Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Agora, aos sábados, após a hora do almoço, em vez da sesta, que é inverno, pode ver ou rever esta notável série. (Não sei ainda a hora exata, mas haverei de saber, e contar.)
No sábado passado ainda ocorreu apenas o Episódio nº 5 – quinto episódio.
Não é uma série de grandes recursos técnicos, nem de grandes efeitos especiais. Também não terá um orçamento por aí além, digo eu, que não fui visto nem achado no assunto.
Mas consegue captar-nos a atenção. E muito!
E, pelos vistos, não apenas a mim, pois se a RTP2 já vai na terceira apresentação da série é porque ela está a ser vista e apreciada. O que eu também noto nas visualizações dos posts respetivos no blogue.
E porquê?! Porque terá este seriado tanto sucesso?!
Falo por mim, evidentemente que revi este último episódio, lembrava-me muito bem do enredo, mas visualizei-o com o maior dos interesses.
Indubitavelmente, pela sua qualidade.
O facto de ser um seriado histórico, sobre uma época conturbada, o dealbar do século XVIII, 1793, o ocaso do Antigo Regime, o prenúncio de uma nova sociedade, a ascensão da burguesia como nova classe a tornar-se dominante, o declínio e perda de importância da nobreza e do clero.
Fundamentalmente as mudanças sociais e políticas que se sentem e pressentem na vida, no Hospital, um microcosmos da sociedade mais geral.
Em pano de fundo, a Revolução Francesa e seus efeitos…
A reconstituição histórica, nomeadamente no trajar dos personagens. Apesar da teatralização representativa com aqueles fatos sempre tão impecáveis. Sente-se muito esse sentido de palco que, se por um lado, nos afasta do conceito mais real, associado a filme, por outro nos aproxima mais do conceito de teatro.
E que falta faz o bom Teatro na televisão!
Talvez o facto de esta série, de algum modo, tão “próxima” do teatro, ter agradado tanto, talvez, digo eu que sou leigo no assunto, talvez seja sinal de que o público anda ávido de bom Teatro e de boas representações.
Deixo esta dica à consideração de quem gere a programação das RTPs.
Talvez, precisamente essa representação tão teatralizada funcione como um chamariz para o público.
Na verdade, temos que reconhecer que o Teatro é um tipo de espetáculo que anda praticamente ausente das nossas televisões, assoberbadas com outros processos narrativos.
Há quanto tempo não passa um bom Teatro na televisão?
Os diálogos, estruturando um enredo, em que com o que dizem é mais o que escondem do que o que demonstram abertamente, sempre em jogos táticos, definidores do poder e posição social de cada um.
Os olhares dizendo-nos tanto ou mais do que o que foi verbalizado oralmente.
O trabalho dos atores e das atrizes, com excelentes desempenhos, praticamente sustentados nas falas de cada um, nas réplicas, tréplicas e subentendidos.
Representação quase apenas centrada nos rostos, na expressão facial, traduzindo-nos ideias, pensamentos e sentimentos. Que com aqueles trajares pouco se observa dos corpos, nem assim vestidos pouco podem transmitir de expressivo.
Mas os trajes, per si, são definidores de cada personagem, do seu papel a desempenhar.
E, nestes aspetos, acentuamos novamente o lado da teatralização.
O jogo do poder pela conquista da gestão do Hospital, como se de um jogo de xadrez se tratasse, cada personagem, uma peça, no xadrez dessa batalha pela conquista do almejado lugar de administrador.
Estruturante também os assassínios em série(?).
A questão da Medicina. Dos conhecimentos, da respetiva prática, da deontologia médica, dos valores de cada um e dos “progressos” que se sentem. Os instrumentos cirúrgicos. Os meios disponíveis, se tal se pode assim mencionar.
Este é também, indubitavelmente, um dos campos de interesse na narrativa.
O enredo, o guião, os atores e atrizes, já o disse, mas não é demais repetir.
E o(s) romance(s), claro!
Todos estes aspetos e mais alguns, que não disse, ou a minha perspicácia não observou e aqueles que fui abordando nas minhas narrações sobre a série, que fará o favor de ir lendo, todos estes aspetos nos prendem ao seriado.
Veja, se faz favor.
Reveja, caso já tenha visto. Ou até reveja o revisto, que até está a ser o meu caso!
A saga das séries europeias continua na RTP2. E ainda bem!
Depois de séries dinamarquesas, francesas e uma espanhola, chegou a vez de uma série do país transalpino.
De nome sugestivo: Gomorra.
Remetendo-nos, pelo título, simultaneamente para dois registos trágicos.
Aparentemente para o episódio bíblico de Génesis 19, embora com um cariz diferente. Provavelmente reportando-se para a subjacente noção de castigo e expiação, face aos incomensuráveis crimes relatados no livro, no filme e, agora também na série, numa sociedade, aparentemente, sem remissão possível. Inevitável esse castigo? Improvável?! Implacável?!
“Então o Senhor fez chover enxofre e fogo do Senhor, desde os céus…”
In Génesis, 19, 24.
Prioritariamente para a sua analogia com o conceito, o modus vivendi, que de facto retrata e descreve: Camorra. Mas que não terá sido conveniente explicitar tão claramente no título da obra.
A série baseia-se no enredo do livro com o mesmo título, escrito por Roberto Saviano, em 2006. Que é uma “viagem ao império económico e ao sonho de domínio da máfia napolitana” - Camorra, onde o escritor se infiltrou como jornalista. Livro que foi vencedor do Prémio Viarregio.
E por cuja publicação foi o escritor perseguido e ameaçado de morte, tal qual Salman Rushdie. Vive em parte incerta, oculto e com escolta policial permanente.
Porque no livro chamou as coisas pelos nomes, designando os intervenientes e os locais de ação e denunciou a situação vivida especialmente no sul de Itália, mas com braços em toda a Península e tentáculos pelo mundo fora.
Apesar de no título do livro não figurar o nome exato da entidade retratada, o respetivo conteúdo explicita-o totalmente. Daí a perseguição de que o escritor ainda é alvo. A subsequente mediatização do livro, do filme e agora da série, apesar do seu sucesso, não abrandaram essa perseguição. O autor continua “jurado de morte” pela máfia napolitana, protegido por sete guarda-costas em dois carros blindados. Recentissimamente cancelou viagem ao Brasil, por não considerar ser segura essa ida.
Deste livro já fora produzido um filme com a mesma designação, em 2008, realizado por Matteo Garrone. Com vários prémios: David di Donatello, melhor filme; Satellite Awards; prémio da crítica, em Cannes.
Posteriormente o seriado, agora a passar na RTP2, na habitual 22ª hora.
“…
Íamos a caminho do Vesúvio. De súbito, surgem os vulcões com cores escuras. O Vesúvio é verde. Observando-o de longe, parece um manto infinito de musgo…”
In pag. 43, do livro citado.
“ …
E o monstro adormecido por longos anos, subitamente vomitou enxofre, expeliu terra ardente, línguas de fogo… Vociferou hiroshimas do futuro…
E do cume escorreu lava ardente pelas encostas, até ao vale. E nos céus subiu uma nuvem mortal de fumo, de pedras-pomes e cinzas incandescentes, que rapidamente se espalharam pelas planícies circundantes. Assentaram nas cidades e taparam com um manto de toneladas de um pó acre, ardente e venenoso, todas as vidas em redor.
E gases raivosos brotaram das faldas da montanha, que como que sucumbiu aos estrondos das explosões de bombas de napalm e hidrogénio, sobre a planura estendida até ao mar.
E um calor abrasador, de milhões de fogos, ardeu e queimou todo o ser vivente à sua volta.
E Pompeia e Herculano, e quantos nelas moravam, homens e animais, ficaram soterrados nos escombros dos tetos abatidos entre as paredes. E ficaram dormindo, eternamente, o sono dos justos. (…) ”
Excerto de texto apócrifo, atribuível hipoteticamente a algum dos Plínios, o Moço ou o Velho.
Mas que tem tudo isto a ver com o enredo da série?!
Pois, se puderem e quiserem fazer o favor, passe a publicidade, vejam-na!
Avaliem o nível de desumanidade de todas aquelas personagens principais. Personagens?
Leiam o livro e poderão aprofundar e ter ainda outra perspetiva mais assombrosa do respetivo enredo e conteúdo.
Um dos propósitos deste blogue é a divulgação de instituições / organizações / entidades, que promovem / organizam / estruturam / realizam / operacionalizam eventos, acontecimentos culturais, de carácter essencialmente regional ou local, que passam maioritariamente despercebidos ao “grande público”, entretido a visualizar os “excelentes espectáculos de elevado share”, que passam em algumas das nossas televisões generalistas na compita pela estupidificação das audiências, que são tratadas como se não tivessem uma nesga de inteligência, ao serem bombardeadas com programas de indigência intelectual.
Sim, porque era possível passar às mesmas horas, até em formatos semelhantes, programas com outra qualidade, elevando cultural e socialmente as Pessoas. Sim, porque as “audiências” são formadas por Pessoas e não simples “bonecos desanimados”!
Mas esta conversa faz parte de outra história.
Divulgação:
Este post tem precisamente a finalidade de divulgação de um acontecimento de alto mérito, por todos os enquadramentos em que se estrutura e realiza, ainda que possa passar desapercebido em termos de “grandes audiências”.
O “GRUPO CORAL AMIGOS do ALENTEJO do FEIJÓ” vai promover o lançamento do seu CD/DVD, “Alentejo e Almada de Mãos Dadas”.
Onde?!
Pois, na celebérrima “CASA do ALENTEJO” – Lisboa. Um monumento, de arte revivalista inspirada nas tradições mouriscas, só por si merecedor de uma visita. Para além dos petiscos, claro.
Haverá melhor local, mais paradigmático, para ouvir as belas melodias e modas do CANTE deste emblemático GRUPO da Diáspora Alentejana, precisamente num espaço, per si, cristalizador de todas as aspirações, sonhos, dos Alentejanos que a partir dos anos cinquenta/sessenta do século passado rumaram a Lisboa, na busca de melhores dias?! Sempre com a Saudade e a Nostalgia no peito...
Pois, então.
Visitem a Casa do Alentejo, ouçam o Cante e disfrutem do convívio dos “Amigos Alentejanos”!
Esta série está agora a ser repetida, aos domingos, também pelas 22h, conforme tem sido habitual nestas transmissões.
Após “Borgen”, transmitiram a 1ª temporada de “PRÍNCIPE”, série espanhola também excecional, cuja ação decorria em Ceuta. Esperemos que transmitam uma 2ª temporada, pois no enredo ficou tudo em aberto para que isso aconteça.
Seguidamente apresentaram a série francesa “OS INFLUENTES”, também sobre os meandros do poder político em França, ao mais alto nível. Também muito agradável de acompanhar.
Na finalização desta transmissão voltaram a outra série dinamarquesa “A HERANÇA”, precisamente sobre os efeitos de choque da herança de uma artista de grande nomeada, sobre toda a estrutura familiar. Imperdível!
Mas, pelos vistos, a série perdeu-se (?), pois o último episódio transmitido, 2ª feira de Páscoa, dia 6 e Abril, era tudo menos indiciador de finalização, nem sequer de “temporada”. Será que foi interrompida a série assim tão bruscamente?! Questões de programação?! Gostaria de saber.
No dia 7 de Abril, 3ª feira, como hábito pelas 22h, iniciaram a série atualmente em exibição, também francesa, datada de 2005 (?), segundo o genérico.
“Les Engrenages” está intitulada em português “UM CRIME, UM CASTIGO”, parafraseando Dostoiévski, “Crime e Castigo”.
Está focada no Poder Judicial e no seu braço executório e armado, a Polícia. Como pano de fundo, sempre, os Outros Poderes: Político (Executivo) e Económico – Financeiro. E o “bas fond”, os poderes subterrâneos, a economia paralela, a economia aparentemente invisível que domina as nossas sociedades, que movimenta biliões, na droga, na prostituição, na contrafação de alimentos, de medicamentos, na “saúde”, no tráfico de seres humanos, de animais exóticos e de órgãos, no negócio de armas … e de que dela se manifesta pública e principalmente o lado criminal. E que nos choca e atordoa quando desses casos temos conhecimento, através da Comunicação Social ( o Quarto Poder).
A ação decorre na cidade de Paris.
Falar desta série é, infelizmente, falar da realidade. Todos os casos apresentados são chocantes sob todos os pontos de vista. Brutais, mesmo! Há mesmo a intenção de chocar, de chamar a atenção. Cada situação, cada crime é apresentado ao pormenor, propositadamente, como se o espetador estivesse a vivenciar a ação, melhor, a viver a situação, o papel de cada personagem, a experienciar cada momento, cada gesto, tanto no trato físico do ato, como na sua interiorização e vivência mental.
Nas personagens, nos sujeitos em ação, não há, eticamente, uma distinção exata e precisa entre o que é branco ou preto, nem bom ou mau. Há muitas nuances nos comportamentos, nas atitudes, nos valores. Ainda que profissionalmente essa distinção exista, todavia há muitas zonas cinzentas, claras, mas também simultaneamente escuras. Todos são um pouco de tudo. Nem parece haver redenção possível naquelas “almas penadas”. Ou haverá? O desenrolar da série nos dirá!?
Mais acutilante que o enredo da série, só mesmo a realidade.
Infelizmente, todos os dias somos confrontados com situações da vida real tão ou mais fortes e cruéis que as narradas nos vários episódios. Ultimamente, a crueldade, a insensatez, a demência, a ferocidade humanas têm-se manifestado numa escala que teoricamente pareceria dever erradicar-se com a evolução das sociedades, mas que se constatam a regredir e atingir níveis de auto destruição continuados e sistemáticos, para os quais não se vislumbra um final feliz!
Como pode o Ser Humano, supostamente e de facto (?) o ser vivo mais inteligente à face da Terra ter comportamentos tão altamente destrutivos para com o seu semelhante?! Não tenho conhecimento que na Terra haja outro ser vivo que tenha essa capacidade de destruição, à escala em que o Homem o faz, ao seu igual, mas também sobre os outros seres viventes e interdependentes. Haverá?!
Mas onde já vai esta filosofia…
Vejam a série e reflitam sobre a realidade que nos cerca!
Ontem, dia 17 de Fevereiro deparei-me nos blogs com uma situação, para mim, no mínimo, inesperada.
Tenho um blog relativamente recente. Apenas funciona há quatro meses. Um bebezinho, portanto.
Pois qual não é a minha surpresa, quando vejo nos destaques, um post com o mesmo título de um que eu publicara em 31 de Janeiro: “BORGEN” http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/borgen-21629
Fiquei entusiasmado.
"Excelente", pensei, "Alguém que gosta da mesma série que eu."
Abri e comecei a ler.
Senti um verdadeiro arrepio na espinha. Parecia-me que estava a ler excertos do que eu escrevera duas semanas antes!? Seria possível?!
"Será o meu post, que só agora foi destacado?! Ou de alguém que destaca um trabalho meu, citando?!" Pensei…
Pois nem uma coisa nem outra!
Todavia, eu estava a ler partes do meu trabalho, pois este post é objetivamente um excerto do que eu escrevi duas semanas antes, como pode ser comparado nos textos que se seguem.
Reclamei na gestão dos destaques, tendo sido prontamente respondido.
Ontem também comentei no blog onde se encontra o texto plagiado. Esse comentário esteve algum tempo exposto, mas foi retirado… Entretanto, hoje, fiz novo comentário que já não foi exposto imediatamente, pois o autor do blog resolveu, repentinamente, moderar os comentários...
Como a pessoa que “plagiou” agradeceu o destaque, também resolvi agradecer, pois, na verdade, o texto original é meu! De facto, são as minhas ideias sobre a série que estão a ser destacadas.
Se fiquei aborrecido?!
Realmente fiquei, mas por a pessoa não ter citado a fonte.
Porque na net, já sabemos que os trabalhos que divulgamos estão à disposição da comunidade de internautas. Como costumo dizer, ‘quando se acende uma luz’…
Porém há regras mínimas a respeitar. Deontologia…
“A César o que é de César…”
Tudo o que escrevo é original,muito é inédito, este texto, por ex. e quando "retiro" de outros, faço citação! É uma regra deontológica.
Quanto à outra pessoa ter “usado” palavras minhas pode ser considerado elogioso, pois, no mínimo, está a valorizar o que escrevi e a minha maneira de pensar.
Se fez mal?! Claro que fez. Mas quem não erra?! Todos erramos, todos fazemos asneiras. O importante, nessas situações, é assumir o erro, a falta e pedir desculpa. “Fair-play”! Contudo, não foi isso que foi feito, até agora, e que seria o mínimo aceitável.
“Quem nunca pecou que atire a primeira pedra!”
Apresento agora os dois textos para que sejam feitas as comparações, encontrando-se a negrito as expressões copiadas.
"LIBERDADE: Liberdade de Expressão, Liberdade de Comunicação…
Atualmente na televisão pública passam alguns programas de referência, que são imperdíveis.
No Canal 2, pelas 22h, em dias de semana, passa uma série excepcional: BORGEN, um drama político, cujo ação decorre na Dinamarca, em que pela primeira vez uma mulher é primeira – ministra.Com desempenhos notáveis de vários atores e atrizes, retrata os meandros do Poder Político (Executivo, Legislativo e Judicial), com especial destaque ao Executivo e do 4º Poder (Comunicação Social) e o seu poderio num Regime Democrático e Ocidental.
Num contexto nacional, Dinamarca, mas integrado e integrante dum enquadramento e funcionamento à escala mundial/global.
Em contraponto e correlação, sempre, a vida pessoal das personagens e como, numa Democracia, estas situações se interligam e passam a domínio público, através da Comunicação Social.
Este breve esboço é reducionista das temáticas abordadas na série, que são múltiplas e variadas.
A questão da Liberdade, da Liberdade de Expressão; o papel da Mulher na sociedade e na política, particularmente em cargos de chefia;os interesses económicos condicionantes dos restantes poderes;o papel da Europa e de um pequeno país nas políticas mundiais, a importância do diálogo entre os vários agentes de decisão, … A defesa dos valores fundamentais do Ocidente, dimanados dos ideais da Revolução Francesa… Dos Direitos Humanos.
A difícil conciliação entre esfera pública e privada, de todos os intervenientes no exercício de funções e cargos em qualquer um dos quatro poderes…
Surpreende até a interligação entre o que se apresenta ficcionado e a realidade que vivemos.
O episódio da passada 5ª feira, 29 de Janeiro, foi paradigmático. Pela forma como a questão da Liberdade de Expressão foi apresentada e pelo apelo à lucidez e inteligência do espetador questionando-o sempre, quer direta quer indiretamente.
É impossível ficar-se indiferente aos temas e à forma como nos são apresentados em qualquer um dos episódios.
Convida sempre à reflexão, ao espírito crítico de quem vê! Um verdadeiro serviço prestado pela Televisão aos espetadores e à sua inteligência!
Só mesmo acompanhando!
É imperdível e até passa a uma excelente hora: 22h."
"No Canal 2, pelas 22h, de 2ª à 6ª, passou uma excelente série : BORGEN, um drama político, cuja ação decorre na Dinamarca, em que pela primeira vez uma mulher é primeira – ministra.
A série abordava situações próximas das nossas a vários níveis como o papel da mulher na sociedade e na política, particularmente em cargos de chefia; os meandros do poder político, com especial destaque ao poder executivo e ao quarto Poder (Comunicação Social);os interesses económicos condicionantes dos restantes poderes;o papel da Europa e de um pequeno país nas políticas mundiais,a importância do diálogo entre os vários agentes de decisão.
Com desempenhos notáveis de vários atores e atrizes, esta foi uma ótima oportunidade de fugirmos um pouco às séries americanas que já vão cansando...Pena ter terminado!"
*******
“Pena” é não ter citado! Concluo eu.
"Pena" é serem destacadas cópias, quando os originais passam despercebidos!!!.
De qualquer modo, obrigado, porque se retirou excertos do meu trabalho, embora não citando é porque o considera válido!
Contudo, não posso deixar de frisar: “A César o que é de César…”
LIBERDADE: Liberdade de Expressão, Liberdade de Comunicação…
Atualmente na televisão pública passam alguns programas de referência, que são imperdíveis.
No Canal 2, pelas 22h, em dias de semana, passa uma série excepcional: BORGEN, um drama político, cujo ação decorre na Dinamarca, em que pela primeira vez uma mulher é primeira – ministra. Com desempenhos notáveis de vários atores e atrizes, retrata os meandros do Poder Político (Executivo, Legislativo e Judicial), com especial destaque ao Executivo e do 4º Poder (Comunicação Social) e o seu poderio num Regime Democrático e Ocidental.
Num contexto nacional, Dinamarca, mas integrado e integrante dum enquadramento e funcionamento à escala mundial/global.
Em contraponto e correlação, sempre, a vida pessoal das personagens e como, numa Democracia, estas situações se interligam e passam a domínio público, através da Comunicação Social.
Este breve esboço é reducionista das temáticas abordadas na série, que são múltiplas e variadas.
A questão da Liberdade, da Liberdade de Expressão; o papel da Mulher na sociedade e na política, particularmente em cargos de chefia; os interesses económicos condicionantes dos restantes poderes; o papel da Europa e de um pequeno país nas políticas mundiais, a importância do diálogo entre os vários agentes de decisão, … A defesa dos valores fundamentais do Ocidente, dimanados dos ideais da Revolução Francesa… Dos Direitos Humanos.
A difícil conciliação entre esfera pública e privada, de todos os intervenientes no exercício de funções e cargos em qualquer um dos quatro poderes…
Surpreende até a interligação entre o que se apresenta ficcionado e a realidade que vivemos.
O episódio da passada 5ª feira, 29 de Janeiro, foi paradigmático. Pela forma como a questão da Liberdade de Expressão foi apresentada e pelo apelo à lucidez e inteligência do espetador questionando-o sempre, quer direta quer indiretamente.
É impossível ficar-se indiferente aos temas e à forma como nos são apresentados em qualquer um dos episódios.
Convida sempre à reflexão, ao espírito crítico de quem vê! Um verdadeiro serviço prestado pela Televisão aos espetadores e à sua inteligência!
Só mesmo acompanhando!
É imperdível e até passa a uma excelente hora: 22h.