Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
E... partindo de Almada, ciranda pelo Mundo e acaba em Portugal!
***
Muito obrigado, Caro/a Anónimo/a, pela sua atenção.
A sua opinião é pertinente. E exige uma resposta algo alongada.
A minha postagem sobre este assunto, tão pessoal, um pouco contrária aos meus hábitos de publicação, deve-se a várias razões.
Sendo pessoalíssimo o problema, a respetiva envolvência é pública. Enquadra-se institucionalmente, suportada e presenciada por dezenas de Pessoas e com custos também públicos.
(Sobre estes, frise-se, pago os meus impostos, de todos os tipos, e faço descontos para as entidades que tutelam estas situações, há dezenas de anos! Dezenas! Mensalmente! Sem falhar, nem “fugir” a eles. De certo modo, já paguei, já pagámos, muitas das minhas / nossas intervenções. Antecipadamente! Eu, e a grande maioria dos Portugueses. Há, por aí, muito boa e santa gente que não o faz. Nem são só propriamente aqueles, sobre os quais, por aí, alguns altifalantes berram, a toda a hora.) … Adiante…
Se é verdade que os Profissionais no exercício das suas atividades fazem o respetivo dever, também nos merecem a nossa consideração. Afinal, é para nós que estão a trabalhar. Por isso o “por favor” e o “obrigado”. Sempre! A qualquer pessoa, de qualquer condição e situação. “Desculpe”, quando incomodamos esse exercício de atividade.
Falta-nos o hábito, a cultura do Elogio. O Reforço Positivo!
As relações interpessoais melhorariam muito, se institucionalizássemos estes hábitos, comportamentos e atitudes. Os Valores fundamentais seriam engrandecidos.
*** *** ***
Outra razão desta publicação, prende-se com toda a propaganda negativa que tem vindo a ser feita contra o SNS, nomeadamente dos media, nas redes sociais… Há anos!
(Atualmente não sei muito bem como anda a comunicação social, que não vejo noticiários, há meses! Não tenho paciência para tanta peroração e gritaria! E andava com este problema de saúde…
Além do mais, agora, com estas “Governanças”, estão de bem: Deus e os Anjos!
E, nós, de mãos postas…)
Pela propaganda, parece que o SNS é um descalabro. Quando vivenciamos as situações, por dentro, verificamos que a realidade é bem diferente. E os Profissionais merecem a nossa maior consideração. (Não estou a dizer que é tudo um mar de rosas! Bem pelo contrário. Há muitas, muitas contrariedades.)
*** *** ***
Gosto de apresentar o que de positivo, construtivo, encontro no meu dia-a-dia.
Já basta o descalabro do Mundo. Estas guerras absurdas, altamente destrutivas, sem respeito pela Dignidade Humana. Comandadas por indivíduos que só querem o poder, o egoísmo, nem sei se o dinheiro, porque não lhes deve faltar.
Assim, nós, modestamente, muito modestissimamente, espalhamos alguma LUZ, nesta enorme escuridão!
Só se fala em guerra, guerra, guerra… Não põem a PAZ, na mesa de negociações. A Paz! A Paz!
(Lembro-me, nos anos sessenta/setenta, na época da guerra do Vietname, fartavam-se de tentar negociar a Paz. Até que ocorreu, julgo que em 1975! Mas nestes conflitos, só se fala em guerra…guerra! De todos os lados. É claro que os criminosos têm nome.)
*** *** ***
E terminando. Sobre esta nossa querida “Casa Portuguesa”, já sabemos que “Deus está de mãos dadas com os Anjos”!
Anda tudo de cabeça levantada, nariz empinado, prosápia, arrogância, vaidade…
Por isso, vai tudo bem no “Reino da Dinamarca”!
A calmaria é tanta, digo eu, que não vejo TV, que, de vez em quando, se agitam as águas com minudências…
Há tempos… Alguém quis ir libertar Olivença! (Mas já visitaram essa linda Localidade?! Se visitarem, e merece bem a pena, atestarão aí, in loco, a nossa Portugalidade, independentemente de fronteiras.)
A mais recente é a da “Cidadania”!
Tem que se abanar o capacete, senão, nem a Cidadania abala a calmaria!
E, por aqui me fico. E muitíssimo obrigado, Caro/a Leitor/a Anónimo/a, por me suscitar estas reflexões e publicações.
Saberá, o/a Caro/a Leitor/a, o que é uma “alta celestial”?!?
Não se admire, se não souber, que eu também soube apenas há poucos dias. E achei um piadão ao termo! Salvo seja!
Na noite em que dei entrada no Hospital Garcia de Orta – Almada, para a intervenção cirúrgica no dia seguinte, fiz montes de exames, análises, controles de temperatura, sei lá mais o quê. Como é lógico e, mais ou menos, todos sabemos. (Processo metodológico e terapêutico que decorreu em todos os dias em que estive internado.)
Mas… adiante…
Na noite em que dei entrada, já aí pela meia-noite, fui, de cadeirinha empurrada por senhora bem-disposta, fazer uma TAC (Uma! Não um. TAC é uma Tomografia Computorizada - feminino.) (Eu até dissera à senhora que podia ir a pé, mas ela corrigiu-me que, para sair da Unidade e ir em tratamento, vai-se sempre acompanhado e de cadeira ou maca. Não se sai pelo seu próprio pé. Percebo e compreendo perfeitamente!)
Após concluída a intervenção – as aparelhagens são novas, modernas, funcionais, rápidas, eficientes, eficazes - nada claustrofóbicas, como as da ressonância magnética, em que entro em pânico, saímos do compartimento.
Já no corredor, de saída, no cruzamento com outro corredor que julgo de acesso às urgências, vem outra colega desta Auxiliar.
Esta nova Auxiliar empurrava uma maca - mesa, com um recipiente em cima, supostamente de alumínio, tapado - a modos de um meio cilindro truncado longitudinalmente, cerca de metro e meio a metro setenta / oitenta. Fiquei curioso e intrigado??!!!
Elas conhecendo-se, não se vendo há algum tempo, cumprimentaram-se oralmente, foram simpáticas uma com a outra. Olá, como estás? Há muito que te não via, vai tudo bem? Então hoje, estás nas urgências?! Como vais?! Bem, obrigado, … O trivial nestas coisas, que estas senhoras são habitualmente expansivas, conversadoras, atenciosas e simpáticas. Estavam apressadas, não chegaram, obviamente, a vias de afetos, nem as condições de trabalho permitem ou sugerem, ademais após a pandemia…
Seguimos para o corredor / hall que acede aos elevadores para o sexto piso e, então, lancei a minha pergunta. Sou muitíssimo cusco. (Costumo dizer que pergunto como é, para saber como foi!)
Minha senhora, peço desculpa, mas o que levava a sua colega dentro daquele recipiente sobre a maca – mesa?! Era comida?!
A senhora, obviamente, achou piada, riu-se. (Também a pergunta era para isso.)
Não sabe o que vai ali naquela maca-mesa?! Pois eu digo-lhe. É uma “Alta Celestial”!
(E eu também me ri).
Estamos sempre a aprender, retorqui. Aprendi uma expressão nova, que desconhecia completamente: “Alta Celestial”! Nunca ouvira falar!
E o/a Caro/a Leitor/a, sabe o que é uma “Alta Celestial”?!
É sempre satisfatório comunicar nos blogues, embora nem sempre me seja possível com a regularidade que desejaria.
Se me acompanha, nestas minhas escritas, deambulações em prosa ou em verso; em fotos, quando e enquanto isso me foi possível tecnicamente, constatará que não sou muito de divulgar situações muito, muito pessoais. (Sem qualquer preconceito por quem o faz, como é óbvio.) Sempre divulgo, mas de uma forma mais indireta!
Mas haverá coisa escrita mais confessional do que a Poesia?! (Questionará O/A Caro/a Leitor/a.)
Adiante…
Este postal, hoje, contraria essa metodologia. Até porque e, principalmente, embora sendo pessoalíssimo, é também, de certo modo, público, na sua envolvência geral.
E aqui vai o assunto, que até poderá dar mais do que um postal!
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Para Unidade Local de Saúde ALMADA - SEIXAL
Estive recentemente internado no Hospital Garcia de Orta – Almada.
Motivo: realização de cirurgia a “macro adenoma hipofisário”, no Serviço de UCI Neurocirurgia Nível II.
Internamento na Unidade de Cuidados Continuados, nos dias referidos.
Durante os dias em que estive internado, antes e depois da cirurgia, pude observar o trabalho desenvolvido pelas diferentes Equipas de Profissionais, que, evidentemente, não consigo discriminar todas as especialidades / funcionalidades. Mas, obviamente: Medicina, Enfermagem, Auxiliares, Outros Técnicos, Fisioterapeutas, Serviços de Alimentação, de Limpeza, de Manutenção, eu sei lá todas as tipologias funcionais que aí foram desempenhando atividades. Sempre em benefício, bem-estar, melhorias e cuidados de saúde dos variados doentes que ali dão entrada e permanecendo, até terem alta. (Um trabalho coletivo desde o topo da pirâmide até à base, em que todos têm o respetivo papel, de maior ou menor relevância, mas fundamental, para uma meta final.)
Com algumas das Pessoas, por variadíssimas razões, estabeleci laços de mais proximidade, de empatia, de algumas consegui fixar o nome, nem de todas, disso peço desculpa. Também o meu estado, físico, mental e espiritual, não foi igual: quando cheguei, enquanto estive e quando saí.
(Não especifico nomes, não querendo ferir suscetibilidades, não tendo identificado nominalmente todas as Pessoas!)
Mas a todas, de todas as equipas, das variadas funcionalidades, desde o topo da pirâmide hierárquica, até às bases, quero agradecer o desempenho profissional. Que se estendeu também ao relacionamento humano, simpatia, empatia, cordialidade, disponibilidade, compreensão, aceitação do outro – o doente - fragilizado, a quem sempre procuravam disponibilizar ajuda.
A todos também – sem exceção – procurei sempre cumprimentar, situação recíproca. E também agradecer.
(Porque os Profissionais estão a fazer o seu trabalho, mas em nosso proveito. Por isso o “por favor” e o “obrigado”!)
(Nestas situações de internamento, embora estejamos doentes, há sempre outros pacientes que estão em situações muitíssimo piores que a nossa. Já estive internado várias vezes em hospitais e, neste, também constatei este facto.
A meu lado, noutra cama, estava outro paciente – jovem - em situação muitíssimo pior que a minha. Neste caso e como se compreende – os Profissionais desdobraram-se ainda muitíssimo mais, tentando resolver caso tão problemático.
E, de facto, constatei os progressos que o jovem foi tendo, ao longo dos cinco dias em que estive internado.
Bem Hajam por tudo isso!
E que o jovem melhore ainda mais e todos os que ainda ficaram internados.)
Pela minha parte e da minha Família, agradecemos-vos encarecidamente todo o Vosso empenho e ajuda na minha recuperação.
Grato muito especialmente também a Drª Joana, por se ter disponibilizado a operar-me, logo que lhe foi possível.
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Obrigado é mais q’uma palavra!/ Nela se grava nobre sentimento / Sentir que nosso coração nos lavra / E em nós desbrava um nov’alento!
Tão iluminadas, pela solina de ontem à tarde, que tive que me colocar contra o sol, para lhes retirar luminosidade e atenuar a reverberação da luz!
Algures, na entrada de um centro comercial famoso, de uma Cidade não menos famosa!
Vá lá a gente entender o tempo!!!
Ontem e hoje, têm estado verdadeiros dias de Verão! Primavera?! Isto parece mais Verão. Pior é que, há bem poucos dias, tinhamos dias de verdadeiro Inverno!
Andou por aí muito boa e santa gente celebrando o 25 de Novembro!
Direito que lhes assiste totalmente, mas surge-me pergunta impertinente. Talvez até obtusa.
Será que esse afã celebrativo tem algo a ver, em sentido figurado, simbolicamente, com o que Édipo fez ao pai?!
Esta questão aplica-se genericamente a essa boa e santa gente, contextualizando, simbólica e inconscientemente, 25 de Novembro e 25 de Abril. E, especificamente, ao primordial promotor dessa celebração, alentejano ilustre e cosmopolita, aspirante de lisboeta.
(Interessante lembrar que, no início da década anterior, os feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro haviam sido abolidos! Escuso-me de frisar a importância destes dois feriados!)
Eleições antecipadas: necessárias e imprescindíveis? Não! Nem estas, nem as anteriores. Em ambos os casos, tinha sido perfeitamente possível encontrar soluções, no quadro institucional, sem recorrer a esta alternativa. Bastava que, quem pode e manda, nestas situações, tivesse orientado as suas decisões nesse sentido.
(É claro que o pessoal dos partidos adora! Delira!) E agora…já! As sondagens!!! Manipuladoras?!
Neste contexto “eleitoralista”, chovem as promessas. Promessas são só palavras!
Na sequência do respetivo pedido de demissão, que poderia muito bem não ter sido aceite, será que houve um certo alívio, digamos até “libertação”, por quem fez o pedido?!
Será que este “personagem da política” estará a pensar em candidatar-se a futuro cargo nacional, sucedendo a quem lhe aceitou a demissão?! (Conjeturas minhas, apenas…)
Saúde! Saúde! Saúde e Educação são dois dos setores fundamentais ao desenvolvimento de um País. A Justiça! A Habitação! Então e a Indústria? A Agricultura? E o Comércio?!
Só que os dois primeiros setores mencionados estão maioritariamente dependentes do Estado – e faz sentido que estejam. E o terceiro, Justiça, representa um dos três pilares fundamentais em que assenta o Estado: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judicial.
Retornando a Saúde.
É um sistema muito complexo, envolvendo muitas variáveis, muitas das quais nem conheço, nem conhecemos bem. (Nomeadamente a Comunicação Social.) E, em termos profissionais, não engloba só os médicos.
Ainda há poucos dias, foram transmitidos resultados do concurso para o Internato Médico.
Porque ficaram tantas vagas por preencher, nomeadamente em MGF – Medicina Geral e Familiar e Medicina Interna, dois dos setores que abrangem e se direcionam à maior percentagem da população, dos utentes / doentes efetivos ou prováveis?
E tantos médicos jovens que não concorreram ao Internato?!
São questões que nos devem interpelar a todos!
Ainda hei-de voltar a estes assuntos da Saúde e da Educação.
Mas que Costa?! Um Costa que não era o Costa, que deu à costa!
Uns bitaites e não só, a propósito de um filme num país que é uma farsa, uma comédia de filme, numa tragicomédia de país!
O Castelo do Costa ruiu de vez!
E que castelo! Um castelo de cartas. De cartas e de que baralho! Mais do que um sarilho, foi um “saralho”! As cartas sempre a cair! Tantas caíram, que o baralho caiu de vez.
O baralho de cartas desfez-se! De vez?!
Uma tristeza, este país! Esta governança resultou de eleições antecipadas. Tanta gente a desejar a ruína do Costa e o país deu-lhe os naipes todos: maioria absoluta. Mesmo assim foram estes meses de constantes sobressaltos. O Costa e os seus “amigos” deram cabo disto tudo. Desperdiçaram oportunidades, umas atrás das outras.
Quem tem amigos assim, a quem confiar assuntos de relevo, não precisa de inimigos. Nem sequer de adversários. Foi por dentro que a governança se desfez! Foi sendo corroída internamente. Mas sempre “apertada” de fora. Não havia necessidade!
Tanta gente a rir, a saborear! A gozar o pagode!
Anda já tudo num rebuliço. Já todos andam numa roda-viva com as eleições, outra vez. Outra vez?! Se, entre as oposições, se vislumbrassem umas cartas de jeito, vá que não vá… Mas a desgraça é tal que, se estes são o que são e que mostraram, nos outros não se descortinam melhores qualificações, outros níveis de habilitações!
Há muito boa e santa gente achando piada a estas barafundas. Não acho piada nenhuma. É o país que se afunda. Por seis meses o país vai ficar “em banho-maria”!
São assuntos fundamentais, que vão ficar parados, novamente congelados, adiados.
E refiro os que mais se reportam às Pessoas. Tudo o que respeita ao SNS – Serviço Nacional de Saúde. À Educação. À Justiça. (Tanto no respeitante aos utentes / beneficiários, como aos trabalhadores, prestadores destes serviços.) À Habitação.
Não falo no aeroporto! Por mim, se puder e nos tempos que me restem de viver, evitarei andar de avião! Mas será importante definir um novo aeroporto, segundo se diz e se trata há mais de meio século! Opinando, se de facto vierem a concretizar um novo aeroporto, e se o que digo tiver algum valor, que o construam fora da “Grande Lisboa”. Na Margem Norte do Tejo. Nunca na Margem Sul. (Jamais, como disse o outro. Jamais! – em francês.) (Quem tem de ir todos os dias trabalhar para Lisboa, atravessar a “Ponte 25 de Abril”, que o diga.)
Olhem e porque não dão melhor utilidade ao de Beja?!
E os comboios?! Nem sequer andamos a vê-los passar, porque muitas linhas estão completamente desativadas. Não há uma ligação direta a Madrid; quanto mais Paris, ou a Europa! Saudades dos tempos em que era possível viajar de Lisboa a qualquer destas capitais, de comboio. Diária e diretamente! E correr a Europa no inter-rail.
(E pelos comboios me fico que estou com pressa e este postal está por demais atrasado. Como, aliás, os comboios!)
E, afinal, o Costa a modos que se foi, por um recado que parece que não era para o Costa!
Consigo, finalmente, operacionalizar a publicação do primeiro postal de 2023!
Formulo votos de um excelente ano de 2023! Para todo o mundo. Para este Mundo, em que anda tudo às avessas. Mesmo, e principalmente, para os que tanto mal fazem, para que lhes entre alguma luz nas mentes, algum afeto no coração e que, tendo poder e força, convertam as suas ações, suas atitudes e comportamentos, em prol do Bem! É esse o meu desejo!
Para Si, Caro/a Leitor/a, que tem a amabilidade de nos acompanhar, votos redobrados de um óptimo Ano Novo. Com muita Saúde, com Paz! Que não lhe falte nada do que mais deseja. Também para todos os seus Familiares e Amigos.
A ilustração é com fotos ainda do ano passado.
De um pôr-do-sol!
De um quarto crescente lunar.
(Ambas de 30 de Dezembro.)
(Certamente de algum local paradisíaco, frequentado na passagem do ano! De uma provável ilha, em país remoto, mas na moda, nestas coisas dos réveillons! Em resort luxuoso, apetecível para os artistas das novelas e dos “shows das irrealidades”, dos futebolistas e glamorosas esposas! Certamente! Os fios visíveis serão de algum teleférico em estância de neves?!)
Saúde! Paz! “Dinero e Amor”, com dizia a cantiga antiga!
E se me perguntassem sobre aspetos relevantes deste ano de 2022, a findar?!
Se me perguntassem, eu responderia. Não sem antes frisar que não tenho qualquer pretensão a ter uma opinião afinada sobre o assunto. Todavia, como qualquer cidadão, sou capaz de opinar, tendo ou não valor o que diga, seja ou não relevante o que perore! Cada um é como cada qual! E que valor ou interesse tem o que digo ou escrevo?! Adiante…
Um dos acontecimentos relevantes que destaco é o das Cheias, recentemente ocorridas na minha Aldeia. Em contraponto à Seca que vínhamos vivenciando há vários anos!Foi um acontecimento local, que observei, registei, “vi claramente visto”, parafraseando o Poeta. Sendo local, foi também regional. Choveu no Alto Alentejo, como há décadas não se presenciava. Igualmente nacional, que, por todo o País, São Pedro abriu as portas do Céu! E internacional, que por essas “Espanhas”, “nuestros hermanos” tiveram a bênção de receber água, que Deus a mandou (!), para encher barragens por esses Tejos, Guadianas e Douros! E assim dar um banho de chuva aos agricultores, à beira de uma taque de nervos, ameaçando uma guerra, não direi militar, nem convencional, que a última havida entre os dois países foi no distante 1801! (Também de raiz agrícola (??!!) Aparentemente: “Guerra das Laranjas”!!!!!!)
E a propósito de malfadadas guerras, a “guerra da Ucrânia”, foi algo que negativamente nos marcou. Apesar da distância (?) sentimo-la demasiado próxima. Pela injustiça, insensatez, de tal ocorrência; despropósito, crueldade, destruição pura e dura! E dura. Parece nunca mais ter fim!
Positivamente, as mudanças atitudinais, comportamentais, face à Covid. Com as sucessivas vacinas de que temos beneficiado, podemos organizar as nossa vidas com relativa normalidade. Até nos esquecemos que o bicho anda por aí, duvido que alguma vez se vá definitivamente, mas vamos estando protegidos. E, deste modo, temos vida quase idêntica à da era pré-covid! Mas, não esqueçamos que, na China, como há três anos, o vírus circula em força.
Um aspeto negativo, no que respeita a este nosso querido País, e que me toca sobremaneira, é o desconserto / desconcerto que observamos face à Saúde e à Educação. Dois dos setores fundamentais ao progresso e desenvolvimento de qualquer nação, país, estado. Quase todos os dias nas “bocas do mundo” pelo lado negativo. Há que resolver o que realmente é preciso, por quem tem efetivamente competências para tal.
E por competências, choca, nas políticas, dominarem as politiquices, os casos e casinhos, a toda a hora. A “cunha”, agora com outros nomes: amiguismo, partidarismo, “rapazes e raparigas”, para traduzir “boys and girls”, nepotismo, portas giratórias, corrupção, esse o termo exato e preciso. Choca! Dói, a quem trabalha e é honesto!
(As entradas e saídas nas (des)governanças já não me dizem nada!)
Não falo nos milhões para aqui e para ali, dos governos para bancos, para tapes e outras coisas que tais. Das futebolices! Aí o pessoal nada em dinheiro. (Depende dos escalões, claro!)
E não vendo nós grandes créditos em quem nos governa ou desgoverna (?!), também não observamos melhores qualidades nos outros que nos querem governar. Governar?! Se…?!
E porque vivemos esta época natalícia / final do ano, não quero deixar de mencionar o nosso consumismo exagerado. Comprar, comprar, consumir, gastar, comer, comer… e tanta gente a passar fome, a viver na rua sem teto, sem abrigo, catando comida no lixo!
E, parece-me que vi principalmente “coisas” negativas! Que 2023 seja melhor!
…Basta de Crispação e … Objetividade na Informação!
É necessário que os vários profissionais do ramo da Saúde possam exercer as suas funções com calma, sem estarem sujeitos a um constante escrutínio mediático, como se um caso que corra mal seja o panorama generalizado da atividade. Os media, mais do que informar, a sua função básica e elementar, o que mais fazem é propagandear. Não são objetivos na informação. Empolam situações e, por vezes, noticiam pela rama. Fazendo uma barulheira infernal das ocorrências negativas, sobrevalorizando o superficial, mas que é chamativo do público, ignorando a substância do assunto, por vezes relativamente diferente do que está à superfície.
(Com os fogos passa-se algo semelhante. Há um “apelo” descarado à piromania! O fogo como espetáculo!!!! O que não deveria acontecer de modo algum. Noticiar. Informar objetivamente.)
A Saúde e a Educação são dois dos setores que mais têm contribuído para o desenvolvimento das nações, dos povos, dos países. Em Portugal, idem. Também no nosso País, são dois serviços que se foram tornando tendencial e gradualmente mais "baratos", "gratuitos" até, após 25 de Abril de 74.
Mas o que perceciono é que também se vem assistindo a uma gradual desvalorização dos mesmos pela parte de quem deles beneficia. Desvalorização nomeadamente no que respeita aos seus profissionais.
O SNS – Serviço Nacional de Saúde, uma melhoria incomparável na vida dos portugueses, no contexto da Democracia, está a ser minado, nos mais diversos enquadramentos. Não sei com que objetivos, a servir que interesses! Mas é imperioso que volte a servir as comunidades, nomeadamente as mais desprotegidas, quem mais precisa, as pessoas, doentes / utentes. Todos nós, em suma.
Todos nós já contactámos com os serviços de saúde, enquanto pacientes, nos mais diversos contextos, beneficiando de diferenciados serviços: hospitais, centros de saúde, farmácias.
Será que o panorama que observamos, que vivenciamos, é assim tanto um descalabro, como parece que se pretende propagandear através dos media?!
Globalmente o que tenho observado ao longo de dezenas de anos, mesmo antes de existir o SNS, é um grande empenho dos diversos profissionais, face aos pacientes. Após a criação do SNS, as condições de prestação dos cuidados de saúde melhoraram para todos. É inegável!
Os profissionais que nele trabalham dão o seu melhor todos os dias para que os serviços, mesmo com dificuldades, funcionem a bem de quem necessita.
(… … ...)
Já há Novo Ministro da Saúde?
Que venha com capacidade e vontade de resolver os problemas que existam. Desde logo com coragem e poder para encontrar solução para a equação: Setor Público – Privado – Social!
Este postal ilustra a chegada das “Despedidas de Verão”. Este ano, a modos que chegaram mais cedo! Nascidas no “Quintal de Cima” estas plantas, exóticas, são por demais peculiares. As folhas só são visíveis praticamente no Inverno e na Primavera. Ao chegarem estes calores desalmados do Verão, as folhas secam, as plantas como que desaparecem do solo. Mas ao anunciarem o quase findar do verão, o primeiro sinal de vida é o nascimento destas lindas flores, umas mais rosadas que outras. Também com um odor levemente adocicado. Renascem assim, nos locais mais regados do Quintal – Jardim. Talvez, por isso, este ano parece que apareceram mais cedo.
Sejam bem-vindas. Anunciando Setembro. Aproximando o Outono.
Quem também se despediu, ainda no Verão, foi a Senhora Ministra da Saúde, Drª Marta Temido. Já se temia que isso acontecesse ou que não acontecesse?! Sei lá! Não acredito nada neste pessoal da política. Nem acredito que vindo outro ou outra as coisas mudem realmente.
Mas que têm de mudar lá isso têm!Também não tenho a pretensão de saber como, quando, em que contextos, mas quem para lá vai tem a obrigação de saber os quês e os porquês, as linhas com que se cose a Saúde. E como o SNS está a ser cozido em lume brando!
A nível dos utentes / doentes, que somos todos nós. Efetiva ou potencialmente nessa condição.
A nível dos Profissionais de Saúde, especialmente sobrecarregados os que têm de trabalhar neste mês. Porque são menos os que estão em serviço, mas o serviço não diminui, provavelmente até aumenta, pois há muito mais gente por aí a cirandar. Turistas e “turistame” por tudo quanto é sítio. Sempre numa boa, mas quando as coisas dão para o torto… onde vão parar?! Às urgências dos hospitais públicos, claro!
Não sei. Mas quem vier para o ministério, que venha com conhecimento de causa e com vontade de pôr alguma ordem na Saúde em Portugal.