Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Este postal, inspirado pelo anterior, retrata alguns aspetos da bonita vila de Óbidos.
Situada na Estremadura, no distrito de Leiria, a menos de cem quilómetros de Lisboa - Portugal. (Tem cidade homónima no País Irmão, também bem interessante.)
Uma visita agradável, aliás, a Vila é (era?) visitadíssima.
Agora, com isto da Covid, não sei.
As fotos ilustrativas resultam de um passeio que realizámos em Abril de 2019. A léguas desta confusão dos confinamentos.
A primeira imagem é do castelo. A segunda, dos campos e povoados circundantes.
A foto anterior é da Igreja de Santa Maria, o respetivo Largo e imagem de malvas sardinhas ou sardinheiras.
O casario, os telhados e uma nesga da rua principal. Durante o dia esta artéria da povoação é um corrupio de gente, para lá e para cá, mas que, ao sol posto, desanda para as camionetas que os deixaram fora de portas e os levam certamente para a capital. Gente de toda a raça, credo, cor e nação. Pondo-se o sol, pára o movimento e a vila fica como que dormente até próximo raiar do dia.
O negócio da localidade funciona muito para “turistame”: ginjas, chocolate, bolos, recordações… Mas o pessoal vai e vem, tanto a correr… que não sei se compra muito (nem pouco).
Mas também tem outros interesses. Visitámos duas livrarias bem peculiares.
Uma instalada numa antiga igreja católica dessacralizada. Aí comprei o livro “Fado” de José Régio. No respetivo coro, trabalha a “Poeta Rendeira”. Executando os seus trabalhos em renda e a sua Poesia.
Outra livraria situa-se num antigo armazém, onde, para além de livros, também se vendem artigos diversos, nomeadamente hortícolas. As estantes dos livros são constituídas a partir de paletes dos produtos, conforme a imagem seguinte documenta.
Quando tiver oportunidade, a Covid deixar, o confinamento acabar… visite, SFF.
(Em anos transatos, nestas alturas da Páscoa, eram enchentes… Agora, será tudo mais leve.)
A última imagem é da glicínia ilustrativa do anterior postal. Mais em pormenor, observando a ancestralidade do tronco, os cachos de flores e as folhas ainda algo incipientes.
Volto a este registo de identificação das plantas. Esta é uma trepadeira, que deve ser bem antiga.
Encostada a uma casa, certamente também cheia de história(s).
Numa localidade também ela repleta de História.
Sabe em que localidade?! Posso dizer que fica Além Tejo. (Não se esqueça que estamos no blogue Aquém-Tejo!)
É uma Vila muito visitada, antes desta coisa da Covid. Estivémos lá em 2019. Também já aqui apresentei fotos da mesma.
Hei-de organizar um postal específico.
Até lá, ou até próximo postal. Com muita saúde. Resguarde-se, apesar de tudo. Que andam por aí uns malucos a negarem o vírus e a espalhá-lo, que é o que fazem.
Está Régio, sentado… lendo. Perto, alguns dos seus ícones: livros, crucifixos…
“Evocação do Cinquentenário da Morte de José Régio”: É esse o leitmotiv do monumento escultórico, que a imagem documenta. Instalado perto da Casa Museu onde viveu e atualmente alberga o espólio das muitas coleções a que dedicou parte da sua vida.
Na Rua e no caminho que terá percorrido muitíssimas vezes, dirigindo-se ao Liceu de Portalegre, onde lecionou; na direção do centro da Cidade, aos cafés que frequentava. Indo e vindo, na sua vida, por aqui palmilhada vários anos. Foi bem escolhido o local para instalar a estátua.
Não poderemos dizer que a ideia seja cem por cento original. Deduzimos inspiração a partir da evocativa de Fernando Pessoa, instalada ao Chiado, em Lisboa. Mas isso também não é necessariamente relevante. Ademais, Pessoa e Régio foram contemporâneos, embora Pessoa fosse mais velho e tivesse morrido bem mais cedo. Régio era admirador de Pessoa e foi um dos primeiros divulgadores da respetiva Obra.
Não importa! Ou importa: Em Portalegre, porto ou porta…
Obra executada por Maria Leal da Costa e José Luís Hinchado, em mármore e ferro.
É, todavia, relevante, frisar que este é um caminho a seguir pela Cidade. Valorizar a sua identidade como “Cidade de Régio”.
Institucionalizar a “Marca Régio: Portalegre – Cidade de Régio”.
(Todos estes Valores inerentes à Cultura, ao Turismo, atualmente estão algo adormecidos, com esta “coisa da Covid”. Mas atrás de tempos outros tempos virão. E sobrevirão outros e melhores tempos.)
E a propósito de tempos melhores, temos constatado que terrenos da Serra, em diversos locais, alguns bem dentro da Cidade, estão a ser limpos dos matos, das plantas infestantes. Estão fazendo limpezas, prevenindo e precavendo os fogos.
Bem! Como poderei falar sobre o 2º episódio desta série britânica se não tive oportunidade de o visualizar?!
Como tal e porque não quero deixar defraudados/as os/as eventuais leitores/as e porque também pretendo retomar a visualização dos episódios, logo que tenha oportunidade, resolvi pesquisar um dos sites sugeridos em post anterior, e que registo como fonte de pesquisa, no final do texto. Apesar de previamente ter já referido que não gosto de ir cuscar… mas nem sempre é tudo como se quer.
Por isso resolvi elaborar uma pequena sinopse que poderá ajudar a quem siga a série.
Relembrando...
A ação decorre nos tempos atuais, numa ilha remota, situada no arquipélago de Svalbard, ao largo da Noruega. Numa povoação nomeada precisamente “Fortitude”.
A série tem 12 episódios, é a 1ª temporada e foi filmada na Islândia e no Reino Unido.
No enredo da série, enredam-se três histórias de que não vou falar… Pelo menos por hoje.
Acho melhor referir ou pelo menos nomear os personagens, pois é sempre difícil ir fixando os nomes de todos, logo de início, apenas pelo decurso da narrativa. E cumulativamente a ação é suposto desenrolar-se num contexto de línguas mais afastadas da nossa: germânicas e eslavas.
Os personagens estruturam-se nalguns contextos socio profissionais, a saber:
Os mineiros, de que já referi o nome de Jason. Sendo o outro mineiro chamado de Ronnie, que é pai da menina, Carrie.
Carrie é amiga de Liam, criança cujo nome já designara, filho de Jules Sutter, que é esposa de Frank Sutter, afro-britânico, que opera no “Serviço de busca e resgate”.
O 2º grupo sócio profissional relevante é o dos cientistas, chefiados por Charlie Stoddard. Recém-chegado a este grupo, Vincent, que vem investigar sobre as alterações comportamentais nos animais da ilha, assunto sobre que já falara, mas não havia dado nome ao cientista. Pois agora já está batizado.
Natalie também compõe esta tríade!
O 3º grupo, esta série é mesmo uma trindade, é o dos polícias que, até ao começo da série, não tinham trabalho nenhum, que a comunidade era muito pacífica. Culpa das séries e da TV, os comportamentos alteraram-se.
Dan Anderssen, é o xerife do Departamento Policial. Não sei se o termo é mesmo xerife, mas é assim que é mencionado no site. Mas como este é brasileiro… Verei melhor.
É coadjuvado por Eric, que é marido de Hildur. Ainda compõem este conjunto Petra e Ingrid. Aqui temos um quarteto!
Isoladamente, mas interagindo, direta ou indiretamete, com todos os elementos dos outros grupos, temos:
Billy Pettigrew, minerador, que logo no início do primeiro episódio vimos ser morto involuntariamente por Henry, que ao tentar alvejar o urso que comia Billy, acabou por acertar no minerador.
Henry, também já referimos, é um fotógrafo, que documenta os ursos no seu habitat natural.
Morton, detetive enviado do Reino Unido para investigar a morte de Billy.
Há ainda, em último, mas não em último, Elena Ledesma, responsável pelo hotel da ilha…
E Hildurd Odegard, a governadora da ilha, chefe da polícia, certamente por inerência das funções de governadora e mulher de Eric.
E para finalizar esta sinopse e para se compreender todo o enquadramento.
Para se poder viver na cidade, há três regras básicas.
1 – “Obrigação de ter um emprego e moradia.”
2 – “Assistência aos três cientistas e às pesquisas que realizam.”
3 – “Ninguém pode ser enterrado na região, visto que os corpos não se decompõem.”
E terminamos esta trindade, tríade ou trinitá, que logo se projetará o terceto: terceiro episódio!
Fonte de Pesquisa:
Betaveja.com/colunista. Artigo de Fernanda Furquim; Opinião: “Fortitude”, primeira temporada, 26/04/2015.