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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Europa Social”, no Porto…

...Imigrantes explorados em Odemira!

Desabafos de Maio 2021

Rosas da minha Avó. Foto Original. 2021. 05. jpg

Logo agora que foi aprovada a designada “Europa Social”, no Porto e em início de Maio, mês de “Dia do Trabalhador”…

Pois, nem de propósito, a situação de escravidão, em que vivem trabalhadores das atividades nas estufas das agriculturas intensivas, ganhou foros de manchete nos meios de comunicação.

Era algo que se sabia, não é situação nova, não é específica do Alentejo, noutras regiões de Portugal existem casos semelhantes; em Espanha, França, Itália também proliferam casos idênticos. Por esse mundo afora…

Alguns desses trabalhadores migrantes, nas mãos de máfias organizadas, até serão levados de umas regiões para outras.

Nada justifica estas posições, a não ser a ganância de alguns, em detrimento de quem pouco ou nada tem.

A génese destes problemas até estará nos países de origem destes e doutros migrantes, dos que atravessam oceanos em fuga. Portugal já foi porto de origem de situações semelhantes, hoje é porto de destino.

Em todas elas a tónica dominante é a exploração desenfreada de pessoas, em modo de escravidão, sem o mínimo de condições que respeitem a dignidade humana.

O cinismo com que este assunto foi abordado em diversos contextos, a forma como foi tentado de resolver apressadamente, também não terá sido de louvar.

Todas as Pessoas têm direito a serem respeitadas, a sua condição de seres humanos valorizada, a uma remuneração digna, a condições de vida satisfatórias, para si e seus familiares.

Que resolvam a situação de modo que estes trabalhadores, vindos dos mais diversos locais do mundo, sejam considerados e valorizados pelo seu trabalho.

Que são eles que executam tarefas que portugueses não querem fazer.

Que permitem aos supermercados terem muitos dos produtos hortícolas que consumimos, nós e muita da Europa, “Social” ou não.

Que as Entidades, públicas e privadas, que tutelam os vários enquadramentos em que se processa o trabalho destes migrantes, sejam responsáveis. Que atuem! Que ajam!

(Toda a gente sabia, mas fingiam que não.)

Não fora a Covid e a “utilização” de um resort turístico, que tanta celeuma levantou, ademais já várias vezes falido, não sei onde vão buscar o dinheiro e ainda mais o que lhe fazem, não fora tudo isso e continuavam a assobiar e olhar para o lado.

Tratem de reconhecer a dignidade devida aos trabalhadores! Destes e dos milhares de portugueses também em trabalhos precários.

 

(Adenda: Os restos do foguetão chinês caíram lá para o Índico, não vieram cá para os lados de Portugal, e ainda bem. Já basta o Corona!)

E a foto original? Maio, é mês das rosas! E fica o mote para próximo postal, que agora tenho um grande acervo de rosas.

 

 

 

Ainda sobre “Laranja Mecânica”

A 1ª vez que ouvi falar no assunto!

Laranja Mecânica In. editoraaleph.com.br..jpg

No Comentário que deixei em D. O., em 24/02/21, escrevi:

“Vi o filme, quando foi estreado em Portugal, após o 25 de Abril. Não li o livro. Mas a primeira vez que ouvi falar do livro e do autor, Anthony Burgess, foi em 1973, ao Professor Adriano Moreira, no antigo ISCSPU!”

*******

A referência ao livro e ao autor supracitados ocorreu na disciplina de “Noções Fundamentais de Direito”, no 2º ano dos Cursos de Economia e Ciências do Trabalho, no ano letivo de 1973/74, no ISCSPU – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas – Universidade Técnica de Lisboa.

No Capítulo I – Teoria das Normas – O Problema da Valoração – A variação no tempo e no espaço, refere-se.

Pag. 56

«… a ideia da variação que, no tempo e no espaço, tem a escala das valorações. E isso é um elemento importantíssimo da instabilidade da vida social, porque os valores estão constantemente em evolução, constantemente as circunstâncias levam a pôr em causa as valorações em que o grupo acredita. Mesmo as normas que estão em vigor hoje, muitas vezes no que toca ao seu conteúdo, são susceptíveis de valorações diferenciadas, consoante os lugares e conforme o tempo.» (…)

Pag. 58

«Isto é um acontecimento que está a dar-se todos os dias. O autor da “Laranja Mecânica” publicou um livro “La Folle Semence” onde põe em causa um valor fundamental da nossa cultura, que é o respeito pelo corpo humano. Se formos um pouco mais longe na interpretação do que ele diz, o respeito pela vida humana. Um dos elementos fundamentais das nossas valorações, no nosso sistema actual de valores, é o respeito pela vida e integridade do homem, a integridade do corpo do homem.» (…)

*******

La Folle Semence. In. Babelio.com. jpg

O Professor aborda o conteúdo fundamental defendido pelo autor de “Laranja Mecânica” no livro “La Folle Semence”, integrando-o no contexto das nossas próprias valorações, à data referida, e as especulações e repercussões que teve na época.

Não vou transcrever mais excertos das lições proferidas, sobre o assunto.

Polémicas como eram as abordagens do autor Anthony Burgess, se viu o filme “Laranja Mecânica” ou leu o livro, pode imaginar.

Eu, pela minha parte, só pretendia registar como e em que contexto tomei conhecimento e ouvi a primeira abordagem à obra do autor referido.

Foi um assunto que registei e que ao visualizar o filme, pude constatar a perceção controversa que o autor tinha da realidade.

(Notas Finais:

Posso registar que as lições do Professor eram de excelência.

Os negritos são da minha lavra.)

Imagem de "La Folle Semence", in. Babelio.com

de "Laranja Mecânica", in. editora aleph.com.br

 

 

Balanço de Natal e Final de Ano

 

Balanço de Natal e Final de Ano

 

Aproxima-se o Natal e com ele o final do Ano de 2014.

 

Fará sentido fazer algum balanço deste Blog, que nem três meses ainda tem?!

 

É algo sobre que me questiono…

 

Contudo através dele têm vindo a ser concretizados alguns dos Projetos que me propusera.

  1. Divulgar trabalhos em Poesia, dando prevalência, por enquanto, a textos já publicados noutros enquadramentos.
  2. Dar a conhecer, neste contexto online, trabalhos em Prosa de ficção, obedecendo, em princípio, ao mesmo critério.
  3. Divulgar algumas das Crónicas que vou escrevendo sobre assuntos ou entidades culturais da atualidade, relevando temáticas de caráter regional, sem deixar também de me debruçar sobre eventos de âmbito mais vasto.
  4. Publicar alguns dos trabalhos de pesquisa sobre a História da minha Aldeia, ou sobre a minha Aldeia na História, como se quiser.

Estes Projetos serão para ir continuando, caso a Vida e Quem rege as nossas Vidas me permita. Há muitos trabalhos para divulgar e a capacidade criativa para criar de novo, continuará, se Deus quiser! Aproveitando este conceito moderno de divulgação do que se escreve e e do que se faz de positivo. “Não se acende uma Luz para fechar numa gaveta!” É isso que a “net” nos permite. Divulgar a Luz!

 

Entretanto no decurso da execução/construção deste blog novos assuntos foram surgindo, que se podem enquadrar genérica ou especificamente nas premissas anteriores. Novembro e Dezembro são meses muito especiais, tanto no contexto pessoal como social.

 

Todos os textos aqui publicados são originais da minha autoria. Excertos que não o sejam seguem-se os critérios estabelecidos por norma, citação e fontes discriminadas. Mas não invalido a publicação de textos originais de outros autores. Bem pelo contrário!

Foto de D.A.P.L. Concepção de design: F.M.C.L. "PROSPERIDADE"

 

A Fotografia que, à priori, não fora propriamente pensada ou delineada, surgiu e concretizou-se natural e maravilhosamente! Sem exagero, há fotografias belas, algumas belíssimas, posso dizê-lo, porque não sou o autor da maioria delas. Aliás, as mais procuradas não são as minhas, o que muito me apraz. Muitas das fotos são originais. Mas neste campo já é mais difícil manter o critério da originalidade. Contudo tenho resistido ao “saque da net”, tão fácil e tão acessível e onde há “material” muitíssimo melhor que qualquer um que eu alguma vez possa vir a produzir! Quando o faço procuro também situar as fontes. Penso que é o mínimo que se deve fazer!

 

Tenho-me socorrido de digitalizações, entre outros casos, na crónica sobre o musical “Cats” e no recurso aos Postais da “APBP – Artistas Pintores com a Boca e o Pé”, a partir de material que adquiri em suporte de papel. Neste último caso, penso que é também uma forma de Solidariedade.

 

Neste sintético e modesto balanço quero e muito especialmente agradecer a quem me ajuda e me possibilita concretizar o trabalho neste blog.

 

Também quero muito encarecidamente expressar os meus agradecimentos aos Leitores que têm a amabilidade e a paciência para irem lendo os textos que vou colocando no blog.

 

E aos Visualizadores das fotos em que algumas, para além de tudo o que poderíamos imaginar, têm sido muitíssimo visitadas!

Presépio de Branco, APBP, Artistas Pintores com a Boca e o Pé

 

 

Obrigadíssimo a todos e Votos de um Natal Feliz!

 

 

 

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