Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Estes frutos são maioritariamente de árvores que plantamos no Vale de Baixo, a partir de finais dos anos setenta. Muitas na década de oitenta. Eu, e meu Pai.
Mas resolvo titular o postal com frutos de uma planta silvestre: Amoras! Das silvas, balsas, balsedo...Quem não gosta de amoras silvestres?! “Minha amora negra…”
Figos de Pingo Mel.
Ainda na figueira. É só colhê-los, Caro/a Leitor/a.
Mas para que não precise de se esforçar muito, ofereço este cesto de figos já colhidos. De pingo mel, verdeais, figo-rei...
Saborosíssimos. À sua disposição. (Os figos são também de figueiras no Chão.)
Romã, ainda verde. Estarão boas lá para Novembro. Mês dos Santos.
Romãzeira.
De um ramo de árvore do quintal da minha Avó Carita.
Marmelos
De marmeleiro que veio de Peso de Régua. Um colega me trouxe uns bacelos, quando trabalhei no Cartaxo, em 84/85.
Gamboas
Dióspiros
De árvore que comprei em feira, no Cartaxo, 82/83/84 (?), que trouxe, de comboio, até ao Apeadeiro da Mata e posteriormente plantei no local onde ainda permanece. Muito produtiva, habitualmente. Agora, ainda não estão maduros. Mas dentro de uma ou duas semanas, alguns já estarão prontos a saborear. Vão amadurecendo gradualmente durante Outubro e Novembro.
Imagem final e global de parte do Vale de Baixo.
Bem no centro, ao fundo, meio escondida, a torre da Igreja Matriz. As árvores: lado esquerdo, ramos de salgueiro; ao centro e fundo, marmeleiros e freixo. À direita, figueira de pingo mel, diospireiro e romãzeira. O poço que o Pai mandou construir e em que também trabalhou, juntamente com Ti Marcelino e Padrinho Joaquim. Talvez mais alguém que não sei. Nos finais dos anos setenta.
Neste 1º de Janeiro, primeiro Dia do Ano de 2016, ...
Formulo Votos de Prosperidade para Todos!
Paz, Estabilidade e Progresso para Portugal e para o Mundo!
Que os nossos decisores implementem Políticas centradas nas Pessoas, no Ser Humano. O Homem como Sujeito fundamental das Decisões dos nossos Governantes e dos Governantes do Planeta!
Dignidade e Respeito pela Humanidade, pela Terra, Lar de Todos nós!
Final de Outubro, quase Novembro! O Outono na sua pujança, neste ano um quase Verão. "Verão de São Martinho" antecipado, que neste ano se juntou ao "Verão dos Marmelos". Falar de Outono é falar dos frutos de Outono. Nozes, avelãs, frutos secos! E poder-se-á falar de Outono sem falar de marmelos, dióspiros... E de romãs?! Essa fruta tão cheia de significados, tão bela na sua forma e conteúdo. E tão saborosa... E tão rica nutricionalmente.
Falar de Outono é falar dos Santos. Falar dos "Santinhos". Quando se pedia os santinhos de porta em porta e trazíamos, contentes, um saco com marmelos, passas de figo, romãs, algumas nozes, que havia poucas... Algumas guloseimas... Uns tostões...
Da ida às "Alminhas" onde andava a "Unha de Boi"...
Mas esses são outros temas, de outro post..
Sobre uma mesa de fórmica, de produção industrial, uma imagem de natureza, de produção artesanal: romãs, marmelos, dióspiros. Sobre um naperon em crochet, trabalho manual em forma de peixe, lembranças de mar, que a forma coletiva dos frutos pretende sugerir. Frutos da Terra, sugestionando frutos de Mar.
E termino com esta imagem deste Outono! Outono?! Verão, tal o calor! Quiçá Primavera, de tão verdes os campos?! Faltam-lhe as flores, mas as ovelhas pastam abrigadas, como nos velhos tempos. A imagem das casas da Aldeia, no recorte do horizonte. As oliveiras centenárias, memórias de tempos de outros tempos, a azinheira que nasceu e prospera na racha de uma pedra granítica e o eucalipto que o meu Pai plantou, também entre duas rochas nascediças, como ele diria...
Neste post não posso deixar de agradecer à fotógrafa e construtora deste blog, apesar das suas objeções a que tal mencione. Sem ela ele não existiria.
À mãe da fotógrafa e à mãe do pai da mesma, pois nada existiria sem elas. E saudades ao meu Pai que pastoreia outros rebanhos...