Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Estes sobreiros, recentemente descortiçados, também podem fazer parte da série “Árvores com História”.Ou com histórias!
Como já referi anteriormente, foram semeados pelo meu Pai e por mim. Os que o meu Pai semeou são os melhores. A data da respetiva semeadura, pelo menos os que semeei, terá sido aí por meados ou segunda década de setenta. Ou inícios de oitenta, não tenho certezas. Terão cerca de cinquenta anos. Alguns já foram descortiçados pela segunda vez.
Os que semeei, que me lembre, cerca de oitocentos, fi-lo junto à carreteira, que atravessava a propriedade no sentido longitudinal, Sul /Norte ou vice-versa.
É essa a orientação das várias parcelas das várias propriedades do Ervedal, dos vários donos. Terá sido uma área relativamente extensa, dividida por diferentes proprietários, alguns familiares entre si.
A que nos pertence atualmente, já referi, foi herda, após as partilhas da minha Avó paterna, mas que a herdara do meu Avô Manuel. Não conheci este meu ascendente. Morreu tinha o meu Pai 16 anos. Certamente em 1942, em plena 2ª guerra mundial! Mas adiante… que andamos noutra guerra…
A propriedade a Leste da nossa era de um Tio do meu Pai, de que me lembro muito bem dele, ainda nos idos de sessenta e setenta. Era conhecido por “Ti Cruzado”! Os herdeiros venderam-na. Já passou por mais que um proprietário.
(No respeitante às propriedades que circundam a Aldeia e outras localidades do concelho do Crato, intrigam-me os impactos da célebre extinção das Ordens Religiosas, em 1834, na alienação dos territórios que eram pertença dessas Ordens.
Como terá ocorrido? Quem os terá adquirido?)
Mas estou-me a perder do cerne da narrativa.
Dessas cerca de oito centenas de sobros, muitos não nasceram, outros foram medrando lentamente, o gado foi comendo vários. Muitos foram morrendo, entretanto. Algo que acontece a muitas árvores da família de “quercus”, sejam sobreiros, azinheiras ou carvalhos.
Alguns permitiram a retirada da cortiça. A foto inicial exemplifica alguns.
A terra onde os semeei, sempre no lado Oeste da carreteira, não era a melhor da propriedade, por isso o respetivo desenvolvimento foi sempre problemático.
Os que o meu Pai semeou, em melhores terras, também medraram melhor.
(A 2ª foto mostra um exemplar, com retirada de cortiça já secundina ou mesmo já na terceira tirada.)
Mas relativamente a esta tirada da cortiça, o/a Caro/a Leitor/a, há de pensar: “Mas que pipa de massa este gajo terá ganho!”
É legítimo esse pensamento, pois, habitualmente, no “nosso” Alentejo, faz-se ou fazia-se essa associação entre tirada de cortiça e umas brasas de notas.
Mas Caro/a Leitor/a vai desculpar-me, mas ainda não divulgo.
Fica para próximo postal.
Obrigado pela sua atenção. E paciência.
Saúde, Paz e bom Verão!
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P.S. – A propósito de Verão, hoje o dia amanheceu com um ar mais primaveril, que de veraneio. Chuviscou, inclusive, aqui pelo Norte Alentejano!
Volto a escrever sobre esta atividade agrícola tão peculiar.
Ao observarmos estes trabalhadores a desenvolverem esta labuta, há algo que se releva de imediato.Para além do esforço físico exigido, a maestria do desempenho, o empenhamento e cuidados que se observam, esta tarefa é puramente humana, com recurso a um instrumento elementar: a machadinha.Basicamente temos: a Árvore, o Homem e a Ferramenta! Uma interação entre três elementos, numa luta desigual, em que o sobreiro, numa postura aparentemente passiva, premeia a capacidade do profissional que o enfrenta neste combate. Ofertando-lhe, como prémio, a preciosidade da sua casca, da sua couraça protetora: a cortiça!
A tecnologia é por demais rudimentar. Apenas a machada. Ela mesma também tão original e tão adaptada à função a exercer e à dimensão do seu possuidor e dono. A lâmina de corte é em forma de meia-lua. Para, ao cortar, ao vincar os cortes longitudinais ou transversais, ao descascar, permitir o descasque, sem ferir, sem magoar a planta. É uma ação de luta, mas também se vislumbram sentimentos de carinho, de consideração, ousaria dizer até de amor pela árvore, que resiste, mas também se entrega a quem a abraça, sim, para medir o tronco, conhecer as possibilidades de agir ou não, também se abraçam as árvores! E sempre, sempre, o ser humano - o trabalhador; o ser vegetal e o utensílio humano aliado à sabedoria, à técnica, ao fazer, ao saber fazer. Ancestral! Medieval! Centenário! Milenar?!
O cabo de madeira, de azinho(?), termina não cilindricamente, mas num espigão, para penetrar a casca, para a descascar, retirar a cortiça do tronco, sem o ferir. Com a machadinha, tanto se usa a lâmina, quanto o espigão, numa alternância funcional, para se obter o resultado final: o sobreiro descascado, descortiçado. Descortiçamento!
Finalizando este postal: num mundo em que a tecnologia invadiu todos os modos de produção, seja na agricultura, na pecuária, agropecuária, agroindústria, em todas as indústrias, em todos os setores económicos: secundário, terciário; esta função, labuta, faina agrícola, mantém-se artesanal. Artística, até!
Até quando?! Até quando haverá Homens capazes de exercer este mister ancestral?!
(Esta pergunta, dúvida, inquietação, foi-me transmitida, de certo modo, pelas vozes de alguns dos intervenientes neste processo, quando fomos conversando.)
(Apresento mais uma foto documental, em que se observam dois dos intervenientes diretos: o Eng. Nuno, da Sertã e outro senhor, da Cunheira, de que ainda não consegui saber o nome. E as respetivas machadinhas em funcionamento, labutando com o sobreiro. Também se repara noutro senhor, do Crato, que se encarregava de acarretar as pranchas da preciosa cortiça para a camioneta. Aqui, sim, já as modernidades são usadas, há décadas. Não os antigos carros de bois, até aos anos cinquenta, quiçá inícios de sessenta, do século XX, mas as furgonetas.)
Ainda apresentarei foto global com todos os participantes, interventores diretos ou não.
Obrigado e Saúde!
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Hoje, terceiro dia de Verão, este vem envergonhadíssimo! Que até no Alentejo chove! Mais parece uma Primavera retardada. Um mês de Março ludibriado!
Nova vista do “Cabeço do Mouro”, de junto aos depósitos da água.
Falda da Serra, a montante do Colégio.
Vê-se a crista da Cidade. Duas habitações antigas, em ruínas. E os campos com as ervas secas e as acácias “tostadas”, pelo efeito de produto que lhes aplicaram, a ver se as erradicam.
(Ervas e acácias secas. A precisarem limpeza.)
Vista da Cidade, perspetiva de Nordeste.
Tronco de sobreiro cortado, resultante de desbaste.
Fazer desbastes aos pinheirais, que bem precisam, no Cabeço do Mouro.
Nova vista da Cidade, já no Passadiço e próximo do Miradouro.
Uma “Catalpa” ou “Árvore dos Feijões”...
Vendo-se, ao fundo, a entrada do Miradouro.
Um excerto do Miradouro e o pôr do sol.
(Na imagem inicial, que titula o postal: o pôr do sol, na sua plenitude! A Norte da Serra da Penha. Ainda era Verão! Agora, apesar de o calor lembrar o Verão, "Verão dos Marmelos", o sol já se põe mais a Sul. Já estamos no Outono.)
Estes postais, para além de mostrarem a beleza da Cidade de Régio, dos agradáveis passeios pelos campos, das vistas de conjunto ou de pormenor, também pretendem alertar para:
Necessidade de limpeza dos campos. As encostas acima do Colégio, todo o ervaçal seco e as acácias “tostadas” precisam ser cortadas.
As encostas do “Cabeço do Mouro” estão infestadas de pinheiros, imensa caruma no chão, matos. É urgente a respetiva limpeza. Os particulares / donos. Não intervindo estes, as Entidades Públicas devem intervir. INCF, Parque S. Mamede, Câmara Municipal, Bombeiros. O corte de todos aqueles pinheiros deve render uma boa pipa de massa!
Promover a caça dos javalis. Os parques naturais não podem ficar reféns de fundamentalismos ambientalistas, que impeçam a intervenção humana. Não se pode deixar tudo ao abandono, à espera do próximo incêndio devastador.
Criar centros de recolha de materiais lenhosos e herbáceos para centrais de produção de biomassa e energia subsequente. Criar unidades de produção de energia a partir da biomassa.
Nos terrenos a montante do Colégio e Hospital, onde as acácias pontificavam, plantar: sobreiros, azinheiras, carvalhos, medronheiros. Não plantar nem semear pinheiros. Pelo contrário, desbastá-los, cortar o máximo que puderem, especialmente os bravos.
Pois, agora, a paisagem está assim. Ou pior! Que as fotos são de há um mês.
As acácias mimosas foram desbastadas no Inverno e Primavera. A dita, chegados Abril e Maio, acompanhados de alguma chuva, proporcionou as imagens surpreendentes que apresentei documentando os passeios e passeatas nos percursos assinalados, do Boi d’Água, da Fonte dos Amores, do Salão Frio.
Simultaneamente as acácias, infestantes como são, foram sempre rebentando.
Acácias, essas não pediram licença ao tempo, cresceram e medraram, como é seu hábito. Proliferaram ainda mais.
Nos últimos passeios realizados pela Serra, pela tarde, em pleno Verão, sem o encanto e magia primaveris, constatamos os campos, outrora pinturas impressionistas, agora assim como as imagens documentam.
As acácias que, continuariam no respetivo verde acinzentado de Verão, estão ainda mais secas que os pastos.
Houve certamente intervenção humana “atacando-as” com algum produto tóxico a ver se elas secam de vez. Isto deduzo eu que não tive oportunidade de questionar alguém de direito sobre o assunto.
Coisas da Vida!
Acácias, mimosas ou não, de espigas ou lá o que sejam, de espinhos também, é nunca plantar.
A Cidade e a Serra, apesar de tudo, do Verão e do calor, proporcionam sempre imagens por demais sugestivas. Enquadradas na vegetação autóctone: sobreiros, carvalhos negrais, lentiscos, medronheiros, sanguinhos, carrascais. E também: pinheiros mansos, oliveiras, zambujeiros.
Aproveite, apesar de tudo, para passear! Se, no Alentejo, aproveite as sombras. Dos sobreiros...
Se for na praia... Bem! Ainda melhor! Bons passeios. Muita saúde.
A 1ª foto é de uma giesta florida, em toda sua explosão de amarelo.
São arbustos autóctones, que proliferam naturalmente por estes campos. Face ao contexto ambiental têm a particularidade de serem apreciadíssimas pelo gado: lanígero - ovelhas, e caprino - cabras.
Mesmo no final do Verão, as sementes são um maná para este gado. Havendo estes animais nos terrenos, desbastam-nas e assim controlam a respetiva propagação. Lembre-se do terreno que mostrei no anterior postal. Aqui não há sinais de gado e é pena! Como se observa também na imagem seguinte.
As antenas, rodeadas do pinheiral, que abunda excessivamente em toda a encosta.
Foto do matagal, um sobreiro e vislumbrando ao fundo, novamente a Cidade!
Sobreiro descortiçado em 2018.
Já agora... Sabe quando será novamente descortiçado?
Uma exótica, à beira do caminho! Não são muitas nestas encostas, apesar de tudo. São mais os pinheiros.
A Natureza sempre a renovar-se: um pequeno carvalho negral, novíssimo.
O pinheiral excessivo. A pedir um desbaste radical.
E terminamos, já no vale do Boi D’Água, com a imagem de um fetal.
Também autóctones, estes fetos. Neste vale, corre um ribeiro atrevido, perto há uma cascatinha que o ajuda no caudal sempre murmuroso, entoam sinfonias os rouxinóis, coadjuvados por melros, outras passaradas que desconheço nomes... e insetos.
No postal “Crónica Pós – Pascal: Passeio Cabeço das Antenas”, de 12 de Abril, referente a um passeio pedestre, realizado na 2ª Feira de Páscoa, dia cinco, na Cidade de Régio, comprometera-me a divulgar as fotos que tirara, à data.
Ontem, com a ajuda preciosíssima da minha impecável “Ajudante e Mentora”, transpus as fotos para computador, organizei as referentes ao passeio, selecionei algumas mais significativas e, hoje, vou publicar algumas, de modo a dar uma ideia da boniteza da passeata.
O Alentejo é sempre bonito! Todos ou quase diremos o mesmo no referente aos nossos territórios ou àqueles de que gostamos. Digo eu, sei lá!
Mas nestes meses de Primavera é especialmente apelativa a paisagem alentejana.
Vamos ao percurso?!
Ainda na Cidade, a 1ª imagem reporta-se às olaias floridas.
A 2ª foto é de estevinhas brancas, singelas, mas apelativas. Tendo ao lado um “malmequer”. Já na beira da estrada alcatroada, antes de infletir para a Serra, perto dos “depósitos de água”(?).
A 3ª foto é de rebentos de carvalho negral, já na encosta da Serra, mas ainda antes do Miradouro. Prestes a começar a subida íngreme para o mesmo, através de “caminho de cabras”. Já fora do roteiro assinalado para percurso.
A 4ª foto é marcante. No mesmo local da foto anterior, reporta-se a uma tapada, murada e aramada. A vegetação dominante são os sobreiros, árvores autóctones. Se reparar com atenção, pode verificar que não aparece mato nos espaços entre as plantas arbóreas. Se conseguir visualizar ainda com mais atenção, observará mais ao fundo uma cabra amamentando um/a chibinho/a. Pois… nesse terreno pasta habitualmente um rebanho de cabras, que desbastam o mato. São as célebres “cabras sapadoras”! Um dos melhores métodos de prevenção de incêndios.
Continuando e agora praticamente no Miradouro, contemplamos a Cidade.
Intrigantes os fios?! De algum teleférico?! Até seria interessante! Tivesse a Cidade dinheiro para tal, meios para executar tal obra e ela se justificasse com retorno financeiro, até seria uma ideia original…
A 6ª foto é de um sobreiro limpo, junto ao miradouro, de que vemos um excerto.
A 7ª é de um sobreiro cortado. Acho peculiar a marca identitária do cortador!
Já após o Miradouro, observamos restos de troncos de mimosas. Neste ano e finais do ano passado, têm limpado muitas encostas serranas destas infestantes. Cortaram milhares, que queimaram. Elas já estão de novo a rebentar por todo o lado. Fizeram bem em cortar, mas são uma praga… Já escrevi sobre o assunto.
A 9ª foto, já a caminho do Centro Vicentino.
Vista da Serra da Penha e do vale que a separa da restante Serra. Uns “restos” de Cidade! A vegetação autóctone: carvalhais, sobreirais... desbastados das mimosas.
Imagem de uma glicínia florida, debruada dos muros de uma das muitas e belas quintas da região.
E a 11ª foto indica-nos que estamos novamente no percurso assinalado para passeio pedestre e que vamos no caminho certo. Mas, hoje, não vamos prosseguir.
Muitas vezes havia passado na Rua Almada Negreiros, no Feijó.
Entre dois prédios, de um conjunto habitacional de uma conhecida construtora do concelho de Almada, num espaço vago, terreno saibroso e pobre, alguém construiu um bonito jardim, bem delineado, harmónico, simples mas sugestivo, contrastando pela positiva com o espaço em que se enquadra, preenchendo um vazio, uma ausência tão caraterística nestas zonas suburbanas em que a megalomania construtiva das últimas décadas foi subitamente interrompida pela “Crise”, deixando múltiplos espaços projetados, mas não concluídos ou nem sequer iniciados.
Quando por ali passava, quase sempre me quedava admirando a obra executada, e me inquiria sobre quem seria o artista daquela peça de artesanato campestre no meio da “selva urbana”! Refletindo, agora, de algum modo lembrava-me a Rua onde nasci na minha Aldeia no tempo em que era criança e as vizinhas tinham às portas uns vasos de flores, quando não um alegrete, onde pontificavam roseiras, malmequeres, begónias, malvas sardinhas, craveiros…
Mas nunca aconteceu ver alguém que me pudesse esclarecer sobre o autor da peça artística ali exposta à contemplação dos passantes.
Tive essa grata oportunidade no passado domingo, quase sol-posto, lusco-fusco, como é o entardecer e anoitecer repentinos em meados de Novembro.
Ao passar a alguma distância apercebi-me que havia uma pessoa debruçada sobre o terreno, num enquadramento típico de quem estava a mondar as ervas daninhas.
Dirigi-me ao local, constatei ser uma senhora, a quem cumprimentei e com quem tive o prazer de ter uns nacos de prosa sobre o Jardim.
Além das plantas já mencionadas tem ainda uns pés de alecrim, que pegam por estaca, como referiu, e eu bem sei; umas flores semelhantes às “alegrias da casa” e que me autorizou a tirar alguns pés, quando forem maiores, sem estragar; um pé de boldo, planta terapêutica e muito boa para chás, que também me prometeu dar um pedaço; umas flores amarelas a que chamam malmequeres, mas que não são e de que tenho também muitos exemplares no quintal, mas de que também não sei o nome; duas macieiras, uma bananeira, gladíolos, jarros, goivos, boas noites e mais “flores” e outras plantas que não sei identificar…
Elogiei o jardim, que inclusive, segundo lhe contou um filho, “está no facebook”. Também ali esteve um senhor da Câmara, que ficou encantado e a quem pediu um fontanário, que daria muito jeito, mas que não pode ser, pois o terreno é particular…
Levando eu umas landes, o fruto do sobreiro, para semear no Vale, logo lhe propus semear ali uns exemplares. Não se fazem árvores grandes?! Sim, farão se nascerem e se as deixarem crescer, mas levam ainda trinta anos, tempo em que, se Deus quiser, já cá não estaremos. E muito provavelmente este espaço, que é particular, será urbanizado entretanto, mas que demore ainda muito tempo para que o jardim se conserve e nós não vejamos a sua destruição… E lá foram semeadas as landes.
Foi uma conversa muito construtiva sobre as plantas, que a senhora também consulta e estuda sobre as mesmas, falámos também sobre as suas origens, os desaires e vicissitudes da vida, as dificuldades, as mudanças abruptas, mas também os recomeços sempre com novas forças e esperanças, sem se deixar abater pelas contrariedades do destino.
Finalmente e após tantas vezes por ali ter passado, soube de quem era a autoria da Obra de Arte: Dona Vanda - um exemplo, um modelo a seguir, simultaneamente arquiteta paisagista e jardineira do lugar.
Se nas nossas Cidades todos tivéssemos a iniciativa de embelezar os tantos espaços desaproveitados que por aí abundam e com tanto vagar desleixado que por aí anda à solta, como as nossas ruas, aldeias, vilas e cidades ficariam bem mais bonitas e agradáveis. Porque esta função não pode ser apenas das autarquias. Que no caso de Almada, até é uma câmara muito preocupada com estas questões! Mas o papel de cada um também é imprescindível!
Obrigado, Dona Vanda, por construir um Jardim tão bonito para deleite e usufruto de vizinhos e passeantes!