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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

2022 a despedir-se. 2023 a chegar!

E se me perguntassem sobre aspetos relevantes deste ano de 2022, a findar?!

Cheias na Ribeira. Foto Original. 20.12.22

Se me perguntassem, eu responderia. Não sem antes frisar que não tenho qualquer pretensão a ter uma opinião afinada sobre o assunto. Todavia, como qualquer cidadão, sou capaz de opinar, tendo ou não valor o que diga, seja ou não relevante o que perore! Cada um é como cada qual! E que valor ou interesse tem o que digo ou escrevo?! Adiante…

Cheias na Ribeira. Foto original. 20.12.22.

Um dos acontecimentos relevantes que destaco é o das Cheias, recentemente ocorridas na minha Aldeia. Em contraponto à Seca que vínhamos vivenciando há vários anos! Foi um acontecimento local, que observei, registei, “vi claramente visto”, parafraseando o Poeta. Sendo local, foi também regional. Choveu no Alto Alentejo, como há décadas não se presenciava. Igualmente nacional, que, por todo o País, São Pedro abriu as portas do Céu! E internacional, que por essas “Espanhas”, “nuestros hermanos” tiveram a bênção de receber água, que Deus a mandou (!), para encher barragens por esses Tejos, Guadianas e Douros! E assim dar um banho de chuva aos agricultores, à beira de uma taque de nervos, ameaçando uma guerra, não direi militar, nem convencional, que a última havida entre os dois países foi no distante 1801! (Também de raiz agrícola (??!!) Aparentemente: “Guerra das Laranjas”!!!!!!) 

E a propósito de malfadadas guerras, a “guerra da Ucrânia”, foi algo que negativamente nos marcou. Apesar da distância (?) sentimo-la demasiado próxima. Pela injustiça, insensatez, de tal ocorrência; despropósito, crueldade, destruição pura e dura! E dura. Parece nunca mais ter fim!

Positivamente, as mudanças atitudinais, comportamentais, face à Covid. Com as sucessivas vacinas de que temos beneficiado, podemos organizar as nossa vidas com relativa normalidade. Até nos esquecemos que o bicho anda por aí, duvido que alguma vez se vá definitivamente, mas vamos estando protegidos. E, deste modo, temos vida quase idêntica à da era pré-covid! Mas, não esqueçamos que, na China, como há três anos, o vírus circula em força.

Um aspeto negativo, no que respeita a este nosso querido País, e que me toca sobremaneira, é o desconserto / desconcerto que observamos face à Saúde e à Educação. Dois dos setores fundamentais ao progresso e desenvolvimento de qualquer nação, país, estado. Quase todos os dias nas “bocas do mundo” pelo lado negativo. Há que resolver o que realmente é preciso, por quem tem efetivamente competências para tal.

E por competências, choca, nas políticas, dominarem as politiquices, os casos e casinhos, a toda a hora. A “cunha”, agora com outros nomes: amiguismo, partidarismo, “rapazes e raparigas”, para traduzir “boys and girls”, nepotismo, portas giratórias, corrupção, esse o termo exato e preciso. Choca! Dói, a quem trabalha e é honesto!

(As entradas e saídas nas (des)governanças já não me dizem nada!)

Não falo nos milhões para aqui e para ali, dos governos para bancos, para tapes e outras coisas que tais. Das futebolices! Aí o pessoal nada em dinheiro. (Depende dos escalões, claro!)

E não vendo nós grandes créditos em quem nos governa ou desgoverna (?!), também não observamos melhores qualidades nos outros que nos querem governar. Governar?! Se…?!

E porque vivemos esta época natalícia / final do ano, não quero deixar de mencionar o nosso consumismo exagerado. Comprar, comprar, consumir, gastar, comer, comer… e tanta gente a passar fome, a viver na rua sem teto, sem abrigo, catando comida no lixo!

E, parece-me que vi principalmente “coisas” negativas! Que 2023 seja melhor!

 

Sabe que planta é esta (III)?

Glicínia. Foto Original. 2019. 04. jpg

Volto a este registo de identificação das plantas. Esta é uma trepadeira, que deve ser bem antiga.

Encostada a uma casa, certamente também cheia de história(s).

Numa localidade também ela repleta de História.

Sabe em que localidade?! Posso dizer que fica Além Tejo. (Não se esqueça que estamos no blogue Aquém-Tejo!)

É uma Vila muito visitada, antes desta coisa da Covid. Estivémos lá em 2019. Também já aqui apresentei fotos da mesma.

Hei-de organizar um postal específico.

Até lá, ou até próximo postal. Com muita saúde. Resguarde-se, apesar de tudo. Que andam por aí uns malucos a negarem o vírus e a espalhá-lo, que é o que fazem.

Mas ninguém tem mão neles?!

 

“Fortitude” - Série Britânica - Episódios IX e X - Parte II

“Fortitude” - Episódios IX e X

Parte II

5ª e 6ª Feira – 01 e 02/10/2015

RTP2

Frank e Jules in tumvue.com

 

A Ciência ao serviço da Humanidade… e o desespero de Mãe!

 

 

CONTINUAÇÃO…

 

Neste retomar da narração, volto a debruçar-me sobre temas específicos de dois episódios, o nono e o décimo, uma vez que já foram ambos transmitidos.

 

Investigações e descobertas científicas!

 

investigação in avclub.com

 

Centremo-nos na investigação científica dos ataques. Sobre este assunto, os cientistas, Vincent e Natalie, concluíram que os ataques perpetrados por Liam e Shirley foram idênticos, há um padrão comportamental comum entre ambos os casos.

O que nós também pudemos observar, mas nós temos o privilégio de sermos espetadores.

Contudo, a senhora governadora, Hildur, que acompanha e encoraja as investigações, acha preferível que não se relacionem esses comportamentos comuns, para não se instalar o medo!

A sua autorização para o desenrolar das investigações é sempre condição sine qua non à sua operacionalização e ela pretende que tudo seja esclarecido, por isso as apoia e incentiva.

 

A investigação que estava em curso, antes dos crimes, e que fora o motivo principal da vinda do cientista Vincent, centrava-se nas alterações comportamentais dos ursos: ursus marítimus.

Paralelamente investigavam também o número crescente de nados mortos entre as renas e fizeram a surpreendente descoberta que, nesses seres, se desenvolviam paralelamente ovário e pénis, sendo hermafroditas. Segundo a tradição local isso acontecia quando um demónio vivia no meio da manada…

Relativamente aos ursos, os estudos centravam-se num urso adulto que matara outro urso adulto e o comera.

Nesse animal, que está no topo da cadeia alimentar, descobriram cem gramas de mercúrio acumulado no fígado. Revelação surpreendente que necessitou ser logo revelada a Hildur, a governadora, que estando em conversa amena com Morton, recebeu chamada para se deslocar, desde logo, ao laboratório, aonde disso foi informada, juntamente com Morton que a acompanhou.

Este lugar é perigoso! Não é seguro viver aqui!” Alguém disse, mas não me lembro quem. Talvez Morton.

Tudo isto se passou, obviamente, antes de Morton ter ido perseguir Henry e, supostamente, ter morrido.

 

Da observação dos ursos e perante a gravidade da descoberta, foi decidido observar também o cérebro de Shirley, procedimento efetuado por Vincent e Natalie, tendo esta revelado algum constrangimento na execução desta tarefa.

Dessa observação descobriram haver PFA no cérebro de Shirley e que não era simples coincidência essa constatação. Esta descoberta reforça a tese de que o padrão alimentar dos seres vivos da ilha conduz a esta situação.

Qualquer ser humano, tal como o urso, é um predador de topo, está no vértice da cadeia alimentar. Daí a acumulação de PFA em Shirley, tal como no urso.

PFA que não sei o que significa. Se alguém souber e me puder esclarecer…

 

Este assunto não é para brincar nem ironizar, porque sabemos que a alimentação está na base de múltiplas e variadas doenças da Humanidade. E, como diz o ditado, “pela boca é que morre o peixe”, embora este provérbio possa ter vários outros significados. Também alguns historiadores atribuem a degenerescência do Império Romano à utilização de chumbo nos mais variados utensílios de uso doméstico e alimentar, que posteriormente se incorporava nos próprios alimentos, e consequentemente, através da alimentação, nos seres humanos.

Mas no caso de Shirley, empregada no mini mercado; filha de Margaret, a médica; namorada de Markus, o professor, ela era mesmo uma verdadeira consumidora/predadora de topo. Situação reforçada e alimentada pelo próprio Markus, que lhe metia na boquinha, colherzinhas de comidas altamente energéticas. Uma verdadeira patologia, que lhe ditou a morte, no local e móbil do crime: o frigorífico recheado de comida.

 

Continuando a investigação científica e verificando-se um padrão comportamental comum em ambos os assassinatos, importava equacionar e testar se em Liam também haveria essa componente PFA, encontrada em Shirley.

 

Posta a questão como hipótese, seguir-se-ia a sua verificação experimental.

Questão complicada porque a experimentação tinha que ser feita numa pessoa com vida, para mais numa criança, Liam, criança tão sofrida e que já tanto sofrera, apesar do sofrimento que também provocara.

E era necessário que os pais autorizassem que fosse extraída medula óssea, operação delicada, complicada e dolorosa!

 

Chamados os pais à presença da governadora Hildur, esta lhes explicou, como boa política que é, o enquadramento e operacionalização da situação e da vantagem que daí poderia advir para Liam, caso se provasse a existência desse químico no seu cérebro, que lhe tivesse alterado o comportamento e levado ao ato por ele executado.

O que significaria que ele não fora culpado.

Concedida a autorização, passaram os cientistas à execução da tarefa de extraírem a medula, na presença dos pais, para angústia de Frank, que se ausentou momentaneamente, incapaz de presenciar o sofrimento do filho.

 

Só que tanto trabalho e sofrimento resultou inglório, pois que em Liam não foram detetados vestígios de PFA.

 

Desânimo entre os cientistas, Natalie e Vincent, mais da parte deste, que a cientista considerou que a hipótese que haviam formulado estava eliminada, mas havia que seguir em frente. E seguiu. Fez novas observações… e descobriu algo. Um vírus?

Recordou que Liam estivera doente e fora observado por Drª Margaret, mãe de Shirley.

E, se houvesse contágio da filha para a mãe e esta por sua vez tivesse sido o agente transmissor à criança?!

Alertada mais uma vez a governadora sobre esse vírus e a sua possibilidade de transmissão, que era relativamente fácil, Hildur questionou como poderia continuar a manter a ilha aberta, e aumentar a probabilidade do vírus sair de Fortitude.

Decidiu que anunciassem quarentena de raiva, para não inquietar tanto os habitantes com esse vírus desconhecido e suscetível de causar ainda mais medo e inquietação da que já se observava em Fortitude.

Estas conversas eram sempre com Dan, o seu xerife, que lhe lembrou haver centenas de civis armados na ilha. Que todos os adultos tinham que usar um rifle, por receio de ataques dos ursos.

 

 

E já que a narração nos leva por este caminho, por ele vamos seguir.

 

Seguidamente Hildur transmitiu a Jules os resultados negativos da experiência, no próprio hall da sede do governo, por insistência da jovem, que não quis ir para o gabinete, e na presença apreensiva e desconfiada de vários habitantes, alguns de rifle a tiracolo.

 

Jules transmitiria essa informação ao marido Frank, que ao ouvi-la interioriza-a como se fosse uma sentença condenatória de si mesmo, homem incapaz de defender a sua própria família. Lembremos que ele era militar, que de algum modo fora expulso da instituição castrense, que estivera no Afeganistão, isso logo num dos episódios iniciais o professor referira, apontando com o dedo para a testa, quem lhe diria, nessa altura, que haveria de conhecer a doideira desse ex-militar! Mas Jules também o conhecia e pudera observar, in loco, o que ele fora capaz de fazer ao professor e constatava como a sua situação se degenerava.

Convenceu-o a ir comprar os ingredientes para ela fazer o jantar, que jantariam os três, com Frank à cabeceira da mesa. E ele foi, que as mulheres, quando querem, convencem sempre os maridos e estes deixam-se convencer por elas, com ou sem querer!

Mas a ideia dela era outra. Lembrando-se também, digo eu, que na parede da casa grafitaram a palavra “monstro” e do perigo que o filho correria, arrumou o que pode para levar, pediu a colaboração do filho e levou Liam com ela para o aeroporto, para fugirem daquele pesadelo.

 

Aeroporto encerrado! Protocolo de raiva!

 

Jules não desiste, que vira um avião que iria partir.

 

“Não leve Liam!” Gritou-lhe a polícia.

 

“Dispare! Força!” Gritou-lhe Jules. E Liam também soltou um dos seus gritos profundos de ser ancestral.

 

Mas Jules não fugiu, não pode fugir, nem libertar-se do pesadelo em que vivia, desde que chegara àquelas terras de fim de mundo! Nem daquele marido, homem que a tomara ainda jovem, que ela fora mãe de Liam ainda aos dezassete anos!

E ficou chorando. Liam junto dela!

 Parte I

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