
Finalmente, e com muitas resistências, parecem fazer um grande favor... Não!
É uma obrigação moral da Humanidade ajudar parte dessa Humanidade que precisa.
E quando digo Europa, é Europa toda. Não apenas a U.E. A Rússia é também parte do problema "a montante", deverá também fazer parte da solução " a jusante".
Evidentemente, poderão questionar-me, “mas quem quererá ir para a Rússia e arriscar-se a ser deportado para a Sibéria ou ser recambiado para o seu país de origem, em guerra? Infelizmente não deixará de ser, hipoteticamente, verdadeira esta questão…
Mas todos os Países deverão ajudar.
Se não em termos de receber pessoas, sim porque são Pessoas, seres vivos que sofrem horrores… Se não desse modo, que seja em ajuda material ou outra.
Vaticano, riquíssimo!
Arábia Saudita e Países do Golfo Arábico, também riquíssimos, gastando biliões em megalomanias… Além de serem próximos, sob aspetos geográficos e culturais. Poderá levantar-se dúvida idêntica à reportada à Rússia, claro! Tal como o Irão… Iriam estes refugiados para lá?!
Além do mais, alguns destes países são também parte do problema, a montante. Os negócios do petróleo… Das armas… As multinacionais financeiras que tudo controlam…
Os E.U.A. também, que também são parte do problema “a montante”…
Os outros Países das Américas, Américas que já foram porto de abrigo e salvação para milhões de europeus ao longo de cinco séculos, nomeadamente no contexto das duas Grandes Guerras.
E a Austrália?! País rico, fracamente povoado, porquê negar-se a receber refugiados?! Não foi esse continente povoado com presos degredados do Reino Unido? Os autóctones terão sido auscultados?! Provavelmente via facebook e através dos likes. Ou chamadas SMS, de valor acrescentado. Talvez…
A China e a Índia, excessivamente povoadas, é certo; com desníveis de riqueza abissais entre diversos estratos populacionais, também; a China com uma estrutura política ditatorial, também… mas não terão nada a dizer?!
A China com excesso de liquidez, dado ser o Grande Fornecedor de mercadorias do Mundo Ocidental, não terá um papel importantíssimo a desempenhar neste âmbito?!
E o Japão e países ricos do Extremo Oriente?!
E Israel, que também é parte do problema "a montante", não terá também uma palavra a dizer "a jusante"?!
E estes são alguns dos Países, que me ocorrem, de momento, que têm obrigação moral de ajudar os refugiados!
Até porque, alguns destes países também são parte do problema, “a montante”. Isto é, estão na origem do problema destes refugiados, pois que estão na base das guerras travadas nos respetivos Países de Origem.
E as Empresas Multinacionais que tudo controlam em rede?!
As petrolíferas, as financeiras, as produtoras de armas e todas as que de forma legal ou ilegal mandam no mundo em que vivemos, não têm um papel a desempenhar na solução, “a jusante”, dado que têm um desempenho notável “a montante” do problema?!
Têm, também essa obrigação moral!
Este é, de facto um problema a nível mundial!
Vivemos num mundo global. Procura de soluções também à escala global!
Mas e provavelmente, quem vão ser os principais auxiliadores vão ser “Países Pequenos” e “Pequenas Instituições”!
Mas é "a montante" que o problema também tem que ser resolvido.
E, aí, também todos estes agentes têm uma palavra a dizer, um papel a desempenhar!
E tudo este “arrazoado de conversa”, na sequência de um documentário?!
Não! Já vinha delineando, mentalmente, a feitura de um post sobre o assunto. Esteve para ser em Agosto…
Digamos que o documentário permitiu associar os dois temas: 2ª Guerra e Refugiados Atuais!
No concernente ao Documentário, friso e repito.
Deveria ser transmitido em todos os canais generalistas, em horário nobre. E não apenas em Portugal, mas também e muito especificamente em toda a Europa!
Deveria fazer parte de visualização obrigatória por todos os políticos, de todos os quadrantes, pertencentes à União Europeia ou dos candidatos a cargos políticos de envergadura de qualquer país dessa Europa e desse Mundo fora!
Nunca é demais lembrar que um dos grandes objetivos dos criadores da "construção de uma Europa unida" foi evitar novas Guerras, na sequência dos horrores da Segunda.
Porque se remete a visualização de documentos desta envergadura para horários recônditos, como se quisessem esconder, negar a Verdade, os horrores que aconteceram e que se continuam a repetir?!
Passou, ontem, o 1º episódio. E prevê-se o 2º para hoje.
Este filme documento deveria ser de passagem obrigatória, simultaneamente, em todas as televisões generalistas, em horário nobre.
E não apenas em Portugal, mas por toda a EUROPA!
Talvez assim os políticos europeus compreendessem melhor o drama dos refugiados que todos os dias batem às portas da Europa, a pedir asilo.
Mas porque será que os media, quem manda neles, quem os tutela, remetem para canais secundários, em termos de audiências, os programas que nos contam a Verdade dos factos e dão apenas futilidades nos canais de maior audiência e nas horas de maior visibilidade?