Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Neste Post Nº 282, publicamos online o Poema “Idílios Amorosos”, de José Eliseu, de Mexilhoeira Grande – Algarve.
“Idílios Amorosos”
“O teu sorriso
tão puro e doce
lembrava-me sabores de guloseima.
Favos de mel
ou girassóis
abrindo em madrugadas
de estios abafados
enquanto ao longe
o rouxinol chilreava
a um sol preguiçoso…
Como é bom sentir
o teu doce calor de Primavera
como rosas ou rosmaninhos
a desabrochar…
Como é bom sonhar
os nossos idílios amorosos
enquanto a lua se esconde
entre nuvens cobreadas…
Sonhei contigo
num campo de cerejeiras bravas
entre odores inebriantes…
Quando acordei
rebolávamo-nos
em trigais enrubescidos
de papoilas
soltas ao vento…”
José Eliseu, Mexilhoeira Grande – Algarve
Ilustramos esta Poesia com “… doce calor de Primavera/como rosas…”
José Eliseu também desenha muito bem. No exemplar da Antologia que guardo autografado pelos confrades, de quem já tive a possibilidade de obter autógrafo, José Eliseu teve a amabilidade de me ilustrar o seu trabalho poético com um bonito e peculiar desenho, que executou de forma rápida e espontânea, deste modo valorizando ainda mais o poema e o livro.
Se, eventualmente, um dia, tiver a possibilidade de criar um desenho para este poema, terei muito gosto em divulgá-lo.
Retomamos a Poesia, neste blogue “aquém-tejo.blogs.sapo.pt/” e, novamente, a temática do Amor, rio que corre em variados versos desta Antologia, umas vezes de correnteza mais calma, noutras mais atribulada.
Neste Post Nº 281, o Poema “Quadras Ao Meu Amor”, de José Garção Ribeiro Branquinho, de Ribeira de Nisa (Portalegre).
“Quadras Ao Meu Amor”
“Meu Amor é minha vida
Por ti vivia a cantar
Mas desde a tua partida
Sem te ver, é só chorar.
Choro longe sem te ver
Por ti saudade de morte
Sofre por ti o meu ser
À espera de melhor sorte.
É tão grande a minha dor
Não queiras ver-me sofrer
Volta breve-meu Amor
Sem ti não posso viver.
Quero abraçar-te e beijar-te
Teu corpo bem junto ao meu
Em meu altar adorar-te
Viver contigo meu céu.”
“Quinta da Piedade, 29 de Março de 2015”
“JGRBranquinho – Zé do Monte”
José Garção Ribeiro Branquinho, Ribeira de Nisa (Portalegre)
Ilustra-se este Poema com um bonito cartão de A. P. B. P. – Associação de Pintores com a Boca e o Pé, Caldas da Rainha, de um original pintado com a boca, por Fu-Tsai Tung.
Sobre o Poeta José Branquinho escrevi uma das primeiras, se não a primeira, das minhas crónicas culturais, com o título “Crónica breve dos dias de Hoje!”, publicada no Boletim nº 111, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, em Junho de 2013, ainda não tinha este blogue.
Relatava a excelente atuação deste Poeta e Cantor, numa sessão de “Momentos de Poesia”, realizada na Biblioteca Municipal de Portalegre. Acontecimento cultural que ocorre mensalmente na Cidade de Régio e sobre que também já aqui me debrucei num post.
Este nosso confrade, sportinguista, organiza mensalmente uma Tertúlia Poética, na terceira 4ª feira de cada mês. Em Janeiro será no dia 20, pelas 15 horas. Na Sala VIP Sporting!