Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Ainda ecoavam as vozes sobre “As vistas do Bairro Amarelo”, em Almada e consequentes repercussões mediáticas… Noticiam que uma paciente, de Centro de Saúde do Concelho, agredira uma Médica em serviço. Sem mais! In. JN 23/09/20.
Uma pessoa que agride, assim, um profissional em exercício das suas funções, não tem qualquer justificação.
Tem de haver atuação legal, legislativa e funcional que, de forma célere, permita agir, atuar, dar castigo exemplar a esta gente.
Caro/a Leitor/a, coloque-se no sentir da médica, SFF. Além do trabalho de grande responsabilidade que tem, a diversidade de consultas, as diferentes atividades a desempenhar, o stress natural, ainda o receio / medo, de lhe entrar pelo consultório uma desgovernada qualquer, que vai agredi-la!
Imagine, sendo profissional em serviço, se tiver de lidar com pessoas, que lhe pode aparecer um maluco qualquer, contrariado no atendimento, a dar-lhe um murro, só porque sim! Como se sentiria, Caro/a Leitor/a?! Como iria para o trabalho?
Se vai a um supermercado, imagine que querendo determinado produto, que não há em stock, chega à caixa e não está com meias medidas. Descarrega na rapariga em atendimento e dá – lhe um soco! Era capaz de fazer isso, Caro/a Leitor/a?!
A Médica meteu baixa, e fez muito bem. É ela que vai ser penalizada por isso e fica traumatizada. “Sinto-me um lixo!”, expressão da médica, na notícia.
Menos uma profissional a trabalhar no serviço. Menos gente que pode ser atendida, nomeadamente os pacientes dessa médica. As ações violentas dessa gente desgovernada refletem-se não só na pessoa agredida, mas em toda a comunidade, que também sai prejudicada pelas ações dessa gente tresloucada.
Não é assim que se resolvem as situações. Nem a pandemia desculpa, nem eventuais dificuldades da pessoa, poderão servir de atenuantes.
Se é pessoa doente, mais razão para ter calma: precisa dos profissionais de saúde.
Independentemente da pessoa, a respetiva ação tem de ser sempre penalizada.
Nestes casos ocorridos em contexto de trabalho deve haver queixa não só da vítima, como do serviço em que esta exerce funções e respetivas estruturas profissionais. Não deve é ficar em branco, nem haver protelamentos.
Se agressor/a já é pessoa com historial de agressividades, maior a necessidade de ação penal. Privação de liberdade, pagamento de multa, trabalho comunitário e nome e foto deveriam passar a figurar no local do delito, como forma de punição moral pelo mal infligido a toda a comunidade.
No referente a este Centro de Saúde, é imperioso e urgente que haja desdobramento do Centro, que serve duas freguesias.
(E voltamos ao início. Implica haver recursos e nestes, é fundamental haver recursos humanos. O que reforça a estupidez dessa gente agressora!)
E mais alguns tópicos sobre assuntos de idêntica categorização
Preâmbulo:
1 – Antes de tudo o mais, pedir desculpa por não ter divulgado este post ainda no dia de ontem, conforme sugestionara, mas foi de todo impossível.
Por outro lado, quando escrevo sobre assuntos polémicos, julgo ser bom deixar os temas a “macerar” um pouco, ou como se costuma dizer “o travesseiro é bom conselheiro”!
2 – Mencionar igualmente que ao referir-me às “Praxes” e falar em “ódio de estimação” é traduzir a ideia subjacente ao assunto, de uma forma infeliz.
Tenho abordado, com alguma frequência, esta temática no blogue, porque periodicamente vem à baila na comunicação social, quase nunca pelas melhores razões.
E porque não concordo com as mesmas, visto que, no essencial, as respetivas práticas não respeitam as liberdades, direitos e garantias fundamentais dos indivíduos, nem obedecem ao princípio da igualdade entre cidadãos.
Desenvolvimento:
“SAPO 24”, abordou este tema polémico, propondo debate, através de três redes sociais em que não estou inscrito.
Mas como este é um tema que me “toca” e sobre o qual já me tenho debruçado neste blogue, em diferentes ocasiões, resolvi, mais uma vez, voltar a ele, apesar de quase sempre desejar que seja a última. Mas está difícil tal acontecer.
Pouco terei a dizer para além do que já afirmei e do que pessoas mais avalizadas que eu têm referenciado.
Começo por frisar que sou totalmente a favor de Atividades de Integração dos Novos Alunos nas Instituições de Ensino Superior em que vão iniciar os seus estudos.
Atividades diversas, organizadas por Alunos, Professores, Entidades e Instituições de Ensino, com a colaboração dos mais diversos Organismos Institucionais, públicos e ou privados da(s) Localidade(s) onde estão sediados os estabelecimentos de ensino, de forma e como forma de os alunos se integrarem no novo Meio em que se vão inserir e se conheçam e criem laços de cordialidade entre si.
Mas essas atividades devem obedecer a Valores elementares, basilares e fundamentais, na relação entre Pessoas: como seja a existência de Respeito e Consideração de uns pelos outros, antes de tudo o mais por Si mesmos.
Sustentadas no Princípio da Igualdade entre Pessoas, Cidadãos, Jovens, Estudantes.
Estruturando-se, assentando nestes dois Princípios basilares, nestes Valores fundamentais:
- Igualdade
- Respeito e Consideração por Si e pelos Outros.
Princípios e Valores que, globalmente e de uma forma quase generalizada, as designadas “praxes” não seguem e até há pouquíssimos anos, não seguiam de todo.
Daí, continuar a repetir o slogan, que tenho vindo a defender, em diferentes momentos, neste blogue:
O artigo supracitado enquadra o suficiente sobre essas práticas, não sendo de todo completo, mas é suficientemente esclarecedor para quem quiser lê-lo com atenção.
Há um aspeto que se acentua sobre as ditas “praxes”, que me impressiona sempre. A tão falada “Tradição”!
Acho muito peculiar que se invoque tanto este aspeto da Vida, num mundo em que houve tantas e tantas modificações, tanto no plano social, como no tecnológico, científico, etc.
Mas as que traduzem algo de construtivo, de relevante, de elevado, culturalmente falando, para o Ser Humano, para a Humanidade, para os Homens e Mulheres deste País e deste Mundo.
Que não é o caso das “praxes”, que representam um verdadeiro retrocesso social e cultural.
Que haja pessoas, para mais frequentando o dito ensino superior e que defendam estas práticas, de todo me surpreende!
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Impressiona-me que num País que evoluiu extraordinariamente sob múltiplos e diversificados pontos de vista, nestes últimos quarenta anos, nalguns aspetos regrida completamente.
Existem outros, como é o caso da manutenção de certas práticas de “diversão” (?!) sádica, assentes natortura “gratuita” sobre animais, e a que não há coragem de pôr termo, isto é, "pegar o touro pelos cornos”.
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Outro é o caso da sujidade das nossas ruas, becos e ruelas, parques e jardins, devido à porcaria de animais, mas em que é o humano o mais culpado.
Para o que reporto também para um artigo recentemente divulgado, da autoria do Professor Doutor Mário Cordeiro.
Neste aspeto, também regredimos a um estado de pré-história do saneamento básico, quando neste país, na grandessíssima maioria das habitações, não se auferia desse benefício, hoje indispensável, e havia barracas em todos os centros urbanos.
Atualmente, em que a quase totalidade da população dispõe de condições básicas de higiene, que não é de há muito tempo, e a grande maioria dos bairros de barracas foram erradicados, é vermos porcaria e lixo por tudo quanto é sítio.
E onde a conversa já vai!
E em que é que isto tudo se relaciona com as ditas e famosas “praxes”?! ?!
Nota Final:
Apresento a mesma fotografia, que retirei da net, (in. 5dias.wordpress.com), porque ela é por demais elucidativa.