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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“HOSPITAL REAL” -Televisíon de Galicia - TVG - RTP2

 ELENCO

Atores/Atrizes - Personagens

 

Elenco Hospital Real. In. El Progreso. De Xoán Rey - EFE

 

A RTP2 continua a retransmitir esta Série Galega, da TVG, Televisíon de Galicia.

Dia 1 de Janeiro, domingo, deste novo ano de 2017, apresentaram o 12º episódio.

"Hospital Real" conta com um vasto elenco com atores e atrizes de grande qualidade.

Tenho-me debruçado sobre este seriado, desde que ele foi apresentado pela primeira vez em Portugal, em Setembro de 2015 .

Atualmente já vai na terceira transmissão.

 

Os Atores e Atrizes, dados os condicionalismos, constrangimentos e contingências inerentes ao facto de desempenharem papéis, ainda que excelentes, mas num contexto periférico em termos globais - uma televisão de uma Região Autónoma de Espanha -, acabam por ser pouco conhecidos.

 

Neste post, pretendo colmatar uma lacuna que sentira na primeira visualização: Identificar Atores/Atrizes e respetivos/as Personagens.

Efetuei alguma pesquisa, consultei sites de Galicia e consegui identificar a quase totalidade do que pretendia.

Apenas um ator, Federico Pérez, não consegui relacionar com o respetivo papel, não sei se é um dos padres, se o marido de Rebeca.

Seguem-se então as respetivas identificações.

Para saber mais sobre o conteúdo do seriado, segundo o desenvolvido em cada um dos capítulos e até um extra, de acordo com a minha visão e descrição pessoal, pode consultar o seguinte link.

 

No final, anexo igualmente links originais onde poderá aprofundar mais o conhecimento pretendido, visualizando imagens de cada ator e atriz.

 

preestrea de hospital real in. www.mariaroja.com

 

ATOR / ATRIZ – PERSONAGEM

 

Pedro FreijeiroDoutor Daniel Álvarez de Castro, médico no Hospital, em início de carreira; filho de Dom Leopoldo e Dona Elvira.

Mariña Sampedro – Aspirante de Enfermeira, Olalla  Taboada.

(Estes dois artistas são os protagonistas, formando o par amoroso da série.)

Francis LorenzoDom Leopoldo Álvarez de Castro, nobre, marido de Dona Elvira. Fez parte do conselho de administração do Hospital, até ser assassinado.

Sonia CasteloDona Elvira Santamaria, nobre, esposa de Dom Leopoldo, mãe de Dom Daniel e de Rebeca.

Este casal são os Duques de Bastavales.

Nerea BarrosRebeca, filha de Dom Leopoldo e Dona Elvira. Amante do capitão Ulloa.

Antonio Durán ´Morris´ - Doutor Sebastián Devesa, médico-chefe no Hospital.

Miguel de Lira – Alcaide Mendonza, aliás, 2º alcaide na cidade.

Camila BossaSor Alicia, noviça no Hospital.

Susana Dans – Dona Úrsula, freira e enfermeira mor do Hospital.

Javier Gutiérrez - Arcebispo Malvar.

Xosé BaratoDom Cristobal, boticário do Hospital.

Xúlio AbonjoDuarte, moço de recados do Hospital e assassino, a mando do alcaide.

Pedro AlonsoDom Andrés Osorio, administrador do Hospital. Pai de Clara Osorio.

Maria VázquezDona Irene Former de Cienfuegos, fornecedora de víveres ao Hospital.

Tamara CanosaEnfermeira Rosalia Castelo e namorada de Dom Cristobal.

Luis ZaheraGáspar Somoza, inquisidor mor do Santo Ofício, em Santiago de Compostela.

Carlos BlancoPadre Bernardo, capelão do Hospital, após o assassinato do Padre Damião (?).

Maria RojaClara Osorio, filha de Dom Andrés e esposa de Dom Daniel.

Victor DupláCapitán Rodrigo Ulloa, do exército de Sua Majestade e amante de Rebeca.

Federico Pérez -

*******

Sobre o enredo fui escrevendo ao longo da primeira apresentação, conforme já referi.

SE voltasse a escrever especificamente sobre cada episódio, talvez mudasse conteúdos. Mas na altura era o que me ocorria, desconhecendo o que viria a seguir. O que não sucederia agora. Mas ignorando os conteúdos seguintes tem muito mais interesse e dá muito mais pica. Pelo que pode ler ou reler nessa perspetiva, supondo-se no desconhecimento ou benéfica ignorância dos temas seguintes.

 

Continue a ver os restantes Episódios.

Não esqueça o 16º, que é um bónus, que eu ofereço!

 

Obrigado pelas sua leituras.

https://www.youtube.com/watch?v=sQc2zSMfAb4

http://www.crtvg.es:8011/tvg/programas/hospital-real

http://www.lavozdegalicia.es/noticia/television/2015/04/28/

 

 

"Hospital Real" em 2ª reposição na RTP2

Television de Galicia

5º Episódio, ocorrido no sábado dia 10 de Dezembro de 2016

 

De facto, a RTP2 volta a repor esta excelente série galega.

 

Agora, aos sábados, após a hora do almoço, em vez da sesta, que é inverno, pode ver ou rever esta notável série. (Não sei ainda a hora exata, mas haverei de saber, e contar.)

No sábado passado ainda ocorreu apenas o Episódio nº 5 – quinto episódio.

 

Não é uma série de grandes recursos técnicos, nem de grandes efeitos especiais. Também não terá um orçamento por aí além, digo eu, que não fui visto nem achado no assunto.

Mas consegue captar-nos a atenção. E muito!

E, pelos vistos, não apenas a mim, pois se a RTP2 já vai na terceira apresentação da série é porque ela está a ser vista e apreciada. O que eu também noto nas visualizações dos posts respetivos no blogue.

 

E porquê?! Porque terá este seriado tanto sucesso?!

 

Falo por mim, evidentemente que revi este último episódio, lembrava-me muito bem do enredo, mas visualizei-o com o maior dos interesses.

Indubitavelmente, pela sua qualidade.

hospital-real-tvg2- Atores. In. ABC Galicia.jpg

O facto de ser um seriado histórico, sobre uma época conturbada, o dealbar do século XVIII, 1793, o ocaso do Antigo Regime, o prenúncio de uma nova sociedade, a ascensão da burguesia como nova classe a tornar-se dominante, o declínio e perda de importância da nobreza e do clero.

Fundamentalmente as mudanças sociais e políticas que se sentem e pressentem na vida, no Hospital, um microcosmos da sociedade mais geral.

Em pano de fundo, a Revolução Francesa e seus efeitos

 

A reconstituição histórica, nomeadamente no trajar dos personagens. Apesar da teatralização representativa com aqueles fatos sempre tão impecáveis. Sente-se muito esse sentido de palco que, se por um lado, nos afasta do conceito mais real, associado a filme, por outro nos aproxima mais do conceito de teatro.

 

E que falta faz o bom Teatro na televisão!

Talvez o facto de esta série, de algum modo, tão “próxima” do teatro, ter agradado tanto, talvez, digo eu que sou leigo no assunto, talvez seja sinal de que o público anda ávido de bom Teatro e de boas representações.

Deixo esta dica à consideração de quem gere a programação das RTPs.

 

Talvez, precisamente essa representação tão teatralizada funcione como um chamariz para o público.

Na verdade, temos que reconhecer que o Teatro é um tipo de espetáculo que anda praticamente ausente das nossas televisões, assoberbadas com outros processos narrativos.

Há quanto tempo não passa um bom Teatro na televisão?

 

Os diálogos, estruturando um enredo, em que com o que dizem é mais o que escondem do que o que demonstram abertamente, sempre em jogos táticos, definidores do poder e posição social de cada um.

Os olhares dizendo-nos tanto ou mais do que o que foi verbalizado oralmente.

O trabalho dos atores e das atrizes, com excelentes desempenhos, praticamente sustentados nas falas de cada um, nas réplicas, tréplicas e subentendidos.

Representação quase apenas centrada nos rostos, na expressão facial, traduzindo-nos ideias, pensamentos e sentimentos. Que com aqueles trajares pouco se observa dos corpos, nem assim vestidos pouco podem transmitir de expressivo.

Mas os trajes, per si, são definidores de cada personagem, do seu papel a desempenhar.

E, nestes aspetos, acentuamos novamente o lado da teatralização.

 

O jogo do poder pela conquista da gestão do Hospital, como se de um jogo de xadrez se tratasse, cada personagem, uma peça, no xadrez dessa batalha pela conquista do almejado lugar de administrador.

Estruturante também os assassínios em série(?).

hospital-real-tvg1- Medicina In. ABC Galicia.JPG

A questão da Medicina. Dos conhecimentos, da respetiva prática, da deontologia médica, dos valores de cada um e dos “progressos” que se sentem. Os instrumentos cirúrgicos. Os meios disponíveis, se tal se pode assim mencionar.

Este é também, indubitavelmente, um dos campos de interesse na narrativa.

 

O enredo, o guião, os atores e atrizes, já o disse, mas não é demais repetir.

 

hospital-real-tvg3 Heroi e Mocinha In. ABC Galicia

 

E o(s) romance(s), claro!

 

Todos estes aspetos e mais alguns, que não disse, ou a minha perspicácia não observou e aqueles que fui abordando nas minhas narrações sobre a série, que fará o favor de ir lendo, todos estes aspetos nos prendem ao seriado.

 

Veja, se faz favor.

Reveja, caso já tenha visto. Ou até reveja o revisto, que até está a ser o meu caso!

 

E, espante-se e maravilhe-se!

“O Roubo do Códice” - (Reposição)

Mini Série na RTP2

Agosto de 2016

 

Continua o calor. Persistem os fogos. Algumas notícias quentes, mesmo no Alentejo, habitualmente tão pacífico e com tantas festas e festivais.

Lá fora, as guerras, persistem... no tempo!

Crimes hediondos!

Codice Calistinnus in. www.wikiwand.com

 

Como é hábito, a RTP2 volta a transmitir programas já exibidos. Salutar, quando são interessantes! Desta vez, a mini série “ O Roubo do Códice”, “El Codice”, original da Televisão da Galiza, que transmitira em 2015, a seguir a “Hospital Real”.

Sobre os dois episódios escrevi algumas ideias, entrecruzando os personagens da série “Hospital…” com os da mini série “O Roubo…”. Nem sempre de forma direita, por vezes enviesando, como gosto de fazer e também não tendo identificado bem todos os personagens.

Ontem, após ter revisto o primeiro episódio, julgo ter reconhecido o “Padre Bernardo” do Hospital, no desempenho do Juiz, no “Roubo…”. E Alicia, a noviça do “Hospital…”, na empresária do bar, ex-jornalista, a colaborar com os antigos colegas.

Ainda não é desta que escrevo os nomes corretos dos artistas, para o que remeto também para este link, de Galiza.

elenco codice in. www.vertele.com

 

Apresento igualmente fotos do elenco, bem como do livro roubado.

Roubado?!

codice in. elpais.com

 

Veja ou revisite o 2º episódio.

manolo in. www.lavozdegalicia.es.jpg

 

Vale bem a pena, pelo conteúdo da história, a construção narrativa, o desempenho artístico, o contexto espacial e cénico… o enredo, o basear-se em factos reais.

Deão da Catedral in. media.rtp.pt.jpg

 

“HOSPITAL REAL” - 16º Episódio!

“O Prometido é Devido”

 

Um Hipotético Episódio 16!

  

Algumas deixas para continuar uma nova temporada...

 

 

Quando escrevi no respeitante ao último episódio, durante a 1ª apresentação da série, em Setembro, ainda pensava que a série poderia ter uma outra temporada. Mas depois constatei que não!

Mas podia, que ficou tudo em aberto.

 

Daí não resisto a dar alguma continuidade possível ao enredo incompleto, dando largas à imaginação, nalguns aspetos, mais de acordo com o plausível, noutros sugestionando o inverosímel...

 

Museo del Prado Goya Caprichos El sueño de la razon... in wikipédia

 

O par romântico da série, Olalla e Daniel, foram-nos mostrados em apuros. Salvar-se-ão?! Pois claro que sim, que seria do enredo sem eles?

Olalla foi derrubada por Clara, estatelou-se no lajedo, magoou-se bastante, ficou com o rosto ferido, mas nada que não possa ser tratado, com curativos adequados e uns tempos de repouso.

Dom Daniel foi mais grave. O golpe foi profundo, mas não atingiu órgãos vitais, valeu-lhe o pronto socorro de Doutor Devesa, que apesar de assoberbado, com tantos feridos, conseguiu estancar-lhe a hemorragia, cosendo a ferida, com a ajuda da enfermeira Rosália, que não se foi embora do Hospital, nem podia ir num momento assim tão crítico. E Doutor Álvares de Castro também se conseguiu salvar! Embora ficasse também algum tempo de convalescença. Numa fase em que a sua ajuda era tão preciosa.

Mas chegaram entretanto reforços de médicos provenientes de Madrid e Salamanca, por Ordem Real, de modo a acudirem aos feridos do acidente. E chegaram enfermeiras salamantinas.

 

Vimos Olalla a velar um ferido totalmente desfigurado, como se fora o seu irmão Breixo. Como se fora, sim! Porque posteriormente vê-lo-íamos a esbarrar com Mendonza, que procurando-o, não o reconheceu.

Pois quem seria tal ferido tão traumatizado?! Também ouvimos alguém manifestar apreensão pelo não aparecimento do fiscal inquisidor, que, à hora da explosão, ter-se-ia dirigido para uma reunião na sede da Inquisição e passaria perto do local do rebentamento. Dona Úrsula esboçou um dos seus sorrisos seráficos.

Esse ferido gravíssimo faleceu, como seria de esperar.

Na hora de recolherem o corpo para sepultamento, como traidor, ao agarrarem numa das mãos, o frade que o recolhia reparou num anel em destaque num dos dedos carbonizados. Chamou a atenção de Rosália e esta chamou Dona Úrsula, que a mandou chamar a Dom Andrés. E todos constataram ser um anel religioso e mais propriamente o anel usado pelo fiscal inquisidor. Com surpresa de todos verificaram ser de facto Somoza, o que Doutor Devesa e Padre Bernardo também confirmaram.

Dona Úrsula sorriu novamente, pareceu aliviada, mas disfarçou, não sem que Dom Andrés se tenha apercebido. E não se escusou a comentar: “A Irmã parece aliviada...”

“- Pudera, iríamos enterrar como traidor, um Alto Dignitário da Igreja. Nem Deus nos perdoaria tal pecado...” E persignou-se! Para si guardou: “Escreve, Deus, Direito por linhas tortas!” E continuou na sua postura seráfica e imperturbável.

De facto, toda a gente ficou bastante mais aliviada.

Mas de todos, foi Olalla, em convalescença, quem mais se alegrou com tal descoberta, quando Rosália lhe foi contar a novidade.

“O meu coração dizia-me que o meu irmão não morrera”. Simultaneamente voltaram as inquietações por irem continuar a procurá-lo.

 

Já sabemos que Dona Úrsula tinha um estudante nos Dominicanos, com quem gastava imenso dinheiro na respetiva educação, muitas dessas verbas roubadas ao erário do Hospital, inclusive a falsificação do testamento do Padre Damião. Desse segredo só ela sabia, mas acabou por ser do conhecimento também de Alicia, de Duarte e do Inquisidor. Que, como ele próprio a informou, fez expulsar o estudante do Convento para bem longe de Compostela. E que seria o resultado de algum caso sentimental.

Só podia. E como?!

Ficaremos a saber.

Úrsula chamou Duarte a um espaço retirado do jardim, numa hora madrugadora de ausência de qualquer testemunha e novamente lhe entregou uma carta dirigida ao frade dos Dominicanos com quem ela sempre tratava dos assuntos do estudante. Que a levasse e lhe trouxesse uma resposta exata e precisa que ela queria saber qual fora o destino do rapaz. Que movesse montanhas...

E muito fora de si, exaltada, dirigiu-se a Duarte, olhando-o nos olhos:

Lembras-te, daquela noite de tempestade em que Santiago bravejava contra os mouros, de relâmpagos e trovões e tu, transido de medo, te acolheste ao meu quarto e eu te acolhi e aconcheguei no meu leito e dentro de mim te recebi, como se foras um relâmpago de fogo, que me trespassasse como seta a Teresa, Santa de Ávila?!

Duarte fez sinal que sim com a cabeça.

Pois, esse rapaz é filho dessa noite de Tempestade de Santiago!

E, nisto, Duarte, estupefacto, colhido de surpresa, soltou um Oh!, de espanto e balbuciou: Não sabia...

Quem ia caindo ao chão, não fora um tronco de olaia onde se tivesse apoiado, teria sido Dona Úrsula.

“Tu não és mudo. Tu falas!” E benzia-se, persignava-se e quase gritava “Milagre! Milagre!”, Não fora Duarte fazer-lhe sinal de silêncio com o indicador direito sobre os lábios. Rematando como final de conversa: “Esses são os nossos segredos, que guardaremos até ao túmulo!”

Rapidamente Úrsula ganhou a sua serenidade e compostura e frisou:

“- Melhor ainda que fales, que te vou encarregar de procurares, por tudo quanto é lugar de Compostela ou outro e me tragas esse rapaz, para o Convento de onde nunca houvera de ter saído. Que, agora, sabes dele tanto quanto eu!”

Duarte aquiesceu com a cabeça, afirmativamente se manifestou, mas soltando, ainda, uma última fala.

“- Antes, Alicia tem que regressar ao Hospital...”

“- Que sim, afinal ela não fez nada de mal, apenas também sabe do segredo e quem me roubou o rapaz foi o fiscal inquisidor, mas esse já pagou com a Morte, que Deus não dorme!”

E esse foi o próximo trabalho de Duarte, procurar Alicia pelas ruas de Santiago, o que não foi difícil, que não havia muito para onde ir, bem como mais fácil ainda foi convencê-la a regressar ao Hospital, onde sempre tinha um porto seguro.

E chegou com a mesma trouxa que levou e, paradoxalmente, Dona Úrsula recebeu-a e até lhe pediu perdão, que ela não tinha culpa. Mas que guardasse para si o tal segredo que conhecia.

Alicia agradeceu e é mais uma que guardará tal segredo até ao túmulo!

E foi ela a instalar-se e vermos Duarte abalar, com uma mochila e capa de peregrino, a procurar o tal rapaz.

Ausentar-se-á uns tempos da narrativa como convém, porque, mais tarde ou mais cedo, descobrirão as tramoias em que andou a fazer-se passar por Doutor Álvares de Castro.

Dona Úrsula fica ansiosa aguardando que ele regresse com novas do filho de ambos.

E deixamo-la ficar assim? Sem pagar todas as patifarias que fez?!

Isso vai depender de ser só um episódio ou haver nova temporada.

 

E quanto à situação do Hospital?!

Da estranha doença que nele grassava, cujo nome ignoravam, já vislumbramos haverem sinais de luzes, que se confirmaram. Grande parte das crianças inoculadas resistiu. Continuaram com esse procedimento, obtendo bastante sucesso. Descobriram e confirmaram o que ainda não havia sido descoberto.

Que por tentativa e erro e experimentando, a Ciência vai progredindo e dando saltos qualitativos.

A situação dos feridos da explosão foi muito problemática. Exigiu imensos recursos, nomeadamente humanos, mas o Hospital recebeu ajuda da Capital, diretamente através do Rei. Doutor Devesa esgotou-se a trabalhar, bem como Rosália e Cristobal, que não tinham mãos a medir, para mais que Olalla e Daniel também estavam impossibilitados de trabalhar.

 

Quanto ao romance interrompido de Rosália e Cristobal, mais tarde, será Alicia, que falando com Rosália, lhe irá sugerir que lhe perdoe.

 

Mendonza foi formalmente acusado dos assassinatos, comprovados pela presença da máscara na sua casa e da tentativa de assassinato de Doutor Daniel. Foi julgado e condenado, mas como era nobre, ainda que bastardo, foi-lhe definida a pena de degredo e exílio, para Nova Espanha, o atual México. Com a recomendação expressa de, dado o seu passado de assassínios, ser integrado na próxima novela mexicana, de faca e alguidar... (Não resisto a uma pitada de malagueta no pitéu!)

 

Doutor Devesa continuará o seu trabalho empenhado no Hospital sonhando transferir as suas competências para Doutor Daniel, médico jovem, logo que este se restabeleça. E ir usufruir de uns tempos de descanso numa quinta que tem nos arredores de Santiago. Mas os tempos não estão de remanso.

Juntamente com o Capelão, Padre Bernardo, agora liberto da bocarra venenosa da víbora Somoza, continuarão coadjuvando Dom Andrés na tarefa espinhosa de administração do Hospital.

Este, cada vez mais enredado nestas funções, continua ajudando a mulher, como pode. E esta situação, no conhecimento de quem já sabemos, agora ele também a deu a saber a Dona Irene e fará conhecer aos dois homens que com ele trabalham diretamente. Praticamente, no Hospital a situação passa a oficial. E ele dela também dará conhecimento pessoalmente ao próprio Arcebispo, a quem pede uma audiência para tal. Deste modo, o seu papel fica mais clarificado e deixa de ser sujeito a chantagens.

 

Continua com o problema da filha, Clara. A gravidez, naturalmente, prossegue, apesar de Clara nisso se manifestar cada vez menos interessada.

Dotando-a de todos os cuidados, o pai contratou-lhe uma ama experiente que a acompanha vinte e quatro horas diárias.

Mas os sinais subtis da doença da rapariga, que reapareceram, não passam despercebidos ao pai, cada vez mais preocupado.

Clara, inclusive, rejeitou o marido, mesmo após este ter recuperado da convalescença, exigindo que ele ficasse a viver no quarto onde convalescera, enquanto ela estivesse grávida.

E, chegado o tempo, Clara deu à luz. Um rapaz.

Que, como tudo indiciava, rejeitou. Houve que contratar uma ama-de-leite do Hospital para o amamentar e cuidar, juntamente com a antiga ama que já tratava de Clara.

 

Logo que pôde, mandou chamar a sogra, Dona Elvira e, pegando na criança, que nunca assumira como sua, lhe disse:

“-Tome, este filho que é seu! Foi delineado no seu palácio, concebido e gerado na sua alcova. É seu filho e filho de seu filho. Meu não é, que apenas servi de barriga de aluguer. Leve-o e crie-o no seu Palácio, para perpetuar a sua linhagem, ter direito às suas benesses e prerrogativas de Alta Nobreza. Que, como me disse, o sangue pouco importa. O que vale são os Títulos!”

E a Dona Elvira só intrigou a expressão “barriga de aluguer”, mas ficou toda contente. Avó fidalga, mulher dondoca, tomou a seu cargo a educação do neto – filho. Para mais Dom Andrés assumiu o pagamento dessa criação.

Clara, liberta do filho enjeitado, pediu para falar com o pai. E falando lhe explicou que não queria continuar a viver com ele, antes preferia ir coabitar com a mãe, compensando-a de tantos anos de afastamento.

E foi, agora que a situação até era cada vez mais pública. Embora ele continuasse a viver no hospital, mas era visita regular no palacete onde viviam mãe e filha.

Só nos falta batizarmos o rapaz.

E que nome acham que Dona Elvira atribuiu ao neto – filho?! (...)

Pois, só podia ser Leopoldo, como o marido!

 

Das personagens principais só nos falta dar um rumo a Dona Irene. Porque não nos podemos esquecer que ela matou, ainda que involuntariamente, o auxiliar do Oficial de Justiça. Na sequência de ter asilado um foragido, agora cumulativamente acusado da explosão no paiol da pólvora seca.

São crimes muito problemáticos, para mais em tempos de guerra.

Não sabemos como aliviar-lhe a corda ao pescoço!

 

Entretanto, já que falámos de Breixo Tabuada, registamos que ele resolveu cortar o cabelo e a barba, parece outro e assim pretende passar mais despercebido. Aguarda oportunidade para revisitar a irmã.

 

Quanto a Dona Irene informamos que foi julgada e condenada.

Contudo conseguiu livrar-se da forca.

Valeram-lhe para além das suas qualidades e do facto de ter sido involuntária a sua ação, as amizades que tinha. A intervenção de Dom Andrés, de Dom Sebastian Devesa, que era amigo pessoal do Rei, de quem fora médico, enquanto residira em Madrid, do Capelão Mor, Padre Bernardo, do próprio Arcebispo de Santiago e até Dona Úrsula, que em sede de conselho do Hospital, também votou favoravelmente uma recomendação dirigida ao Rei.

Nesses pedidos dirigidos diretamente a El-Rei, valorizavam o papel imprescindível da viúva, da importância do seu negócio para a Cidade e para o Hospital, de como ela salvara o abastecimento do Hospital, com base nos seus conhecimentos e que a morte duma mulher assim de valor, seria um prejuízo irreparável para todos.

E nestas coisas, já se sabe, também se prometia. E, caso Dona Irene não fosse condenada à morte, comprometia-se a pagar uma tença anual diretamente ao Rei e outra ao Hospital Real, abdicando de parte dos seus benefícios, continuando a operar no seu negócio tão necessário.

E ela seria julgada sim, não seria condenada à forca, estaria presa algum tempo e liberta começou nos pagamentos adiantados conforme prometidos.

E, deste modo, concluímos satisfatoriamente alguns finais para a Série neste 16º Episódio fictício.

 

Se quiser ter a amabilidade e caso ainda não tenha lido ou pretenda perceber melhor o desenlace final  da Série, pode também consultar, Se Faz Favor! 

15º Episódio - Parte I

15º Episódio - Parte II

15º Episódio - Parte III

15º Episódio - Parte IV

Hospital Real - Síntese

Ilustrei o post com uma imagem de uma gravura de Goya, da série "Los Caprichos"", de 1797, portanto muito próxima da época histórica em que a série se desenrolaria neste 16º Episódio: 1793/94.

“HOSPITAL REAL” (Reposição)

Algumas breves consideraçõs sobre os últimos Episódios

 

Pontos Prévios:

Por razões diversas, estive vários dias sem poder aceder à net. Tenho hoje essa possibilidade. Apesar de atrasados, não quero deixar de publicar alguns breves comentários que fui fazendo aos episódios da semana passada. Remeto, novamente e também, para os links sobre o que escrevi durante a 1ª apresentação da série.

E ainda penso publicar sobre o 16º Episódio!!!

Agora pretendo apenas explanar algumas ideais parcelares sobre cada um dos episódios.

 

Torre da Catedral In. Andarilho de Andanhos.gif

 

11º Episódio

2ª Feira 08/02/2016

Títulos e mais Títulos!

 

Sobre este décimo primeiro episódio...

Como intitulá-lo?!

 

Variados títulos poderia usar, em função dos diálogos estabelecidos entre as personagens, que a maioria da narrativa desenvolve-se nessa metodologia.

 

Para mim foi um prazer. Mas os prazeres não são de graça!”, palavras de Mendonza para Dona Elvira e que dão o mote para o próximo episódio.

 

Um salário para as Enfermeiras!” Que define bem a ação de Dona Irene, e o seu papel no Hospital e na Sociedade.

 

Ou então, só para terminar: “A Ronda da Noite!”, que traduz o rondar dos vários personagens, pelas noites do Hospital. O boticário à procura de Rosália; Daniel a fumar nos corredores; Bernardo dando entrada na prisão; Clara, vigilante, na cama, lendo, aparentemente indiferente, mas aguardando ansiosa a decisão do marido, Daniel, que, finalmente, concretizou a sua função de homem. Duarte, entrando sorrateiramente no quarto de Olalla, por momentos sugestionando-nos que iria dar azo à sua veia assassina, mas não! Apenas lhe cortou uma madeixa do cabelo, que guardou junto ao coração.

 

(...)   (...)

 

“...As mãos são o seu bem mais precioso.” Palavras e conselhos sábios de Doutor Devesa para o novel e exaltado Doutor Daniel.

 

 

 12º Episódio

3ª Feira, de Carnaval - 09/02/16

 

A urdidura das serpentes: Alcaide Mendonza, Dona Elvira e Dona Úrsula

(As suas pérfidas estratégias para conquistaram o Poder e darem xeque-mate a Dom Andrés, Rei Branco.)

Ou

Será que a sonsa da filha do Administrador, Clara, vai deixar-se apanhar nos laços do passarinheiro?!

 

Sugiro que faça favor de ler o resumo que escrevi na 1ª transmissão da série, em Setembro 2015.

 

E, como sempre, não abordei todos os assuntos tratados no episódio, nem irei abordar neste pequeno apontamento que inicio.

 

A urgente necessidade de abastecimento de víveres pelo Hospital. Devido à Guerra do Rossilhão e a outras guerras a ocorrerem no Império Otomano, não chegavam cereais russos, à Galiza, que isso Dona Irene explicou a Dom Andrés. E lhe sugeriu que se socorresse dos serviços do Alcaide Mendonza... O que aquele, contrariado e muito relutantemente acabou por ver-se obrigado a fazer.

Relativamente ao Alcaide e a sua fome de Poder, ressaltar o seu ressabiamento por não ser um verdadeiro nobre, dado que era apenas um filho bastardo do Conde de Altamira.

 

As peripécias da operação de Dona Úrsula..., que tanto precisava de ser operada, como se escusava a fazê-lo, por medo de ser recambiada para outra morada... A sua recusa em ser examinada na frente dos alunos de Doutor Devesa. “Não sou fenómeno de feira!”

 

Todos temos dias em que acabamos perdidos nas trevas!”, mais um conselho/sugestão/desabafo de Doutor Devesa para Doutor Daniel, quando este se questionava enquanto homem e médico.

 

A despedida / não despedida, de Olalla e Ulloa, quando este abalou novamente para a Guerra. Cruzaram, uma última vez (?), os seus destinos no corredor do claustro do Hospital, cada um seguindo o seu Caminho. Bem explorado o assunto, ainda havia aqui romance...

 

(...)

 

 13º Episódio

“4ª Feira de Cinzas” - 10/02/16

 

Hospital Real: Centro de pesquisas científicas, na busca de cura para uma doença de origem misteriosa e simultaneamente laboratório de perfumistas. Ou como as ideias de uma mulher podem alterar o rumo da cabeça dos homens.

Enquanto se contrói uma “Teoria Miasmática”, o Hospital transforma-se numa “Corbeille des Fleurs”.

A intrepidez de Dona Elvira no antro da Inquisição: supostamente o local mais seguro de Compostela. O roubo do original do testamento do padre Damião.

Ou como Clara, de sua livre vontade, se foi lançar nas garras do passarinheiro! A espiar pecados alheios! Agora que Daniel lhe ia oferecer água de rosas.

 

 14º Episódio

5ª Feira - 11/02/16

 

Os Ideais da Revolução Francesa chegaram a Santiago, na boca do irmão da mocinha Olalla. Breixo Tabuada sonha pôr em prática: Liberdade, Igualdade, Fraternidade e causa rebuliço em Santiago e no Hospital.

 

Paralelamente, o Inquisidor, Somoza, lembra a Padre Bernardo que “são soldados de Cristo!” Só que o Capelão não puxa para o mesmo lado e a invocação do “Exército de Cristo”, já deu para muitas contendas... e mortandades.

 

As experiências científicas no Hospital prosseguem. Resta provar que uma mera casualidade pode ser uma causalidade. Ou a Vida está sempre nas mãos da Sorte! A experiência perfumista foi um êxito.

 

Clara continua na sua senda de dar um neto à sogra. E de sonsa passou a cínica!

 

Duarte mexe os cordelinhos da narrativa criando ainda mais intrigas e trocadilhos e não fora o Administrador ter fechado as portas do Hospital, a estas horas já Rosália calcorrearia caminhos de outra freguesia.

 

Dona Úrsula anuncia a morte do auxiliar do Oficial de Justiça e com isso conta que o Alcaide aperte a corda ao novel casal: Andrés e Irene, que, antes que seja tarde e não tenham mais oportunidades, se beijam apaixonadamente!

 

Enquanto isso, Alicia chora pelos cantos as mortes das criancinhas inocentes.

 

15º Episódio

6ª Feira - 12/02/16

 

E ocorreu o último episódio da série! Dom Andrés, angustiado e transtornado, correu todo o Hospital, observando o estado lastimoso a que este chegou na sequência da catástrofe ocorrida no paiol da pólvora seca. E gritou! Gritou com quantas forças tinha, um grito de impotência e desespero, que se ouviu por todo o Hospital e, para além dos muros deste, ecoou por Santiago, Cidade Santa Compostelana

E, como se estivera no Gólgota, poderia ter proferido: ”Meu Deus, Meu Deus! Porque me abandonaste?!”

E deste modo tão dramático terminou a Série!

 

Nota Final: A foto é original, cortesia de "Tâmara Júnior", in "Andarilho deAndanhos"

 

 Consulte, S.F.F.

 

 

 

Doença estranha no Hospital Real!

Grassa estranha doença no Hospital...

Também Goya, contemporâneo do tempo histórico da Série, contraiu uma grave doença em 1792, na sequência da qual ficaria surdo.

Não terá ido a Santiago?!

Se tivera ido talvez tivesse sido tratado por Doutor Devesa ou Doutor Daniel.

Talvez até tivesse tido os cuidados das enfermeiras Rosália e Olalla!

Goya doente in. medicineisart.blogsopt.pt

Se...

Tiver amabilidade e quiser fazer o favor, pode consultar:

14º Episódio

15º Episódio - Parte I

15º Episódio - Parte II

“Hospital Real” (Reposição) 10º Episódio

Questões de “Moral”!

Ou

Como chegou um botão do casaco de Dom Daniel ao quarto das enfermeiras?!

 

Andava intrigado com o facto de na estatística do “Top de Páginas “, no Blogue, haver muitas visualizações referentes a esta Série. Mas como há algum tempo não via televisão, e, quando vejo, é quase sempre só à noite, não me apercebera que “Hospital Real” estava em reposição. Ontem, li um jornal em papel e tive curiosidade de ver a programação da RTP2. E aí constatei que a série era retransmitida cerca das 12h 45’. Hora a que raramente vejo TV, nos dias de semana. Questionava-me: Em que episódio já irão?!

E, hoje, decidi ver. Já vão no décimo! Quer dizer que tenho cinco episódios para rever, caso tenha possibilidade.

 

Sobre este décimo episódio, não me sinto tentado a escrever. Remeto para o link do post que publiquei em Setembro (11).

(Fiz algumas pequenas alterações, que havia uns pequenos erros.)

 

Podia intitular este episódio com outra designação?

Questões de “Moral”! Ou “Como chegou um botão do casaco de Dom Daniel ao quarto das enfermeiras?! Ou “A confissão alivia a consciência!” (...) Ou “Os sinais de gravidez eram apenas resultado de um pólipo...”

 

Nesta série também se realça a Música! (Pareceu-me escutar variações sobre o “Concerto de Aranjuez”.) Os Diálogos. E a Representação dos Artistas, essencialmente centrada no rosto e nas mãos, que, dada a indumentária utilizada, são praticamente as únicas partes do corpo que se expressam...

 

S. Tiago In. Andarilho de Andanhos.gif

 

Ilustro com uma foto de S. Tiago, cortesia de “Tâmara Júnior”, in “Andarilho de Andanhos”.

 

 

 

"Hospital Real"! Ainda?!

"HOSPITAL REAL"

Um Série Galega de grande gabarito, transmitida na RTP2

 

Bem, volto a organizar um post sobre esta série que passou na RTP2, em Setembro.

Ontem, recebi dois "comentários" sobre esta Série e sobre a forma "desarticulada", digo eu, como terminou. De visualizador "Desconhecido", mas que agradeço a amabilidade de recordar a série e ter enviado link no facebook, para acedermos a comentários feitos na Galiza sobre o finalizar da série, em que figuram também opiniões das "nossas conhecidas" "Dona Irene" - Maria Vásquez e "Irmã Úrsula" - Susana Dans.

Foi a partir desse link que obtive o conjunto de fotos em anexo, com imagens de vários dos artistas em cenas finais.

Artistas de "Hospital Real". In facebook.

 Pena que a Série tenha terminado. Assim, daquele modo tão inconclusivo, se não pretendem dar continuidade a nova temporada!

Porque, mesmo decorrendo a ação em 1793, ainda havia muito a desenvolver a curto prazo, com aquelas  e aqueles personagens.

Imagine-se prolongar no tempo a narrativa... Só por mais alguns anos.

Tempos tão ricos de História nos anos subsequentes.

Depois desta Série, a RTP2 tem transmitido outras, mas nenhuma terá alcançado as audiências que esta obteve. Digo eu, em função do que observo nas visualizações do blogue.

Mais uma vez, obrigado aos visitantes do blogue e visualizadores dos posts.

E obrigado a "visualizador desconhecido" pelas informações que nos transmite!

 

 

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