Intermitências d’ escritas (Abril - Maio - 23)
Um pouco de chuva, Senhor!
De vez em quando, estes hiatos nas narrativas: ausências do “Mundo Virtual”. Não propriamente do mundo real, mas um certo afastamento das realidades habituais, um mergulhar noutros universos. Em suma, a Vida e as diferentes prioridades, nem sempre possíveis de conciliar, nos tempos e nos espaços.
Mas… voltando a olhar para este nosso querido País, nada mudou. Continuam as mesmas trapalhadas, para não usar termo pejorativo, das TAPlhadas. As Governanças cada vez mais desgovernadas. Impressiona como é possível chegar-se a este descalabro de governo, tão desorientado.
E quem se vai chegando à frente são os mesmos outros, que parecendo diferentes são apenas farinha de sacos de cores diversas, mas, no fundo, iguais.
Não consigo acreditar nestas gentes!
E o calor continua. Em última instância, se calhar, isto é tudo efeito do calor.
Em Abril, as regas passaram a ser necessárias. As águas armazenadas, nas chuvadas de Outono, começaram a ser gastas ainda em início de Primavera! As árvores já têm de ser regadas.
E protegidas! Que as cabras cabriolam de propriedades vizinhas e com tanta erva verdíssima que tem o Vale de Baixo, não sei como, nem por que meios, vislumbram as figueiritas, recentemente plantadas, que mal se veem, na imensidão de biliões de ervas.
(Lá fora, as guerras continuam. Para quando a Paz?!)
Este esboço de “crónica” escrevi-o ontem, mas não publiquei. Posteriormente apercebi-me que Sua Excelência, o Senhor Primeiro Ministro, Dr.º António Costa, falaria ao País sobre o “caso Galamba”. Dei-me ao trabalho de ouvir. E escutar! Estou com ele. Para quê mudar?! É como se dizia relativamente aos casamentos: “Em vez de se estragarem duas casas, estraga-se só uma.”
O pior, em todos estes cenários, é que a Casa é o nosso País. Que não tem conserto, porque esta gente passa o tempo a dar-nos música.
Ouvindo e escutando com atenção o que ouvi, e sabendo de pedido de demissão, que não foi aceite, tudo aquilo me pareceu “Teatro”!
E por teatro, para que a peça continue, logo, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, nos deu conhecimento de não concordar com a não aceitação do pedido de demissão.
E, com tudo isto, será que se estraga o “casamento” entre São Bento e Belém?!
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Um pouco de chuva, Senhor!
Chegou Maio foi-se Abril / Nos atormenta calor / Que é feito d’águas mil?! / Que nos destinas, Senhor?