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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 – Episódio 11

“Un Village Français

 

(Episódio Global nº 59)

(20 de Junho de 2016) 

RTP 2

 

Episódio 11- “Arrestations” – “Detenções”

Setembro de 1944

 

A sacanagem da baixa política!

 

“Jean Marchetti esconde-se em casa de Rita. Os problemas do quotidiano agravam-se: abastecimento, saúde, alojamento… É a penúria.” (…)

 

Os aliados de ontem tornam-se, hoje, adversários, melhor, inimigos, dados os métodos que utilizam para conquistar o poder!

 

Faltam bens essenciais, falta de tudo, em Villeneuve. A população revolta-se, que onde há fome... fazem-se pilhagens. Reina a desordem. As esperanças associadas à Libertação esvaem-se, por entre a incapacidade de a República dar de comer a quem tem fome. Há quem tenha saudades de Vichy!

As autoridades na pessoa do prefeito, Bériot; do chefe da polícia, Antoine; do presidente do CDL, Edmond, tentam dar resposta às múltiplas necessidades, mas onde não há pão, não há mantimentos para distribuir...

Também, entre eles, a baixa política insere-se ignominiosamente, insidiosa, da pior maneira.

As gentes envolvem-se à pancada por um pedaço de pão.

 

(E não posso deixar de reportar para o que se passa ainda e atualmente. E já que estamos em França, onde atualmente decorre o “Euro”, para aquela cena de ignomínia dos adeptos (?) ingleses a atirarem moedas a crianças pobres!!! E vão estes... que chamar-lhes (?), votar sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia!!)

 

E à pancada andou Ezechiel Cohen, por causa do abastecimento e nada trouxe, além da cara esmurrada.

“Apertamos o cinto”, lhe disse Rita.

“Penso cada vez mais na Palestina” (E sobre este assunto também há tanto para inferir...)

E Ezechiel falou-lhe das vantagens de seguirem como família, apesar de Rita não ter papéis... Que em Lyon preparam idas para esse território.

 

E Rita chamou Jean: “Jean, vem, por favor!”

E apresentou-os. “Acho que já se conhecem”

Jean, vem do hebraico, de Yonah: “Deus tem piedade!” Comentou Ezechiel.

Terá?! Pergunto eu. Merece piedade?! Obterá o perdão?!

 

Suzanne, agora desamparada de amor, que “o gaullista” a deixou para outra da mesma geração, vagueia pela rua e dirige-se à sede do CDL, onde houvera uma invasão da turbamulta.

Edmond arrumava as mesas e cadeiras derrubadas...

Falaram da omissão da vida privada, no contexto do partido... (Onde e sobre quem tanto essa situação foi sonegada durante décadas, melhor, durante a vida inteira, de um certo e emblemático e carismático personagem da vida política portuguesa?)

Edmond morrera-lhe a mulher há dois meses, nada dissera. “Morreu por um ideal.”

“E tu, que queres? Lamentares-te ou bateres-te por ideais?” Edmond interpolou a militante Suzanne.

“O partido quer conquistar a câmara. Derrotar Bériot.”

 

E Edmond encomendou, a Suzanne, que soubesse se nos arquivos da esquadra haveria alguma coisa que tramasse Bériot e a mulher, que, em tempos, se falara de uma paixoneta desta por um boche. (Paixoneta!)

Suzanne tinha, na polícia, dois “conhecimentos” chave. O chefe, o “gaullista” Antoine e Loriot, (como classificá-lo?), novamente membro da esquadra. Ambos também suas paixões ou paixonetas.

E Suzanne, à partida, excluiu Antoine, não iria manipulá-lo e atacou Loriot, o “bigode mais jeitoso de Villeneuve”!

Inicialmente o polícia retraiu-se, não confiava totalmente nela.

 

Lembra-se, caro/a leitor/a, que foi devido a esse relacionamento que Suzanne foi considerada traidora, no contexto da célula do partido?

Onde isso já vai, me dirá.

 

Mas há lá homem que resista ao elogio do bigode, para mais provindo de uma cara bonita  e charmosa?!

E Loriot comprometeu-se. “A troco de nada. Em nome dos velhos tempos.”

Em troco de nada, Loriot, que já anteriormente informara de que Antoine andava de amores com a irmã de Alban, eu pensei que ela já saberia... Loriot, repito, a troco de nada sempre trouxe alguma coisa.

Em primeiro lugar, que ele é um senhor galante, ofereceu-lhe um ramo de flores. Lembrando velhos tempos ou preparando os novos, que a rapariga anda desamparada.

E o pretendido. Nada sobre Bériot, vasculhados os arquivos de 41, mas algo sobre outra pessoa. Ainda melhor!

E que pessoa acha que será? (Pensei em Lucienne.)

 

E Suzanne entregou o documento a Edmond, que sorriu, cinicamente, como é habitual no seu personagem.

 

Lembremos que este documento será, em princípio, para tramar Bériot.

Daniel in. leblogtvnews.com

 

Este, como também já referimos, convidara o médico, Daniel Larcher, para colaborar com ele na prefeitura, sob condições mutuamente estabelecidas.

Encarregara-o de inventariar situações de resolução de três problemáticas prementes na Cidade: Saúde, Alojamento, Alimentação.

(Lembram-se da canção “Liberdade” de Sérgio Godinho?! “Casa, Pão, ...”

E estas prioridades também foram algumas das emblemáticas após o 25 de Abril.)

 

Voltemos à realidade ficcional.

Larcher desempenhou as suas funções muitíssimo bem, apresentando as soluções encontradas, em reunião com o prefeito e o secretário, Hector.

Sobre a Saúde, com recurso às freiras do convento, que haviam concordado e disponibilizado os seus meios; sobre Habitação, também explicitou soluções concretas e sobre Alimentação, não trouxe ainda dados precisos, mas propôs reunir-se com Servier, que sabe, de certeza, onde buscar víveres.

Dito e feito, reunido com o dito cujo, este concordou em dizer-lhe onde achar alimentos, na condição de lhe trazerem um salvo-conduto para emigrar para a Suíça e um bom jantar para a mesa.

(É caso, para dizer: Que mamão! Que foi o que ele fez em toda a ocupação, mamar, lamber botas, servir e servir-se.)

 

E, em “reunião de prefeitura”, a que compareciam também membros do CDL, presidido por Edmond, que fora encarregado por Bériot de chefiar a questão do abastecimento da cidade, o prefeito contava apresentar Larcher, e as suas pesquisas, como um trunfo.

Enganou-se. Mas lá iremos.

 

Antes, julgo que em reunião anterior, em que estiveram ambos os chefes das fações, agora oposicionistas; Bériot, gaulista e Edmond, comunista, atiraram-se “mimos elogiosos” um ao outro, sob os auspícios de um retrato do General De Gaulle.

Edmond, “elogiando” Bériot, cuja polícia, chefiada por Antoine, libertava colaboracionistas, referia-se à chata da Jeannine; em vez de prendê-los, que o “carniceiro” Marchetti ainda andava a monte.

Bériot, por sua vez, mimoseava Edmond, cujo abastecimento, de que era o delegado, era uma desgraça.

Andavam numa inventariação fictícia das necessidades da população, quando não havia nada para distribuir, aproveitando para propor às pessoas a adesão a um determinado partido, cujo nome não disse.

Igualmente defendeu Loriot, pela sua competência; Edmond não o saberia ainda, Bériot provará, sem o saber, do veneno dessa mesma eficiência.

Também Daniel Larcher teve direito a ser defendido, e concordo inteiramente, pela sua “Generosidade e sentido de Humanidade”.

 

 

E, voltando à reunião de prefeitura em que Bériot apresentou Larcher como colaborador, elogiando a sua competência no encontrar de soluções, para três problemas prementes na Cidade: Abastecimento, Alojamento, Saúde.

Edmond, cínico, questionou-o:

- “Confia nele?!”

E lançou a bomba.

“A partir de um documento que, por acaso, nos veio parar às mãos, sabemos que Daniel Larcher era, em 1943, informador da polícia alemã!”

E apresentou o documento assinado por Heinrich Muller.

Lembramo-nos perfeitamente dessa situação de quando o médico estava preso juntamente com o irmão, Marcel...

 

Que acha senhor/a leitor/a ?!

 

Neste caso, eu opino sem quaisquer dúvidas ou hesitações.

Foi uma verdadeira “sacanagem”!

 

E foi um lavar de roupa suja e atirar de lama... sobre um ser humano intrinsecamente bom, apesar das contradições inerentes ao comportamento de qualquer homem ou mulher, para mais em tempos tão complicados.

Ma é assim a política, para mais a baixa política!

E o médico foi logo ali despedido, que Bériot pode, quer e manda, e enviado para prisão domiciliária, a juntar-se à mulher Hortense, que foi a alma dos seus pecados. Mas também a razão de estar vivo.

Que as vivências, os comportamentos, as atitudes dos diversos personagens são multifacetadas.

Como, aliás, de todo e qualquer Ser Humano.

Nem sempre preto é preto, nem branco é branco!

 

Veja-se que Daniel, apesar de o considerarmos um homem bom, ainda rematou:

“Vou contar quem é o seu hóspede.

O hóspede já se foi.” Retorquiu o prefeito.

(Afinal não terá sido este médico que passou a certidão de óbito, como eu julgara.)

 

E ainda há mais para contar?

 

Já referi que Jeannine fora presa pela “purga”, chefiada por Anselme, que queria saber do dinheiro que ela ganhara a reparar tanques dos boches e para o ir buscar, para poderem comprar alimentos para os necessitados.

E que a queriam julgar e mais tornas e deixas nestes casos.

 

Mas havia ordens superiores de Bériot, sempre ele, de que ela fosse recuperada e dessa ordem e execução se encarregaram Antoine e Loriot.

 

(E foi uma verdadeira cena de duelo, de filme de “cow-boys”, a que só faltou o herói, Antoine, ir montado no seu corcel branco.

Esclareça-se, que, à data, este género de filmes ainda não dominava o mercado, nem sei se já teria surgido, nem a filmografia americana ainda era dominante, nem sequer a indústria cinematográfica atingira a importância que viria a alcançar nas décadas seguintes, no pós-guerra.)

 

Certo é que Antoine libertou Jeannine!

 

E sobre outro verdadeiro colaboracionista e verdadeiro criminoso, per si, que a guerra não justificava as suas atitudes criminais, nem as ações que praticou, sobre o “carniceiro” quero ainda falar.

 

A cena final em que o “miúdo”, Antoine, que Loriot julgara enganar, voltou à casa onde o criminoso, Marchetti, se acoitava e os apanhou, a ambos, a conversar, paradoxalmente Jean com o filho David ao colo, foi uma cena antológica de filme de ação.

 

E aguardemos o próximo e último episódio desta sexta temporada, certamente o derradeiro da série, porque a sétima provavelmente nunca mais aparecerá, nem sei se já foi concluída a sua realização, nem se já passou em França.

E, ao que me parece, a RTP2 retorna a outra série já apresentada anteriormente.

 

E, como sempre, muito ficou ainda por contar!

 

 

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódio 5

“Un Village Français

(Episódio Global nº 53)

(10 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Episódio 5 – “L'homme sans nom” – “O Homem sem Nome”

28 de Agosto de 1944 

 

 

Quem é este “Homem sem nome”?

 

Muller, “caçado” com Hortense, ambos presos pelos americanos, que ela afirma ser seu cliente de favores sexuais, assumindo-se como prostituta, e negando terminantemente conhecê-lo?!

 

Marchetti, de nome por demais conhecido, ativamente procurado pelos “Resistentes”, mas passando despercebido aos mesmos, sonegando o nome, renegando-se enquanto tal, inclusive afirmando-se de judeu, (!), escondendo-se no celeiro e, mais uma vez, incógnito aos seus “caçadores”?! Enquanto Rita, o filho, David, ao colo, se apresenta aos perseguidores, ficando ele, cobarde e cinicamente, a vê-los partir, por entre as frinchas do palheiro, sorrindo de soslaio...?

 

Ou Kurt, amado sempre esperado por Lucienne, que faz de enfermeira, coadjuvando o Drº  Daniel Larcher, sempre na secreta e remota esperança de ele um dia voltar, de preferência à civil, que é como quem diz, em paz?!

 

Nesse difícil papel de enfermeira, ela que era apenas professora primária, na Escola transformada em hospital de campanha, para tratamento dos feridos alemães, Lucienne tratava com desvelo os jovens feridos e politraumatizados, sempre na guardada fé, não declarada, segredo seu, apenas revelado a soldado moribundo, que ele, Kurt, o seu eterno romance, um dia retornasse.

E, fosse ou não Kurt, não sei, apenas me apercebi que, no findar do episódio, Lucienne, ao destapar a mão entaipada, do soldado queimado, todo enrolado em ligaduras, nessa mão descobriu a do seu Kurt. E a beijou e acariciou como tal.

Será ou não será?! Ou será que ela nele vê e revê o que o seu coração deseja?!

Ou é apenas uma partida do guionista para nos deixar presos para o próximo episódio, para mais ainda com fim-de-semana prolongado de permeio e o “Europeu” também em França?!

Sinceramente, não sei!

(E, dir-me-á que há aqui incongruências...)

 

Neste episódio verificámos que, afinal, os alemães ainda não abandonaram de todo Villeneuve. Para além dos feridos, ainda há soldados ativos, e a fazerem estragos.

Na espera do aguardado comboio que levaria os restantes para Belfort, juntamente com os milicianos e os judeus presos, o comandante alemão, julgo que Schneider, ordena aos milicianos que abatam os judeus.

Estes, finalmente(!) recusam-se a obedecer e face à tentativa dos alemães agirem, disparando selvaticamente sobre inocentes, Marchetti, também ali presente, e alguns milicianos, disparam sobre os boches, impedindo um massacre de crianças e mulheres judias.

Acha abnegada e altruísta a atitude de Marchetti, o “carniceiro de Villeneuve”?!

Desengane-se.

Marchetti apenas quis salvar o próprio filho e a mulher que amou, a judia Rita de Witte!

 

E com ela e o filho foge, deambulando pelo campo, até que se acoitam numa quinta abandonada.

Nessa deambulação e caminhada foi uma oportunidade de se confrontarem sobre amor e desamor, sobre o passado recente de ambos, de como ela e porquê regressou da Suíça, para onde ele a levara; do que ele fizera nesse tempo, dos crimes que cometera entretanto, para além de prender crianças e mulheres, do porquê do epíteto que lhe atribuíam.

Também do seu passado remoto, dos pais que ambos não conheceram... Também de futuro, do que fazerem, reatarem ou não o relacionamento, que Rita não deseja, que por ele apenas sente “mágoa e desprezo”. Da atribuição de paternidade a David, filho de ambos, que Rita também recusa, que “David é uma criança sem pai”!

Rita já não quer nada com a França. Não esqueceu 1942 e a forma como os franceses trataram os judeus. Talvez vá para a América... Londres... Portugal...

 

Marchetti é perseguido encarniçadamente. Por enquanto, ainda não foi apanhado...

Por enquanto... Que Rita, apesar de tudo, e de todas as razões que tem para o odiar, não o denunciou.

 

Hortense e Muller foram presos pelos americanos.

Negam conhecer-se, ela afirma-se prostituta, (fugiu-lhe a boca para a verdade?!), sujeita a interrogatório, confirma sempre essa versão, tenta seduzir o oficial americano, mas é presa numa cave juntamente com outras mulheres francesas suspeitas.

E quem vai ela encontrar na mesma condição de suspeita, mas como supostamente espia?!

Pois precisamente a temperamental Jeannine.

Entram em conciliábulo. Jeannine sugere não revelarem os seus segredos, mas, mal é levada presa e ameaçada de ir a julgamento para Besançon, e não ser eventualmente socorrida pelo providencial papá, logo imediatamente denuncia Hortense dando a conhecer que o respetivo “cliente” é nem mais nem menos que Heinrich Muller, o célebre e procurado chefe do SD de Villeneuve!

 

Gustave in. youtube.com

 

Gustave, filho de Marcel e sobrinho de Daniel, foi apanhado pelos alemães a fazer contrabando no mercado negro.

Ia ser fuzilado, não fora a providencial chegada do tio Daniel, que conseguiu, com calma e persuasão, apesar de armas apontadas, convencer o soldado alemão que podia colaborar com eles, ajudando-os a salvar e operar feridos, na sua qualidade de médico. 

Daniel in. telestar.fr.jpg

E foi nesse contexto que ele reiniciou a efetiva colaboração com a designada, circunstancialmente, enfermeira, a professora primária, Lucienne!

 

E que acontecerá a todas estas personagens?!

 

Quem também regressou ao elenco e ao enredo foi o enigmático De Kervern.

Agora todo-poderoso e cheio de ares de prosápia. Investido na qualidade de prefeito da cidade.

Dando ordens e afirmando objetivos de ação: Restabelecer a ordem, prioritariamente; apanhar colaboracionistas, sem perdoar...

Despediu-se: “Meus Senhores...”

Mas foi corrigido por Suzanne: “Meus Senhores e minha Senhora!”

Foi olhada de soslaio...

 

Estou na Resistência, desde 1940!”

 

Suzanne in. toutelatele.com

 

Esta personagem, Suzanne, é por demais interessante sob múltiplos aspetos: enquanto mulher, cidadã, política, trabalhadora, “Resistente”, militante...

Agora de namoro com Antoine, o herói romântico do “Desfile”, bem tenta encaminhá-lo... Mas ele apenas quer brincar com ela ao jogo de “pedra, papel tesoura” ou mesmo à “macaca”.

Ou que ela lhe narre o conto da “fonte do ouro”.

 

“... a fonte do ouro está no teu coração.”

 

E, deste modo, por hoje, termina esta narração!

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódio 3

“Un Village Français

(Episódio Global nº 51)

(8 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

“La Corde” – “A Corda”

27 de Agosto de 1944

 

Título sugestivo: “La corde” -  “A corda”.

Que os alemães, comandados por Schneider, antes de abandonarem Villeneuve, face ao avanço das tropas aliadas, não sei se maioritária se exclusivamente americanas, deixaram ainda acentuadamente a sua marca de terror.

Convocaram a população, obrigaram (?!) os fascistas dos milicianos, para a execução - chacina de vários cidadãos da cidade, que enforcaram na praça, aos olhos aterrorizados e angustiados de familiares.

(Mas, nesta fase da guerra, como e porquê as designadas “autoridades” da cidade, ainda se sentem “obrigadas” a cumprirem ordens dos alemães?!

Como puderam tantas vezes, durante tanto tempo e tantos franceses serem autores ativos na morte de seus concidadãos, tão franceses como eles?!?!)

 

Como subtítulo também poderíamos designar:

A morte escusada / supérflua de uma Heroína (?)

Ou, a morte ignóbil (?), trágica, de uma Heroína (?)

 

Sim, porque neste episódio e no contexto dos enforcamentos, Marie Germain também sofreria a mesma sorte e morte de milhares dos seus concidadãos. Digamos, que mais uma vez, não sei se de forma trágica, se ignóbil, se escusada ou supérflua, Marie compartilhou a sua vida, a sua “Causa”, com os seus compatriotas.

Na minha perspetiva, fora eu guionista, e não “matava” a Heroína! Pelo menos assim...

Dar-lhe-ia um outro Destino. Glorificá-la-ia! Trataria de a fazer comparticipar nos festejos da Vitória.

Se a “matasse”, seria em batalha, em ação, em luta, sei lá, rebentando a ponte, ou com um tiro disparado por um inimigo.

Mas Destino é por vezes destino e neste quem manda é o guionista.

 

Irónico, mas extraordinariamente exemplificativo e paradigmático, é que o seu carrasco tenha sido Marchetti, esse personagem execrável, desumano, cheio de ódio pelos outros seres humanos...

Foi ele quem lhe pôs a corda ao pescoço, quem a prendeu, quem a esticou... mas quem a “puxou”  não terá sido a própria Marie?!

“Lacaio miserável...”

E Marchetti deu um pontapé no banco para onde obrigara Marie a subir. (E porque subira ela?!)

E ficou a baloiçar, presa na forca...

 

Que mal lhe fez a Humanidade?!”

(Lembramos que Jean Marchetti se referira a si mesmo, como um filho da “assistência pública”...)

 

Marie e  Raymond in. toutelatele.com

 

No seu idealismo, Marie merecia outra sorte e diferente morte!

Até porque andava novamente de amores com Raymond.

Que a ouviu chamá-lo, quando ela se aproximava da ponte antes de ser presa por uns soldados, que não consegui identificar totalmente.

Pareceu-me que Schneider os apelidou de “bávaros”...

 

E sobre bávaros, Baviera, Alemanha, lembramos Muller e Hortense.

“Casados” sob nome falso; “casados” sem aliança, mas de tesoura; “casados” por pacto de sangue... estão sós, auto centrados, entregues a si mesmos, na floresta, projetando fugir para a Alemanha, que para a Suíça se tornara de todo impossível, que o exército americano já ocupara essa via.

 

E foi também para a Alemanha que o resto do exército alemão ocupante de Villeneuve conseguiu fugir, sem o prometido (?) impedimento dos americanos.

 

Prometido ficou também o acordo firmado entre as ainda autoridades “legais” da cidade e os “Resistentes”.

Acordo difícil, finalmente selado por documento de papel assinado!

 

Da salvaguarda de redenção ficaram excluídos, entre outros personagens, os milicianos e Marchetti. Que está carregado de culpas no cartório!

No final do episódio, vimo-lo carregar a sua mala, a caminho de um destino improvável, pelas ruas amarguradas de uma Villeneuve antiga e pobre, marginal, diria eu que um antigo bairro suburbano, certamente de grupos sociais minoritários e ostracizados.

Digo eu, porque li em excerto de futuros episódios que ele se irá refugiar em casa de Rita, judia, e sua antiga amante...

 

Aguardemos...

 

Notícias boas: Antoine e Suzanne, novo par amoroso, conseguiram salvar-se.

 

 Temporada 6

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódios 1 e 2

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 49 e nº 50)

(6 e 7 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Paris Libertada in. vitruvius.com.br.jpg

 

Episódio 1 – “Paris libéré” – “Paris Libertada”

25 de Agosto de 1944

 

Episódio 2 – “Le pont” – A Ponte

26 de Agosto de 1944

 

Teve início o 1º episódio com o discurso do General De Gaulle, proferido na Câmara Municipal da Cidade e transmitido na rádio, anunciando a “Libertação de Paris”.

“...

Paris ! Paris outragé ! Paris brisé ! Paris martyrisé ! mais Paris libéré ! libéré par lui-même, libéré par son peuple avec le concours des armées de la France, avec l'appui et le concours de la France tout entière, de la France qui se bat, de la seule France, de la vraie France, de la France éternelle.

...”

 

Discurso heróico, encomiástico e galvanizador da França... O apelo ao ego dos Franceses, mobilizando-os para a reconquista da Liberdade. Portador de Esperança!

Em Villeneuve, como provavelmente em toda a França, terá ele sido escutado por todos os franceses, pelo menos os que tivessem acesso a rádio.

As reações ao mesmo, as expetativas de cada um, as esperanças, os receios, as alegrias e tristezas concernentes, dependiam do respetivo posicionamento durante a ocupação.

 

Entre os “milicianos”, grupo paramilitar fascista, o seu chefe, Janvier, ameaçou desde logo que, antes da Libertação, em Villeneuve, ainda haveria de correr muito sangue...

E se ameaçou, melhor fez cumprir.

Ele e o seu grupo de fanáticos delinquentes não tiveram pudor de chacinar Vernet, a mulher, e os dois filhos. Uma família inteira.

(Lembremos, ironicamente, que a ideologia fascista, entre outros pressupostos, assentava na célebre trilogia: Deus, Pátria, Família...)

 

Entre os “Resistentes” aumentava a Esperança, agora que os exércitos libertadores, encabeçados pelos americanos, também se aproximavam.

A ação dos Resistentes o seu papel na “Libertação” era cada vez mais fundamental. O apoio logístico dos americanos e a colaboração com os mesmos já se iniciara há algum tempo, ainda que de forma limitada, pois as tropas aliadas ainda estavam a alguma distância, o exército alemão ainda ocupava a cidade, a estrutura político-militar de Vichy ainda estava operacional.

Os recursos, os meios e os efetivos humanos ainda eram poucos, mas havia ação.

 

Contudo esta nem sempre era possível de concretizar.

E, caso exemplificativo: Antoine e Suzanne assistiram, impotentes, revoltadíssimos, ao assassinato de Vernet e família.

Mas juraram agir, que não podiam ficar indiferentes a tal massacre.

 

Mais tarde, com a ajuda de Max e outros camaradas, invadiram a casa do facínora, deixando-o ferido de morte.

 

Fugindo à perseguição que lhes foi movida, acoitar-se-iam em casa de Gerard, o ex-marido de Suzanne, viúva de Marcel, como sabemos e, novidade, embeiçada por Antoine! Aliás é namoro assumido, ainda não concretizado, porque os tempos são difíceis, as oportunidades não são muitas, para quem anda sem eira nem beira, e o rapaz ainda está como veio ao mundo e, nessa condição, há sempre uma maior inibição, acanhamento... Aguardemos!

 

(Dirá o leitor que começámos com um registo heróico, abordámos um tema trágico, continuámos em temática amorosa e terminámos em registo irónico...

Mas a estrutura narrativa aborda estes e muitos outros cambiantes. Para além de que o “teclado” me vai levando por caminhos que, à partida, não delineei de todo.)

 

Em casa de Gerard, que vive com uma prima e a sua filha e de Suzanne, o amor pela ex-mulher ainda não se extinguiu da parte dele, que não dela, que, como sabemos, já dele se desligara há muito.

A reação da filha relativamente a Suzanne, foi de muita carência, necessidade de afeto, da presença da mãe, pedindo-lhe que voltasse...

Já aqui falei noutras vezes, como seria interessante abordar a guerra, segundo o olhar das crianças: Gustave, Tequiero, os filhos de Vernet, assistindo à execução sádica dos progenitores, e, agora, a filha de Suzanne... as crianças na Escola...

Parafraseando precisamente Suzanne, é imprescindível nunca esquecer o olhar das crianças!

 

(E lá está o sentido, o fio condutor da narrativa a desviar-se novamente...)

 

Acoitados por Gerard, pela prima, chegaram os milicianos que vasculharam a casa.

Alban, o executante das crianças de Vernet, a mando do padrinho Janvier, dialogou com a filha de Suzanne, questionando-a... viu os foragidos que procurava, mas não os denunciou...

Nestas personagens perdidas de si mesmas, em tempos tão incertos e de tantas mudanças e perplexidades, nestas e nestes personagens há muitas dúvidas, muitas ambivalências.

Muitos não sabem para que lado balançar, nem onde está o certo e o errado.

E, questiono-me, haverá sempre, simplesmente e apenas o preto e branco?!

O que acha?!

 

Mesmo entre os Resistentes, unidos num propósito comum é certo, persistiam muitas dúvidas: sobre os caminhos a prosseguir, como e quando agir, a quem seguir e obedecer, o que fazer e como fazer...

Também, ainda que irmanados nesse objetivo comum, a estrutura funcional, o ideário, as ideologias em que se integravam, por vezes dividiam-nos.

 

E Antoine e Suzanne sairiam de casa de Gerard que a prima deste, supostamente, fora avisar um resistente a trabalhar no café, para os vir buscar de carrinha.

Combinação feita, ao chegar a carrinha, eventualmente libertadora, tiveram a desagradável surpresa de terem Marchetti a esperá-los.

 

Levá-los-ia para a esquadra, mas isso veremos apenas no 3º episódio...

 

O célebre par amoroso que tem percorrido a narrativa, Hortense e Muller, está de pedra e cal.

Vão selando o seu amor, (e porque não Amor?!), até ao final. Arrastando-se para o abismo.

Prossegue o seu enlace, que Hortense é persistente, também não tem para onde cair morta, que é como quem diz... Ele também está de beiço caído por ela e ambos abandonam tudo e todos. E fogem para a Suíça.

Pelo caminho, as incertezas, dúvidas, perplexidades, medos, face ao futuro.

Conscientes do passado maldito (?), amaldiçoados no futuro, prosseguem a sua senda em direção ao precipício em que inexoravelmente cairão.

 

As autoridades francesas “legais”, que é como quem diz, Servier, Marchetti e os polícias, só pensam como sair ilesos ou o menos chamuscados, no futuro, que aguardam e temem.

Projetam negociar com os “Resistentes”, representantes da nova e futura legalidade e daí a captura de Antoine e Suzanne, como penhor de futuras negociações, encetadas inicialmente, mas goradas, com a ajuda do médico, Daniel Larcher.

 

Os Resistentes, já com a ajuda dos americanos, planeiam e agem no sentido da destruição da ponte que liga Villeneuve ao mundo exterior e que serviria, e servirá, para a saída das tropas alemãs.

Os americanos ajudam com logística e homens, mas o ataque saiu gorado, o detonador não funcionou, obter um substituto demorou e foi muito mais complicado do que seria expectável, os americanos também revelam muitas hesitações, que a tática é sempre perder o menor número de vidas possível e não correr riscos desnecessários.

A ponte não será destruída e, como veremos no 3º episódio, os alemães por ela abandonarão a cidade.

 

Em toda esta problemática da ponte, na tentativa de a sabotar, na sua ocupação posterior, nas negociações entre as várias fações, tem tido um papel determinante, como aliás já há bastante tempo, em toda a “Resistência”, a personagem de Marie Germain.

 

Que terá um destino cruel e trágico no 3º episódio: “A corda”!

 

Aqui termino esta narração tão incompleta, tardia e enviesada.

Obrigado por me ter lido até aqui!

Que nesta estória, muita história fica por contar e ainda mais História por narrar!

"Uma Aldeia Francesa” - Temporada 5 - Episódios 1 e 2

“Un Village Français

(Episódios Globais nºs 37 e 38 – 19 e 20/05/2016)

RTP 2

 

Trabalho obrigatório In.frenchcinetv.com

 

“Travail obligatoire” – “Trabalho Obrigatório”

23 Setembro 1943

 

“Le jour des alliances” – “O dia / O momento / O tempo das alianças”

24 de Setembro de 1943

 

A ação decorrendo ainda e sempre em Villeneuve e arredores, desenrola-se já em 1943, tomando a guerra outros rumos.

Que o próprio Heinrich Muller, cada vez mais dependente da morfina, ainda assim tem a clarividência de dar a conhecer à sua amada Hortense, que irão perder a guerra. Estão sempre a perder tanques, sem possibilidade de os recuperaram. Por cada um que perdem, os americanos e os russos constroem dezenas deles. É uma questão de matemática!

A “batalha de Estalinegrado” terminara, em Fevereiro de 1943, com a rendição alemã.

A “campanha do Norte Africana” também terminara com a derrota alemã, em Maio.

A “campanha de Itália” iniciara-se em Setembro.

Estava imparável a vitória dos Aliados, mas ainda demoraria quase dois anos.

 

Necessitando de “carne para canhão”, para lutarem na frente Leste, os nazis precisavam de homens para combaterem. Para isso requisitaram todos os jovens franceses de 20 anos.

 

Em Villeneuve o novo presidente da Câmara, Philippe Chassagne, personagem peripatética da ópera bufa que era a república de Vichy, coadjuvado pelo servil Servier, promoveu uma festa na Escola, para apresentação dos jovens a enviar para a frente, ao serviço dos nazis. Escassa meia dúzia, cabisbaixos, tristeza em pessoa, cara de quem sabe que vai buscar a morte, como carneiros para o matadouro. Alguns algemados, que os jovens que podiam fugiam a essa incorporação no exército alemão, tornando-se refratários.

E os jovens refratários são um grupo de novos personagens que emergem na narrativa e na história.

Em oposição, o discurso empolgado, encomiástico aos alemães, do presidente, seria um texto de comédia, não fora a situação trágica que se vivia, de jovens arregimentados para o massacre, em que se tornara a frente Leste e posteriormente todas as zonas de guerra. Nada de heroísmos, apenas mortes aos milhões, na loucura a que um “cabo militar” levara toda a Humanidade.

Esta situação é o mote para o título do Episódio um: “Trabalho obrigatório”.

Foto presidencial tvmag.lefigaro.jpg

Neste episódio e sequencialmente ao discurso do novo e empolgado presidente, este sofreu um atentado. Foi alvejado por um tiro, disparado por um supostamente varredor, que se entretinha no pátio da escola, a fazer que varria, enquanto sua excelência presidencial se ajeitava nas fotos do acontecimento, com a sua esposa Jeannine, ex-Schwartz.

O atirador conseguiu fugir, seria certamente membro de algum grupo resistente, não sabemos qual.

 

A Resistência vinha ganhando mais adeptos e promovendo também ações de guerrilha. Os comunistas, a partir de ideia de Suzanne, planeiam atacar camiões alemães, que sabem trazerem armas. Se planeiam, aprovado pela direção do partido, passarão à execução e o assalto é concretizado. Não sem baixas, que Julien acaba por morrer, por falta de assistência médica, de todo impossível, que as condições de vida dos Resistentes eram duríssimas. Mas os alemães perderam três soldados e acréscimo de desânimo, que isso levou à afirmação anterior do psicopata, Muller, que ainda há poucos meses se considerava invencível, superior a tudo e todos. E até tinha que ouvir reprimendas do comandante militar alemão, Kollwitz.

Nesta sequência, o tresloucado impôs à cidade de Villeneuve, a deportação de mais cinquenta cidadãos, com a anuência complacente de Servier e o entusiasmo idólatra e bajulador do presidente Chassagne! (Que apresentou as condolências ao SS, em nome da cidade!!!)

 

O Episódio 2, intitulado “Le jour des alliances”, que traduzi por “O dia / O momento / O tempo das alianças”, pode transportar-nos para a emergência política da realização de acordos, alianças, entre os vários grupos de Resistentes: comunistas, gaulistas. E, agora, também aliar, juntar à Resistência, os jovens refratários, ideologicamente meio perdidos, mas esfomeados e a necessitarem de um enquadramento estruturante das suas errâncias. Foi o que visualizámos no final do 2º episódio em que reapareceu Marie Germain, comandando um pequeno grupo de “partisans”, “maquis”, chegando ao acampamento improvisado e rudimentar dos jovens refratários, provavelmente aliciando-os para a “Resistência”. Aguardemos.

Também nos pode remeter para a situação conjugal de Suzanne, da célula comunista, que sendo casada, mas cujo marido estivera preso durante três anos e que, tendo fugido, agora reapareceu, pretendendo reatar o casamento e saber da aliança de casamento que ela já não usava, desde aquela célebre morte encenada, pelo seu atual namorado, Marcel Larcher, supostamente seu executor. Mas tudo isso aconteceu no final da 3ª temporada, em Novembro de 1941. Muita água passou por baixo da ponte de demarcação.

Vimos que, após muita reflexão e análise entre os vários intervenientes, ela acabou por devolver a dita aliança ao ex-marido.

 

E explicado o enquadramento dos títulos, aproveito para abordar sobre a estruturação narrativa, no respeitante ao prólogo e ao final.

Também nestes dois episódios observei que se mantém a ligação que já referi em post anterior.

(Provavelmente tem sido assim em todos, só que eu, dado não ter visto a série completa, nem sequer vários episódios na totalidade, só agora constatei esse facto. Irei continuar a observar esse aspeto.

É como se a narrativa girasse em espiral, em torno de um leit-motiv, e, no final, circundasse paralelamente esse tema.)

O 1º episódio iniciou-se com o caso de Antoine, na serração, com Raymond, seu cunhado, problematizando a questão do serviço militar, da sua isenção ou fuga para a Suíça.

O final, após as diferentes peripécias do enredo, termina na ida de Raymond à casa abandonada por Crémieux, onde deixara Antoine escondido, no intuito de o levar para a Suíça, já não o tendo encontrado.

O 2º episódio continua com a temática dominante dos “refratários”. Inicia-se com a fuga de Antoine e de Claude, igualmente refratário, pelas ruas da cidade e a subsequente perseguição que lhes é movida pelos “gendarmes”, que os mandam parar, apontando-lhes as armas. Logrando eles, todavia, escapar.

O final, já o abordei parcialmente. Estavam os vários jovens no acampamento improvisado, subitamente invadido pela chegada do camponês a quem eles haviam roubado galinhas, de espingarda em punho. Acompanhado de mais guerrilheiros, comandados por Marie.

Resta-nos saber qual vai ser o destino que lhes cabe.

Por mim, penso que vão engrossar as fileiras da Resistência.

O que acha?!

Só têm a ganhar com isso.

 

E estes dois episódios e deduzo que também os subsequentes, centram-se bastante na importância crescente da Resistência. Esta 5ª temporada intitula-se precisamente “Escolher a Resistência”.

 

E sobre outros personagens?

 

Surgiu uma nova personagem em cena, na Escola, na pessoa de uma nova professora, colocada a meio do ano, para a música.

Suscitou principalmente a curiosidade e desconfiança de Lucienne, que não esteve com meias medidas, enquanto não soube o conteúdo de uma carta que a professora, de nome Margarida, recebera do suposto marido preso num stalag.

Arranjou um pretexto para ir ao quarto da rapariga arranjar-lhe a persiana, de a mandar sair a buscar um pano para limpar as mãos e lá está ela a abrir a carta.

Lida esta, confirmou ser de teor diferente e não haver ali marido algum.

Continuou de intriga com o marido que falou com a moça, que também não é menos curiosa que Lucienne e o que quer é saber se Bériot pertence à Resistência.

Ele negou, que todo o cuidado é pouco, apesar de ela lhe apresentar dados aparentemente fiáveis.

Vejamos o que dali sairá, que agora, e pelo menos, o que constatamos são muitas mentiras, ou, pelo menos, apenas meias verdades.

 

Sobre Marchetti, a quem já tínhamos atribuído algum crédito positivo, no final da 4ª Temporada, pelo apoio dado a Rita de Witte, constamos que não tem salvação possível. Continua o mesmo escroque, a usar e abusar discricionariamente do seu poder.

Matou, a sangue frio e pelas costas, um jovem refratário, como se abatesse um coelho; serve-se de Eliane; pretenderá enquadrar Bériot no atentado ao presidente, para protelar a pesquisa sobre a morte do soldado alemão, na fronteira Suíça, que, como sabemos, foi de sua autoria, para que Rita seguisse a sua viagem para a Liberdade.

 

Sobre Muller já sabemos que entrou num abismo de loucura e dependência da droga, consciente que a guerra está perdida, é só uma questão de tempo, e arrastando Hortense com ele.

Esta agarra-se-lhe, como se não houvesse mais luz no universo, vai implorar morfina ao ex-marido, que, agora mais lúcido, lha nega.

Não desiste, cede à fatalidade da sua condição de mulher e oferece a aliança, para o subalterno do amante ir adquirir droga ao mercado negro.

 

Hortense tequiero in. lamagiedeslivres.skyrock.com

 

E já que falámos do médico, Daniel Larcher, sabemos que reside noutra localidade, Moissey, faz consultas em Villeneuve duas vezes por semana, e costuma trazer o pequenote Tequiero.

E foi comovente ver o miúdo a correr para a mãe adotiva, Hortense, e esta abraçada a ele.

 

E ficamos por aqui, aguardando próximos episódios e temporadas!

 

 

“Uma Aldeia Francesa” – Enquadramento espacial

Nova Série Europeia na RTP2

 “Un Village Français

Temporada 1

 

Volto novamente à temática da série “Un Village Français”.

Especialmente para leitores que gostam de perceber os contextos em que se desenrolam as temáticas das séries. Que embora sendo elas fictícias, mas baseadas em factos históricos, mais ou menos verosímeis, reportam-se a tempos e espaços próprios.

Neste caso especificamente para contextualizar o enquadramento espacial em que decorre a ação.

Fundamentalmente, o enredo desenrola-se em Villeneuve, subprefeitura francesa fictícia, do departamento do “Jura”, situado no “Franco Condado”.

Franche Comté in. www.interfrance.com

 No Centro Nordeste de França, junto da fronteira com a Suíça.

França e Franco Condado In. britanica.com

  

E próximo da zona de demarcação, definida pelo exército alemão, durante a ocupação de França, de 1940 a 1945.

Vichy France. In. wikipedia.GIF

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