Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Uma leitura no "Outono", quando recomendam ler na "Primavera"!
Já aqui me referi a este livro. Do escritor supracitado, foi publicado nesta forma em 1894. É uma coleção de histórias, publicadas primeiramente em revistas, em 1893 e 1894.
As revistas eram na época uma forma mais acessível de se chegar ao grande público. Grande, será uma forma de falar, que as restrições seriam muitas, nomeadamente o facto de maioritariamente as pessoas não saberem ler nem escrever. Estariam certamente na moda, seriam um veículo comunicacional mais disponível entre as classes burguesas endinheiradas ao tempo. Para além da aristocracia, classe dominante no Reino Unido.
Já o nosso Garrett, cinquenta anos antes, utilizara o mesmo meio de comunicação, com o aclamado “Viagens na Minha Terra”. Primeiro em revistas, depois em livro. Em meio século, a metodologia comunicacional permaneceu idêntica. Comparemos com os últimos cinquenta anos, neste dealbar de séculos, XX para XXI! As alterações radicais desde os anos sessenta do século passado, para a atualidade. As mudanças foram vertiginosas! A aceleração do progresso é cada vez mais acentuada, exponencial.
Atrever-me-ia a classificar estas histórias de fábulas, já que a maioria dos personagens principais são animais! Poderei?!
Das histórias, todas interessantes e perpassadas de moralidade, daí também a catalogação como fábulas, a que achei mais peculiar foi a última: “Servidores de Sua Majestade”.
O título é, só por si, paradigmático!
E, depois, a fala dos animais envolvidos na narrativa. A mula velha, de nome “Biddy”, da artilharia de montanha, a mula nova, recruta; o camelo de carga; o cavalo do segundo esquadrão de Lanceiros, cujo cavaleiro é chamado Ricardo; o elefante “Dois Rabos”, “Anacronismo Paquidérmico”; os bois das peças de artilharia; o cão rateiro, nomeado “Raposinha”; para além do narrador, o próprio escritor (?)
E, depois, a imaginação da parada aparatosa de trinta mil homens, milhares de camelos, elefantes, cavalos, mulas e bois, concentrados em Rawalpindi, para serem passados em revista pelo vice-rei da Índia, que “recebia a visita do emir do Afeganistão, rei bárbaro de um país bárbaro…”
Uma manifestação do poder do Império Britânico, no seu apogeu!
E, como epílogo, moralidade(?), a questão formulada por “um velho chefe da Ásia Central” a “um oficial indígena”, indiano (?) sobre como se conseguiu tal maravilha. Em que as bestas são tão entendidas como os homens.
E a resposta do “indígena”:
“- Obedecem como os homens. Mulas, cavalos, elefantes ou bois, todos obedecem ao seu condutor, o condutor ao sargento, o sargento ao tenente, o tenente ao capitão, o capitão ao major, o major ao coronel, o coronel ao brigadeiro, que comanda três regimentos, o brigadeiro ao general, que obedece ao vice-rei, que é o servo da imperatriz. É assim que se faz.”
E perante o desejo formulado pelo chefe de que no Afeganistão assim fosse, pois lá obedecem apenas à sua própria vontade, retorquiu o indiano.
“E por isso… o vosso emir, a quem não obedeceis, tem que vir aqui receber ordens do vice-rei.”
A apologia do imperialismo britânico no seu modo mais elementar e simultaneamente supra refinado! Em que a Índia era a “Jóia da Coroa”, recentemente incorporada no Império, 1877, sendo que a Imperatriz era a célebre Rainha Vitória.
Mas este pequeno texto, de apenas dezassete páginas, está cheio de mensagens subliminares, suscetíveis de variegadas interpretações. Não é monolítico no plano ideativo. Dá muito que pensar!
E as outras histórias?!
Tumai dos Elefantes e Cala Nague, elefante, que servira o Governo da Índia por mais de meio século?
E Ríqui – Tíqui – Távi, o mangusto que libertou o quintal do grande bangaló, das cobras capelo?
E a foca branca, Cótique, que conduziu as suas irmãs focas, do local de veraneio em Novastosná, no Mar de Béring, para as praias novas, para além do túnel da Vaca Marinha?
E Máugli? E Bálu, o velho urso pardo? E Bàguirá, a pantera negra? E Xer Cane, o tigre?! E..? E..?
Bem! Se eu fosse a narrar, ainda que sinteticamente, as histórias/fábulas, perderíeis o interesse em lê-las.
Pois lede!
E surpreendais-vos com este livro, “Obra-prima da literatura juvenil de todos os tempos”!
Que, para mim, foi uma agradabilíssima leitura, pese embora a “primavera” já tenha ido há muito! E o Outono já ter começado no mês passado, a vinte e três.
Notas Finais:
O livro que li, de Edição Livros do Brasil, 2006; integrado na Colecção Nobel, exclusiva de Modelo Continente, tem algumas imperfeições.
Do livro original há imensas versões nos mais variegados suportes informativos. Filmes, vídeos, BD. É consultar a net e há imensa informação.
Mas nada, mesmo nada, se compara com a leitura da versão livro tradicional! Há mais recurso à imaginação!
Extraído de um Clássico da nossa Literatura. Que os Clássicos são sempre fonte de ensinamentos!
“Sôbre orthographia (que é fôrça cada um fazer a sua entre nós, por que a não temos) direi que segui sempre a ethymologia em razão composta com a pronuncia; que accentos só os puz onde, sem elles, a palavra se confundiria com outra; e que de boamente seguirei qualquer methodo mais accertado, apenas haja algum geral, e racionavel em portuguez: o que tam facil e simples seria se a nossa academia, e govêrno em tam importante cousa se empenhassem”
Excerto de “Advertência”, no poema “Camões”, 1825, A. Garrett.
In.
PREFÁCIO, de Prof. José Pereira Tavares
4 – “A nossa edição”, pág. XXX.
Garrett, Almeida. Viagens na Minha Terra. Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa. 1966
Sobre esta Obra da Literatura, um clássico de meados do séc. XIX…
Ainda quero debruçar-me sobre o mesmo, a partir de dois posts que pretendo elaborar.
As Obras Clássicas têm esse condão. Sendo de épocas passadas, mas quando têm qualidade inexcedível ou foram produzidas por Artistas de competência inigualável, conseguem, apesar da passagem do tempo, manter atualidade, relativa é certo; no caso supra citado, ainda e apesar de terem passado quase cento e setenta anos.
As leituras entretanto realizadas.
Em Agosto ainda, e de uma assentada, li o emocionante livro de Jorge Amado, “Mar Morto”, que, como acontece com as Obras deste Autor, não deixo de ler enquanto não termino a Obra. Isto é, não faço pausas de dias ou semanas. Este li-o em dois dias, tal a força com que o enredo nos prende, sendo que não é, em termos de densidade de texto, propriamente uma “Tieta…”. Também é um livro praticamente da juventude do autor, dos seus 24 anos.
Jorge Amado produziu uma Obra notável, desde relativamente jovem. Paradoxalmente, e apesar dos muitos prémios que recebeu, nunca foi premiado com um Nobel.
As personagens dos seus livros são geralmente pessoas com quem se simpatiza facilmente. Normalmente são heróis da vida do dia-a-dia. Muitas de vidas muito atribuladas, mas sempre com uma grande carga de humanismo. As personagens nunca se revelam intrinsecamente más, pelo menos que me lembre. Algumas agem de forma errada, é certo, mas foi geralmente a vida, as agruras dum viver desesperançado que os levou à vida que levam, aos trilhos que pisam.
Jorge Amado revela uma especial predileção pelos deserdados de fortuna, sem eira nem beira, mas cheios de humanidade, que lutam e labutam no seu sustento diário.
Neste livro “… a história de Guma e de Lívia, que é a história da vida e do amor no mar.”
Homens e mulheres valentes que, cheios de coragem, mas também com o medo de todos os humanos, fazem e encaram a vida como uma luta pela Sobrevivência e Dignidade.
As mulheres são normalmente vistas com grande carinho e as mulheres de vida fácil, mulheres da vida, mulheres dama, têm um lugar sempre especial na narrativa, algumas até na categoria de heroínas e personagens principais, caso de Tieta, por ex.
A Baía, Ihéus, Itabuna, o Nordeste e o Mar, simultaneamente pai, mãe e carrasco dos homens e mulheres que nele labutam, as praias de areias sem fim de mundo, a densidade sincrética da cultura baiana, triângulo de miscigenação cultural de África – Europa – América, o erotismo, as mulatas e cabrochas que amam nas dunas embaladas pelo vento, são alguns dos ingredientes gostosos dos enredos literários que o escritor confeciona como nenhum outro.
Muito fica por dizer sobre o Autor, de que conheço apenas algumas obras, algumas simultaneamente da literatura e da televisão, caso de Gabriela, que segui as duas novelas e reli o livro, e de Tieta, de que também vi a versão da TV (novela).
No caso de Gabriela é interessante mencionar que o Livro é um Obra ímpar. A primeira novela, com Sónia Braga e Armando Bógus, é outra Obra e a 2ª novela, remake da primeira, é uma terceira Obra. Têm pontos comuns entre si, mas também são relativamente diferentes, apesar de baseadas nas mesmas temáticas, em espiral sobre o texto primevo do Autor.
Também vi o filme “Dona Flor…”, assente no triângulo romanesco…
E li “Os Subterrâneos da Liberdade” e “Capitães da Areia”, há bastante tempo. Este último, reli-o recentemente.
Ah e também já li e reli “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”! E adoro este conto.
E agora…
Iniciei, há pouco tempo… Imagine-se! O livro que “Ninguém deveria ser autorizado a chegar à idade adulta sem ter previamente lido…” Eu que estou já a entrar na terceira idade…
Este livro já é do tipo que interrompo a leitura. Há dias que não lhe pego.
Também, agora, tenho-me dedicado muito ao blogue…
E qual é o Livro?!
…
Algumas dicas: é de um escritor de raiz anglo-saxónica, foi nobelizado e nasceu no século XIX.
Ao falar de Programas da RTP2, não posso deixar de mencionar o excelente e imperdível Programa “, "Visita Guiada", apresentado às 2ªs feiras à noite, cerca das 23h, após a exibição das séries, por Paula Moura Pinheiro, sempre acompanhada por reputados especialistas no assunto.
Ao longo dos vários episódios, têm sido divulgados monumentos, peças artísticas e museológicas de valor cultural inexcedível, verdadeiras obras de arte, das mais variadas correntes estéticas e diferenciadas épocas históricas, de contextos e funcionalidades diversas e de todo o País. Mas sempre de relevância inigualável, sob os mais diferentes pontos de vista. Pelo valor artístico, pelo peso histórico, pela função para que serviram ou ainda servem, pelo fim a que se destinaram, pelas personagens históricas a que estiveram ou estão ligadas, pela sua autoria…
E, de um modo geral, Obras relativamente desconhecidas de muitos de nós!
Lembro, por ex. dois dos mais recentes.
O que foi visualizado na noite de 20 de Julho, em que se apresentou a “Casa de Passos Manuel”, em Santarém, agora uma Casa Museu, instituída por um seu trineto, Canavarro.
E não posso deixar de relacionar com o que Almeida Garrett refere sobre essa casa, em "Viagens na Minha Terra", obra literária sobre que já me debrucei neste blogue. Aqui! .
“… entremos nos palácios de D. Afonso Henriques.” (…)
“Recebeu-nos com os braços abertos o nosso bom e sincero amigo, actual possuidor e habitante do régio alcáçar, o Snr. M. P.
Notável combinação do acaso! Que o ilustre e venerado chefe do partido progressista em Portugal, … viesse fixar aqui a sua residência no alcáçar do nosso primeiro rei…”
In pag.196, da mencionada obra literária, cap. XXVIII.
Sim, porque a referida Casa foi o alcácer que Dom Afonso Henriques conquistou aos mouros e onde posteriormente habitou!
No transato dia 1 de Setembro, repetiram o excelente episódio sobre a “Manutenção Militar”. Extraordinário documento histórico, que passará certamente despercebido a quase todos nós!
Que não se deixe perder, desbaratar, apodrecer, tão valioso acervo de património industrial, para que dentro de alguns anos, alguns dos nossos queridos e iluminados governantes, não usem esse abandono como pretexto para o venderem para um armazém/shopping, de alguns endinheirados de qualquer nacionalidade…
Não deixe de ver este Programa, já amanhã, 2ª feira!
Livro de ALMEIDA GARRETT (Porto, 1799 – Lisboa, 1854), publicado sob essa forma, em 1846. Primeiramente os textos foram sendo publicados, por capítulos, na Revista Universal Lisbonense, de 1843 a 1846.
É o livro que tenho andado a reler. Concluído hoje.
E não resisto a transcrever um excerto, do final do Capítulo XLII, pag. 284.
“Jesus Cristo, que foi o modelo da paciência, da tolerância; o verdadeiro e único fundador da liberdade e da igualdade entre os homens, Jesus Cristo sofreu com resignação e humildade quantas injustiças, quantos insultos lhe fizeram a ele e à sua missão divina; perdoou ao matador, à adúltera, ao blasfemo, ao ímpio. Mas, quando viu os barões a agiotar dentro do templo, não se pôde conter: pegou num azorrague e zurziu-os sem dor.”
Almeida Garrett referia-se aos vendilhões do Templo, sendo que o Templo figurava Portugal.
Há alguma semelhança com o Portugal de hoje?!
Nota: O negrito no texto de A. Garrett é de minha autoria.
Está a decorrer a Feira do Livro, de Lisboa, na sua 85ª edição, no espaço tradicional, Parque Eduardo VII.
É um local de visita obrigatória, para quem goste de ler, folhear livros, ver novidades, passear… e eu estou a propagandear, mas já lá não vou há alguns anos… principalmente por comodismo.
Mas, nos anos setenta, principalmente a partir de 74, quando estudava na capital, confesso que me perdia na Feira e nos saldos… para além dos catálogos e todo o tipo de panfletos e acessórios das edições.
E, nos “Livros do Dia”!
Mas como estamos nesta época, resolvo partilhar convosco o livro que estou a (re)ler, de que apresento imagens digitalizadas da capa e contracapa:
Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett; Editora Livraria Sá da Costa, 1ª Edição, 1963; Reimpressão, 1966.
Não vos vou falar nem do Autor, Almeida Garrett, 1799 - 1854, possuidor de uma atribulada biografia, que de algum ou diferentes modos transpôs para a sua Obra, notabilíssima, sendo Autor de uma bibliografia extraordinária.
Viveu em pleno os tempos conturbados dessa primeira metade do século XIX, enquanto Homem, Cidadão, Político,… paralela e concomitantemente publicando as suas Obras, precursoras e introdutoras da Modernidade. É considerado o “Pai do Romantismo” em Portugal.
A minha pretensão é simplesmente sugerir a leitura da Obra mencionada, 1846, um clássico da Literatura contemporânea.
Esta edição tem um excelente prefácio e notas do Professor José Pereira Tavares, datado de 1953 e explanado em quatro momentos: 1 – “Escorço da biografia de Garrett”, 2 – “ A Obra”, 3 – “História das “Viagens” ”, 4 – “A nossa edição”. E o Prefácio dos Editores de 1846.
Só após, se inicia a Obra propriamente dita, até ao Capítulo XLIX.
Estou a iniciar a leitura do Capítulo XXVII, quando, na narrativa, o autor/narrador chega a Santarém.
O livro lê-se relativamente bem, sem pressas, lendo e refletindo, interrompendo, intervalando, ao sabor da narrativa, das considerações e divagações do Autor, das notas de rodapé. Os capítulos são curtos, o exemplar facilmente manuseável.
Exige, contudo, algum conhecimento do contexto espácio temporal, cultural, social e político em que se desenrola a ação.
Mas… e quando não se conhece algum significado, é sempre bom ter um dicionário e sobre os assuntos, uma enciclopédia ou a net também ajudam.
Aprende-se muito, para além da riqueza verbal e ideativa que o acompanha e que nele se explana.
O enredo romanesco, o romance propriamente dito entre Joaninha e Carlos, começa bem tarde na trama, nem sei mesmo se será a parte mais importante... Os diálogos dessa parte da narrativa são muito claros, transparentes, acessíveis, simples e compreensíveis, lembrando muito os do teatro, ou não fosse Garrett o criador do teatro moderno em Portugal.
Ao ler esses excertos, só imagino uma peça de teatro, de que tenho saudades, aliás. A televisão praticamente não transmite e é pena!
Concretamente, o exemplar de livro que possuo tem alguma história associada.
Ganhei-o, sim foi ganho num concurso promovido pela antiga Emissora Nacional, não sei se nos finais de sessenta, se já no início de setenta do século XX, de qualquer modo antes de 74.
Foi dos primeiros livros meus, para além dos escolares, que os meus pais, apesar das dificuldades da época e dos sacrifícios que tinham que fazer para eu poder estudar, sempre fizeram questão de me comprar e que ainda guardo com carinho e estima.
Nessa época, anos 60 / primeira metade de 70, ter livros próprios era um luxo!
Por todas e as mais diversas razões, económicas, principalmente, mas também sociais e políticas, frise-se!
Por isso mesmo, quando foi a explosão de Liberdade após 25 de Abril de 74, a 1ª Feira do Livro em liberdade foi uma Festa!
Voltando ainda a este exemplar que possuo foi para mim uma enorme satisfação ao obtê-lo, não só pelo concurso, algo sem importância certamente, qualquer coisa como responder a alguma pergunta ou tema de que não me lembro, mas cuja resposta era “Lourenço Marques”, que anotei na 3ª página do exemplar. Só me esqueci de apor a data…
Eram tempos em que havia falta de tudo, não vivíamos, nem vislumbravamos viver alguma vez numa sociedade como a atual, nomeadamente no que concerne ao consumo e revolução tecnológica, às mudanças políticas e sociais.
Seria pura ficção científica imaginar sequer que poderia estar algum dia a comunicar neste “blog”! !!!!!!!!!!!!!!!!
Por isso, à data, ter um livro meu, para além dos escolares, e no âmbito da Grande Literatura era estar no píncaro!
Contudo e pelo que expliquei anteriormente, algum desconhecimento do contexto espácio temporal, cultural, social e político em que se desenrolava a ação; falta de vocabulário, praticamente nulos recursos de pesquisa, tive alguma dificuldade em ler e compreender a Obra.
Essa é uma das razões por que estou a reler o livro.