Tudo se compra e vende?!
Soneto de irreverência. Estrambótico?!
À moda de Bocage…
Num mundo em que tudo se compra e vende
Há algo que por demais todo o mundo dá
Que aos ditos e às cujas nada nos prende
Por vezes se soltam. Voam ao deus-dará!
Por ditos e falas muita gente s’ ofende
Sobre tais sons e tais cheiros… D’onde virá?!
Que tal património geral nada nos rende
Transversal, comum a todos, ou não será?!
Rico, pobre, nobre, plebeu, todos iguala
E, do assunto, jocosamente se fala
Tal nos manda etiqueta e decência.
Por bem e por mal, em nome da ciência
Não nomeio. E o que pense não me rala
Não sabe, não digo. Tenha paciência!
Se não dá… Venda! Compre! Por excelência!
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(Escrevi este poema antes da pandemia. - (2019).
Resolvi passá-lo a computador, reorganizá-lo.
E publicá-lo! Com uma certa irreverência.)