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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Jack Taylor – Assassinatos encenados

Assassino encomenda investigação aos seus assassinatos!

 Série Irlandesa – RTP2

4º Episódio – 4ª feira – 14 de Agosto

 

Poderá um assassino, um senhor professor idoso e respeitável, pedir investigação aos seus próprios assassinatos e ir fornecendo informações ao investigador, neste caso, o famoso Jack, o mais reputado detetive privado de Galway e arredores?!

(…)

Este 4º episódio não foi menos complexo que o anterior. Mas já mencionei o criminoso principal neste, que contraria um pouco a tese anterior da “Justiça divina”, porque o assassino não me pareceu ter morrido, acho que levou um tiro no pé, provocado pela ação de Cody, imprescindível nas investigações do chefe Taylor.

Quem também desenvolveu ação importantíssima foi Kate, que por duas vezes quase morreu e desempenhou o papel final de Deirdre, personagem mitológica das lendas irlandesas, bebidas nas tradições celtas. Última encenação do professor Gorman, visando atrair Jack a uma cilada final.

 

Como é habitual, faço uma leitura em viés do texto, salto aspetos fundamentais, nos vários capítulos narrados. Ademais os episódios são bem ricos, o meu penitenciar de “pueril”. De amores, também friso que sendo este episódio recheado do tema, desde logo pela estruturação temática dos crimes à volta da personagem Deirdre, o amor entre Kate e Jack está cada vez mais presente na narrativa, ainda que não assumido, forma de ir prolongando a atenção na temática. Anne parece ter sido esquecida, não mais apareceu no enredo e Linda, a mãe de Cody, envolvida em desafogo, certamente passageiro de ambos os intervenientes. Com direito a murro do rapaz ao chefe, pelo inesperado da situação, ao descobri-los no quarto dois da pensão, onde Jack se acolhe. Que o rapaz compreende, que não é nenhum Édipo!

 

E estes enquadramentos mitológicos estruturam o desenvolvimento da narração e dos crimes. Assassinatos de jovens raparigas da universidade local, uma primeira, Sarah Bradley, aparentemente atirada duma torre, como se fora suicídio, com marcas de consumo de heroína e citações poéticas do mito referido. Uma segunda, Karen Lowe, numa atuação única no papel de Deirdre! Para a qual Jack foi convidado telefonicamente via telemóvel, sem tempo para chegar a tempo, que já a encontraram morta. Mas chegou a tempo de ainda salvar a sua amada Kate, que, já mencionado, atuou na derradeira apresentação teatral do mito.

 

Fica muito por contar. O interesse do inspetor chefe, Griffin, por Kate, que morreu para a salvar. A ação de outro professor da universidade, Lawrence Doyle, viciado em cocaína, encantador das jovens e respetivo iniciador nas drogas. A atividade clandestina de um livreiro, importante fornecedor destes personagens, inclusive o professor Gorman, um dos principais clientes. O papel de um jovem psicopata, pequeno dealer na escola, de nome Ronan, especialmente atraído por degolação de cisnes brancos, outra referência mítica irlandesa. As citações de Yeats, poeta icónico da literatura irlandesa e universal.

 

E sobre o “Justiceiro” – Jack. Mencionar que começara a deixar de beber, que se reconciliara com a mãe, que recuperara um pouco após o enfarte, mas haveria de falecer no decurso deste episódio. E que após a experiência traumática da quase morte e salvação de Kate, voltou a beber!

 

E assim, dou por findas as minhas transcrições do episódio!

 

 

 

 

 

Jack Taylor – Uma série à moda antiga

Série IrlandesaRTP2

Todos as noites, a partir das 22h 10’. 1º episódio – 6ª feira – 9 de Agosto

A ação decorre na República da Irlanda, na cidade de Galway. A cidade mais calma da Irlanda, segundo a polícia local, sediada na esquadra de Main Street.

 

Jack Taylor, antigo guarda da referida esquadra, e mencionada polícia local, da qual se demitiu, por demasiado compulsivo, não se coibindo de agredir um ministro, que apanhou em excesso de velocidade, ademais corrupto. Jack acha-se no direito de fazer ele próprio justiça, já que a dita cuja não funciona e a esquadra policial só para inglês ver. E sabe-se o odioso da ocupação / colonização inglesa na Irlanda.

 

À moda antiga, que este justiceiro reedita cenas de cowboy, no século XXI, em espaços e contextos urbanos. Com todas os recursos atuais, desde os telemóveis às pesquisas internautas. E no que lhe falta de conhecimentos, agora colmata com a ajuda de colaborador, que a ele se juntou no 2º episódio. Uma equipa: Zorro e Tonto. A que já implicitamente pertencia uma jovem policial da esquadra, Kate, mais ou menos também enamorada de Jack. Não lhe faltam namoricos, mulheres de certo modo embeiçadas no personagem e na lenda que à sua volta vem criando. Tal qual as personagens lendárias desses seriados antigos, sem esquecer Robin dos Bosques, a exercer a justiça em localidade à beira mar. Ele também tem a sua Marian, de nome Anne, namoro que certamente se irá reeditando cada episódio.

 

Frise-se que cada episódio se fecha em si mesmo como estrutura narrativa, sendo conclusivo no seu findar. As especificidades de cada um são estruturadas de modo que no final se conclui a estória parcelar. Ao modo do seriado, é executada a justiça. De maneira muitíssimo discutível, é certo, mas era assim que funcionavam os seriados antigos, em que os justiceiros ou as sequências narrativas se concluíam, habitualmente com a morte dos criminosos. Os xerifes mal funcionam e a Justiça, a verdadeira Justiça como Ideal de Democracia, quase nem precisa de existir. (Talvez perigosa esta ideologia! Nos tempos que correm...)

 

Alguns dos chavões habituais: ineficácia policial, malandros de alta estirpe em concubinato com os poderes institucionais; sede e pressa na aplicação da justiça; desprotegidos: crianças, velhos, mendigos, deserdados de fortuna, jovens em stress, vítimas dos opressores. Ingredientes que caldeiam o pano de fundo da atuação de Jack, em prol do Bem. Ele próprio também vítima desses malfeitores, que vai descobrindo, de quem leva valentes tareias, mas depressa se cura. Talvez o álcool, o infalível uísque irlandês, que não sei se cura as feridas exteriores, mas certamente queima as interiores. Insaciável alcoólico. E lá está ele pronto para outra, sete vidas, após mais uma golada.

 

E esse ideal de Justiça é por demais premente e sentido pela população, que face à ineficácia da verdadeira Justiça não hesita em criar os seus próprios meios de a fazer exercer. Perigosamente! E foi este o enquadramento do 2º episódio. E Jack e ajudante foram cruciais na resolução.

Adiante!

 

Série com muitos dos clichés antigos, ideologicamente muito pueril, mas que se segue com muito interesse! Jovem e atual na sua narrativa.

Ademais com excelentes atores!

E o icónico sobretudo da Guarda. Que Jack não devolveu e que usa habitualmente. Não despiu a farda!

“Não matarás, Jack!”

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 49 a nº 60)

 

RTP 2

 

Prólogo:

5ª Temporada – 1943 - “Choisir la Résistence” – “Escolher a Resistência”

A ação decorreu em 1943, durante os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

 

.Episódios:

  1. Travail obligatoire - (23 septembre 1943) – “Trabalho Obrigatório”
  2. Le jour des alliances - (24 septembre 1943) – “O tempo/ o momento das alianças”
  3. Naissance d'un chef - (25 septembre 1943) – “Nascimento de um chefe”
  4. La répétition - (25 octobre 1943) – “A repetição”
  5. L'arrestation - (26 octobre 1943) – A captura / A detenção
  6. Le déménagement - (27 octobre 1943) – O despejo / A mudança de casa (?)
  7. La livraison - (8 novembre 1943) -  A entrega /A entrega ao domicílio (?)
  8. Les trois coups - (9 novembre 1943) – Os três golpes/pancadas/tiros (?)
  9. Un acte de naissance - (10 novembre 1943) – “Uma Certidão de Nascimento”
  10. L'Alsace et la Lorraine - (11 novembre 1943) – “A Alsácia e a Lorena”
  11. Le jour d'après - (12 novembre 1943) – "O dia seguinte" (?)
  12. Un sens au monde - (13 novembre 1943) - “Um sentido para o mundo”

 

Desenvolvimento:

Terminou a 5ª Temporada, cujo título era “Escolher a Resistência”. Porque essa foi a temática global do enredo: a escolha do caminho, da opção de resistência e luta face ao invasor alemão.

De uma forma mais ou menos organizada, maior ou menor empenhamento, foi essa a atitude de cada vez mais personagens, para além dos que se foram constituindo como resistentes, logo desde o início. Muitos ficaram pelo caminho, muitos sofreram torturas e opróbios. (...)

Outros, cada vez menos, permaneceram indefetíveis no apoio e colaboração com os ocupantes... e, supostamente, em obediência ao governo de Vichy.

 

saison 6 in. toutelatele.com

 

Vai iniciar-se a 6ª Temporada.

Também com 12 episódios, desde a Libertação de Paris, ocorrida a 25 de Agosto de 1944, até à Libertação de Villeneuve, ocorrida em Setembro, também de 1944, mas sem um dia específico, pois, como sabemos, a cidade é fictícia, e por isso os guionistas não sabem uma data exata sobre a respetiva libertação. (!)

 

Apresento a listagem e títulos dos episódios, um brevíssimo resumo do conteúdo de cada um deles, “traduzido” por mim.

Espero que ajude para quem queira ficar com uma breve ideia sobre a temática de cada um deles.

Anexei também este link original, em francês, para quem se possa aventurar nesse campo melhor que eu.

EPISÓDIOS

Episódio 1 - "Paris libéré" – Paris Libertada

Episódio 2 - "Le pont" – A Ponte

Episódio 3 - "La corde" – A Corda

Episódio 4 - "Sur le quai" – No Cais / Na Gare

Episódio 5 - "L'homme sans nom" – O Homem sem Nome

Episódio 6 - "Le groupe" – O Grupo

Episódio 7 - "Une explosion" – A Explosão

Episódio 8 - "Le procès" – O Processo

Episódio 9 - "Le crépuscule avant la nuit" – O Crepúsculo antes da Noite

Episódio 10 - "La loi du désir" – A Lei do Desejo

Episódio 11- "Arrestations" – Detenções

Episódio 12 – "Libération" - Libertação

 

Episódio 1 – “Paris libéré” – Paris Libertada

25 de Agosto de 1944

O General De Gaulle anuncia, na rádio, a Libertação de Paris.

Villeneuve vive as suas últimas horas sob a “Ocupação”. (...)

 

Episódio 2 – “Le pont” – A Ponte

26 de Agosto de 1944

Hortense e Heinrich prosseguem o seu caminho em direção à Suíça, enquanto Suzanne e Antoine são ativamente procurados pelas autoridades. (…)

 

Episódio 3 – “La corde” – A Corda

27 de Agosto de 1944

Jean Marchetti e o sub-prefeito, Servier, contam aproveitar-se da prisão de Antoine e Suzanne, para negociarem, algumas garantias de proteção, com os Resistentes e o C.D.L. (…)

 

Episódio 4 - "Sur le quai" – No Cais / Na Gare

28 de Agosto de1944

Na estação de caminho de ferro, Jean Marchetti, os milicianos e as suas famílias, aguardam o comboio que os deverá levar para longe de Villeneuve. (…)

 

Episódio 5 – “L'homme sans nom” – O Homem sem Nome

28 de Agosto de 1944 

Agora, nas mãos dos americanos, Heinrich e Hortense são separados. (…)

 

Episódio 6 – “Le groupe” – O Grupo

29 de Agosto 1944

Daniel, ajudado por Lucienne, cuida dos feridos da unidade alemã, refugiada na Escola, a fim de se salvar bem como Gustave. (…)

 

Episódio 7 – “Une explosion” – Uma Explosão

Setembro de 1944

Os alemães deixaram Villeneuve, mas um grupo de milicianos retem ainda reféns na Escola. (…)

 

Episódio 8 – " Le procès " – O Processo

Setembro de 1944

Após a rendição dos milicianos e perante a impossibilidade de os transportar para Besançon, para o respetivo julgamento, Bériot decide instalar um tribunal marcial na Escola de Villeneuve. (…)

 

Episódio 9 – “Le crépuscule avant la nuit” – O Crepúsculo antes da Noite

Setembro de 1944

No decurso do grande baile comemorativo da Libertação , Villeneuve canta, dança e liberta as suas pulsões. (…)

 

Episódio 10 – “La loi du désir” – A Lei do Desejo

Setembro de 1944

Dez milicianos são executados, no fim de um processo falseado. Bériot propõe a Antoine, que encetou uma relação com a irmã de um miliciano, de se tornar chefe da polícia. (…)

 

Episódio 11- “Arrestations” – Detenções

Setembro de 1944

Enquanto que Jean se esconde permanentemente em casa de Rita, os problemas do quotidiano se agravam : Abastecimento, saúde, alojamento… É a penúria. (…)

 

Episódio 12 – "Libération" – Libertação

Setembro de 1944

Daniel e Hortense, sós e vilipendiados pela multidão, (turbamulta), apressam-se a deixar a cidade.

Antoine prendeu Marchetti. Bériot pede-lhe para o transferir secretamente para Dijon, mas a notícia espalha-se como um rastilho de pólvora.

Em breve, Antoine, Suzanne, Marchetti, Daniel e Hortense vão enfrentar o seu Destino…

 

*******

Epílogo :

 

Este post estrutura, de forma muitíssimo sintética, alguns dos tópicos dos episódios futuros.

É um convite à visualização desta nova temporada, para conhecermos o desenrolar da vida em Villeneuve, após a Libertação.

E o evoluir dos Personagens nesse novo contexto.

Apetecia-me tecer já alguns comentários. Mas prefiro guardá-los para quando visualizar algum episódio...

Les Personnages

 

“HOSPITAL REAL” - 16º Episódio!

“O Prometido é Devido”

 

Um Hipotético Episódio 16!

  

Algumas deixas para continuar uma nova temporada...

 

 

Quando escrevi no respeitante ao último episódio, durante a 1ª apresentação da série, em Setembro, ainda pensava que a série poderia ter uma outra temporada. Mas depois constatei que não!

Mas podia, que ficou tudo em aberto.

 

Daí não resisto a dar alguma continuidade possível ao enredo incompleto, dando largas à imaginação, nalguns aspetos, mais de acordo com o plausível, noutros sugestionando o inverosímel...

 

Museo del Prado Goya Caprichos El sueño de la razon... in wikipédia

 

O par romântico da série, Olalla e Daniel, foram-nos mostrados em apuros. Salvar-se-ão?! Pois claro que sim, que seria do enredo sem eles?

Olalla foi derrubada por Clara, estatelou-se no lajedo, magoou-se bastante, ficou com o rosto ferido, mas nada que não possa ser tratado, com curativos adequados e uns tempos de repouso.

Dom Daniel foi mais grave. O golpe foi profundo, mas não atingiu órgãos vitais, valeu-lhe o pronto socorro de Doutor Devesa, que apesar de assoberbado, com tantos feridos, conseguiu estancar-lhe a hemorragia, cosendo a ferida, com a ajuda da enfermeira Rosália, que não se foi embora do Hospital, nem podia ir num momento assim tão crítico. E Doutor Álvares de Castro também se conseguiu salvar! Embora ficasse também algum tempo de convalescença. Numa fase em que a sua ajuda era tão preciosa.

Mas chegaram entretanto reforços de médicos provenientes de Madrid e Salamanca, por Ordem Real, de modo a acudirem aos feridos do acidente. E chegaram enfermeiras salamantinas.

 

Vimos Olalla a velar um ferido totalmente desfigurado, como se fora o seu irmão Breixo. Como se fora, sim! Porque posteriormente vê-lo-íamos a esbarrar com Mendonza, que procurando-o, não o reconheceu.

Pois quem seria tal ferido tão traumatizado?! Também ouvimos alguém manifestar apreensão pelo não aparecimento do fiscal inquisidor, que, à hora da explosão, ter-se-ia dirigido para uma reunião na sede da Inquisição e passaria perto do local do rebentamento. Dona Úrsula esboçou um dos seus sorrisos seráficos.

Esse ferido gravíssimo faleceu, como seria de esperar.

Na hora de recolherem o corpo para sepultamento, como traidor, ao agarrarem numa das mãos, o frade que o recolhia reparou num anel em destaque num dos dedos carbonizados. Chamou a atenção de Rosália e esta chamou Dona Úrsula, que a mandou chamar a Dom Andrés. E todos constataram ser um anel religioso e mais propriamente o anel usado pelo fiscal inquisidor. Com surpresa de todos verificaram ser de facto Somoza, o que Doutor Devesa e Padre Bernardo também confirmaram.

Dona Úrsula sorriu novamente, pareceu aliviada, mas disfarçou, não sem que Dom Andrés se tenha apercebido. E não se escusou a comentar: “A Irmã parece aliviada...”

“- Pudera, iríamos enterrar como traidor, um Alto Dignitário da Igreja. Nem Deus nos perdoaria tal pecado...” E persignou-se! Para si guardou: “Escreve, Deus, Direito por linhas tortas!” E continuou na sua postura seráfica e imperturbável.

De facto, toda a gente ficou bastante mais aliviada.

Mas de todos, foi Olalla, em convalescença, quem mais se alegrou com tal descoberta, quando Rosália lhe foi contar a novidade.

“O meu coração dizia-me que o meu irmão não morrera”. Simultaneamente voltaram as inquietações por irem continuar a procurá-lo.

 

Já sabemos que Dona Úrsula tinha um estudante nos Dominicanos, com quem gastava imenso dinheiro na respetiva educação, muitas dessas verbas roubadas ao erário do Hospital, inclusive a falsificação do testamento do Padre Damião. Desse segredo só ela sabia, mas acabou por ser do conhecimento também de Alicia, de Duarte e do Inquisidor. Que, como ele próprio a informou, fez expulsar o estudante do Convento para bem longe de Compostela. E que seria o resultado de algum caso sentimental.

Só podia. E como?!

Ficaremos a saber.

Úrsula chamou Duarte a um espaço retirado do jardim, numa hora madrugadora de ausência de qualquer testemunha e novamente lhe entregou uma carta dirigida ao frade dos Dominicanos com quem ela sempre tratava dos assuntos do estudante. Que a levasse e lhe trouxesse uma resposta exata e precisa que ela queria saber qual fora o destino do rapaz. Que movesse montanhas...

E muito fora de si, exaltada, dirigiu-se a Duarte, olhando-o nos olhos:

Lembras-te, daquela noite de tempestade em que Santiago bravejava contra os mouros, de relâmpagos e trovões e tu, transido de medo, te acolheste ao meu quarto e eu te acolhi e aconcheguei no meu leito e dentro de mim te recebi, como se foras um relâmpago de fogo, que me trespassasse como seta a Teresa, Santa de Ávila?!

Duarte fez sinal que sim com a cabeça.

Pois, esse rapaz é filho dessa noite de Tempestade de Santiago!

E, nisto, Duarte, estupefacto, colhido de surpresa, soltou um Oh!, de espanto e balbuciou: Não sabia...

Quem ia caindo ao chão, não fora um tronco de olaia onde se tivesse apoiado, teria sido Dona Úrsula.

“Tu não és mudo. Tu falas!” E benzia-se, persignava-se e quase gritava “Milagre! Milagre!”, Não fora Duarte fazer-lhe sinal de silêncio com o indicador direito sobre os lábios. Rematando como final de conversa: “Esses são os nossos segredos, que guardaremos até ao túmulo!”

Rapidamente Úrsula ganhou a sua serenidade e compostura e frisou:

“- Melhor ainda que fales, que te vou encarregar de procurares, por tudo quanto é lugar de Compostela ou outro e me tragas esse rapaz, para o Convento de onde nunca houvera de ter saído. Que, agora, sabes dele tanto quanto eu!”

Duarte aquiesceu com a cabeça, afirmativamente se manifestou, mas soltando, ainda, uma última fala.

“- Antes, Alicia tem que regressar ao Hospital...”

“- Que sim, afinal ela não fez nada de mal, apenas também sabe do segredo e quem me roubou o rapaz foi o fiscal inquisidor, mas esse já pagou com a Morte, que Deus não dorme!”

E esse foi o próximo trabalho de Duarte, procurar Alicia pelas ruas de Santiago, o que não foi difícil, que não havia muito para onde ir, bem como mais fácil ainda foi convencê-la a regressar ao Hospital, onde sempre tinha um porto seguro.

E chegou com a mesma trouxa que levou e, paradoxalmente, Dona Úrsula recebeu-a e até lhe pediu perdão, que ela não tinha culpa. Mas que guardasse para si o tal segredo que conhecia.

Alicia agradeceu e é mais uma que guardará tal segredo até ao túmulo!

E foi ela a instalar-se e vermos Duarte abalar, com uma mochila e capa de peregrino, a procurar o tal rapaz.

Ausentar-se-á uns tempos da narrativa como convém, porque, mais tarde ou mais cedo, descobrirão as tramoias em que andou a fazer-se passar por Doutor Álvares de Castro.

Dona Úrsula fica ansiosa aguardando que ele regresse com novas do filho de ambos.

E deixamo-la ficar assim? Sem pagar todas as patifarias que fez?!

Isso vai depender de ser só um episódio ou haver nova temporada.

 

E quanto à situação do Hospital?!

Da estranha doença que nele grassava, cujo nome ignoravam, já vislumbramos haverem sinais de luzes, que se confirmaram. Grande parte das crianças inoculadas resistiu. Continuaram com esse procedimento, obtendo bastante sucesso. Descobriram e confirmaram o que ainda não havia sido descoberto.

Que por tentativa e erro e experimentando, a Ciência vai progredindo e dando saltos qualitativos.

A situação dos feridos da explosão foi muito problemática. Exigiu imensos recursos, nomeadamente humanos, mas o Hospital recebeu ajuda da Capital, diretamente através do Rei. Doutor Devesa esgotou-se a trabalhar, bem como Rosália e Cristobal, que não tinham mãos a medir, para mais que Olalla e Daniel também estavam impossibilitados de trabalhar.

 

Quanto ao romance interrompido de Rosália e Cristobal, mais tarde, será Alicia, que falando com Rosália, lhe irá sugerir que lhe perdoe.

 

Mendonza foi formalmente acusado dos assassinatos, comprovados pela presença da máscara na sua casa e da tentativa de assassinato de Doutor Daniel. Foi julgado e condenado, mas como era nobre, ainda que bastardo, foi-lhe definida a pena de degredo e exílio, para Nova Espanha, o atual México. Com a recomendação expressa de, dado o seu passado de assassínios, ser integrado na próxima novela mexicana, de faca e alguidar... (Não resisto a uma pitada de malagueta no pitéu!)

 

Doutor Devesa continuará o seu trabalho empenhado no Hospital sonhando transferir as suas competências para Doutor Daniel, médico jovem, logo que este se restabeleça. E ir usufruir de uns tempos de descanso numa quinta que tem nos arredores de Santiago. Mas os tempos não estão de remanso.

Juntamente com o Capelão, Padre Bernardo, agora liberto da bocarra venenosa da víbora Somoza, continuarão coadjuvando Dom Andrés na tarefa espinhosa de administração do Hospital.

Este, cada vez mais enredado nestas funções, continua ajudando a mulher, como pode. E esta situação, no conhecimento de quem já sabemos, agora ele também a deu a saber a Dona Irene e fará conhecer aos dois homens que com ele trabalham diretamente. Praticamente, no Hospital a situação passa a oficial. E ele dela também dará conhecimento pessoalmente ao próprio Arcebispo, a quem pede uma audiência para tal. Deste modo, o seu papel fica mais clarificado e deixa de ser sujeito a chantagens.

 

Continua com o problema da filha, Clara. A gravidez, naturalmente, prossegue, apesar de Clara nisso se manifestar cada vez menos interessada.

Dotando-a de todos os cuidados, o pai contratou-lhe uma ama experiente que a acompanha vinte e quatro horas diárias.

Mas os sinais subtis da doença da rapariga, que reapareceram, não passam despercebidos ao pai, cada vez mais preocupado.

Clara, inclusive, rejeitou o marido, mesmo após este ter recuperado da convalescença, exigindo que ele ficasse a viver no quarto onde convalescera, enquanto ela estivesse grávida.

E, chegado o tempo, Clara deu à luz. Um rapaz.

Que, como tudo indiciava, rejeitou. Houve que contratar uma ama-de-leite do Hospital para o amamentar e cuidar, juntamente com a antiga ama que já tratava de Clara.

 

Logo que pôde, mandou chamar a sogra, Dona Elvira e, pegando na criança, que nunca assumira como sua, lhe disse:

“-Tome, este filho que é seu! Foi delineado no seu palácio, concebido e gerado na sua alcova. É seu filho e filho de seu filho. Meu não é, que apenas servi de barriga de aluguer. Leve-o e crie-o no seu Palácio, para perpetuar a sua linhagem, ter direito às suas benesses e prerrogativas de Alta Nobreza. Que, como me disse, o sangue pouco importa. O que vale são os Títulos!”

E a Dona Elvira só intrigou a expressão “barriga de aluguer”, mas ficou toda contente. Avó fidalga, mulher dondoca, tomou a seu cargo a educação do neto – filho. Para mais Dom Andrés assumiu o pagamento dessa criação.

Clara, liberta do filho enjeitado, pediu para falar com o pai. E falando lhe explicou que não queria continuar a viver com ele, antes preferia ir coabitar com a mãe, compensando-a de tantos anos de afastamento.

E foi, agora que a situação até era cada vez mais pública. Embora ele continuasse a viver no hospital, mas era visita regular no palacete onde viviam mãe e filha.

Só nos falta batizarmos o rapaz.

E que nome acham que Dona Elvira atribuiu ao neto – filho?! (...)

Pois, só podia ser Leopoldo, como o marido!

 

Das personagens principais só nos falta dar um rumo a Dona Irene. Porque não nos podemos esquecer que ela matou, ainda que involuntariamente, o auxiliar do Oficial de Justiça. Na sequência de ter asilado um foragido, agora cumulativamente acusado da explosão no paiol da pólvora seca.

São crimes muito problemáticos, para mais em tempos de guerra.

Não sabemos como aliviar-lhe a corda ao pescoço!

 

Entretanto, já que falámos de Breixo Tabuada, registamos que ele resolveu cortar o cabelo e a barba, parece outro e assim pretende passar mais despercebido. Aguarda oportunidade para revisitar a irmã.

 

Quanto a Dona Irene informamos que foi julgada e condenada.

Contudo conseguiu livrar-se da forca.

Valeram-lhe para além das suas qualidades e do facto de ter sido involuntária a sua ação, as amizades que tinha. A intervenção de Dom Andrés, de Dom Sebastian Devesa, que era amigo pessoal do Rei, de quem fora médico, enquanto residira em Madrid, do Capelão Mor, Padre Bernardo, do próprio Arcebispo de Santiago e até Dona Úrsula, que em sede de conselho do Hospital, também votou favoravelmente uma recomendação dirigida ao Rei.

Nesses pedidos dirigidos diretamente a El-Rei, valorizavam o papel imprescindível da viúva, da importância do seu negócio para a Cidade e para o Hospital, de como ela salvara o abastecimento do Hospital, com base nos seus conhecimentos e que a morte duma mulher assim de valor, seria um prejuízo irreparável para todos.

E nestas coisas, já se sabe, também se prometia. E, caso Dona Irene não fosse condenada à morte, comprometia-se a pagar uma tença anual diretamente ao Rei e outra ao Hospital Real, abdicando de parte dos seus benefícios, continuando a operar no seu negócio tão necessário.

E ela seria julgada sim, não seria condenada à forca, estaria presa algum tempo e liberta começou nos pagamentos adiantados conforme prometidos.

E, deste modo, concluímos satisfatoriamente alguns finais para a Série neste 16º Episódio fictício.

 

Se quiser ter a amabilidade e caso ainda não tenha lido ou pretenda perceber melhor o desenlace final  da Série, pode também consultar, Se Faz Favor! 

15º Episódio - Parte I

15º Episódio - Parte II

15º Episódio - Parte III

15º Episódio - Parte IV

Hospital Real - Síntese

Ilustrei o post com uma imagem de uma gravura de Goya, da série "Los Caprichos"", de 1797, portanto muito próxima da época histórica em que a série se desenrolaria neste 16º Episódio: 1793/94.

Doença estranha no Hospital Real!

Grassa estranha doença no Hospital...

Também Goya, contemporâneo do tempo histórico da Série, contraiu uma grave doença em 1792, na sequência da qual ficaria surdo.

Não terá ido a Santiago?!

Se tivera ido talvez tivesse sido tratado por Doutor Devesa ou Doutor Daniel.

Talvez até tivesse tido os cuidados das enfermeiras Rosália e Olalla!

Goya doente in. medicineisart.blogsopt.pt

Se...

Tiver amabilidade e quiser fazer o favor, pode consultar:

14º Episódio

15º Episódio - Parte I

15º Episódio - Parte II

“Fortitude” - Série Britânica - Impressões Globais

“Fortitude” - Série Britânica

 Síntese

(Alguns Aspetos)

RTP2

 

Svalbaard in www.businessclass.se.jpg

 

Ocorreu ontem a visualização do 12º episódio da série britânica, “Fortitude”. Décimo segundo e último.

Que dizer?

Não foi uma série de que gostasse especialmente. Mas vi quase todos os doze episódios, exceto quando tive um problema técnico com a TV.

Mas então o que me prendia à série?

Ocorria em contextos pouco habituais, com cenários, julgo que realistas, impressionantes; com um elenco internacional de atores e atrizes excecionais; abordando temáticas ambientais, eu veria uma metáfora para os cuidados a ter com regiões terrestres isoladas (?) ainda relativa e aparentemente preservadas, como é o Ártico, mas que está sujeito a grandes pressões internacionais e irracionais para uma abertura à exploração, nomeadamente mineira intensiva e especificamente petrolífera!

Com um enredo iniciado precisamente com essa problemática dos efeitos da poluição, mesmo em ambientes supostamente imaculados e livres desse flagelo.

Mais propriamente com uma morte muito mal explicada, logo no início, apanágio dos seriados; a que se foram seguindo outras, provocadas por causas ainda mais ocultas e desconhecidas.

Teias romanescas de amores mais ou menos conseguidos, melhor ou pior traídos! Amor, ódio, sentimentos diversos mais ou menos exacerbados, expressos ao longo da trama.

E doses de ação, perigo, mistério, pancada quanto baste, à moda de um Oeste de Klondike! A que não faltavam mineiros exaltados, um hotel e bar, geridos por uma fogosa espanhola, que deixava a cabeça à roda, mesmo do mais gélido e atrapalhado xerife.

A que não faltavam também tiros, pistolas e rifles e até ursos tresloucados pelo mercúrio e a que o xerife sacrificara um bandido sem escrúpulos, minerador, à procura de tesouros, a que chamei, erradamente, geólogo!

E a vinda de um detetive do Reino de Sua Majestade, precisamente para investigar essa morte estranha, e de que a sua insistência em descobrir a verdade, também lhe provocaria a sua própria morte!

A estrutura narrativa das próprias séries, que são sempre organizadas de modo a prenderem-nos à narração, ao que virá a seguir no próximo capítulo, apesar de hoje termos a net, de que me socorri, para além do recurso das imagens. “Que uma imagem vale por mil palavras!”

E, só isso?! …? …!

Também diria que não apenas e tão somente isso!

Na série anterior “Hospital Real” verificou-se uma grande adesão ao que escrevia o que eu constatava nas visualizações dos posts. Mérito da série em si, que deve ter tido grande audiência televisiva na RTP2, o que se projetava nas visitas no blogue.

O que também se verificara em séries anteriores, nomeadamente “Crime e Castigo” e “Borgen”.

Essa situação entusiasmou-me na escrita.

E incentivou-me a continuar a escrever sobre a série, mesmo se e apesar de não ter tido, nem de longe nem de perto, a adesão que tivera com “Hospital Real”!

E estes serão, assim em modo rápido de síntese alguns aspetos que me cativaram no seriado.

E não irei falar do 12º episódio?!

Sim!

Mas primeiro publico este esboço sintético!

“Hasta Luego”, como diria Elena, que teve um papel tragicamente marcante, e um desempenho notável, que lhe abrirá portas para a próxima temporada?

 

 

“Fortitude” - Série Britânica – Episódio XI

“Fortitude”  – Episódio XI

2ª Feira – 05/10/2015

RTP2

in takepart.com

Preâmbulo

 

“Não é de um hotel que precisamos, em Fortitude. É de uma morgue maior!”, dissera Hildur, outra vez!

 

E eu acrescento.

Neste episódio e no seguinte, o que irão precisar é de um inseticida! De um potente inseticida!

 

E lá vamos nós à narração!

 

Dan in theguardian.com

 

Após alguma indecisão de Dan, alguma é como quem diz, que o pedido de Henry foi formulado no episódio anterior, décimo, e cumulativamente interpôs-se o fim-de-semana, de modo que só ontem, 2ª feira, no episódio XI, é que se processou a intervenção de Dan.

Bem, de helicóptero chega-se rapidamente. E ao chegar, Dan, logo constatou a dimensão do desastre. Henry, estendido na neve gelada, um tiro na cabeça, vermelho de sangue a colorir o branco gelado.

Encostado à moto, Morton, afinal ainda não estava morto, apenas moribundo, eu é que julgara que ele morrera na 6ª feira. Mas não! Esteve todo o fim-de-semana para morrer, que sábados e domingos os serviços públicos estão encerrados. Morton, quase acabado, ainda esperava que o xerife chegasse, mas não quis que o levasse para ser socorrido, queria ficar já ali, que o glaciar é um sítio ideal para se encontrar a serenidade e a luz e com ela a morte, para mais com a garantia de se poder ficar congelado até à eternidade, ou até à próxima alteração climática!

Mas antes de partir, quis que Dan lhe contasse a verdade!

E Dan contou. Verdade nua e crua, trágica e cruel, para mais tendo ocorrido num dia sagrado. Num dia de Natal! E soubemos, através do relato para Morton, como tudo ocorrera, e que Dan sempre fora, de facto, o assassino de Billy Pettigrew. Que guardava esse crime na sua consciência também atormentada.

Não vou relatar os pormenores dos trágicos acontecimentos a esse assassinato associados. A foto apresentada, no post anterior, diz tudo.

Lembrar, só e apenas, que amor e ódio são duas faces da mesma moeda, que foi por amor a Elena, que Dan entregou a morte de urso, Billy, por quem o amor à sua amada se transformou em ódio a Billy, que a quisera possuir, agrilhoada à cabeceira da cama! Grilhão que serviu para acorrentar o geólogo ao poste do farolim, como isco para ursos tresloucados de fome.

“Confessa! Ou nunca terás Paz!” Lhe disse Morton, para que Dan fizesse.

Só depois, Morton morreu, suponho que em paz. Soube a verdade do que buscava, desde que chegara a Fortitude, que fora essa a sua razão de chegar. E, sabendo, já poderia partir!

Que partiria, o seu corpo, não para o Continente, que ele, como cidadão britânico, também é de uma ilha! A sua alma, essa terá ficado eternamente aprisionada no gelo do glaciar.

 

E Dan, após muitos avanços e recuos, conseguiu confessar a Elena, o que por várias vezes e em diversos episódios, ela lhe perguntara. Se fora ele que matara Billy.

Confessou e uma vez confessado, também ficou mais liberto para lhe confessar, ao seu jeito desajeitado, o seu amor, desde que Elena chegara a essas terras de fim de mundo gelado.

E depois de explicados os comos e os porquês, textos e contextos, de tudo o que e como e porquê se passou, Elena rematou à laia de conclusão:

“Estamos juntos, sozinhos!”

E haverá melhor definição para aquele amor?! Aguardemos o último episódio, que provavelmente, como é apanágio das séries, deixa tudo em aberto, para futuras temporadas. Estratégias de guionistas!

 

Voltando a Billy, morto logo no 1º episódio, mas cujo tema foi estruturando todo o enredo.

Nessa célebre, trágica e fatídica noite de Natal, ele, com os copos, desatara a língua com o russo Yuri, sobre o célebre tesouro escondido no glaciar. Centenas, milhares (?) de presas de mamute, aprisionadas no gelo! E, após a briga com Eric, para além de ficar com as ventas partidas, também perdeu o célebre documento cartografando o local de tão precioso e macabro achado! Documento que o russo apanhou.

Com base nele, Yuri, estudara as coordenadas do local e, neste episódio XI, com a ajuda de Max, resolveu assaltar o armazém onde se encontrava a broca para furar o gelo do glaciar, transportá-la no camião onde ela estava acondicionada e irem procurar o cemitério dos mamutes, para recolherem o marfim.

Consegui-lo-ão?!

Também só o saberemos no derradeiro episódio. Que Eric, apenas armado de rifle, também se dirigiu para o local onde eles se encontram, mas pensando que fora Jason que roubara a broca!

yuri in theguardian.com

 

Que Jason, também já sabemos, está igualmente possuído por essa doença que atacou Liam, que matou Charlie Stoddart, o cientista; Liam que contaminou Margaret, a médica; que contagiou a filha, Shirley, que atacou a própria mãe. “Doença” que também terá contagiado e esventrado Ronnie, que estará escondido na cave da sua própria casa.

“Doença”, que tudo indica terá sido despoletada na sequência da descoberta macabra do mamute, que Ronnie e Jason esconderam num armazém, para onde Jason se foi refugiar novamente, obcecado por tão terrífico achado, que tantos dissabores trouxe à pacífica Fortitude. Antes tivesse ficado onde estava, ou tivessem tido o procedimento correto, dando a conhecer à comunidade científica, que até dispõem na ilha, que teria procedido com os formalismos adequados e exigidos nos protocolos próprios.

Mas a ganância, a ambição, a fome do dinheiro fácil, sobrepõem-se a tudo o mais!

E nisto ficamos. Jason agarrado ao mamute, após ter passado no laboratório e ter pregado um susto de morte a Natalie.

E a comunidade julgando que fora ele o autor do roubo da broca.

 

E pergunto eu. E Carrie não terá sido contaminada?!

 

No episódio apenas soubemos que ela, juntamente com Elena, foi visitar o amigo Liam. E que foram recebidas por Jules e que Frank também apareceria um pouco mais tarde.

E foram conversando todos, circunstancialmente!

 

E vamos para o excerto final desta narração.

 

A parte científica, que é o tema do enredo que ainda está por deslindar, uma vez que em princípio, os principais crimes estão esclarecidos.

 

in digitalspy.co.uk.jpg

 

Natalie e Vincent continuam nas suas investigações e centram-nas no cão do cientista, que, quando Vincent entrou na cozinha, onde estava o corpo de Charlie, reagiu muito agressivamente para Vincent. Que o cão poderia ter sido contaminado por aquilo que contaminou o dono.

Por acaso, ironia da sorte, ou perspicácia do guionista, o dito cujo estava para ser embalsamado, pelo já falado xamã, que não queria sê-lo, que era apenas embalsamador, conforme referiu a Henry.

E fazendo autópsia ao animal, inicial e aparentemente inconclusiva, mas graças à persistência de Natalie, acabou por ser descoberto um verme estranho no interior do tubo digestivo do cão.

O que seria? Como evoluiria?! Que o verme corresponderia a um estádio larvar de desenvolvimento de outro animal qualquer. E o que será?!

 

Não tardámos a saber de forma bem preocupante e arrepiante!

 

Os jovens cientistas decidiram avançar na investigação e partir para a pesquisa na própria médica, Drª Margaret, não sem antes se terem questionado sobre a ética de tal procedimento numa pessoa ainda viva!

E, foram!

Mas a evolução natural das coisas não se compadeceu com quaisquer procedimentos ou pruridos éticos ou não éticos.

Estando Vincent no compartimento isolado em que a Drª Margaret estava deitada, e começando a observá-la, foi ficando sem palavras, mudo de espanto, admirado e estarrecido com o que os seus olhos viam! Sem acreditar, nem dizer palavra.

E até nós, apesar de sabermos estar em ficção.

Do rosto, dos braços, do corpo, da senhora, formavam-se furúnculos, abriam-se pústulas, de onde brotavam dezenas, centenas de insetos voadores que encheram o compartimento.

 

De onde vinham tantos bichos?!

Lembremos que as zonas boreais, as planícies de tundra, no verão boreal, são infestadas por milhões e milhões de mosquitos que fazem a vida negra às renas.

 

E aquela bicharada toda terá ressuscitado do túmulo em que estivera trinta mil anos guardada no gelo do corpo dos mamutes? E, agora, subitamente tendo encontrado hospedeiro adequado, regressavam à vida, passados milénios?!

 

Aguardemos como irão proceder para extirpar tal ameaça.

Que Natalie ainda não havia entrado no compartimento isolado e providenciou a vinda de Dan, o xerife, que no exterior já observava aquele aterrador espetáculo.

E como exterminá-los sem eliminar também Vincent, encerrado também naquele contentor de morte?!

 

Quando vi a cena dos insetos a brotarem do corpo da médica, não pude deixar de me lembrar do filme “Allien – O Oitavo Passageiro”, quando aquele ser estranho brotara repentinamente do corpo do astronauta! Esse fora um viajante no Espaço!

Aqueles, viajantes no Tempo!

 

 Ver aqui, SFF

 

“Fortitude” - Série Britânica - Episódios IX e X - Parte III

“Fortitude” -  Episódios IX e X

5ª e 6ª Feira – 01 e 02/10/2015

RTP2

 

ParteIII

 

in pixbam.com

 

 

Ainda…

Que muita coisa foi dita, mas ainda mais ficou por dizer!

 

A aproximação de Dan a Helena, através de Carrie.

 

No final do IX Episódio, Dan mostrou, escondida num saco, uma luva do pai de Carrie e, baixinho, conversou com Elena… Que já só procuravam um corpo…

Carrie via TV, aparentemente absorta nos desenhos animados.

Elena ficou de, mais tarde, tentar explicar a situação a Carrie.

(…) (…)

E, mais tarde, foi Carrie quem tomou a iniciativa, interrogando sobre o que haviam estado a sussurar.

Elena lhe disse que tinham que estar preparadas para o pior, que haviam encontrado uma luva do pai. Lamento imenso, Carrie.

A criança reagiu mal, que o pai não morrera, que viria para casa. E empurrou Elena, que se magoou ao bater contra a parede. E Carrie trancou-se no quarto.

 

O pai de Carrie, Ronnie, encontra-se agonizando na cave?!

 

Elena encosta-se ao umbral da porta do quarto onde Carrie se encerrou e fala de si, para si mesma, dos tempos que esteve na prisão, que não é o pior, mas sim o acordar todos os dias e ver-se a apunhalar. Nunca mais voltaria a ser a mesma. Só por causa de um único momento!

E Carrie saiu do quarto e foi ao frigorífico buscar um saco de ervilhas congeladas, que deu a Elena, para colocar no hematoma da cabeça, que era assim que a mãe fazia, quando o pai chegava do boxe, cheio de pancada.

 

E Jason…

Também Jason, colega mineiro de Ronnie, se encontra com sintomas estranhos. Na casa de banho todo ensanguentado, com feridas nas mãos e no corpo, a lavar-se na banheira.

A mulher que chega com as filhas e o encontra assim naquele preparo, olhar ausente, vista revirada.

E sem haver médico na ilha, que Drª Margaret também está à beira da morte.

E Jason saiu de casa, o mesmo ar abstraído, ausente, olhar focado no infinito, aparentemente sem rumo, num caminhar sem destino nem regresso, que já Liam e Shirley haviam trilhado.

Dirigiu-se na direção da casa de Liam e viu-se este em casa. Isto ainda antes de a mãe o ter levado para o aeroporto para fugirem.

 

Como tenho dito esta narração tem sido totalmente enviesada.

O que estou a narrar hoje são excertos referentes a estes personagens, que julgo alguma coisa ainda nos dirão nos episódios futuros, que julgo serem dois.

 

Tanto Ronnie como Jason estão ligados ao mamute descoberto por Carrie e Liam.

 

E tudo o que contei neste post refere-se a situações ocorridas antes ou durante o decorrer de outras já descritas e sobre outras personagens.

 

in digitalspy.co.uk.jpg

 

Aguardemos o desenvolvimento do enredo, nomeadamente sobre o mistério da morte do geólogo, Billy Pettigrew, com que a série se iniciou, e que parece ter sido mais complexo do que aparentemente se apresentara.

Que ele havia descoberto algo muito comprometedor e valioso... 

(...)

 

 

Também houve eleições no reino da Dinamarca!

Parabéns, RTP2! Adeus, Borgen!

 

“Quase todos aguentam a adversidade. Mas se querem testar o caráter de um homem, deem-lhe o poder!”

Abraam Lincoln

Este pensamento serviu de “leit motiv” deste episódio.

 

Parabéns, Birgitte! Adeus Birgitte!

 

Parabéns!

Parabéns, em primeiro lugar à RTP2, por ter transmitido esta excelente série europeia e mais especificamente dinamarquesa.

Trouxe-nos outras perspetivas da realidade e da realidade política.

Uma visão construtiva da Política. A repetição foi bem pensada. Até organizada de modo a que o episódio das eleições na ficção, coincidisse com o dia das eleições reais em Portugal. Só terá sido pena, que os nossos políticos, tão assoberbados com as lides partidárias, não tivessem podido ver, porque fazia-lhes tanta, mas tanta falta, que visualizassem esta série.

Bem, que hoje em dia, quase ninguém precisa de ficar condicionado aos programas e horários das televisões, para ver as séries. Poucas pessoas estão dependentes desses condicionalismos.

Por isso, e para bem de nós todos, eles ainda a irão visualizar, nomeadamente este episódio final!

Só lhes fará bem!

E tanta falta lhes faz!

 

 

Birgitte in visitdenmark.com.br.jpg

 

Parabéns, Birgitte Nyborg!

“Eu tenho o Poder. Agora!”, afirmou.

Com 13 deputados, em 180 (?) consegue condicionar a formação de governo. Consegue contar até 90.

Só no Reino da Dinamarca! Mas que dá lição de Democracia. Democracia avançada!

Saber negociar, criar consensos e acordos, promover o diálogo e a concertação, exercício e defesa da cidadania; estruturar princípios básicos para apoiar a governação do 1º Ministro: Política económica responsável, Defesa do Estado Social, Identidade Verde, Integração de imigrantes, …

Exercício do poder político em coligação, construída após as eleições e conhecidos os resultados eleitorais, mas defendendo os princípios por que vinha lutando.

 

Abdicar da oferta do cargo de 1º Ministro, para apoiar e fazer parte de um governo, em que pretende pastas fundamentais: para si, Ministério dos Negócios Estrangeiros, propor também a Justiça e Economia, para membros do seu partido.

 

Acho que fiz o melhor pelo meu País!”

É para o País, para o Povo, para os Cidadãos, que os Políticos devem trabalhar.

Independentemente dos partidos a que pertencem.

 

E esta é a grande lição que esta série nos transmite!

 

Sobre ela escrevi alguns posts.

 

Neste seriado um dos temas relevantes era o papel dos media.

E, neste campo, também muitas, muitas peripécias.

No final também o editor chefe, após alguns desaires, foi reconhecido e justamente reconduzido no seu lugar. Pelo mérito!

Mérito também dos seus colegas de trabalho que lhe manifestaram e impuseram às chefias económicas, a sua solidariedade.

 

(…)   (…)

 

Uma série 5*****!

 

 

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