Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O funcionamento dos blogues tem estado muito intermitente!
Mas, isso, o Caro/a Leitor/a tem observado.
O 1º pôr-do-sol fotografado este ano.
Onde?!
Aldeia da Mata!
Quando?
Terá ocorrido cerca das 17h. 30'.
(As fotos são posteriores. Cerca das 17h. 40'.)
A nuvem anterior, com o efeito do sol a esbater-se.
(A 1ª e última foto foram tiradas no Adro da Igreja Matriz. A 2ª e a 3ª, no caminho da Fonte das Pulhas, no limite SE do Vale de Baixo, junto às Catalpas, que intersetam a segunda foto.)
O Gil!
(Consegue perceber-se que lhe falta a pata traseira esquerda.)
Nos Campos - Vale de Baixo, e num Quintal de Aldeia da Mata!
Hoje, 30 e Novembro, tem-se fartado de chover! A expressão é mesmo essa. O “Mês dos Santos” despede-se com chuva. Abandona o modo de Outono – “Verão de São Martinho” e entra no ciclo de Outono – Inverno.
Se continua assim a chover, com esta quantidade e ritmo, durante vários dias, será que vamos ter novamente cheias na Ribeira?! A ver vamos. Aguardemos!
Com esta chuva, tocada a vento, o que irá acontecer será que as árvores de folha caduca perderão completamente as folhas.
No Vale de Baixo, os renques de árvores, que temos no lado leste das valetas transversais, são deste tipo de folhagem: caduca. Quando as fui plantando, essa escolha foi intencional. Que, no Outono, proporcionassem precisamente essa imagem de conjunto de folhagem colorida de amarelos e laranjas. Mas este foi um processo de aprendizagem. Aprendi, por ex. que as árvores não são todas iguais, têm folhagens diferentes, de tipos e cores e o processo de amadurecimento outonal não é simultâneo. Por ex., agora, enquanto o choupo e as romãzeiras ainda têm folhas, bem coloridas, os freixos já as perderam há várias semanas. O mesmo se passa com outras árvores, de tão variadas que são!
Talvez venha a plantar mais choupos, mas que têm sido difíceis de abacelar. Os verões são muito quentes e secos. Vou fazendo, aprendendo por tentativa e erro, emendando, errando, mas fazendo sempre, sem desistir!
Nos últimos anos também tenho plantado e semeado árvores de folhagem persistente: sobreiro, azinheiras, loureiros, sanguinhos. Bem, pinheiros mansos já plantei há vários anos!
As fotos documentam Outono, ainda, mas Inverno a chegar! São da minha modesta autoria! São de 27 de Novembro todas.
As duas seguintes são de um quintal, no Bairro de Santo António.
De um diospireiro, ainda com folhas...
e de outro, quase sem folhagem e ainda um apetitoso dióspiro:
Associação Portuguesa de Poetas – Olivais – Lisboa
26 de Novembro 2023
Na próxima Tertúlia de Poesia da APP, para além da Evocação e Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, também serão apresentados os “Cadernos de Poesia – Autores” – Nº 4 – Francisco Carita Mata “associado ativo mais antigo” e nº 3 de “Revista Literária de Poesia – Poesis”.
Na Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, a Associação terá “a honra de contar com a presença da Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores, Drª Rosilene Rodrigues Pereira, que irá apresentar dois sonetos, e uma pintura de poetas brasileiros, dedicados à homenageada.”
“Haverá declamação de Poesia de Florbela Espanca, na 1ª Parte e uma 2ª Parte reservada a declamação de poesia dos presentes.”
Pela minha parte, agradeço, desde já e muito especialmente, a “Coordenador das Edições de Poesia da APP”, Drº Rogélio Mena Gomes e a Presidente da APP, Professor Doutor Ivo Álvares Furtado, pelo empenho no desenvolvimento destas edições literárias – poéticas.
Parabéns e felicitações a todos os Sócios da APP e aos que ao leme desta “Nau Artístico – Literária”, mantêm viva a chama da Poesia, há quase quarenta anos!
(A primeira, no "Vale de Baixo". A segunda no "Vale do Meio". Nas respetivas paredes.)
(Há muito tempo que não publicava um postal subordinado a este tema - "Que planta é esta?!". Julgo que o último terá sido o nº XVII. Numero este postal como o XVIII. Confirmarei melhor.)
O “Vale de Baixo”, no seu melhor. Uma herbácea para fenos enxameia a planura. Julgo que se designa azevém e será o terceiro ano que produz, após a sementeira. Haverei de confirmar.
Paisagem enquadrada por duas exóticas: as Catalpas e o Eucalipto, plantado pelo Pai, há cerca de trinta anos.
Amoreira preta, carregada de amoras
Carregada?! Carregadíssima. Um verdadeiro aeroporto - mercado abastecedor da passarada. É um ver se te avias, de aves a chegar e abalar da árvore. Melros são os reis. Vão e vêm a todo o minuto. Também estorninhos. Pardais. Outros pássaros que não sei os nomes. E o imperador, certamente também a imperatriz: Pegas Azuis!
(E, a propósito de aeroporto, já descartaram o de Beja. É pena! Já há muito trabalho feito. Daqui a cinquenta anos, Beja é já ali. Promoviam uma região subalternizada. Descentravam da Grande Lisboa. Sei lá!...)
Sombra das Catalpas
Árvores exóticas, muito bem-adaptadas ao Alentejo. Semeei-as, posteriormente dispu-las, à entrada do Vale, há cerca de trinta anos. (As minhas manias de sementeira de árvores. A taxa de insucesso é muito grande, mas não tenho desistido. Algum dia terá de ser. Dão imenso trabalho e já me canso muito. Mas dão uma sombra frondosíssima e, em breve, estarão floridas. Lindíssimas! Depois, os frutos, em vagens. Pessoa muito querida chama-lhes Árvores dos Feijões!)
Destas árvores há imensos exemplares pelas estradas deste Alto Alentejo, de há mais de meio século, de quando as estradas eram bordejadas por arvoredo.
Oliveira milenar tombada: Há impérios de mil anos ?!…
Conforme referi em “Apeadeiro” elaboro novo postal sobre as atividades no “Ginásio IV – Vale de Baixo”.
Com as devidas autorizações, na tarde de 1 de Março, procedi à queima de três montureiras de “inertes”, resultantes de limpezas parciais que vou efetuando. Especialmente de silvas, que vou cortando junto às árvores, que não gosto de ver enleadas pelos silvados. É um trabalho que vou fazendo, uma atividade que funciona a modos de ida ao ginásio. Com todas as vantagens inerentes. Faço à medida que posso, com calma, pouco a pouco. Mas vai sendo feito.
As companhias habituais:os dois manos em amena brincadeira.
(A mana fica sempre pelos aposentos de amesendação ou pela pousada do “Ti Zé Fadista”.)
Imagem da oliveira milenar, tombada em 2019, em Dezembro, na sequência de uma tempestade, julgo que de nome “Elsa”. (Em 2019, de 19 para 20 de Dezembro, o ano de 2019 quase a findar e a passar para 2020! Acho peculiar esta coisa dos números!)
(A Natureza tem destas ações, que deveriam ser lições para a Humanidade. Nem seres milenares resistem! Tudo tem um fim. Não há impérios de mil anos. Só nas mentes deformadas dos tiranos!)
Neste postal, não vou abordar nenhum dos assuntos que têm estado na berra, nos nossos meios comunicacionais. Nem assuntos da estranja, nem cá do burgo.
Vou apresentar um tema recorrente neste nosso peculiar canto climático. É comum ouvirmos falar, todos os anos, em “Verão dos Marmelos” e em “Verão de São Martinho”. Agora, quando escrevo este postal, estaremos a meio caminho entre os dois. Todavia, certos anos, não se observa uma separação nítida entre estes dois tempos. O nosso Outono é muito marcado por estes contextos meteorológicos. Direi que o “Verão dos Marmelos” ocorre mais em Outubro, o de “São Martinho”, mais em Novembro. Não me perguntem datas precisas, porque não as tenho, nem sei, nem sei se alguém saberá. Também não tenho a pretensão de saber.
Mas deixemo-nos de deambulações verbais e situemo-nos no concreto.
A Natureza também se sujeita a estas características climáticas, não sei se as entende ou não. Interpreta-as a seu modo, a seu jeito.
Apesar de estarmos no Outono, mas como o tempo está primaveril, algumas plantas, arbustos, árvores, agem em conformidade. Florescem! Algumas quase com a mesma exuberância como se estivessem na Primavera.
Neste postal documento com fotos ilustrativas dos factos narrados.
Tutelando o postal, uma formosa rosa do “Quintal de Cima” (20/10). Quase todas as roseiras estão floridas. Situação que observo pelos mais diversos locais deste nosso e lindo Portugal!
As duas fotos seguintes são do carapeteiro/espinheiro/pilriteiro, no “Quintal de Baixo” – (17 e 21 de Out.)
Em ambas se observam, em fundo, pequenas bagas, que são os frutos. Outono e Primavera em simultâneo!
A 4ª foto é da lúcia-lima, de chás deliciosos. No “Quintal de Cima” - (20/10)
A 5ª é uma flor isolada e ampliada, de uma das ameixoeiras bravas, no “Vale de Baixo” - (23/10). Algumas destas árvores também floresceram bastante!
A 6ª é da romãzeira, que bordeja o “Caminho das Pulhas”, no “Vale de Baixo” – (01/11/22).
A 7ª – 16/10 - é de uma árvore, cujo nome desconheço, que, além destas lindas flores, tem de fruto umas pequeninas bagas avermelhadas. Trouxe bagas destas, do Jardim Botânico de Lisboa, certamente há mais de uma vintena de anos. Semeei. Obtive exemplares desta planta que tenho dispostos no “Quintal de Cima”. No início deste ano também já plantei um pequeno exemplar no “Vale de Baixo”.
A oitava e última foto é de um arbusto muito comum junto às ribeiras. Também não sei o nome. Fotografia tirada junto às passadeiras da Ribeira da Vargem. Em 24 de Setembro, deste ano de 2022. Nessa data, a ribeira não corria absolutamente nada nesse local. Havia apenas um pego a montante das passadeiras e outro a jusante.
Caro/a Leitor/a, espero que tenha gostado desta documentação sobre a(s) nossa(s) Primavera(s) do Outono!