Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O Povo Ucraniano quer a Paz! O Povo Russo quer a Paz! Todos os Povos querem a Paz!
Nesta “guerra da Ucrânia”, decorrente da invasão das tropas do regime russo, cuja fase recente se iniciou no mês passado, 24/02, que ela já dura há quase dez anos (!), não há como não estar solidário com os Ucranianos!
"Somos todos Ucranianos!"
(Digo eu, embora sabendo que muito boa e santa gente tem opinião contrária ou assim-assim, ou nem não, nem sim, isto é, nim!)
Que haja outras e variadas guerras por aí, todas condenáveis, porque o são, por várias vezes repudiadas no blogue, tanto em prosa como em verso, também esta repudio.
É preciso terminar a invasão. As tropas do regime russo devem sair da Ucrânia, país que deve ser independente e ser reconhecido como tal, sob todos os aspetos, pelo regime russo!
É preciso que o regime russo termine o que começou e desenvolvam conversações de Paz, sempre tendo na base a independência da Ucrânia. (E da sua integridade territorial, o que já será mais complicado, digo eu…)
Os Povos querem Paz! Não querem guerra. Todos os Povos.
(Os defensores da guerra são uma minoria, só que detêm o poder, como no vertente caso. E, depois, utilizam-no mal.)
Não fazem sentido guerras, por disputas territoriais. Somos todos interdependentes, todos os países, todas as nações, todos os povos. Vivemos num mundo à escala global. Ele há tanta desgraça, calamidade, catástrofe natural; tanta degradação provocada pelo ser humano, nomeadamente no ambiente… para quê ainda buscar a guerra?! Ainda nem saímos da pandemia da Covid!
Senhores da guerra, desta e de outras: Buscai a Paz!
P.S. – Há muitas questões que poderiam ser analisadas sobre este assunto, nomeadamente as formas de se alcançar a Paz. Qual o papel ou papéis que deveriam desempenhar a União Europeia, os Estados Unidos, a NATO, a China, outros Países, outras Entidades, o Papa Francisco, por ex.
Mas há uma questão que é mais no domínio dos se…se… E se a Srª Merkel ainda chefiasse o governo alemão, quiçá, com papel determinante na União Europeia, as coisas teriam ocorrido assim?!
Decorreu, hoje, na Holanda, cidade de Amsterdão, o jogo Portugal – Rússia, final do Campeonato Europeu de Futsal. Portugal ganhou por 4 – 2.
Não vi este jogo, mas na 6ª feira passada, dia quatro, vi o término da meia-final entre Portugal e Espanha e gostei. Penso que foi a primeira vez que me fixei num jogo de futsal. Muita rapidez, passes, não há bolas presas ou paradas, poucos tempos mortos. O espaço é curto, parece um jogo de tabuleiro, os jogadores entrosam-se, passam a bola, atacam, contra-atacam. Andam num virote!
Mas eu não queria falar do jogo propriamente dito.
Interessante que a outra meia-final fora entre Ucrânia e Rússia, tendo vencido esta última. Peculiar, dada a situação geopolítica e militar vivida por estes dois estados, aparentemente, à beira de um confronto militar. Seria bom que se ativessem apenas nestes duelos desportivos. Que os povos não querem guerras.
Quero abordar, brevemente, alguns aspetos culturais, extra futebol.
Numa perspetiva geográfica, nestas duas meias-finais, defrontaram-se os dois países do extremo ocidental da Europa e os dois do extremo oriental!
Em termos históricos, a situação de “guerra iminente” entre os dois Países de Leste, viveram-na Portugal e Espanha ao longo de séculos, “às turras”, desde o início da nacionalidade. Portugal construiu a sua identidade nacionalista, em confronto com os Reinos seus vizinhos, que estariam na base de Espanha. Inicialmente, séc. XII, contra o reino de Leão; mais tarde, séc. XIV, XV, contra Castela; a partir do séc. XVI, constituída a identidade de Reino de Espanha, contra este. Inclusive, perdendo a independência e formando um reino único, de 1580 a 1640, ano de Restauração da Independência. As guerras da Restauração, no séc. XVII, consolidaram esse estatuto. Mas no séc. XVIII continuaram os reinos em confronto, sob diversos pretextos e motivos, nomeadamente sucessões dinásticas, posse de territórios, inclusive na América do Sul. A última guerra entre os reinos de Portugal e Espanha penso que foi a Guerra das Laranjas, em 1801. Em que Portugal perdeu o território de Olivença, situação de facto, mas nunca reconhecida legalmente por Portugal. (Guerras subsequentes em que Portugal esteve envolvido, não tiveram a ver com Espanha. Nem propriamente as invasões francesas, embora a dita das “Laranjas”, as tivesse de algum modo prenunciado!)
Estas reflexões têm a ver com o que vivem os dois Povos e Estados de Leste, que também têm uma História intrincada de pertenças e desavenças, ao longo de séculos. Culminando nesta situação complicada, envolvendo a comunidade internacional à escala planetária, dado que as grandes potências mundiais intervêm na situação. Nada que se compare, em escala, com o que aconteceu entre os Reinos Ibéricos, ao longo de oito séculos. Embora no século XVI estes fossem, digamos, as superpotências mundiais!
Seria fundamental que os Estados cingissem os seus confrontos ao Desporto, como forma de sublimação das suas desavenças!
Relativamente a esta situação de “guerra iminente” é conveniente estruturar o diálogo.Na minha opinião, mas quem quer saber dela?!, a Ucrânia deverá manter a respetiva independência. Deverá aderir à União Europeia, penso que ganham os diversos povos envolvidos. Mas não deve aderir à NATO. Deveria ser um Estado neutral, tampão entre União Europeia e Rússia.
Manias minhas? Pretensiosismos?!
Muito Obrigado e muita Saúde!
Parabéns à Equipa Portuguesa. Parabéns às outras Equipas!
Há muito sem comentar algumas das ocorrências dos últimos tempos.
Sobre que discorrer?!
As eleições presidenciais? Os respetivos debates? Os orçamentos dos candidatos? Que acho um desperdício a colocação de cartazes para irem apodrecendo nos “fora de portas / outdoors”, passados meses? Que o Vitorino até se revela bem sensato no meio dos outros todos? Que não seriam precisos tantos candidatos, mas que até ganham uma certa graça estes duelos de personalidades?
O aumento dos casos de Covid nos últimos dias? A possível correlação entre estes aumentos e o desregramento nas festas natalícias e subsequentes festejos de ano novo? As medidas quase sempre reativas das nossas governanças? As agora anunciadas, que não acrescentam nada de novo, mas mantêm as escolas em funcionamento? Percebemos o porquê, pois como seria fechar escolas e os reflexos nas vidas dos progenitores e encarregados de educação dos alunos? E irão conseguir manter o respetivo funcionamento?! E o frio e janelas abertas?!
Abordar o caso do magistrado indicado para um cargo europeu e as incongruências associadas a essa nomeação? Manifestar a minha surpresa de como é possível que os nossos governantes e dirigentes achem que este país é um quintal da respetiva casa, onde podem colher laranjas a seu bel prazer? (Falo em laranjas, porque agora é o que mais abunda. Mas podiam ser nêsperas!)
Congratular-me com o início da vacinação? Desejar que continue sendo progressivamente alargada a todas as pessoas? Almejar o respetivo alcance aos recantos mais pobres de todos os países? Realçar o facto de que, com ajuda mútua, os povos conseguem encontrar soluções construtivas para a Humanidade, em tempo recorde? Admirar-me que tivesse pegado a moda de que, para serem vacinados num braço, seja necessário despirem-se da cintura para cima?! Imaginem se fosse numa nádega!
Escrever sobre o que se passou recentemente nos EUA? Que provaram do veneno de terem colocado um louco a dirigir os destinos da nação?! Que deveriam erradicá-lo da cadeira do poder, ainda antes do final do mandato? Antes que faça mais algum disparate? Que, aplicando a Lei, o deveriam submeter a julgamento?
Que me congratulo com o acordo entre EU e Reino Unido sobre a saída dos britânicos da União Europeia?? Que, todavia, considero o Brexit um ato de puro egoísmo dos ditos cujos?
E sobre que mais discorrer?! Haverá mais, mas, por agora, fico por aqui.
E por aqui, referir que hoje, apesar do frio, demos uma valente caminhada, percorrendo desde o “Boi D’Água” até ao Bonfim. O meu Pai dizia que fizemos uma “tapada”, pois concretizámos uma volta, a modos que circular, contornando todo um espaço territorial. “Matámos Saudades”, pois passámos junto às nossas Escolas!
Até próximo postal! E Excelente Ano de 2021 com muita Saúde!
Quero escrever sobre alguns aspetos da gestão da pandemia Covid 19, mas antes não posso deixar de referir um facto recentemente noticiado e que não é de menosprezar.
Três personagens fundamentais da política internacional concordaram na redução da extração petrolífera, para que os respetivos preços do petróleo não baixem. É caso para se dizer: “Olha que três”! – Trump, Putin e o rei da Arábia! (?!)
A forma como esta pandemia tem sido gerida nos vários países tem dependido muito das respetivas lideranças. Alguns aspetos já mencionei anteriormente.
A China não teve obviamente uma atuação correta desde o início, muito pelo contrário. Sonegou a situação, reprimiu quem deveria ter apoiado, deu conhecimento do surto, quando de facto já não o podia esconder, nos tempos que correm isso é quase impossível, mesmo assim não sabemos se revela toda a informação. E não estará demasiado cedo a levantar as várias restrições e a desfazer a contenção necessária? Pressa em produzir, até porque os mercados consumidores, Europa e EUA estão quase paralisados?
O líder dos EUA foi igual a ele mesmo e agiu erraticamente. Foi lançando umas bocas, já ouvi chamar outra coisa aos respetivos tweets. Valeu – lhe os EUA serem um Estado Federal e os respetivos governadores de Estado tomarem a pulso o combate à pandemia, sem ligar às tweetadas do presidente.
Algo semelhante ou pior ocorreu mais a sul, no Brasil. Inqualificável como um suposto estadista lida com uma realidade assim.
Em ambos os casos estão bem a nu as fragilidades dos respetivos países e não apenas nos sistemas de saúde. Do Brasil já eram por demais conhecidas, no Estado da América do Norte estariam mais disfarçadas, mas revelam-se as respetivas fraquezas. Que a China irá aproveitar?
A Índia, a dita “maior democracia do mundo”, o respetivo presidente e governo tiveram uma atuação desastradíssima, na definição da quarentena, de uma hora para a outra, sem ter preparado a nação para tal situação e respetivas consequências.
O Japão tem tido uma atuação peculiar na forma de gestão da pandemia pela monitorização dos diversos focos e consequente atuação, mas não sei se irão conseguir manter essa conduta, face ao aumento de casos e sucessivas vagas que surgirão.
Países como Taiwan e Singapura são elogiados pela forma como têm atuado, tendo passado muito pela prevenção logo que se foram apercebendo da situação na China. (Também já tinham a experiência de outras epidemias recentes. O mesmo se passou com a Coreia do Sul.) E a do Norte?! E a Rússia?
A União Europeia agiu muito reactivamente. Não fechou logo as fronteiras em Fevereiro, antes do Carnaval, face ao que se passava já na Itália. Foi um caso em que o respeito pelo primado da Liberdade (de circulação), acabou por nos levar à “prisão”.
Ironia das ironias foi a situação da Inglaterra! Ademais do respetivo 1º ministro! Agora dá-se ao luxo de agradecer à enfermeira neozelandesa e ao enfermeiro português, do Porto! (Depois do Brexit, das bocas que foi lançando face ao corona… Irónico!)
Portugal seguiu as diretrizes da União, também foi adiando as medidas a tomar, mas quando decidiu agir, fê-lo o melhor que pode. Sempre um certo avanço e também algumas cautelas, também pesando as nossas imensas fragilidades na Saúde, principalmente a nível de meios materiais e equipamentos, pois não havia nenhuma preparação para uma ocorrência destas, completamente inesperada. Tem havido relativa clareza na explicação das medidas aos cidadãos, pois sem a colaboração da população não há nada a fazer. As pessoas têm correspondido bem, ainda que inicialmente tivesse havido algumas incompreensões gerais. Mas temo-nos compenetrado da gravidade da situação, da necessidade de reclusão e, globalmente, correspondido. Pontualmente, há uma ou outra “parvoeira”.
Há que ir pensando em reativar a economia?! Mas em segurança e com as devidas cautelas!E não esquecer as Pessoas! As Pessoas, sempre em 1º lugar! Que não se generalize a falta de condições básicas e elementares de Vida e Sobrevivência.
E sobre a Educação?!
(Nota Final: O meu agradecimento e pedido de desculpas ao "Jornal Destak".)
A China também deveria ter atuado mais cedo, é certo, mas mesmo após a respetiva atuação, a Europa não agiu.
Mas os Se… não contam para a História!
Agora é imperioso e urgente, e precavendo o futuro, que a UE adote atitudes proactivas.
Há que pensar e agir face às crises que surgirão e nas formas de as minimizar.
Solidariedade, precisa-se.
Ganharemos todos, de modo a não haver convulsões sociais desnecessárias. Distribuição da riqueza de forma mais equitativa.
Quem muito tem, repartir com quem tem pouco. Ajudar os mais pobres, os mais fragilizados, tanto a nível pessoal e social, como empresarial e institucional. Entre países.
Solidariedade à escala global.
Os Bancos têm papéis fundamentais a desempenhar na ajuda aos cidadãos, às empresas. Não é só o Lucro que conta!
(Nesta conversa despretensiosa, não posso, nem quero, deixar de frisar as atitudes e conversas de alguns personagens da política internacional: iguais a eles mesmos. Achincalhavam, negavam, gozavam…! Imprudentes, impreparados, no mínimo. Sem qualquer sentido de Estado, nem consciência da posição que ocupam. Surpreende, todavia, como tais indivíduos chegaram a onde chegaram... Se um trampa, o outro bolsa! Sem mais. Adiante!
Outros por aí, com menos destaque, também arriscaram na mesma onda. É preciso que consciencializem as posições que ocupam e os tempos que se vivem!
E, com alguma ironia, perdoe-se-me nestes tempos, lembrar os “políticos” ingleses que tanto quiseram sair da UE e agora que saíam…
E nos “políticos” italianos, que tanto se opunham às entradas de migrantes / refugiados… )
E como estarão a viver esta situação esses Povos assolados por guerras e os consequentes Migrantes / Refugiados?!
(Nota Final: O desenho "Redes" também original, faz parte do conjunto que elaborei em Fev. no contexto do designado "Corona Connection".)
«E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.
(...)
E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!
É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?
Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?
...»
Desenvolvimento:
Estas foram algumas das questões que coloquei em posts anteriores quando falei sobre a hipotética saída do Reino Unido da União Europeia.
Inicialmente abordara essa eventualidade em post de 29/02/16: “Reino Unido: Europa – Sim /Não”.
Posteriormente, a propósito do futebol e do “Euro”, delinei alguma abordagem ao mesmo assunto.
Agora, após o 23 de Junho, a decisão maioritária dos eleitores do Reino foi precisamente a de saírem da União Europeia.
As possíveis consequências estarão no domínio dos deuses.
Algumas verificaram-se de imediato, nos reflexos nas “Bolsas”, nos designados “Mercados financeiros” e provavelmente também nos de mercadorias, bens e serviços.
E, mais importante, nas Pessoas, sob múltiplos aspetos, nomeadamente: nas atitudes, nos comportamentos, e até nos sentimentos...
Vivemos num Mundo Globalizado, interligado, interconectado e, quer se goste ou não, uma decisão destas afeta e continuará a afetar a nível mundial. Esperemos que maioritariamente para o Bem!
A livre circulação de mercadorias, sem entraves alfandegários, nem pautas aduaneiras, é, per si, uma vantagem para as economias.
A livre circulação de pessoas, abre novas, diversas e enriquecedoras perspetivas a todos os Seres Humanos. Sejam essas oportunidades devidamente aproveitadas, num sentido de Paz e entreajuda recíproca e ganham todas as Sociedades, as presentes e as futuras.
A circulação livre de capitais deveria ter permitido um maior e melhor desenvolvimento, reduzindo assimetrias, entre povos, nações, estados e países. E dentro de cada Estado, entre os diversos Cidadãos, entre os vários estratos populacionais.
Deveria!
Isto é, se o Capital, nomeadamente o financeiro, estivesse aos serviço das Pessoas, da maioria das pessoas e não de uma pequena minoria que gravita nessa bolha financeira, nesse casulo onde se enclausuram, nas mordomias dos lucros e dividendos, uma casta de privilegiados, que ignoram a miséria que vai grassando a todos os níveis, enquanto eles se enfastiam de dinheiro virtual e usufruem de benesses e bem-estar desproporcionado.
Mas têm sido esses senhores da finança que têm determinado o afundamento progressivo das economias limítrofes tornando-as cada vez mais marginais e dependentes.
Dependentes de um suposto Mercado Livre (?), que não passa de uma teia intrincada de poderes “coloniais” que decidem e manipulam os destinos de milhões de pessoas, subalternizadas aos milhões do “vil metal”.
E muitos desses decisores de destinos e Destinos estão sediados onde?
Apenas em Bruxelas?
A “City” é, de si e per si, o maior centro financeiro europeu.
E que têm feito os políticos que é suposto defenderem os interesses dos seus Povos, que os elegeram, não apenas para usufruírem das benesses e mordomias de eurocratas?
Que têm feito os políticos?
Atente-se, e voltando ao “Brexit”, que segundo li, este referendo britânico resultou de uma promessa que Cameron havia feito aos seus eleitores que referendaria a permanência do Reino Unido na União, caso fosse eleito.
Pasme-se!
Algo que ninguém pedira, que não era premente nem necessário, que ele, pelos vistos cumpridor de promessas, levou ao terreno. Não defendendo a saída, porquê tal promessa?
E quem foi ao terreno, ao tapete, foi o próprio. Que perdendo, abandona o barco, não dando seguimento ao que começou!
Pasmo ainda maior!
Com políticos assim, quem precisa de políticos?!
Que a saída do Reino Unido pode e deve ser aproveitada, pelos que ficaram, para “darem uma volta” ao funcionamento da União. Que bem precisa!
No sentido de haver uma maior Equidade entre todos e cada um.
Voltando ainda ao referendo...
Atente-se nos resultados:
72,2% de participação.
51,9% pela saída da União = 17.410.742 votantes.
48,1% pela permanência = 16.241.141 votantes.
Observa-se uma grande divisão no País, melhor, no Reino. Com amplas regiões a defenderem, maioritariamente, a permanência: a “Grande Londres”; a Escócia e a Irlanda do Norte, ambas com processos separatistas; as zonas de Liverpool e Manchester.
Como, com que critérios, (com que Ética, se a Ética ainda existe!) implantar um processo destes tão complexo, a quase metade da população que não concorda?!
Num certo sentido acaba por ser uma imposição forçada, aparentemente maioritária, uma vez que não se considera quem não votou.
Um dos fatores por que se bateram os defensores da saída foi a Imigração.
Estranha esta postura num País tão marcado pela multiculturalidade, resultado do seu passado colonial, de potência ultramarina, com territórios espalhados pelos cinco continentes.
E que eles próprios têm um passado de cinco séculos de Emigração, para a América, para a Ásia, para a África, para a Oceânia.
Que após a II grande guerra, e as descolonizações sucessivas, chegou a vez de receberem as gentes de torna-viagem, das antigas colónias.
Para além do contexto de globalização hiperbolizada nas últimas décadas, pelo bom e pelo mau sentido, a que a ação do Reino Unido também não foi alheia.
E haverá melhor espelho dessa multiculturalidade e multirracialidade que é a própria seleção de Inglaterra, nessa montra da Globalização que é o Euro de Futebol?!
E observando, agora, o aparente ou factual não-sentido do referendo, ocorre-me questionar:
- Faz algum sentido referendar questões tão complexas, com tantas implicações como esta?!
- Não será suposto que questões assim sejam debatidas nos locais de representação do Povo, nas Assembleias próprias e específicas onde é suposto (é suposto!) estarem as personalidades, as pessoas, os sujeitos, os cidadãos mais preparados e avalizados para tais fins?
(Bem sei que os políticos que temos são o que são, os interesses que os movem são os que sabemos... Mas...)
Mas...
- Acha que é fácil traduzir escolha tão complexa, num simples sim ou não, a ser apenso num boletim de voto, em que se marca uma cruz em diagonal, sobre a opção escolhida?
- É possível, todas e cada uma das pessoas potencialmente e de facto votantes, terem percebido, compreendido devidamente e em toda a sua dimensão o que se lhes propunha votarem?
-Acha que um tema com tantas implicações e cambiantes, será exequível de ser consciencializado, em todas elas, por todos e cada um dos votantes?!
Haverá uma plena consciencialização de todo o processo?
Não votarão as pessoas por clichés mais ou menos reducionistas, de uma realidade que é só e apenas a sua realidade meramente pessoal?!
(Mas, dir-me-á: Mas isso é mais ou menos o que se verifica na maioria dos atos eleitorais!
Só que nas eleições não referendais, delega-se noutras pessoas, supostamente mais capacitadas.
Supostamente, friso!)
E não falei nos aspetos Políticos, no bom sentido, Culturais, Sociais, de Progresso e Desenvolvimento que podem ser associados à União dos Povos Europeus, tão heterogéneos, culturalmente tão diversos e diversificados, apesar de todas as contrariedades e constrangimentos e de um passado de séculos de guerras fratricidas, conseguiram nestes últimos cinquenta anos, construir um modelo de entendimento e União, falível e incompleto, é certo, talvez desviado dos seus princípios e objetivos principais, mas que era importante continuar e melhorar no seu funcionamento.
Não destruí-lo.
E neste papel e neste caminho o Reino Unido tinha e tem o seu papel de conjunto como Povo Europeu.
Sim, que eu tenho os meus arrebites relativamente à Inglaterra, que algum dia explicarei, mas estou plenamente ciente do seu legado ao Mundo e ao Mundo Europeu, a todos os níveis.
No Passado, no Presente e na importância de construção do Futuro!
E, por isso, não vejo com bons olhos este abalar, abandonar, que julgo ser um retrocesso civilizacional!
Como também não vejo nada com bons olhos essa quase certa eleição desse figurão cheio de bago, para candidato republicano nos E.U.A., cujo primeiro nome é o dum Pato célebre, que não tem culpa nenhuma.
O Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, dia 9 de Março, após as 10 horas, tomou posse, como vigésimo Presidente da República, na respetiva Assembleia (Parlamento).
Estas cerimónias são sempre carregadas de simbolismos vários, faz parte da respetiva operacionalização, quer se goste ou não. Desde logo, o local: Assembleia da República. As Bandeiras. O Hino. (...) As precedências, os locais que cada convidado ocupa, etc. etc.
Os aplausos, os não – aplausos, tudo está carregado de significados e significações, tudo é significante de algo...
Para além desses atos, gestos, atitudes simbólicas, existem ainda as que o próprio Presidente quis acentuar.
Uma delas foi o juramento sobre o livro da Constituição original, que ele também ajudou a criar, enquanto deputado. Realço que é este modelo que também tenho. O livro da Constituição de 1976. (...) Não, não, eu não a ajudei a criar... O meu “engenho” não chega a tanto. Muito menos a “arte”.
Os convidados: antigos Presidentes e Esposas, estranhei a ausência de Drº Mário Soares...
Representantes estrangeiros: O Rei de Espanha, destacava-se aquela figura... o Presidente de Moçambique, o Presidente da Comissão Europeia. Simbólicas estas três Personalidades estrangeiras convidadas.
Os discursos. Sou sincero. Estava curioso com o discurso de MRS, enquanto Presidente. Ouvira o de vitória, tinha expectativas sobre este. E, esse foi o principal motivo que me fez estar atento à RTP1, logo de manhã. Dir-me-ão: “Palavras... são só palavras!”
Ferro Rodrigues, enquanto Presidente da Assembleia da República, também proferiu o seu discurso. Entre outros aspetos, e relativamente a MRS... “... Vossa Excelência tem a responsabilidade histórica de ser o homem certo no momento certo...”
Algumas ideias que destaco:
“... o País precisa de voltar a encontrar-se... Que a U.E. não se transforme num fator de instabilidade... Que Europa é esta?! ...”
“... precisamos de uma economia mais rica e partilhada, mais justa e inclusiva...”
“Temos que aprender a remar todos para o mesmo lado...”
E, terminou, formulando votos de “as maiores felicidades”, “A Bem da República, A Bem da Democracia, A Bem de Portugal!”
(Não opino, nem faço qualquer comentário...)
Quanto ao Discurso do Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República Portuguesa, de "todas as Portuguesas e de todos os Portugueses".
O discurso está muito bem estruturado e sequencialmente planeado. Ou não fosse o seu autor, o Professor Marcelo. (Apetece-me interrogar, deformação das Séries, nomeadamente “Borgen”, se os nossos políticos também terão algum “spin doctor”?!).
Também está carregado de Símbolos.
Um enquadramento introdutório, reportando para a Família, para os Sentimentos a unir-nos à Terra que nos viu nascer: Amor à Terra, a Saudade, a Generosidade... (Desculpem-me os Sentimentos, que não os fixei todos!)... As Crenças em Milagres de Ourique... (E com este introdutório falou-nos ao Coração, se fossem projetadas imagens, enquanto as palavras iam fluindo, veríamos um grande, grande, da Joana Vasconcelos. Reporta-nos também para a nossa ancestralidade, em última instância, o nosso Afonso, Primeiro, só que da Monarquia e nós estamos na Casa da República. Mas o Senhor Professor Marcelo não perde o jeito! Outro anterior Personagem, de que estranhei a ausência, nesse mesmo local, terá falado em Afonso Costa, digo eu! Afonso, sim, que Portugal é assim mesmo: Afonsino. E um País de Costas, até havia o do Castelo!)
Depois, ainda num contexto introdutório, mas já mais institucional, reportou-nos para a Solidariedade, (aqui já entramos no domínio dos Valores), entre os dois únicos Orgãos de Soberania eleitos: Assembleia e Presidente. E depois ainda agradeceu ao Presidente cessante, aos antigos Presidentes presentes, aos três ilustres Convidados Estrangeiros, às Forças Armadas, sempre fiéis a Portugal, ao 25 de Abril de 1974 / República Democrática, sublinhou a CONSTITUIÇÃO, aprovada e promulgada em 1976, sobre a qual atestara o seu Juramento de Posse, conforme já referido. Reforçou o seu caráter de Lei Fundamental, nosso Denominador Comum. E que irá ser o Guardião da Constituição, dos seus Valores e Valores da Nação.
(E nesta parte discursiva, diríamos que nos falava mais à Razão...)
E dirigiu-nos para a importância da Pessoa Humana, (lembrar-me-ia Carl Rogers), para um ideal de Sociedade em que não haja dois milhões de pobres... (!!!), nem diferenças tão cruciais...
E ainda no domínio dos Valores: Liberdade de Pensamento, de Crença, de Opinião, Pluralismo, Justiça Social, Identidade Nacional, para as nossas Raízes no Mar... (A nossa ancestralidade primordial: “Somos Vida do Mar Vinda ”, digo eu.)
Os nossos três vértices geográficos: Continente, Açores e Madeira. (A propósito, onde ficam as Desertas?)
Assumir o Mar como nossa prioridade, e, aqui piscou novamente o olho ao Presidente cessante... (!!!). E citou Lobo Antunes “... Se a minha Terra é pequena, eu quero morrer no Mar!...” (Este Lobo também é Poeta?! Se não é, aqui, escreveu dois lindos versos.)
E continuando ainda no domínio dos Valores, realçou a Identidade Nacional, em que História e Geografia se entrelaçam, na Língua, na Cultura, na Ciência. Sem medo de enfrentar o Presente. Na Soberania Popular, na Autonomia Regional e Autárquica. Na importância do Estado Social de Direito e da Iniciativa Privada.
E ainda em Geografia, mas numa noção mais alargada, migrou de Portugal, também para a Europa: Lembrou o desafio dos Refugiados. E pelo Mar, acentuou o papel da C. P. L. P. – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. E regressou novamente à Europa: a questão das Fronteiras Europeias!
E voltou a Portugal!
E assinalo, sem pretensão de exatidão matemática, nem de citação precisa, pois, como é evidente, não tive acesso a uma cópia do Discurso. (Não sou Jornalista, muito menos credenciado, nem fui convidado a estar presente na cerimónia. Também, seiscentos convidados...)
Realçou a importância de sairmos do clima de crise, o fator Europa, as questões económicas, as cicatrizes destes tão longos anos de sacrifícios, que urge recriar novas convergências, ....
Reforçou o sentimento de pertença a uma Pátria que é igual para todos...
Que irão ser cinco anos de busca da Unidade, da Pacificação, de Consensos...
Nunca descrendo na Democracia. Nunca perdendo a Esperança. Que o que nos une é muito mais do que nos divide.
A importância dos pequenos gestos...
(Peço desculpa às minhas Leitoras e Leitores, mas, volto a sublinhar, que não tive qualquer acesso direto ao discurso escrito, apenas o ouvi, pelo que este texto tem muitas lacunas. Sublinhados, reticências, negritos, letras maiúsculas é tudo da minha lavra. Perdoar-me-ão, bem como o Senhor Professor Doutor.)
E continuou...Lembrando o papel dos Jovens, da Mulher, dos Pensionistas/Reformados, que sonharam com o 25 de Abril e que agora estão na situação em que estão... (A referência a este grupo social e à célebre data tocaram-me muito especialmente...); dos Cientistas, dos Agricultores, dos Comerciantes, dos Industriais, dos Trabalhadores por conta de Outrem ou Independentes; voltou a reforçar o Estado Social; mencionou as I.P.S.S., as Misericórdias, eu sei lá! (Não sei se foram referidos todos os grupos socio económicos, também não tenho aqui a Classificação Nacional de Profissões. Mas não me pareceu ter havido menção de empresários, de bancários, de banqueiros, nem de operários. Digamos que, caso tenha havido essa omissão, que não afianço pelos meus ouvidos, foi uma omissão interclassista.)
E voltou, novamente a realçar a CONSTITUIÇÃO!
(Há alguns anos a esta parte esse realce costumava ser mais de outros setores.)
E, finalmente, reportou-se a si mesmo, assumindo-se como “Servidor da Causa Pública e da Pátria.”
E citou Miguel Torga: “Difícil para cada Português não é sê-lo, é compreender-se...”
E quando estava nesta parte do meu texto, quis precisar o que nos meus apontamentos seria do texto de Torga ou palavras de Marcelo e coloquei a frase anterior, colocada entre aspas, no motor de busca.
E já adivinha o que encontrei.
O Discurso do Senhor Presidente, na íntegra, no site do “Expresso”.
E a parte final é daí extraída. Mas não vou ler o princípio do Discurso, que já estou muito cansado, e perdia completamente a graça...
E remato com a parte final...
“O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos. Grandes no passado. Grandes no futuro. Por isso aqui estamos. Por isso aqui estou. Pelo Portugal de sempre!”
E com um Discurso que nos abarca e abraça a Todos, tão querido, tão cheio de Afetos, tão simpático, não esquecendo sequer Pensionistas nem Reformados, que mais posso dizer?!
Pois, aguardemos para ver!
E, para ilustrar este post tão afetuoso, tão carinhoso, resolvi “aproveitar da net” a sugestiva e apelativa imagem, cortesia de “Jorge Amaral / Global Imagens”, a partir deste link, agora que tem andado na moda esta questão dos beijos!
Poderíamos intitular: Portugal e Europa, finalmente a Reconciliação! E viva o Amor!
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P. S. - E já no dia dez, vantagens da net, resolvo acrescentar um link para um blogue que sigo e que ontem me esqueci de incluir. Uma célebre e icónica imagem de um afamado beijo, que nunca cheguei a perceber se foi real se encenado. Entre Brejnev (U.R.S.S.) e Honnecker (R.D.A.). E, se encenado, nunca percebi se foram os do "Outro Lado" do Muro, para mostrarem que "estavam de pedra e cal". Se os "Deste Lado", para revelarem como as coisas iam por "Aqueles Lados".
Esta tem sido uma informação recentemente veiculada pela Comunicação Social, referindo nomeadamente que esta situação será colocada como referendo ao povo britânico, a 23 de Junho, deste ano de 2016.
Referem também que o 1º Ministro britânico, David Cameron, conseguiu um “acordo com os 27 parceiros europeus que garante ao país um estatuto especial dentro da União” no sentido de reforçar essa permanência. Também têm sido mencionados alguns dos “notáveis” britânicos que defendem essa saída, nomeadamente membros do governo atual, contrariamente à posição do 1º Ministro britânico, que defende a permanência na União.
Esta situação suscita muitas questões, algumas colocadas nos media.
Sobre o Acordo...
Este refere-se fundamentalmente a questões de funcionamento interno no Reino Unido ou também na forma como esse Estado se relaciona com os outros Estados, no contexto da União?
E favorece esse Estado e desfavorece os outros? Ou mantem-nos todos em pé de igualdade?
E foi “negociado” com todos os outros 27 Estados membros ou preferencialmente apenas com os “principais”?
Sobre o Reino Unido:
Será que o Reino Unido alguma vez esteve de “alma e coração” na União Europeia?!
Note-se que este Estado/País não aderiu nem à Zona Euro, a moeda continua sendo a libra esterlina, nem integra o Espaço Schengen.
Aliás, o Reino Unido, globalmente sempre se terá considerado um pouco além da Europa, diga-se do Continente, já que sempre se consideraram como as “Ilhas”.
Quando se fala deReino Unido temos que esclarecer que este é o termo para designar o Estado constituído pela Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e mais umas quantas Ilhas no Mar do Norte e no Canal da Mancha, com estatuto especial.
Que no que respeita a este Estado há sempre muitas particularidades, nomeadamente o facto de ser uma monarquia, o que desde logo determina haver questões do Estado e questões da Coroa. Mesmo territorialmente!
E ainda vários territórios ultramarinos, espalhados pelo Mundo, resquícios do famoso Império Britânico, British Empire, como sejam as Ilhas Malvinas / Falkland Islands, Gibraltar, etc, etc, são mais de uma dezena, que esse Império se espalhava por todos os Continentes e Oceanos.
E este é um dos aspetos que sempre ressalta, quando se fala deste Estado/Reino.
Senhor de um Império assente no domínio dos mares e com territórios nos cinco continentes, que foi iniciado com Isabel I, na segunda metade do século XVI, se estruturou no século XVII e consolidou no século XVIII, tornando-se hegemónico no século XIX, ainda preponderante na primeira metade do século XX, mas que se extinguiu após a II Grande Guerra, com a independência das várias colónias na Ásia e na África.
Ficaram contudo múltiplos territórios espalhados pelos cinco continentes, como “remanescentes” desse Império, e que fazem parte desse Reino Unido.
Ficou também a organização intergovernamental designada “Commonwealth” que engloba 53 estados independentes como países membros, na quase totalidade pertencentes ao antigo Império.
E essa matriz identitária de detentores e integrantes de um Império tem condicionado a visão britânica do Mundo, no contexto da sua relação com outros Estados e Povos.
Estado possuidor de um grande poderio económico e financeiro, ainda atualmente. A “City” é o maior centro financeiro da Europa.
O Reino Unido sempre sentiu que contribuiria talvez demais para a Comunidade e pouco ganharia em troca.
Contudo gostaria de realçar um facto, que li há alguns anos, sobre a questão das verbas obtidas pelos agricultores europeus, na sequência das medidas de financiamento à agricultura, atribuídas à data em função das áreas dos terrenos.
Pois sabem quem era a Personalidade na Europa que mais recebia segundo esse critério?!
Pois, precisamente, a Rainha de Inglaterra!
E penso que estes têm sido alguns dos aspetos que, à partida, e de algum modo funcionando como marcos e preconceitos identitários, têm definido a adesão do Reino Unido, primeiro à Comunidade Europeia, 1973, e, posteriormente, à integração, sempre limitada e condicionada, na União.
Para além destes aspetos, ressalto também as idiossincrasias próprias dos britânicos. Circulação rodoviária pela esquerda, adesão tardia ao sistema decimal, tanto no dinheiro, como nas medidas e pesos, sistema métrico. Penso que a aceitação do sistema decimal terá sido na sequência da adesão à CEE, já na década de setenta do século XX.
Muitos destes aspetos são de natureza essencialmente cultural, mas condicionantes do relacionamento britânico com os europeus do Continente.
Como se diz em linguagem corrente, “sempre com um pé dentro e outro fora”.
(Que existem outros contextos em que os britânicos gostam de usufruir de estatutos especiais. Veja-se no futebol, não sei se em todos os desportos. Os britânicos têm representações da Inglaterra, da Escócia, do País de Gales, da Irlanda do Norte. Não sei se também das Ilhas de Jersey e de Guernsey!
Imaginam a Espanha a ter representações da Catalunha, do País Basco? ... Das Ilhas Baleares... Era um bailado flamenco!)
Atualmente com as “Crises” instaladas, o melhor será abandonar o barco?! ...
(Reporto-me especificamente à “Crise financeira e económica” e nomeadamente à “Crise dos Refugiados”.)
Mas gostaria de questionar:
Qual o papel que o Reino Unido terá tido no despoletar dessas mesmas Crises?
No respeitante à “Crise Financeira”, qual o desempenho que terão tido os decisores e “manipuladores de decisões”, sejam eles Bancos ou “Agências do que quer que seja”, instalados na sua “City”?!
No referente aos milhares e milhares de Refugiados, fugindo às Guerras do Médio Oriente.
Que papel terá tido o Reino Unido, primeiro, enquanto potência imperial, na sequência da I Grande Guerra (1914 – 18), na forma como, juntamente com a França, potências vencedoras, “dividiram” entre si o Médio Oriente em zonas de influência, criando Estados desconectados da realidade cultural da região, sem respeitarem o anseio de povos e nações culturalmente autónomas?
Basta atentar-se nas fronteiras desses Estados e reparar como foram traçadas “a régua e esquadro”. (Aliás, o mesmo se verifica em África, frise-se.)
Em segundo lugar, e após o finalizar da II Grande Guerra (1939 – 1945), o modo como essa região continuou a ser determinada e estruturada territorialmente pelas potências vencedoras, neste caso já não apenas as mencionadas, mas igualmente os E.U.A. e a U.R.S.S.?
E qual o papel das empresas petrolíferas e financeiras, a elas interligadas, em todas as contínuas Guerras travadas na região, desde então?
E qual o papel do Reino Unido na invasão do Iraque, em 2003, na busca das célebres armas químicas, ao tempo de Tony Blair?
Todas estas situações e decisões e mais as que desconheço e/ou não refiro e omito, estão na base da constante e contínua instabilidade do Médio Oriente. Agravadas nestes últimos anos pela Guerra na Síria, que é paradigmática sob todos estes aspetos.
E que papel do Reino Unido em todas estas situações? Repito!
Tantas perguntas... Tantas questões... Tantas dúvidas... E tão incompleta esta análise...
(Dir-se-á que nesta minha limitada análise também perpassam alguns preconceitos sobre os “britânicos/ingleses”. Talvez... Talvez um dia escreva sobre isso...)
E ainda...
E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.
E ainda outra questão.
E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!
É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?
Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?
Penso que, infelizmente, a situação de “desmoronamento” será a que ocorrerá, mais tarde ou mais cedo. Embora não seja esta a situação que eu desejaria que acontecesse. No Mundo existem espaços territoriais tão ou mais vastos que a Europa que constituem Estados únicos, caso precisamente dos Estados Unidos (E.U.A./U.S.A.) e, ainda mais paradigmático, a China, em que para além da extensão territorial tem uma enorme diversidade cultural (racial, étnica, religiosa, linguística,...). Mas forma uma unidade de Estado, há séculos! A Índia também.
E termino, por hoje, estas minhas reflexões, “extraordinárias”, neste dia também extraordinário: 29 de Fevereiro, de 2016. Ano bissexto. Ano de Jogos Olímpicos!
No Rio de Janeiro, Brasil, também um Estado Federal, de grande extensão territorial e grande diversidade cultural, embora com uma matriz quase única na Língua, aliás como os E. U. A. / U.S.A.
É claro que tenho plena consciência que, na Europa há muitas, muitas outras questões que nos separam.
Lembremos que os Povos Europeus têm passado os últimos dois mil anos em constantes e permanentes guerras entre si!
E Visionários e Idealistas como os Políticos Sábios que delinearam e iniciaram a “Construção Europeia” já não existem.
Atualmente apenas conta o Deve e o Haver!
E, nestas coisas de dinheiro, mesmo os irmãos mais irmãos...
E volto ao blogue e ao post em que abordei um acontecimento real ocorrido em 1975, a propósito dos “Homens Loucos” de Madison Avenue, N. Y. C., “Mad Men”. E dos computadores, na altura uns verdadeiros “monstros”, não só na forma, como no conteúdo, pela perspetiva de como eram vistos e percecionados, mesmo por quem lidava de perto com eles nos escritórios, mas não sendo especialista no assunto. Mais ainda para quem era completamente desconhecedor das suas funcionalidades e modus operandi.
Agora em que, a propósito de alguns acontecimentos mediáticos da política portuguesa atual, tanto se tem falado de 1975…
Gostaria de deixar registado neste blogue alguns aspetos relevantes de algumas mudanças significativas deste Portugal de início século XXI, 2015, relativamente a esse findar do 3º quartel do século XX, 1975.
Neste Portugal atual, e apesar da tão apregoada Crise, vive-se significativamente melhor do que nessa data já longínqua de setenta e cinco.
Em termos de Consumo, os portugueses têm genericamente acesso a um cabaz de compras de bens mais ou menos essenciais muito mais vasto e diversificado não só pelos bens suscetíveis e acessíveis à sua bolsa, como pela existência e proliferação de locais de compra. Tanto de bens de consumo imediato, como duradoiro.
Vivemos numa Democracia consolidada. A Liberdade também é um Valor inquestionável!
O acesso a bens e serviços englobados no contexto da Educação, da Saúde, da Habitação, é um Direito também estruturado. Apesar de algum retrocesso que se tem verificado nomeadamente no campo da Saúde, face ao que já adquiríramos entretanto.
Portugal vive em Paz, apesar dos medos que hoje se sentem e pressentem, resultantes do alastrar à Europa de Guerras, que, até há poucos anos, pareciam confinadas a Países distantes… Que não deixavam de ser Guerras por isso…
Estas são algumas situações em que, no plano interno, se constatam diferenças positivas relativamente há quarenta anos atrás.
E, no plano externo?!
Constate-se.
Portugal está integrado na União Europeia.
Faz parte da Zona Euro.
Não existe o “Muro de Berlim”, apesar de muitos outros muros que têm sido criados, por esse mundo afora. Físicos e psicológicos, culturais e sociais…
Não existe “Cortina de Ferro”.
Não existe “Pacto de Varsóvia”.
Não existe a URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!
Vivemos num Mundo substancialmente diferente, mas…
Em que apesar de a designada “Guerra Fria” ter terminado, vivemos atualmente numa tensão e medo ainda maior. Em que a “Guerra” atual, há quem fale que vivemos numa “Terceira Guerra Mundial”, uma Guerra com contornos diferentes das anteriores, em que essa “Guerra” invadiu diretamente a Europa. E indiretamente chegou ao Continente Europeu através dos refugiados das Guerras por essas Áfricas e Médio Oriente.
E quem “produziu” essas “Guerras”?
Quem as alimenta com armas de todos os tipos?
Quem as financia?!
E com que fins?!
Quem as semeou e continua a sustentar, a adubar e fertilizar, com armas, munições, tanques e explosivos e carne para canhão de tantos inocentes?!
E quais os meios utilizados para obtenção de dinheiro para sustentar essas “Guerras”, umas “Grandes” e outras pequenas?
Por vezes questiono-me e lembrando a “Família Krupp”, e a “Queda do Terceiro Reich”, se as pessoas que de facto alimentam as guerras, produzindo e financiando o armamento, mas vivem afastadas dos locais de conflito, quando ocorrem situações como as que têm acontecido por essa Europa, não se interrogam sobre o seu papel no Mundo…! Sobre a sua ação destrutiva da Humanidade!
E voltamos ao ponto de partida.
Vale a pena comparar 1975 com 2015?!
Apesar do pessimismo recente, vivemos ou não num Portugal substancialmente melhor?!
É ou não possível haver em Portugal abertura a novas e diversas perspetivas de “conduzir” este barco “Portugal” a bom porto?!
Que não faltarão as tempestades, os ventos alterosos, as borrascas…
Ah! E não posso esquecer o Imperialismo!
E o Imperialismo ainda existe ou não?!
Os Estados Unidos da América continuam a ser uma nação imperial, mesmo e apesar de terem um Presidente Obama?
E a Rússia, a nova Rússia, continua a ser também um Estado imperial, como o foi a antiga U.R.S.S., talvez o maior império à face da terra? Tal como fora também um império a antiga Rússia czarista?!
E o Reino Unido? E a França? E a Alemanha? São ou não nações imperialistas ou vivem apenas na nostalgia dos respetivos impérios passados?!
E a China?! É a terceira potência militar mundial, já detentora de enorme poder e liquidez financeira, “proprietária” e “co-proprietária” de variados setores estratégicos por esse Mundo fora, a nação mais populosa, com “colonos” espalhados também por todo esse Mundo, ocupando setores variados, talvez a maior produtora e fornecedora de bens utilitários de maior ou menor préstimo, mas que os Ocidentais, na sua febre consumista, tudo compram...
E o imperialismo das grandes multinacionais, dos grandes grupos financeiros, das grandes petrolíferas?!
(…)
E voltamos a interrogar:
O Imperialismo continua a existir ou não?
E Portugal e os Pequenos Países podem ou não tomar decisões e tomar conta do seu Destino fugindo às garras do Imperialismo?!
Setenta anos da II Guerra Mundial e a Crise atual dos Refugiados!
Passou ontem o 2º episódio da mini série “Rendição – A Queda do Reich”.
Supostamente este documentário será para lembrar, para não esquecer,os efeitos devastadores da II Grande Guerra!
Que a memória dos homens é curta! A dos políticos nem se fala. Aliás, a facilidade com que alguns dos nossos mudam de opinião, preocupa-nos que sofram de amnésia.
Pois apesar de terem passado setenta anos do final da Guerra, talvez por isso mesmo, setenta anos são setenta anos, os políticos europeus demoraram tanto tempo a estenderem a mão aos refugiados que vêm, há anos, aportando às costas europeias...
Finalmente, e com muitas resistências, parecem fazer um grande favor... Não!
É uma obrigação moral da Humanidade ajudar parte dessa Humanidade que precisa.
E quando digo Europa, é Europa toda. Não apenas a U.E. A Rússia é também parte do problema "a montante", deverá também fazer parte da solução " a jusante".
Evidentemente, poderão questionar-me, “mas quem quererá ir para a Rússia e arriscar-se a ser deportado para a Sibéria ou ser recambiado para o seu país de origem, em guerra? Infelizmente não deixará de ser, hipoteticamente, verdadeira esta questão…
Mas todos os Países deverão ajudar.
Se não em termos de receber pessoas, sim porque são Pessoas, seres vivos que sofrem horrores… Se não desse modo, que seja em ajuda material ou outra.
Vaticano, riquíssimo!
Arábia Saudita e Países do Golfo Arábico, também riquíssimos, gastando biliões em megalomanias… Além de serem próximos, sob aspetos geográficos e culturais. Poderá levantar-se dúvida idêntica à reportada à Rússia, claro! Tal como o Irão… Iriam estes refugiados para lá?!
Além do mais, alguns destes países são também parte do problema, a montante. Os negócios do petróleo… Das armas… As multinacionais financeiras que tudo controlam…
Os E.U.A. também, que também são parte do problema “a montante”…
Os outros Países das Américas, Américas que já foram porto de abrigo e salvação para milhões de europeus ao longo de cinco séculos, nomeadamente no contexto das duas Grandes Guerras.
E a Austrália?! País rico, fracamente povoado, porquê negar-se a receber refugiados?! Não foi esse continente povoado com presos degredados do Reino Unido? Os autóctones terão sido auscultados?! Provavelmente via facebook e através dos likes. Ou chamadas SMS, de valor acrescentado. Talvez…
A China e a Índia, excessivamente povoadas, é certo; com desníveis de riqueza abissais entre diversos estratos populacionais, também; a China com uma estrutura política ditatorial, também… mas não terão nada a dizer?!
A China com excesso de liquidez, dado ser o Grande Fornecedor de mercadorias do Mundo Ocidental, não terá um papel importantíssimo a desempenhar neste âmbito?!
E o Japão e países ricos do Extremo Oriente?!
E Israel, que também é parte do problema "a montante", não terá também uma palavra a dizer "a jusante"?!
E estes são alguns dos Países, que me ocorrem, de momento, que têm obrigação moral de ajudar os refugiados!
Até porque, alguns destes países também são parte do problema, “a montante”. Isto é, estão na origem do problema destes refugiados, pois que estão na base das guerras travadas nos respetivos Países de Origem.
E as Empresas Multinacionais que tudo controlam em rede?!
As petrolíferas, as financeiras, as produtoras de armas e todas as que de forma legal ou ilegal mandam no mundo em que vivemos, não têm um papel a desempenhar na solução, “a jusante”, dado que têm um desempenho notável “a montante” do problema?!
Têm, também essa obrigação moral!
Este é, de facto um problema a nível mundial!
Vivemos num mundo global. Procura de soluções também à escala global!
Mas e provavelmente, quem vão ser os principais auxiliadores vão ser “Países Pequenos” e “Pequenas Instituições”!
Mas é "a montante" que o problema também tem que ser resolvido.
E, aí, também todos estes agentes têm uma palavra a dizer, um papel a desempenhar!
E tudo este “arrazoado de conversa”, na sequência de um documentário?!
Não! Já vinha delineando, mentalmente, a feitura de um post sobre o assunto. Esteve para ser em Agosto…
Digamos que o documentário permitiu associar os dois temas: 2ª Guerra e Refugiados Atuais!
No concernente ao Documentário, friso e repito.
Deveria ser transmitido em todos os canais generalistas, em horário nobre. E não apenas em Portugal, mas também e muito especificamente em toda a Europa!
Deveria fazer parte de visualização obrigatória por todos os políticos, de todos os quadrantes, pertencentes à União Europeia ou dos candidatos a cargos políticos de envergadura de qualquer país dessa Europa e desse Mundo fora!
Nunca é demais lembrar que um dos grandes objetivos dos criadores da "construção de uma Europa unida" foi evitar novas Guerras, na sequência dos horrores da Segunda.
Porque se remete a visualização de documentos desta envergadura para horários recônditos, como se quisessem esconder, negar a Verdade, os horrores que aconteceram e que se continuam a repetir?!