Tosquia das Ovelhas no Cabanal do Chão da Atafona
Aldeia da Mata – 1 de Julho 2023
3º Postal!
A profissão de tosquiador é, obviamente, sazonal. Pelo menos no respeitante às ovelhas. Não sei se o senhor também tosquia outros animais! É bastante especializada, exige precisão, perícia, empenho e bastante esforço. O tosquiador deve ficar cá com uma dor de costas! Digo eu, não sei…
Mas fui observando o trabalho enquanto lá estive e presenciei o desembaraço na execução das tarefas. E a descontração. São quarenta e quatro anos de atividade! A dado momento o sr. António, enquanto tosquiava, foi assobiando uma melodia, por acaso bem “executada” musicalmente. Estava completamente envolvido na função. No final referi-lhe que assobiava bastante bem, se também cantava. Ficou assim um pouco surpreso, mas acabou por afirmar que cantava, mas só quando estava com os copos…
O que não podia ser demonstrado ali, que tinha de acabar a tosquia, parafraseou o Luís, que queria o trabalho concluído. Fica para próxima oportunidade.
No decurso da função, à medida que vão estando mais à vontade, vão surgindo umas larachas, umas adivinhas… adiante!
Voltamos às fotos documentais:
A primeira, tutelando o postal, mostra uma das primeiras ovelhas tosquiadas, a juntar-se ao rebanho por tosquiar.
As “madames” no salão, à espera de vez, terão pensado: “Mas onde é que esta foi, que vem de lá assim tão pindérica sem a trunfa?! É isto que nos espera?!”
Na 2ª foto, o protagonista do processo:
(O Sr. António “descabelando mais uma madame”, digo, tosquiando mais uma ovelha!)
Na 3ª, o gerador, na caixa da camioneta, fornecedor da energia à tesoura elétrica.
A seguinte: mais uma perspetiva da execução da tosquia.
Uma ovelha tosquiada, descontraindo no quintal.
E a sexta e última: foto de foto do Sr. António a tosquiar, com tesoura mecânica.
(Não sei quando, nem onde.)
Caro/a Leitor/a, espero que tenha gostado desta singela reportagem sobre uma atividade e profissão de realce, especializada e rara. Os meus Parabéns e Obrigado a todos os intervenientes, especialmente ao senhor António.
As “madames” também merecem o meu destaque, pois, sem elas, não havia nada destes trabalhos.
Gostamos de as ver nos terrenos, apesar de serem muito gulosas! Lembram-nos tempos passados, a nossa própria vivência e, muito principalmente, o Pai!
(E assim valorizamos o nosso Património, material e imaterial. Que Portugal não é só Lisboa!)