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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Fortitude” - Série Britânica - Episódio VI

“Fortitude” - Episódio VI

2ª Feira – 28/09/2015

Série RTP2

 

Fortitude thetimes.co.uk.jpg

 

Esclarecido um crime que a Loucura induziu!

 

E vamos ao episódio de ontem!

De que só posso dizer que foi chocante! Porque saber-se que o assassino do cientista, Charlie Stoddart, fora Liam, uma criança de dez anos, deixará qualquer pessoa sem palavras. Os investigadores envolvidos assim ficaram. Morton, Hildur, Dan, Margaret, outra policial (?) investigadora que descobriu o pedaço de unha, mas que não sei nem nome nem função exata, ficaram assombrados, mudos de silêncio, especados de espanto. Os elementos da comunidade de Fortitude, nem acreditar queriam. Henry recusa-se mesmo a acreditar!

No episódio revelaram o enquadramento em que iria surgir o crime.

O pai de Liam, Frank, saiu em busca de Elena, que já o esperava junto da tal casa abandonada.

A mãe, Jules, também já saíra, meio perdida na neve, na busca de não sei o quê.

Viu-se sair o garoto pela janela, tronco nu, descalço, calcando a neve, aparentemente sem rumo, naquela imensidão gelada.

O cientista, Charles, em casa, após uma snifadela, rumou à cozinha e TV. Ouviu falar na rua e pela janela viu Liam naquele preparo. Recolheu-o, deu-lhe um agasalho, conversou e, quando deu por si, estava esbugalhado no chão, depois de valente martelada na cabeça, com a tábua de aparar a carne. Que Liam, sem mais nem porquê, lhe arremessara, com quanta força teria.

E do que se passou a seguir não nos mostraram, apenas o carinho do miúdo para com o cãozinho, Leo. Que seria demasiado chocante e cruel, mostrar a crueldade no ato de cortar um homem, derramando cortes a torto-e-direito, uns mais leves, outros mais profundos, e nem verbalizo o que o miúdo fez, que ele o diria mais tarde e a partir do que por ele feito, lá ficou um pedacinho de unha, que a investigadora descobriria e permitiu chegar ao culpado. Que tudo isto feito e assim acontecido, crimes desta natureza ou piores, na célebre série “Crime e Castigo” apareceram. Só que perpetrados por adultos. Mas aqui, em Fortitude, cidade tão pacífica, foi uma criança!

E também vimos quando o pai, Frank, chegou a casa, vindo de Elena e após falar com o professor, Markus, que elogiou Liam, chegar a casa e o filho todo cheio de sangue e lhe deu banho, na busca duma ferida que tanto sangue causara, mas nada descobriu!

Todas estas cenas aconteceram no dia do assassinato e não foram mostradas para que nós ficássemos em suspense durante os episódios anteriores e, só agora no sexto, elas nos são desvendadas. Para isso servem os seriados. Manter-nos em suspense!

E, após tudo descoberto e esclarecido neste episódio seis, e os pais sabedores de toda a verdade, Frank e Jules ficaram destroçados, ela pifa de álcool, que Henry lhe dera, que mais uma vez a encontrara perdida, desprotegida, parada em nenhures no meio da neve.

Também Elena se dirigiu ao hospital onde está a criança, cheia de remorso, foi à incubadora, ou sei lá o que é, também designaria de esquife, que Liam estando vivo, mas é como se morto estivesse e a ele se dirigiu, falando. Que ele não a conhecia, que ela fora a culpada, que atirara uma pedrinha à janela do pai e o chamara, e ele viera e com ela estivera. Não disse ela isto tudo, mas pensou e era como se estivesse a confessar-se, a um santo no seu esquife, ela que veio das Espanhas para este fim de mundo, lembrando talvez o patriarca de Santiago, de Compostela, de onde há pouco ainda viemos, da série de memorável lembrança, que no “Hospital Real” se desenrolava.

Mas deixando a saudosa “Hospital Real”, concluída, mas tão mal terminada, que tudo ficou por findar.

Volto a “Fortitude”, esclarecido o crime do cientista, Morton volta-se para o crime porque veio àquela paragem tão remota. O de Billy Pettigrew.

E voltou à conversa com Dan, de novo frente a uma garrafa de uísque, numa mesa do comensal de Elena. E pediu uma comida esquisita, “lutefisk” que não conseguiu comer e beberam ambos e Dan lhe confessou a cena da morte de Billy, que nós vimos no 1º episódio, afirmando-se ele como atirador, mas que sabemos ter sido Henry, que Dan defende que é seu amigo. Morton rematou que não acredita numa só palavra do que Dan dissera.

E dos outros personagens preocupa-nos a loucura de Ronnie, auto excluído numa cabana isolada, perdida mais ainda na perdição daquele fim de mundo. E a filha, pobres crianças tão desamparadas, querendo regressar a casa, ir para a escola, ver o Liam, querendo a mamã, que só tem dez anos! E o pai que chora, agarrado a ela… Desenrasca o pai com a moto, que estas crianças são muito adultas e telefona desesperada para a povoação, a pedir ajuda, interrompida por Ronnie, pai louco, com medo de a perder, perdendo-se.

E quem deveria procurá-los, perdidos nas suas perdições… Só o guionista nos lembra, mais uma vez, que os não esqueceu. Conseguirá salvá-los?! Pelo menos Carrie, a criança!

Jason, mais uma vez, volta ao local do crime e constata a falta de um dente do “monstro” e amaldiçoa Ronnie. Monstro que se desfaz, descongelando, água escorrendo para o esgoto. Água de há milhares de anos! Quantos organismos desconhecidos não trará?!

E o professor, Markus, continua a mimar a sua namorada, Shirley, que trabalha no mini mercado da cidade, com “caldo de galinha com massinhas de ervas”, odalisca na cama, vestida e calçada de meias, que em ambiente tão gelado e hostil, nem uma maja se pode mostrar despida, estendida no leito.

Cada um tem a sua loucura e, ali, naquele ambiente tão agreste e peculiar, todos sofrem, em maior ou menor quantidade, desse mal de elevadas latitudes.

E Henry, louco à sua maneira, desesperado em fim de vida, culpabilizando-se da morte de Billy, também tem as suas ideias de salvação e os seus preferidos no enredo. E, entre estes, destaca-se Liam e a sua família e, por isso, procura Tavi, inuit (?), embalsamador de animais, mas que ele acha ser xamã, para este criar uma proteção para a criança e a família, que estão completamente desprotegidos de Sorte.

E Morton continua na sua investigação da morte de Billy e, por isso, vai falar com Max, o outro negro do enredo, e o questiona sobre o célebre documento e o ameaça, para que ele lhe diga quem é o seu sócio, que já sabemos ser russo. Este lhe revela ser Yuri Lubinov, chefe da secção mineira de uma cidade russa.

Como sabemos à volta do Ártico, para além da Noruega, a Rússia circunda esse oceano tanto na sua parte europeia, como asiática. Outros países também circundantes são Canadá e E.U.A., Alasca, na parte americana; para além da Gronelândia e Islândia, na Europa.

E com Morton ficamos. Que nos palpita que no russo também haverá algum novelo por desfiar do enredo.

Ah, lembramos que Morton, hospedado no quarto onde ficara Billy, aí descobre alterações na alcatifa e no soalho, sobre o que interroga Elena, a hoteleira, que sempre se atrapalha e cora, quando inquirida sobre o minerador morto.

E vamos concluir a narração, sempre parcial e parcelar da narrativa.

 

 

 

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